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GUIA DO

ELEITOR
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Copyright © 2024 by Politize!

Organização:
Danniel Barbosa de Figueiredo
João Leonardo Akihito Mitsuse

Redação:
Carla da Silva Oliveira
Danniel Barbosa de Figueiredo
João Leonardo Akihito Mitsuse
Layane Henrique
Lucas Cavalcanti

Projeto gráfico:
Isis Soares

Capa e diagramação:
Adriane Santos

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INTRODUÇÃO

8 Por que política é importante?


9 Calendário: as datas chave do rolê em 2024
10 Como se preparar para votar?

DIVISÃO DAS RESPONSABILIDADES

12 Nível municipal, federal e estadual


13 O que faz o Executivo?
14 O que faz o Legislativo?

CARGOS NA PRÁTICA
SUMÁRIO
17 Qual é o papel de um prefeito?
18 Qual é o papel de um vereador?
19 Teste seus conhecimentos

SISTEMA ELEITORAL

22 Sistema de Votação Majoritário


23 Sistema de Votação Proporcional
24 Financiamento eleitoral: regras
25 Votos brancos e nulos

PARTIDOS POLÍTICOS

26 O que são e para que servem?


28 Coligações e federações
29 Partidos políticos brasileiros

ESCOLHENDO MEUS CANDIDATOS

31 Entendendo minhas dores


32 Priorizando minhas necessidades
33 Conhecendo os candidatos

URNAS ELETRÔNICAS

34 As urnas são seguras?


35 Contagem de votos

VOTEI, E AGORA?

37 Acompanhando os candidatos eleitos


38 Cidadania na prática

40 FAQ ELEITORAL

41 AVALIAÇÃO DO GUIA

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1. INTRODUÇÃO
POR QUE POLÍTICA É IMPORTANTE?

Fala, galera!

Bora lá! Chegou aquele momento de eleição no Brasil, onde as ruas


ficam lotadas de panfletos, na TV aparecem algumas figuras “fol-
clóricas” e as redes sociais viram uma verdadeira arena de deba-
tes. É chegada a sua hora de escolher os prefeitos e vereadores
que irão governar nossas cidades pelos próximos quatro anos.

Mas olha, mais do que só um monte de propaganda e “santinhos”,


as eleições municipais são uma baita oportunidade! É a chance de
escolher o rumo que você acha melhor para sua cidade, de cobrar
por soluções e, claro, de exercer seus direitos e botar sua voz pra
jogo como cidadão ou cidadã. Essa é tua chance: vai votar cons-
ciente e fazer a diferença!

E, como não poderia deixar de ser, a Politize! vem para te dar uma
forcinha de forma leve e divertida a entender tudo o que você pre-
cisa para um voto certeiro e bem preparado. E o melhor de tudo
é que o conteúdo aqui é a cara do Brasil: divertido, cultural, fol-
clórico e original. Vamos juntos desmistificar o assunto. Está pron-
to(a) para embarcar nesse rolê? Então cola com a gente que hoje
o papo é sério!

Escolher ou
não escolher...
eis a questão
4
“O maior castigo para aqueles que não
se interessam por política é que serão
governados pelos que se interessam.”

Arnold Toynbee

Você já deve ter ouvido alguma versão dessa frase. Não se interes-
sar por política significa deixar que outras pessoas, muitas vezes
mal intencionadas, tomem decisões por você.

- E no que isso me afeta, Politize!?

Então, sabe aquele buraco na sua calçada, os problemas na cre-


che municipal do seu filho, o trânsito cada vez mais complicado,
a segurança para andar pela sua rua à noite? Essas coisas não se
resolvem sozinhas. É preciso vontade política, mas essa vontade
só vai estar na sua Prefeitura e na Câmara de Vereadores se você
colocar ela lá.

Se você não escolher, ou escolher mal, vai depender da


sorte e, para mudar de novo, só daqui a 4 anos. Então,
(UM)BORA! para a urna fazer um rolê consciente!

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AGORA IMAGINE...
Você está vivendo tranquilo, sendo adoles-
cente e de repente chega o momento tão
esperado: 18 anoooos! Só que aí você des-
cobre que ser um jovem adulto não é só sair
com os amigos e passar as tardes conver-
sando com contatinhos e amigos nas redes
sociais. Dentre as várias responsabilidades
que surgem com a maioridade, existe a prin-
cipal: precisamos votar.

Tirar o título de eleitor, acordar cedo em pleno


domingo, pegar fila, escolher candidato, lem-
brar dos números... Olhando assim, realmente
parece muito complicado. Mas o negócio aqui
é o seguinte: você é a chave para a eleição.
Se você não parar para se fazer ouvido(a), os
seus problemas também nunca serão.

Aqui é você quem manda: seu voto, suas regras, seu destino. Mas
calma, dá uma segurada na emoção! Antes de sair por aí se achan-
do o próprio cidadão honorário, vamos primeiro revisar algumas
coisas importantes sobre eleições e voto. Com muito carinho, a
gente compilou os principais pontos aqui para te ajudar.

O PRIMEIRO PASSO VOCÊ JÁ


ENTENDEU: É VOCÊ NO CONTROLE!

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Vivemos hoje em uma democracia, o que
significa que é tudo nosso, os direitos, os de-
veres e as responsabilidades. Política é isso,
é participação, é colar junto, é fortalecer o
corre.

Votar é obrigatório no Brasil para eleito-


res e eleitoras alfabetizados, com idades entre
18 e 70 anos. Entre 16 e 18 anos ele é optativo,
ou seja, você já pode tirar o título, se quiser. E
é claro que você vai querer, não é, meu anjo?

Quer um exemplo? Imagine se você e sua


família tivessem que escolher três alimentos
para comer por quatro anos, mas você decide
não votar e deixa a decisão na mão dos seus
familiares. O problema é que eles escolhem
rúcula, jiló e ervilha.

Você vai ter que comer isso todos os dias


por quatro anos só porque não quis participar
da decisão. É quase isso o que acontece nas
eleições quando você não vota: o resto da po-
pulação decide por você. Só te resta engolir o
choro e aguentar até as próximas eleições.

Então, já manda esse guia para o colegui-


nha que reclama e não entende o porquê é
necessário votar: muito mais que um dever, é
um direito participar das decisões políticas.
Nesse processo todos são bem vindos. PODE
CONVOCAR GERAL!

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CURUPIRA LOBISOMEM IARA SACI CUCA

Ama os O grandão Adora Ama Odeia


animais; da galera; fazer selfie futebol; injustiça;
e stories;
Corajoso; Ajuda Nunca se Não leva
sempre Sempre estressa; desaforo
Acorda que pode; informada; para casa;
cedo para Surge e
curtir a Parece Arruma some do Cuida das
natureza. bravo, mas solução nada. pessoas
é um amor. para tudo. que ama.

Todos temos amigos assim né? Se você não tem, talvez seja você
este amigo e não tem problema. Esse rolê é totalmente inclusivo e
todos são necessários e fazem a diferença. Mas além dos amigos,
você tem que ser exemplo e puxar o bonde.

Você pode até ficar indeciso, em cima do muro e pagar de isentão


se quiser. É um direito seu. Agora, se você é do tipo que gosta de
mostrar a que veio e brilhar, isso aqui foi escrito exatamente para
você. Vamos te mostrar como escolher seus candidatos e votar
de forma prática, pra você usar todo o poder que tá na sua mão.
(UM)BORA! arrasar? Se joga nesse rolê eleitoral!

#geralcomtitulo #umboravotar!

8
Para saber mais, aponte sua
câmera para os QR codes
abaixo ou clique nos links!

A importância de se
interessar por política.

