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Podcast
Disciplina: Engenharia Reversa e Prototipagem
Título do tema: Engenharia Reversa: Conceitos e Aplicações
Autoria: Isabelle Simão
Leitura crítica: Guilherme Fernando Ribeiro

Abertura:

Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre as técnicas de Engenharia


Reversa aplicadas à arte.

Você sabia que as técnicas de Engenharia Reversa também são muito


empregadas em áreas completamente diferentes da maioria que encontramos
no meio industrial?

Colocar a tecnologia à serviço da arte, por exemplo, parece inicialmente um


tanto quanto estranho, não é mesmo?

Quando falamos em arte, procedimentos artísticos, nossa mente responde


rapidamente com definições relacionadas às esculturas, obras de arte, objetos
produzidos à mão, enquanto a tecnologia nos remete à imagens com robôs,
computadores, internet e qualquer outro exemplo ausente de sentimentos.
Mas, na prática, essa parceria tem contribuído muito para a preservação de
patrimônio histórico e a criação de novas obras de arte.

Profissionais como escultores e artistas têm procurado oportunidades de


usufruir desta tecnologia. De maneira tradicional, a engenharia é associada à
criação de modelos prismáticos, construídos para o processo de manufatura.
No passado, raramente departamentos de engenharia trabalhariam com
profissionais do mundo da arte. Porém, novas tecnologias de digitalização
combinadas com as vantagens dos recursos de softwares aplicados à
Engenharia Reversa oferecem novas oportunidades para ambos, engenheiros
e artistas, mesmo para as geometrias mais complexas.

Muitos trabalhos de Engenharia Reversa têm seus objetivos focados em


manufatura, indústria automobilística, robôs espaciais, saúde, entre outros,
enquanto muitas áreas deixam cada vez mais evidente a necessidade pela
conservação de patrimônio e documentação. Aplicações relacionadas ao
patrimônio histórico, especialmente aquelas cujo objetivo são tarefas analíticas,
que exigem digitalizações de alta qualidade e boa visualização de resultados.
Como exemplo, pode-se citar o projeto “Aleijadinho 3D”, no qual, através do
apoio da Universidade de São Paulo, utilizou-se das avançadas técnicas de
reconstrução digital para difusão cultural e preservação de todo o Santuário do
Bom Jesus de Matosinhos e seus 12 profetas, em Congonhas, e as igrejas de
Francisco de Assis, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora das Mercês
em Ouro Preto.
Na arquitetura, a Engenharia Reversa é primordial em projetos de retrofit, que
significa manutenção e restauro de patrimônios históricos, além de auxiliar no
mapeamento de situações em que há danos muitas vezes irreversíveis que
exigem alta resolução quanto às características visuais e dimensionais.

Quanto aos museus, embora a principal motivação para desenvolver modelos


3D a partir de peças, seja para a documentação, conservação e análise, existe
também um interesse pela utilização para a visualização interativa. O
diferencial encontra-se no fato que os modelos 3D digitalizados, podem ser
facilmente manipulados, girados e ampliados em tempo real. Por isso, o uso
das tecnologias de Engenharia Reversa em museus se apresenta como uma
alternativa extremamente interessante a fim de fornecer diferentes
possibilidades de aprendizagem, tornando as peças acessíveis on-line,
aplicadas em diferentes coleções de um acervo. Alguns museus como o Louvre
(na França), o Metropolitan Museum of Art (nos Estados Unidos), o Museu do
Vaticano (na Itália) e até mesmo o Museu de Arte de São Paulo, o MASP (em
São Paulo), são exemplos que apresentam algumas de suas obras disponíveis
virtualmente. Que tal realizar uma pesquisa na internet para ver as fotos
desses exemplos citados neste podcast?

Fechamento:

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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