SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS - CCSAH
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO – PPGD (MESTRADO ACADÊMICO)

IDENTIFICAÇÃO
PROGRAMA GERAL DA DISCIPLINA

DISCIPLINA
TÓPICOS ESPECIAIS 2
SOCIOLOGIA DAS ELITES JURÍDICAS
PROFESSOR(A)
FELIPE ARAÚJO CASTRO

No DE CRÉDITOS CARGA HORÁRIA

TOTAL
2 30H

EMENTA

O propósito do curso é introduzir e aprofundar o debate sobre a gênese, composição e comportamento das
elites jurídicas brasileiras, desde um perspectiva multidisciplinar alicerçada no campo da sociologia das elites
e da ciência política, que assume três premissas fundamentais: (i) as elites jurídicas são atores políticos e
merecem ser estudados como tais; (ii) o direito importa e possui especificidades que conferem aos agentes
jurídicos certas capacidades institucionais distintivas; e (iii) os agentes jurídicos são influenciados por outros
atores e pelo sistema político como um todo.
Direito e Política: distinções e problemas. Tribunais como atores políticos. Modelos de comportamento
judicial. STF: composição, perfil e funcionamento. O Ministério Público no Sistema de Justiça Brasileiro.

OBJETIVOS
Este curso terá como objetivos gerais/mediatos: (i) contribuir para a formação multidisciplinar e crítica dos
estudantes, promovendo novas formas de pensamento jurídico crítico; (ii) apresentar os principais marcos do
campo da sociologia das elites e das profissões; (iii) capacitar os discentes a incorporar as ferramentas teóricas
e metodológicas abordadas para realizar observações e descrições do campo jurídico e seus principais agentes;
(iv) discutir e aprofundar temas contemporâneos do direito e da política nacional por intermédio da melhor
literatura especializada e atualizada.
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CARGA
HORÁRIA
1. Sociologia Empírica e Política do Direito: uma introdução à observação das elites
jurídicas no Brasil
 As elites jurídicas nacionais e a crise política-institucional (2013-) 6
 Genealogia histórica das elites jurídicas
 Por uma sociologia empírica e política do campo jurídico
Orientações sobre os resumos expandidos 2
2. Modelos de comportamento dos agentes jurídicos
 Os modelos atitudinal e institucional 4
 Pluralismo estatal
3. Judicialização da política e politização da justiça 6
4. O Supremo Tribunal Federal como um ator político
 Composição e perfil
6
 O STF na Constituinte
 Do lavajatismo ao alexandrismo
5. O Ministério Público no Sistema de Justiça Brasileiro
 Origens do Ministério Público no Brasil 4
 Autonomia e discricionaridade
Entrega dos resumos expandidos e avaliação da disciplina 2
TOTAL 30

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Ao final da disciplina espera-se que os/as discentes estejam: (i) familiarizados/as com as principais
abordagens da sociologia das elites, de forma a serem capazes de aplicá-los em suas pesquisas na linha de
conflitos sociojurídicos; (ii) aptos a construção do Estado da arte sobre seus temas de pesquisa; (iii) cientes
acerca das correlações entre as formas jurídica, econômica e política, consequentemente, da impossibilidade
de compreensão do momento jurídico isolado das suas determinações externas; e (iv) capacitados à desenhar
pesquisas empíricas observacionais que tenham por objeto o comportamento de agentes jurídicos.

METODOLOGIA
Os encontros serão organizados em sessões compostas por dois momentos. Primeiramente, haverá uma
exposição do tema da aula em formato de seminário, conduzido por um ou mais dos discentes, sempre a
partir dos textos pré-selecionados indicados como leituras obrigatórias no programa da disciplina. O segundo
momento será composto por uma aula dialogada do docente sobre o tema.
Nos seminários, a apresentação do tema deverá ocorrer em até 30 minutos, ao que se seguirá um debate
mediado pelo professor.
Os demais discentes, não responsáveis pela apresentação do seminário da aula, deverão enviar, com pelo
menos um dia de antecedência, pela página da disciplina no Sigaa, uma questão simples e direta relativa a
pelo menos um dos textos que serão discutido na sessão subsequente. Os discentes deverão estar preparados
para realizar suas perguntas oralmente, após a apresentação dos seminários
Para fins avaliativos, os estudantes devem entregar nas datas indicadas e em formato nativo-digital:

 Ao menos uma resenha por módulo dos textos propostos como leitura obrigatória ou
complementar, totalizando três resenhas, com no máximo 400 palavras cada;
 Um resumo expandido ao final da disciplina, com uma proposta de pesquisa sobre os temas
abordados no programa, com no máximo 10.000 palavras.

A nota final será composta da seguinte forma: 20% para assiduidade e participação; 20% para entrega das
resenhas dos textos propostos e das questões prévias e 60% para avaliação do resumo expandido.
 BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Frederico. A nobreza togada: as elites jurídicas e a política da justiça no Brasil. Tese
(Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Ciência Política. Universidade de São Paulo: São Paulo, 2010.
ARANTES, Rogério; MOREIRA, Thiago. Democracia, instituições de controle e justiça sob a ótica do
pluralismo estatal. Opinião Pública, v. 25, n. 1, 2019.
CARVALHO, Alexandre. Juscorporativismo: os juízes e o judiciário na Assembleia Nacional Constituinte.
Revista Brasileira de Estudos Políticos, n. 114, 2017.
CASTRO, Felipe. Aristocracia judicial brasileira: privilégios, habitus e cumplicidade estrutural. Revista
DireitoGV, v. 15, n. 2, 2019.
CASTRO, Felipe. Campo jurídico e conservação da ordem. Dialética: São Paulo: 2013.
ENGELMANN, Fabiano; CUNHA FILHO, Márcio. Ações judiciais, conteúdos políticos: uma proposta de
análise para o caso brasileiro. Revista de Sociologia e Política, v. 21, n. 45, 2013.
ENGELMANN, Fabiano (Org.). Sociologia política das instituições judiciais. Porto Alegre: UFRGS
Editora, 2017.
ENGELMANN, Fabiano; FONTAINHA, Fernando. Campo Jurídico e Política (Dossiê). Plural, v. 26, n. 2,
2019.
FORNARA, Matheus; CARVALHO, Alexandre. Os juízes da pauta do Supremo: a atuação da Associação
de Magistrados Brasileiros e o controle de constitucionalidade. Revista de Ciências Sociais, v. 49, n. 2, 2018.
HIRSCHL, Ran. O novo constitucionalismo e a judicialização da política pura no mundo. Revista de Direito
Administrativo, v. 251, 2009.
RIBEIRO, Leandro; ARGUELHES, Diego. Preferências, estratégias e motivações: pressupostos
institucionais de teorias sobre comportamento judicial e sua transposição para o caso brasileiro. Revista
Direito e Práxis, v. 4, n. 7, 2013.
 APROVAÇÃO
COLEGIADO DO MESTRADO EM XXXXXXX
____/______________ / 2020 ______________________________________
DATA ASS. DA COORDENADORA DO CURSO
DEPARTAMENTO DE XXXXXXXXX
_____________ ___/________ /2020 _____________________________
o
N DA REUNIÃO DATA ASS. DO (A) CHEFE DE DEPARTAMENTO.
CONSELHO DE PÓS-GRADUAÇÃO
____/______________ / 2020 ______________________________________
DATA ASS. DO (A) PRÓ-REITOR (A)
CONSEPE
_____________ ___/________ /2020 _____________________________
No DA REUNIÃO DATA ASS. DA SECRETÁRIA DO CONSEPE.

MOSSORÓ-RN, ____ de ______________ de 2020.