O que v
oc
ver com ê tem a
polític
a?

Politizar o
debate é
ruim?

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CALENDÁRIO: AS DATAS CHAVE DO ROLÊ EM 2024

Pra começar, se liga! Dá uma olhadinha nas datas das eleições des-
te ano para não perder nenhum prazo! Então se organize direiti-
nho e fique atento às datas!

CALENDÁRIO DAS ELEIÇÕES 2024

Início do prazo para trocar de partido sem perder o


mandato
Fim do prazo para trocas partidárias , filiação de
candidatos e desincompatibilização
Prazo limite para emissão do primeito título de
eleitor
Prazo para tirar o título de eleitor, emitir a segunda
via do documento, regularizar ou atualizar o
cadastro eleitoral
Início do período de arrecadação por
pré-candidatos
Desincompatibilização de candidatos que sejam
servidores públicos
Limite para registro de candidatura, até às 19h
Início da propaganda eleitoral
Início da propaganda eleitoral em rádio e TV
Data limite para o eleitor quitar multas por falta de
justificativa
Último dia para comícios, debates e fim da
propaganda eleitoral em rádio e TV
Último dia para propaganda de rua e na internet
1º turno das eleições
Início da propaganda de rádio e TV para o2º turno
Fim da propaganda de rádio e TV para o2º turno
Último dia para comícios, debates e fim da
propaganda eleitoral no 2º turno
2º turno das eleições
Fim do prazo para a diplomação dos eleitos
Posse de prefeitos

10
COMO SE PREPARAR PARA VOTAR

Antes de tudo, se você vai votar pela primeira vez, você precisa
tirar seu título de eleitor. Agora você pode tirar o título de eleitor
sem sair de casa! Sabia disso? Só vantagens, meu jovem.

Veja como:

Acesse o sistema Título Net do TSE;


Selecione a opção “Não tenho” na guia “Título de Eleitor”;
Preencha o formulário com seus dados pessoais;
O sistema pedirá ao menos 4 fotografias para comprovar a sua
identidade;
Acompanhe a sua solicitação acessando a guia “Acompanhar
Requerimento”;
Após o processamento das informações, caso não tenha
pendências, seu título estará disponível para download no
aplicativo e-Título!

Agora, se você é veterano ou já tem seu título de eleitor,


se liga no checklist brabo que a gente montou para você
ficar ainda mais preparado para votar! Vamos lá!

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Antes do dia das eleições, siga os seguintes passos:

Confira se seu título de eleitor está em dia;


Atente-se aos prazos eleitorais: prazos para quitação eleitoral,
transferência de título, justificar voto, voto em trânsito, etc. (dá
uma conferida no calendário na pág. 10);
Pesquise sobre os candidatos, conheça as propostas e históri-
co de cada um;
Acompanhe os debates eleitorais;
Complete os quadros - “Escolhendo meus candidatos” - que
disponibilizamos a partir da pág. 50 deste guia e escolha seus
candidatos de maneira consciente!
Confira as datas do primeiro e do segundo turno, caso haja,
para não esquecer;
Veja local, data e hora de votar: certifique-se de que você sabe
onde fica sua zona e seção eleitoral;
Documentos em mãos: o único documento obrigatório é um do-
cumento oficial com foto;
Chegue no horário;
Lembre-se de como deve votar para os cargos em disputa: são
2 dígitos para prefeito e 5 dígitos para vereador;
Anote os números dos seus candidatos. Aqui a boa e velha co-
linha é muito bem vinda;
Vote com consciência!
Compartilhe informações com amigos e familiares, mas com
respeito. O diálogo é importante!

Seguindo essa lista, é certeza de sucesso. Cabeça


fresca e coração quente por ter cumprido seu dever e
exercido seu direito da melhor forma possível!

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Mas e depois das eleições?

Caso não tenha votado, fique


atento aos prazos para justifi-
car seu voto;
Acompanhe o resultado das
eleições e veja se o candida-
to que você votou foi eleito;
Mantenha-se informado e
atualizado sobre política, de
preferência com a gente, nos
seguindo nas redes sociais e
acompanhando nosso portal.
Pratique sua cidadania! Na
seção 8 deste manual traze-
mos muitas dicas sobre como
você pode fazer isso na prá-
tica!

Para saber mais, aponte sua câmera para


os QR codes abaixo ou clique nos links!

Como s
e
o dia d preparar par
as elei a
ções?

Como votar
no domingo?

13
v

2. DIVISÃO DAS RESPONSABILIDADES

O Brasil é gigaaante! São mais de 8,5 milhões de km²! Caberia aqui


quase a Europa inteira (que tem 10,5 milhões de km²). É muito ter-
ritório e muita gente dentro desse território que precisa ter seus
direitos garantidos. Para dar conta de tudo isso, dividimos as tare-
fas entre vários cargos que são vereador, prefeito, governador,
deputado estadual e federal, senador e presidente.

Não dá pra uma pessoa só fazer tudo. É mais ou menos igual aque-
les trabalhos em grupo da escola e da faculdade, sabe? Cada um
faz sua parte e no final reúne tudo para organizar o trabalho com-
pleto? A ideia é essa! Nesse caso os alunos são os representantes
políticos eleitos por nós e nós somos a professora que vai avaliar
o resultado.

A nossa crítica sobre o desempenho dos representantes políticos


se reflete no nosso voto. Às vezes todos fazem seu trabalho da
melhor forma, mas em outros momentos um não faz sua parte no
trabalho e é muito difícil o trabalho dar certo e ficar bom se só um
ou outro faz tudo e o restante não faz nada ou atrapalha, certo?
A gente fica revoltado e com toda a razão!

É isso. Quer entender mais um pouquinho? Vamos lá!

NÍVEL MUNICIPAL, FEDERAL E ESTADUAL

Pensa comigo! Seria complicado o presiden-


te resolver os problemas de todos os bairros
no país, não é? Assim como o vereador da sua
cidade não teria condições de pensar em uma
lei que valesse para todo o Brasil.

Por essas e outras razões, o Estado brasileiro


é uma federação e possui três níveis de gover-
no. Cada um deles precisa fazer muita coisa! E
assim como existem diferentes níveis, também
existem diferentes impostos para cada um de-
les. Se liga como fica essa divisão de respon-
sabilidades:

14
15
16
17
CURIO
VOCÊ SABIA QUE O DISTRITO SIDAD
FEDERAL NÃO TEM PREFEITO? E!

É isso mesmo, o Distrito Federal, onde fica Brasília, não existe uma
eleição para prefeitos e vereadores. Isso porque, ele possui um
governador e uma Câmara Legislativa com 24 deputados distritais,
que acumulam as competências dos níveis estaduais e municipais.

QUER SABER MAIS?

Há vários tipos de competências fixadas pela Constituição para


cada nível de governo. É uma divisão complexa, mas que faz senti-
do e pode ser lida em detalhes no Título III da Constituição, intitula-
do “Da Organização do Estado”. Para ler, basta apontar sua câmera
para o QR code abaixo ou clicar aqui.

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O QUE FAZ O EXECUTIVO?

O Poder Executivo é responsável por implementar o que dizem


a Constituição e as leis elaboradas pelo Legislativo, através da
elaboração de políticas públicas, da regulamentação de leis e da
elaboração de decretos.

Temos dentro dessa esfera: Nível federal - Presidente da Repú-


blica que lida com políticas nacionais (como o Bolsa Família, Fome
Zero, Minha Casa Minha Vida, Ciência sem Fronteiras etc.) e repre-
senta o Brasil internacionalmente. Nível estadual - governadores,
aqueles com foco em políticas regionais (como o Renda Cidadã,
em São Paulo, e o CNH Popular, no Ceará).

