Você está na página 1de 3

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA

Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA


Coordenação Geral de Apoio Laboratorial - CGAL
Manual de Métodos de Análises de Bebidas e Vinagres
Destilados CORANTES Método 20

1. MÉTODO
Arata e cromatográfico.

2. PRINCÍPIO
Baseia-se na extração e fixação em lã do corante presente na amostra, solubilização, separação e
identificação através de cromatografia ascendente em papel.

3. MATERIAL
3.1 EQUIPAMENTO
a) Chapa aquecedora.
b) Banho-maria.
c) Secador de cabelo.

3.2 REAGENTES E SOLUÇÕES


a) Ácido tartárico a 10%.
b) Ácido clorídrico 1N.
c) Ácido acético p.a.
d) Álcool etílico a 50%.
e) Éter etílico p.a.
f) Hidróxido de sódio 1N.
g) Hidróxido de amônio p.a.
h) Éter de petróleo p.a.

Solventes (fase móvel):


Nº 01 1 mL de hidróxido de amônio p.a. + 99 mL de água.
Nº 02 Cloreto de sódio a 2,5% aquoso.
Nº 03 Cloreto de Sódio a 2% em álcool etílico a 50%.
Nº 04 50 mL de n-butanol + 25 mL de etanol + 10 mL de ácido acético p.a. + 25 mL de
água destilada.
Nº 05 50 mL de n-butanol + 25 mL de etanol + 10 mL de hidróxido de amônio p.a. + 25
mL de água destilada.
Nº 06 100 mL de hidróxido de amônio a 5% v/v + 2 g de citrato de sódio.
Nº 07 80 g de fenol + 20 g de água destilada.
Nº 08 100 mL de isopropanol + 100 mL de hidróxido de amônio concentrado + 10 mL
de água destilada.
Nº 09 Nitrato de potássio aquoso saturado.
Nº 10 Ácido cítrico a 2%.
Nº 11 40 mL de ciclohexano + 100 mL de éter etílico.
Nº 12 60 mL de iso octano + 20 mL de acetona + 20 mL de éter etílico.
Nº 13 40 mL de éter de petróleo + 60 mL de acetona.
Nº 14 50 mL de éter de petróleo + 35 mL de benzeno + 10 mL de clorofórmio + 10 mL
de acetona.

3.3 VIDRARIA E OUTROS MATERIAIS

Edição: 1 Revisão: 0 Página 1 de 3


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA
Coordenação Geral de Apoio Laboratorial - CGAL
Manual de Métodos de Análises de Bebidas e Vinagres
Destilados CORANTES Método 20

a) Micropipeta ou tubo capilar.


b) Béquer de 150 e 500 mL.
c) Proveta de 100 mL.
d) Pipeta graduada de 5 e 10 mL.
e) Bastão de vidro.
f) Pinça.
g) Papel Whatman nº 1.
h) Cuba cromatográfica.
i) Lã natural: desengordurar fios de lã com éter de petróleo e secar. Aquecer com
solução de hidróxido de amônia a 5% (v/v) durante 1 hora a 80º C. Lavar com água
destilada a quente e secar.

4. PROCEDIMENTO
4.1 CORANTES ARTIFICIAIS ÁCIDOS
Em béquer de 250 mL, colocar aproximadamente 100 mL ou 100 g da amostra (aumentar ou
diminuir a alíquota de acordo com a concentração do corante), aquecer até que o volume seja
reduzido a 1/3. Acidificar com ácido tartárico e adicionar 0,3 g de lã natural tratada. Deixar em
ebulição moderada por cerca de dez minutos. Retirar a lã e lavar com água corrente. Passar a lã
para um béquer contendo 100 mL de água destilada e 2 mL de ácido tartárico. Aquecer por 5
minutos e lavar a lã em água corrente. Repetir esta operação até que a água da lavagem esteja
incolor. Transferir a lã para um béquer contendo 20 mL de água destilada e algumas gotas de
hidróxido de amônio. Aquecer cerca de 5 minutos para solubilizar o corante presente, desprezar a
lã (se necessário concentrar ou diluir o extrato).

4.2 CORANTES ARTIFICIAIS BÁSICOS


Proceder como em corantes ácidos, porém, substituir a acidificação por alcalinização (devido às
características opostas), usando solução de hidróxido de sódio para estabelecer as condições de
fixação do corante básico. Usar ácido tartárico para solubilizar o corante.

4.3 CORANTES NATURAIS


Em béquer de 250 mL colocar aproximadamente 100 mL da amostra, (aumentar ou diminuir a
alíquota de acordo com a concentração do corante), aquecer até que o volume seja reduzido a
1/3. Acidificar com ácido clorídrico 1N e realizar extração com 30 mL de éter etílico. Repetir a
extração, se necessário, e juntar as fases. Caso a fase aquosa se apresente corada, neutralizar com
solução de hidróxido de sódio 1N e realizar extração com 30 mL de éter etílico. Repetir a
extração se necessário, e juntar as fases. Aquecer em banho-maria até eliminar todo o solvente.
Dissolver o resíduo com cerca de 50 mL de álcool etílico a 50%.

4.4 IDENTIFICAÇÃO DO CORANTE ARTIFICIAL


Aplicar os padrões e o extrato obtido em (4.1) ou (4.2) a 3 cm da base do papel Whatman
distanciados 3 cm entre si. Secar com ar quente. Colocar o papel em cuba cromatográfica
previamente saturada com a fase móvel (um dos solventes abaixo relacionados), deixar eluir até
separação dos corantes. Comparar a cor e o ''Rf'' do corante padrão com o corante correspondente
da amostra.

Edição: 1 Revisão: 0 Página 2 de 3


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA
Coordenação Geral de Apoio Laboratorial - CGAL
Manual de Métodos de Análises de Bebidas e Vinagres
Destilados CORANTES Método 20

Nota:
Nos casos em que ocorrer desvios devido a presença de algum interferente, proceder
através de uma das seguintes formas:
• Recortar (papel) a mancha, preparar uma pequena solução e tornar a cromatrografar.
• Aplicar o corante extraído da amostra, o padrão e uma mistura (na mesma proporção) de
corante + padrão. Desenvolver o cromatrograma com a mesma fase móvel. Repetir a
técnica usando outra fase móvel.

5. CÁLCULOS E EXPRESSÃO DO RESULTADO


Presença de corantes artificiais é interpretada pela coloração que a lã apresenta (ítem 4.1).
Corantes artificiais ácidos colorem a lã. A identificação dos corantes também pode ser
interpretada pela comparação dos “Rf” das manchas, calculados a partir do item (4.4).

Da
Rf =
Ds

Onde
Rf = Fator de retenção.
Distância, em centímetro percorrida pela mancha do corante da amostra e do
Da =
padrão (distância entre a linha de base e o centro da mancha).
Distância, em centímetro percorrida pela fase móvel (desde a linha de base até
Ds =
a frente da fase móvel).

REFERENCIA
BRASIL. Ministério da Agricultura. Portaria nº 76 de 26 de novembro de 1986. Dispõe sobre os
métodos analíticos de bebidas e vinagre. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Brasília, 28 nov. 1986. Seção 1, pt. 2.

*Instituto de tecnologia de alimentos. Manual técnico de análise química de alimentos.


Campinas, 1990.

*ANGELUCCI, E. et. ali. Análise química de bebidas não – alcoólicas. Campinas: Instituto de
Tecnologia de Alimentos, 1984.

Edição: 1 Revisão: 0 Página 3 de 3

Você também pode gostar