Por fim, como 2024 é ano de eleições municipais, vamos


focar um pouco mais aqui, ok? Vem com a gente!

No nível municipal, o poder executivo é liderado pelo prefeito,


responsável por gerir os interesses locais com o apoio das secre-
tarias municipais. As secretarias são como os ministérios: cada
uma é responsável por uma área específica da administração pú-
blica, como saúde, educação, transporte e infraestrutura.

Como o nível municipal é o mais próximo da população, ele desem-


penha funções que afetam diretamente a vida das pessoas, como:

A manutenção de escolas municipais;


Atendimento de saúde primário;
Coleta de lixo;
Planejamento urbano;
Gestão do trânsito;
Fornecimento de água;
Tratamento de esgoto;
Promoção do desenvolvimento local
por meio do estímulo à economia, à
cultura, ao lazer e ao turismo.

19
Os prefeitos são eleitos pelo voto direto da população do municí-
pio para mandatos de quatro anos, podendo ser reeleitos para um
período subsequente. Por isso, seu voto importa muito!

Afinal, é o prefeito quem definirá as prioridades e as estratégias


para solucionar os problemas locais.

O que você gostaria de ver acontecendo aí na sua cidade?


Qual candidato ou candidata se alinha melhor com suas
ideias? Pense nisso na hora de escolher em quem votar!

E não podemos esquecer:

Os chefes do Poder Executivo são eleitos seguindo o sistema ma-


joritário, no qual vence o candidato que obtém a maioria dos vo-
tos válidos (vamos falar um pouco mais sobre isso daqui a pouco).

Além disso, quem for eleito poderá indicar Ministros e Secretários


que permanecem no cargo durante o mandato de quem os nomeou
e que auxiliam o Presidente, os governadores e os prefeitos em as-
suntos específicos, como saúde, segurança, educação, etc. que
permanecem no cargo durante o mandato de quem os nomeou.

Ainda, o Poder Executivo deve atuar em equilíbrio com os Pode-


res Legislativo e Judiciário, entre os quais há autonomia, mas não
hierarquia. Isso significa que cada um dos poderes são igualmente
importantes, e suas diferenças são quanto às atribuições defini-
das pela Constituição.

Esta autonomia é essencial para a democracia, pois cria um meca-


nismo de freios e contrapesos, prevenindo que um dos poderes se
sobreponha ao outro (ninguém pode se passar, né?).

Agora bora entender o Poder Legislativo!

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O QUE FAZ O LEGISLATIVO?

No Brasil, o Poder Legislativo também atua nos três níveis que a


gente já comentou: federal, estadual e municipal.

A nível federal, o Congresso Nacional, composto pela Câmara dos


Deputados e pelo Senado Federal, é responsável pela elaboração
de leis com validade em todo o país. Os deputados federais são
eleitos proporcionalmente à população dos estados (por exemplo:
SP tem 70 deputados e Goiás tem 17), enquanto os senadores repre-
sentam os estados e o Distrito Federal igualmente (3 por estado).

A níveis estadual e municipal, as Assembleias Legislativas e as Câ-


maras Municipais, respectivamente, legislam sobre as competên-
cias definidas pela Constituição.

Além de elaborar leis, o Legislativo tem outras tarefinhas:

Ficar de olho no Executivo, assegurando que suas ações este-


jam alinhadas com a Constituição e as leis;

Incentivar a galera visando promover a participação direta da


população através de mecanismos como a iniciativa popular,
referendos e plebiscitos.

Ah, e quando você for votar nas eleições mu-


nicipais deste ano, não se esqueça que o pre-
feito não pode fazer tudo sozinho: ele traba-
lha em conjunto com os vereadores.

Então você precisa escolher vereadores ali-


nhados com seu candidato a prefeito. Afinal,
os vereadores são responsáveis por fiscalizar
o executivo e por criar ou modificar leis em
âmbito municipal. Depois de tudo que passa-
mos juntos até aqui pra aprender como votar
de forma mais consciente, não vai dar manca-
da logo aqui, não é? Valorize essa jornada.

Vamos testar os conhecimentos adquiridos


até aqui? Segue comigo para a próxima pági-
na para ver se tá tudo ficando bem claro!

21
Ligue os Poderes em azul às suas
respectivas funções em amarelo!

Interpretar leis e
julgar casos concretos
conforme a CF/88

Elaborar o
Elaborar e
orçamento
aprovar leis EXECUTIVO público

LEGISLATIVO
Fiscalizar a Aprovar o
execução JUDICIÁRIO orçamento
das leis público

Executar leis e Nomear ministros


políticas públicas e secretários

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Para saber mais, aponte sua câmera para
o QR code abaixo ou clique nos links!

O que faz o governo


federal, estadual e
municipal?

e n ç a s entre
Dife r
ativo
o Legisl ta dual
a l , Es
Feder
ipal.
e Munic

Como funcio
na o
Poder Execu
tivo
Estadual?

O que é Poder
Executivo?

Como fun
ciona o
Poder Leg
islativo?

23
3. CARGOS NA PRÁTICA
QUAL É O PAPEL DE UM PREFEITO?

O prefeito controla tudo em relação aos serviços públicos. Ele está


no comando da grana da cidade, garantindo que tudo, como limpe-
za, transporte, saúde, e educação, funcione direitinho.

O que você pode cobrar do seu prefeito? Listamos para você al-
gumas das coisas que são competências do prefeito:

Atendimento básico de saúde;


A C O ISA!
T
Educação infantil e ensino QUAN
fundamental;
Na segurança, a responsabilidade
sobre a Guarda Municipal;
Sistema de transporte urbano;
Serviços de saneamento básico;
Elaboração de um plano municipal
de habitação;
Proteger o patrimônio histórico-
cultural da cidade;
Pavimentação de ruas,
preservação e construção de
espaços públicos, como praças e
parques;
Arrecadação, administração e
aplicação dos impostos municipais.

24
QUAL É O PAPEL DE UM VEREADOR?

Já os vereadores são escolhidos para representar a galera, falar


o que o povo quer e não quer. Na prática, eles criam, mudam ou
mandam embora leis que afetam nossa vida diretamente.

Eles também têm um olho no prefeito, para garantir que ele não
faça nada errado. Esse é o papel deles: legislar e fiscalizar, tudo
para que a nossa cidade fique incrível.

A função do vereador se limita ao território da sua cidade. Então,


fica esperto: se o candidato prometer coisas que ultrapassam a
municipalidade, é caô. Eles não podem mexer em leis que vão além
do município onde foram eleitos.

Em resumo, os vereadores têm a função de:

Representar os interesses da população na câmara municipal;


Criar, modificar ou eliminar leis municipais;
Fiscalizar as ações do prefeito e da prefeitura;
Participar na elaboração do orçamento da cidade;
Contribuir no planejamento urbano através do Plano Diretor;
Decidir sobre a criação de bairros e denominação de ruas;
Aprovar planos de educação e regulamentações de
zoneamento;
Proteger patrimônios históricos através do tombamento.

25
Hora do game de verdadeiro ou falso, galera! Preparados?
Vamos ver se vocês sacam tudo sobre o role dos prefeitos e
vereadores na nossa cidade!

O prefeito pode mandar na cidade inteira, inclusive


na criação de leis.
VERDADEIRO FALSO

Vereadores podem criar leis que valham para


outras cidades além da sua.
VERDADEIRO FALSO

O prefeito precisa da ajuda dos vereadores para


aprovar leis.
VERDADEIRO FALSO

Os Vereadores podem fiscalizar ações do prefeito


pra garantir que ele não vacile.
VERDADEIRO FALSO

O prefeito pode prometer melhorar a segurança


com mais policiamento nas ruas.
VERDADEIRO FALSO

Os vereadores têm o poder de nomear secretários


municipais.
VERDADEIRO FALSO

GABARITO
1. Falso, ele administra, mas quem cria leis é a galera da Câmara dos Vereadores. 2. Falso, eles só atuam
na sua própria cidade. 3. Verdadeiro, é um trabalho em equipe. 4. Verdadeiro, eles são tipo os olheiros
da galera. 5. Falso, a segurança, especificamente policiamento, é competência do governo estadual.
6. Falso, quem escolhe a equipe é o prefeito, mas os vereadores podem e devem dar aquela fiscalizada.

26
Para saber mais, aponte sua câmera para
os QR codes abaixo ou clique nos links!

O que f
az um
prefeit
o?

O que faz um vereador?

Se você chegou até aqui, leu tudi-


nho e entendeu, e ainda por cima
arrasou no quizz, você merece re-
ceber nosso selo de “cidadão cons-
ciente e orgulho da Politize”.

Agora você é oficialmente nosso


pupilo, o que significa que nosso
laço envolve uma regra primordial: A
gente se compromete a continuar
produzindo conteúdo de qualidade
para você e você continua estudan-
do e aprendendo com a gente.

Mas ainda não acabou. A gente tem


orgulho de você, mas ainda preci-
samos que você entenda mais algu-
mas coisinhas nesse guia.

27
4. SISTEMA ELEITORAL
SISTEMA DE VOTAÇÃO MAJORITÁRIO

Votar é uma forma de participar de uma tomada de decisões co-


letivas. Sabe quando você e seu grupo de amigos discutem para
decidir entre pizza ou hambúrguer no lanche do rolê? Ou quando
o Brasil precisa decidir quem sai ou quem fica no BBB? Ou quando
você precisou decidir qual grupo representaria melhor sua turma
da escola?

Todos os casos são exemplos de processos decisórios e na polí-


tica brasileira não é diferente: a cada dois anos temos eleições
(municipais e gerais). Mas afinal, como nossos vereadores, pre-
feitos, deputados, senadores, governadores e presidente chegam
a esses cargos?

Bom, depende. Vamos começar pelos cargos do Poder Executivo


e senadores: eles são escolhidos através do sistema majoritário.
A princípio, nesse sistema, o candidato mais votado é eleito, mas
vamos passar por alguns detalhes que você precisa estar atento.

No caso de presidente, governadores e prefeitos*, será eleito o


candidato que conquistar a maioria absoluta dos votos, ou seja,
50% dos eleitores mais 1. Caso nenhum candidato alcance os 50%,
os dois mais votados seguem para o segundo turno.

*Nas eleições para prefeitos de


municípios com menos de 200
mil eleitores, não há segundo
turno sob nenhuma hipótese.

28
Nesses casos, basta que o candidato consiga mais votos do que
qualquer outro adversário e ele está eleito para a vaga. A vantagem
pode ser de apenas um voto a mais do que o segundo colocado,
não importa: ele conseguiu seu mandato.

Ah, votos brancos e nulos são desconsiderados, ou seja, ape-


nas votos válidos são contabilizados na contagem de votos.

MAIORES LENDAS DO FOLCLORE BRASILEIRO!

CURUPIRA CUCA SACI

IARA LOBISOMEM

29
“VOTOS BRANCOS E NULOS
PODEM ANULAR ELEIÇÃO”

LENDAS DO FOLCLORE

30
Fique esperto, hein! Não caia no mito de que votos nulos, caso
sejam maioria, podem anular uma eleição.

No Legislativo há apenas um cargo que entra nesse grupo de vota-


ção majoritária: os senadores. A votação para senador se diferen-
cia em dois pontos:

Adota o sistema majoritário;


Cada senador tem um mandato de oito anos e em cada
estado, elegemos três senadores. Contudo, os mandatos
desses senadores terminam (e são renovados) em momentos
diferentes. Assim, se em 2022 elegemos apenas um senador por
estado, em 2026 elegeremos dois senadores por estado.

Para saber mais, aponte sua câmera para


o QR code abaixo ou clique no link!

Sistema
Eleitoral
brasileiro

31
SISTEMA DE VOTAÇÃO PROPORCIONAL

Se nas eleições para presidente, ganha o que for mais votado, para
vereador segue a mesma lógica, certo? Na verdade, não é bem
assim. Em cargos legislativos (com exceção dos senadores), o
Brasil adota o sistema de eleições proporcionais.

Esse sistema nasceu no século XIX, quando a expansão do direito


ao voto para minorias tornou necessário um novo modelo eleitoral
para garantir a representação desses grupos e respeitar a esco-
lha dos eleitores.

Mas o que é uma eleição proporcional? É o sistema que busca


garantir a proporcionalidade entre os votos do eleitorado e a dis-
tribuição das cadeiras no Parlamento.

Vamos entender o passo a passo:

1. Em eleições proporcionais, os partidos políticos apresentam


a lista de candidatos que vão disputar as eleições;
2. Em seguida, os eleitores escolhem um candidato da lista ou
votam diretamente no partido;
3. O próximo passo é transformar estes votos em cadeiras no
Parlamento.

O cálculo utilizado no Brasil para distribuição de cadeiras é ba-


seado em uma fórmula chamada Cota de Hare, ou simplesmen-
te Quociente Eleitoral: a divisão do número de votos válidos pela
quantidade de cadeiras em disputa. Além disso, ele busca garantir
a proporcionalidade entre votos e cadeiras.

Calma! Calma! Não precisa fechar o guia,


porque o cálculo aqui é simples demais.

32
Por exemplo, suponha que você vive em uma cidade onde, na úl-
tima eleição, 100 mil eleitores votaram em algum candidato ao le-
gislativo municipal. Suponha, também, que havia 10 cadeiras sendo
disputadas.

O Quociente Eleitoral de sua cidade, portanto, é 100 mil dividido por


10, que é igual a 10 mil. A cada vez que um partido alcançar esse
valor de 10 mil votos, com o total de votos em seus candidatos e
dos diretos no partido, ele terá direito a uma cadeira na Câmara
Municipal.

Como o sistema de eleições proporcionais depende do tamanho


da população, podem ocorrer modificações no número de cadei-
ras no legislativo de acordo com o tamanho da população.

Além das fórmulas e variações descritas nas seções anteriores,


existem mais três elementos institucionais que podem alterar os
resultados de uma eleição proporcional.

Magnitude do distrito (M): basicamente, esse elemento se


refere à quantidade de cadeiras em disputa. A magnitude e a
proporcionalidade do resultado de uma eleição são aspectos
que possuem total relação entre si;
Cláusulas de barreira: consiste no valor mínimo de votos
que um partido precisa alcançar para conquistar um lugar no
Parlamento, ter acesso a postos importantes no legislativo e
aos recursos do Estado. Por exemplo, só podem concorrer à
distribuição de vagas os partidos que tenham obtido pelo
menos 80% do quociente eleitoral e aqueles candidatos que
tenham obtido votos em número igual ou superior a 20%.

33
Ao votar para vereador, podemos escolher entre votar apenas no
partido (voto de legenda), ou em um candidato específico.

Em um primeiro momento, para definir a composição dos legisla-


tivos de todos os níveis, a Justiça Eleitoral conta os votos gerais
conquistados por cada partido. Cada partido recebe uma quanti-
dade de vagas legislativas proporcional à sua votação.

Feito isso, passa-se à segunda etapa, que é definir quais candi-


datos ocuparão as cadeiras. Essa parte é simples: os candidatos
que mais receberam votos têm direito às vagas conquistadas
pelo partido, até que elas acabem.

Por exemplo: se o partido A conquistar cinco vagas, os cinco can-


didatos mais votados do partido ocuparão essas vagas.

Achou interessante? Então dá uma olhada nos links abaixo.

Para saber mais, aponte sua câmera para


o QR code abaixo ou clique nos links!

Eleições
proporcionais

u e é voto
Oq nda?
l e g e
de

34
FINANCIAMENTO ELEITORAL: REGRAS

Na política brasileira, o financiamento eleitoral é um daqueles te-


mas polêmicos, que poucos sabem como funciona. Em um país
com populações e territórios gigantescos como o Brasil, a briga
pelos votos é competitiva e muito cara. Afinal, é preciso alcançar
muita gente e isso demanda equipamentos especiais e muita gen-
te qualificada.

Sabendo disso, imagina o que seria da nossa democracia se não


houvesse regras para o financiamento de candidatos durante as
eleições? Quem tivesse grana teria uma vantagem quase imbatível.

Assim, há regras para a grana que faz a roda da política girar, o que
garante que candidatos e partidos tenham voz nas eleições, que o
jogo seja justo, transparente e livre de influências indevidas.

Pelo mundo, a forma de financiar


a política varia. Na Alemanha, por
exemplo, a lei incentiva a gale-
ra a contribuir com os partidos
que apoiam, pois estipula que a
verba pública transferida para os
partidos seja um percentual das
contribuições dos eleitores. Já
na França, os candidatos podem
financiar suas campanhas por
meio de verbas públicas, doa-
ções individuais, e empréstimos
pessoais, sendo proibidas doa-
ções de entidades privadas.

No Brasil, a mistura é parecida: a


verba pública vem do tal Fundo
Eleitoral, enquanto a privada
vem de doações individuais,
contribuições dos membros dos
partidos e vaquinhas online.

35
O Fundo Eleitoral é a grana destinada a bancar as campanhas. Ele
nasceu em 2017, após o STF vetar a doação de empresas, devido
ao risco de abuso de poder econômico. O fundo é constituído por
recursos da União no ano eleitoral e é dividido entre os partidos
com base na representação no Congresso e nos votos da eleição
passada. A bolada começou com 1,7 bi nas eleições de 2018, saltou
para 1,86 bi em 2020, e bateu 5,7 bi nas eleições gerais de 2022. Em
2024, ano de eleições municipais, serão distribuídos 4,96 bi.

Mas atenção: o fundo eleitoral não deve ser confundido com o


fundo partidário, são duas coisas diferentes. O fundo partidário
existe desde 1965 e custeia as atividades regulares dos partidos,
não as campanhas.

As regras do jogo incluem um teto para doações individuais, gas-


tos por cargo e o veto à grana empresarial e de origens suspei-
tas. Também exigem que tudo seja #realoficial, com prestação de
contas para evitar irregularidades. Se rolar doação ilegal, o bicho
pega, com punições indo desde multas até a perda do registro e a
inelegibilidade.

Antes de 2015, as empresas podiam abrir a carteira para as campa-


nhas, mas o STF barrou a prática para evitar o domínio das empre-
sas no jogo político. Agora, só pessoas físicas podem doar, com o
limite de 10% do que se ganhou no ano anterior à eleição.

Além disso, com a inovação das vaquinhas online, a campanha fica


mais democrática, aumentando a participação popular e a trans-
parência, reduzindo a influência do dinheiro corporativo e dando
chance a mais vozes nas eleições. Todo mundo que doa recebe re-
cibo, e os candidatos têm que jogar limpo, abrindo conta exclusiva
para a campanha e mostrando cada centavo recebido. Se desistir
ou estourar o limite de gastos, tem que devolver a grana.

36
Para saber mais, aponte sua câmera para
o QR code abaixo ou clique nos links!

Fundo eleitoral

Financiam
ento
coletivo

Financiamento
de campanha

a n c i a mento
Fin
o de
privad
a m p a nhas
c

Fundo Especial d
e
Financiamento d
e
Campanha

37
VOTOS BRANCOS E NULOS

Pode ser que você já tenha visto alguém dizer:

“Se todo mundo anular o voto ou votar em branco, vão perceber


a insatisfação da população e vão anular as eleições!!!”

Na verdade, não é bem assim que funciona… vamos te mostrar o


que acontece na prática!

Veja bem, a legislação eleitoral considera apenas os votos válidos


para o cálculo eleitoral. Então, quando você anula seu voto, ele
não vai para nenhum candidato, mas acaba diminuindo o número
total de votos válidos. Isso pode acabar favorecendo o candidato
que não queremos! Observe esses cálculos:

Imagine que sua cidade tem 10.000 eleitores. Para que um can-
didato a vereador seja eleito, seu partido precisa alcançar 1.000
votos, quociente eleitoral que delimita quem irá ocupar uma das 10
cadeiras disponíveis na Câmara. Isso significa que cada vereador
precisa, em média, de 1.000 votos para ser eleito.

38
Agora, se houver 1.000 votos brancos e nulos na eleição, o núme-
ro total de votos válidos reduz para 9.000. Com isso, o quociente
eleitoral também cai para 900 votos por cadeira. Isso significa que
cada candidato precisará de 100 votos a menos para garantir sua
vaga na Câmara!

E aí, já tinha feito essa conta antes? Essa história de que votos
brancos e nulos anulam eleição é mito!!! Ainda que seja difícil
escolher quem de fato nos represente, existem muuuuitos can-
didatos para gente escolher. Com certeza podemos encontrar
alguém qualificado e com boas ideias!

Para saber mais, aponte sua câmera para


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Votos bra
ncos
e nulos

Entenda o
voto nulo

Histórico dos
votos brancos
e nulos

39
5. PARTIDOS POLÍTICOS
O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM OS PARTIDOS POLÍTICOS?

Os partidos políticos são como times no mundo da política, onde


cada jogador tem suas ideias e estratégias, mas todos estão no
mesmo campo buscando um objetivo em comum. Eles reúnem
pessoas que compartilham ideais políticos parecidos e se or-
ganizam para lutar pelo que acreditam, seja lá dentro do gover-
no ou na oposição. É tipo um clube onde você se junta com quem
pensa igual a você para tentar fazer a diferença e deixar sua marca
no jogo político.

Ao todo, existem 29 partidos políticos no Brasil, registrados no


TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cujas legendas representam os
mais diversos grupos da sociedade brasileira.

E com tantos partidos políticos assim, você já deve ter se pergun-


tado ou escutado: “Nossa, mas por que temos tantos partidos po-
líticos, enquanto países como os Estados Unidos só tem 2 grandes
partidos principais?”.

A quantidade de partidos no sistema político brasileiro pode ser


compreendida por meio de dois pontos:

40
Votação proporcional: o sistema de votação proporcional, que
explicamos na seção anterior, favorece a criação de muitos
partidos no Brasil porque ele permite que até mesmo grupos
menores consigam representação política. Como explicado,
nele são considerados todos os votos que todos os candida-
tos de um mesmo partido recebem mais os votos na legenda
do partido. Isso encoraja a diversidade de opiniões e facilita
a entrada de novos partidos no cenário político, já que não é
necessário ter uma grande quantidade de votos em um único
candidato para garantir a representação do partido.
Representatividade de pautas e ideologias: assim como in-
divíduos possuem suas próprias crenças e visões de mundo,
cada partido político seleciona determinadas questões sociais
para enfatizar e defender com vigor. Isso resulta na formação
de diferentes partidos, cada um focando em prioridades distin-
tas para representar diversos interesses sociais. Por exemplo,
isso pode incluir a defesa dos direitos de grupos de trabalha-
dores e sindicatos, o apoio a minorias, ou a promoção de políti-
cas para o setor agrícola, entre outros.

Os partidos são os mediadores entre a galera e o governo. Eles pe-


gam as demandas que a gente quer, como melhorar a educação ou
resolver o problema do desemprego, e elaboram ideias que podem
virar leis ou políticas públicas. Basicamente traduzem o que o povo
quer em ações que podem mudar as coisas na vida real.

Para saber mais, aponte sua câmera para


o QR code abaixo ou clique nos links!

Para que servem


os partidos
políticos?

ç õ e s dos
Fu n
s
partido
os
polític

41
COLIGAÇÕES E FEDERAÇÕES

Coligações partidárias são alianças temporárias entre partidos


políticos, e buscam combinar recursos como tempo de propagan-
da, militância e influência política para apoiar candidatos em elei-
ções específicas.

Em um sistema político fragmentado como o do Brasil, com deze-


nas de partidos, as coligações têm ainda mais relevância, já que
podem fazer toda a diferença no sucesso de um candidato.

Apesar disso, desde o pleito de 2020, a formação de coligações


partidárias não é mais permitida para eleições proporcionais
(deputados e vereadores), mas apenas para eleições majoritá-
rias (como presidente, senadores, governadores e prefeitos).

Em 2021, as coligações foram substituídas pelas federações parti-


dárias, pela Lei nº 14.208. O que difere os rolês é que as coligações
se dissolviam após as eleições, enquanto as federações são
uniões duradouras entre partidos — normalmente com maior
afinidade ideológica —, sendo obrigados a operar como um úni-
co grupo durante todo o mandato legislativo.

42
Em outras palavras, em coligações os partidos agem em conjunto
durante as eleições, mas individualmente durante a legislatura. Já
nas federações, os partidos agem em conjunto tanto nas elei-
ções, quanto nos anos seguintes a ela.

O propósito das federações é promover alianças baseadas em


afinidades ideológicas mais profundas, de modo a garantir uma
maior consistência e estabilidade nas ações políticas dos parti-
dos membros. É olhar para um outro partido e dizer: tamo junto!

Além disso, as federações também podem ajudar os partidos me-


nores a superar obstáculos como a cláusula de barreira — regra
que limita a atuação de legendas que não atingem uma porcen-
tagem mínima de votos. Aqui a união faz a força e ninguém solta a
mão de ninguém.

Para saber mais, aponte sua câmera para


o QR code abaixo ou clique nos links!

O que são
coligações
partidárias?

43
PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS

Saiba mais sobre cada um dos partidos apontando


sua câmera para os QR codes abaixo ou clicando nos
nomes dos partidos que você desejar.

MDB PDT PT PCdoB PSB

PSDB AGIR MOBILIZA CIDADANIA PV

AVANTE PP PSTU PCdoB PTRB

DC PCO PODE REPUBLICANOS PSOL

PL PSD SOLIDARIEDADE NOVO REDE

PMB UP UNIÃO PRD UMBORA!

44
Vale destacar, que em 2024 temos três federações partidárias ati-
vas que são compostas pelos seguintes partidos:

Federação Brasil da Esperança (Fe Brasil): Partido dos


Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PC do B) e
Partido Verde (PV);
Federação PSDB CIdadania: Partido da Social Democracia
Brasileira (PSDB) e Cidadania (CIDADANIA);
Federação PSOL REDE: Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e
Rede Sustentabilidade (REDE).

45
6. ESCOLHENDO MEUS CANDIDATOS

ENTENDENDO MINHAS DORES

A gente tá ligado que provavelmen-


te sua cidade tem coisas a serem
melhoradas, como atendimento
nas unidades básicas de saúde, os
horários e qualidade do transporte
público, mobilidade urbana no geral
e até mesmo o acesso ao sanea-
mento básico. Para escolher seu
candidato de forma consciente, o
primeiro passo é identificar quais
são essas questões e fazer uma
lista de todas elas.

Para te ajudar, preparamos as su-


gestões de reflexões abaixo para
que você pense sobre problemas
ou pontos de melhorias relacio-
nando com as áreas de atuação do
governo municipal:

46
Quais problemas ou pontos de melhoria você
identifica em seu bairro/município?

Saúde EDUCAÇÃO

Faltam creches? Faltam vagas


Faltam unidades de saúde?
nas escolas? Faltam cursos
O atendimento é muito demorado?
profissionalizantes? Faltam
Faltam especialistas?
universidades na região?

SEGURANÇA TRABALHO E DESIGUALDADE

Faltam empregos na cidade?


Existe alguma região muito
Existem programas de auxílio
perigosa? Falta policiamento? socioeconômico?

MEIO AMBIENTE
ARTE, CULTURA e esportes
O parque da cidade está
Sua cidade incentiva a cultura
mal cuidado? Há muitos
localmente? Existem bolsas para
incêndios? Há quedas de atletas da cidade?
árvores? O rio está poluído?

PLANEJAMENTO URBANO

Faltam ônibus? Falta OUTROS


saneamento básico?
Faltam pontes ou asfalto?

47
PRIORIZANDO MINHAS NECESSIDADES

Diante de tantos problemas, você


deve pensar quais são as mais
importantes de serem resolvidos
para você e para sua comunidade.
Quais dos pontos elencados no
quadro acima são os mais críti-
cos para você? E caso você não
identifique nenhum grande pro-
blema, pense nas pessoas ao seu
redor ou nas comunidades mais
vulneráveis da sua região, quais
seriam as questões mais impor-
tantes para eles?

Depois de refletir sobre isso, se-


lecione 5 a 8 pontos que você
acha que devem ser a prioridade
do governo municipal nos pró-
ximos 4 anos. Aquelas questões
que não podem mais ser adiadas
e precisam ser resolvidas. Para
isso, basta grifar essas priorida-
des ali mesmo no quadro em que
vocês as escreveu.

CONHECENDO OS CANDIDATOS

Agora você precisa identificar quais são as propostas dos can-


didatos para cada área! Para isso, você pode pré-selecionar 2
candidatos para cada cargo e fazer uma comparação entre suas
propostas. No processo de pré-seleção você pode considerar os
espectros políticos, os partidos e suas coligações e os históri-
cos dos candidatos.

Lembre-se que, devido ao sistema de eleição proporcional, no


caso dos vereadores, é importante também considerar o quão
crível é a possibilidade de eleição desses candidatos e também
quem são os candidatos que estão no mesmo partido. Isso por-
que, o seu voto em um candidato a vereador pode acabar elegen-
do outro candidato do mesmo partido.

48
Depois disso, você precisa buscar os planos de governo para
analisar as propostas de cada um. Nessa análise, você precisa
olhar para os problemas e pontos de melhoria que você identificou
como prioritários para você e sua comunidade e vverificar quais
candidatos atendem às suas demandas. Para isso, sempre que um
candidato tiver alguma proposta que seja igual ou muito pareci-
da com alguma de suas prioridades, você copia a prioridade no
quadro desse candidato, respeitando a divisão por áreas. Assim,
você saberá separar quais candidatos mais atendem às suas ex-
pectativas. Quanto mais das suas prioridades estiverem nos pla-
nos dos candidatos melhor! Aí o match é certeiro!

Nas próximas páginas, deixamos alguns quadros para te ajudar a


comparar os seus candidatos pré-selecionados. Depois de com-
pletá-los, seguindo as orientações que deixamos aqui em cima,
você pode contabilizar quais candidatos que mais tem propostas
em comum com suas prioridades. Aqueles que tiverem mais, são
os candidatos que mais tem a ver com você.

Atenção: caso algum candidato pré-selecionado não tenha plano


de governo, você pode acompanhar suas redes sociais para
buscar mais informações ou até mesmo perguntar diretamente
por meio de e-mails, ligações, encontros ou mensagens.

Não se esqueça de tomar cuidado


com propostas muito sedutoras, mas
que na prática não se sustentam.
Muitos candidatos possuem excelente
narrativa e oratória, além de carisma
e charme. Mas sabemos que é preciso
bem mais que isso para nos represen-
tar. Estude bem seus candidatos para
não cair no “canto da sereia”!

49
Escolhendo meus candidatos!

PREFEITO(A) VEREADOR(A)

Candidato(a):

Saúde EDUCAÇÃO

segurança planejamento urbano

meio ambiente arte, cultura e esportes

trabalho e desiguldade outros

50
7. URNAS ELETRÔNICAS
AS URNAS SÃO SEGURAS?

Ah, as urnas eletrônicas. Elas são os pilares do sistema eleitoral


brasileiro e é natural questionar: será que elas são realmente se-
guras? A resposta curta é sim, mas bora ver exatamente como?

Há décadas a Justiça Eleitoral investe em tecnologia de ponta


para garantir eleições seguras e transparentes. Além de realizar
vários tipos de auditoria (por partidos e instituições como o Mi-
nistério Público e OAB), ela também organiza os chamados Testes
Públicos de Segurança (TPS).

Nesses testes, especialistas em segurança digital são convidados


a “atacar” o sistema de votação de várias maneiras. A ideia é simu-
lar diferentes cenários de ataque para testar os mecanismos de
segurança das urnas eletrônicas. Até hoje, não houve sequer uma
tentativa bem sucedida de adulteração dos resultados eleitorais.

Os colaboradores envolvidos na
preparação e manutenção das ur-
nas, inclusive mesários, não têm
acesso ao código-fonte, o que re-
força a segurança contra manipu-
lações. A auditoria das urnas, rea-
lizada por amostragem antes e no
dia da eleição, inclui a verificação
da autenticidade do software e a
comparação dos votos digitados
com os resultados impressos, cer-
tificando a transparência e a con-
fiabilidade do processo.

51
Mas as medidas vão bem além disso: são mais de 30 camadas de
segurança, desde lacres físicos e criptografia até auditorias e
verificações de integridade — sem contar que as urnas não estão
conectadas à internet. Esse conjunto de cuidados faz das urnas
eletrônicas brasileiras um modelo internacional de segurança
e eficiência.

Fica sussa. Você realmente pode confiar!

Para saber mais, aponte sua câmera para


o QR code abaixo ou clique nos links!

Urnas
eletrônicas
seguras

AS URNAS SÃO SEGURAS?

Okay, você já entendeu que a urna eletrônica é segura. Agora, va-


mos ver como os votos são contabilizados?

Com a informatização do sistema de votação, a contagem dos vo-


tos ocorre de modo automatizado, sem intervenção humana,
eliminando brechas de fraude inerentes às cédulas de papel. Além
disso, a apuração é rápida e o sigilo do voto é reforçado, já que
é impossível identificar em qual candidato o eleitor votou.

Ao final do dia de votação, as urnas são fechadas eletronicamente


pelos mesários, impedindo a inserção de novos votos.

52
Depois disso, cada dispositivo gera um boletim de urna (BU) regis-
trando todos os votos computados naquela urna. Esse boletim é
impresso e fixado na seção eleitoral, onde todos possam vê-lo.
Os dados em si são criptografados, armazenados em mídias fí-
sicas e transportados para testes de autenticidade nos Tribu-
nais Regionais Eleitorais (TRE). De lá, eles são transmitidos para o
TSE através de uma rede privada. Durante todo esse processo, eles
nunca passam pela internet, o que previne ataques de hackers e
vazamentos de dados, por exemplo.

É somente depois de chegar nos servidores do TSE que os dados


criptografados podem ser decodificados e consolidados, utili-
zando um supercomputador mantido dentro de uma sala-cofre.
O processo é automatizado, dispensando a necessidade de inter-
ferência humana. Conforme a apuração dos votos, os resultados
parciais são divulgados em tempo real pelo TSE até que se chegue
ao resultado final.

Depois que a apuração terminar, partidos políticos e outras ins-


tituições podem solicitar não só a recontagem dos votos, como
também o acesso aos dados das urnas eletrônicas e servidores
para fiscalizar o processo e checar o resultado.

Transparência aqui é a chave.

53
8. VOTEI E AGORA?
ACOMPANHANDO OS CANDIDATOS ELEITOS

Ok, mas e depois da eleição? Será que todas as promessas que fo-
ram feitas pelos candidatos e te fizeram votar neles serão cumpri-
das? Será que os candidatos em que você não votou podem te sur-
preender positivamente? Só há um jeito de saber: acompanhando!

- E como eu faço isso, Politize!?

Calma que eu te conto, jovem gafanhoto! Para você que quer ficar
ligado no que rola na sua cidade e não perder nenhum movimen-
to dos seus prefeitos e vereadores, se liga nessas dicas de como
você pode jogar esse game da fiscalização e fazer a diferença:

1. Portais da Transparência: É tipo o Insta, mas ao invés


de fotos, tem infos de como a grana da cidade tá
sendo usada. Dá pra ver tudo online!
2. Audiências Públicas: Parece aqueles eventos no
Facebook, só que aqui você pode debater sobre as
tretas da sua cidade e dar sua opinião ao vivo. Bota a
cara e habla mesmo.
3. Conselhos Municipais: É tipo um grupo de WhatsApp,
mas aqui é sério: você pode participar ou acompanhar
as discussões sobre vários temas da cidade. Nada de
corrente, gif de bom dia com borboletas e notícias
tendenciosas.
4. Ouvidorias: Sabe quando você quer reclamar de algo
e manda na DM de alguém? Aqui é parecido, só que
pra falar sobre os serviços da cidade. Acesse o site
da sua prefeitura e você encontrará os contatos da
Ouvidoria de seu município.

54
6. Tribunais de Contas: Imagine que é um feed onde rola
uma fiscalização pesada sobre a grana da cidade. Você
pode acompanhar e ver se tá tudo nos conformes.
7. Ministério Público: Tipo o Direct pra quando a coisa
tá séria e você quer que alguém investigue alguma
parada errada na administração.
Lei de Acesso à Informação (LAI): Quer saber algo
8. específico? Aqui você manda sua pergunta tipo um
Stories e espera a resposta oficial.
Plataformas de Dados Abertos: É como se fosse um
Google, mas só com dados públicos da sua cidade. Dá
pra fazer várias pesquisas maneiras.
9.
Mídias Sociais e Blogs: Pra ficar por dentro das
novidades, seguir perfis engajados em política local
pode ajudar muito. E você pode compartilhar o que
achar importante.
10.
Ações Populares e Ministério Público de Contas: Se
liga, porque aqui você pode até entrar com uma ação
na justiça se achar que algo muito errado tá rolando.
Tipo um superpoder do cidadão!

Todo mundo já conhece o fiscal de vida alheia, o fiscal de cabelo,


fiscal de relacionamento, fiscal de alimentação. A gente detesta,
não é? Mas agora tem também o fiscal de trabalho político bem
feito. No caso é você. Se é pra ficar de olho em algo, vamos ficar
de olho no que interessa.

E aí, preparado(a) para usar todos esses recursos e fazer valer sua
voz? Não esqueça que seu papel é fundamental. Você é protago-
nista. Bora lá fazer a diferença!

55
CIDADANIA NA PRÁTICA

18 formas de exercer sua cidadania para além do voto!

Estudar sobre política e cidadania. Para fazer isso não


precisa iniciar uma faculdade, é possível estudar sobre es-
ses assuntos com cursos e sites de educação. É o caso do
curso de Ciência Política online oferecido de forma gratuita
pela USP, a plataforma de educação política Meu Município e
a própria Politize!;

Levar educação política para sua cidade! Você pode, por


exemplo, procurar o programa Embaixadores Politize! que
forma lideranças cidadãs capazes de resolver problemas
públicos e se reconhecerem como protagonistas em suas
cidades por meio de uma formação didática, descomplica-
da e gratuita;

Acompanhar as audiências públicas de sua cidade. Elas


ocorrem por diversos motivos, como para a elaboração do
orçamento público, para o planejamento urbano municipal,
para a criação de licenças ambientais entre outras coisas.
Quando houver outros assuntos de relevância social, é pos-
sível propor a realização de mais audiências junto à Câmara
de Vereadores;

Participar dos conselhos municipais, que são espaços


nos quais você pode participar das decisões sobre políti-
cas públicas nas mais diversas áreas, como educação, saú-
de, mobilidade urbana, segurança, meio ambiente, e muito
mais. Eles podem ser de caráter permanente ou temporário
e deliberativos ou consultivos. Suas reuniões são públicas e
qualquer cidadão pode participar.

56
Participar das reuniões do Orçamento Participativo (OP)
para propor que as necessidades coletivas da sua região
possam, de fato, entrar no orçamento público municipal.
Caso não exista um Orçamento Participativo em sua cidade,
uma opção é ir à Câmara de Vereadores para propor a sua
criação;

Participar da formulação do Plano Diretor de sua cida-


de. Isso é importante pois o plano diretor é o principal ins-
trumento da política urbana brasileira e estabelece regras,
parâmetros, incentivos e instrumentos para o desenvolvi-
mento da cidade no médio e longo prazo. nele são definidos
diversos elementos da infraestrutura da cidade, como uso
do solo, criação de zonas especiais, habitação, saneamen-
to básico e mobilidade urbana.

Organizar um “observatório cidadão” que possa acom-


panhar as metas municipais determinadas pela Prefeitura
e monitorar as políticas públicas da cidade. Assim como as
iniciativas da Rede Cidades por Territórios Justos, Democrá-
ticos e Sustentáveis, tais como: Rede Nossa São Paulo, Ins-
tituto Nossa Ilhéus e Ilhabela Sustentável;

Ficar de olho nos Portais da Transparência, da Prefeitura,


da Câmara de Vereadores e de Autarquias municipais. Nes-
ses portais é possível acompanhar as licitações, os gastos,
as receitas e outras informações previstas pela Lei de Aces-
so à Informação (para municípios com até 10 mil habitantes);

57
Montar grupo de acompanhamento das sessões legisla-
tivas que monitore de perto todo o trabalho realizado pelos
vereadores. Também é possível fazer isso de forma indivi-
dual, adotando um vereador e acompanhando seu trabalho;

Participar das conferências temáticas que ocorrem nas


cidades. Elas possuem o objetivo de debater e elaborar
propostas de políticas públicas, nas áreas dos direitos hu-
manos, educação, saúde, igualdade de gênero, segurança
pública, meio ambiente e assistência social. É preciso ficar
atento ao calendário, pois elas costumam ocorrer a cada
dois anos;

Opinar em projetos de lei, consultas públicas e matérias


legislativas através dos portais digitais oficiais do gover-
no. Você pode acessar o e-cidadania do Senado Federal, e
também o portal da Câmara dos Deputados;

Solicitar ao Serviço de Informação ao Cidadão as infor-


mações públicas que desejar receber para sua atuação
cidadã. Esse é o canal de comunicação entre governo e so-
ciedade civil, que deve atuar nos municípios brasileiros. Há
obrigação de disponibilizar dados públicos a todos os cida-
dãos interessados, seguindo a Lei de Acesso à Informação;

Utilizar a ouvidoria pública do governo municipal como um


canal de denúncias ou para fazer sugestões de melhorias
para a cidade;

58
Participar de manifestações e protestos democráticos
como forma de exercer sua liberdade de expressão e opi-
nião sobre assuntos públicos e políticos;

Articular ou engajar-se em coletivos, organizações ou


movimentos sociais dos quais se identifique e, assim, pro-
vocar melhorias na cidade. Você pode fazer doações finan-
ceiras a essas causas, mas também pode doar seu tempo
como voluntário;

Participar da liderança estudantil na sua escola ou univer-


sidade como representante de classe ou membro de dire-
tórios acadêmicos ou grêmios estudantis;

Se alistar, ou atender ao convite, para ser um mesário ou


mesária voluntária(o) nas próximas eleições. É uma ma-
neira muito importante de ser parte ativa do processo elei-
toral, garantindo que centenas de pessoas possam exercer
sua cidadania através do voto em sua localidade;

Filiar-se a um partido político! Sim, independente da sua


ideologia ou preferência partidária, ser parte de um partido
significa opinar sobre as pessoas que vão ser candidatas
em eleições, bem como participar dos debates sobre alian-
ças partidárias e planos de governo do partido. Além disso,
você também pode lançar candidatura, caso se interesse.

59
CIDADANIA NA PRÁTICA

18 formas de exercer sua cidadania para além do voto!

Estudar sobre política e cidadania por meio dos


conteúdos do portal Politize! e nossas redes sociais;

Levar educação política para sua cidade por meio do


Programa Embaixadores Politize!;

Falar algo aqui sobre o NEB

Acompanhar as audiências públicas de sua cidade;

Participar dos conselhos municipais e das decisões


sobre políticas públicas nas mais diversas áreas;

Participar de reuniões do Orçamento Participativo (OP);

Participar da formulação do Plano Diretor de sua cidade;

Organizar um “observatório cidadão” que possa


acompanhar as metas municipais e monitorar as
políticas públicas da cidade;

Ficar de olho nos Portais da Transparência;

Montar grupo de acompanhamento das sessões


legislativas;

60
Participar das conferências temáticas que ocorrem
nas cidades;

Opinar em projetos de lei, consultas públicas e


matérias legislativas através dos portais digitais
oficiais do governo;

Solicitar ao Serviço de Informação ao Cidadão as


informações públicas que desejar;

Utilizar a ouvidoria pública do município;

Participar de manifestações e protestos democráticos;

Articular ou engajar-se em coletivos, organizações ou


movimentos sociais;

Participar da liderança estudantil;

Ser um mesário ou mesária voluntária(o) nas próximas


eleições;

Filiar-se a um partido político!

61
9. FAQ ELEITORAL
Se você ainda tiver dúvidas específicas sobre as eleições, você
pode acessar o portal Politize! para buscar mais conteúdos sobre
política e eleições ou utilizar o FAQ do TSE para tirar suas dúvidas
específicas. Acesse clicando nos ícones abaixo!

Portal Politize!

FAQ do TSE

62
10. AVALIAÇÃO DO GUIA

Gostou do nosso guia? Tem algum comentário ou


sugestão?

Responda nosso formulário de avaliação (leva


menos de 3 minutos) e nos ajude a melhorá-lo para
as próximas eleições! UMBORA!

Foi um prazer percorrer esse caminho com você.

Valeeeu!

Até a próxima,

Equipe Politize!

63

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