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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

C09. PORT (Expert) - Guruja


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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022


1) Texto CB1A2-II

A pseudociência difere da ciência errônea. A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um. Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem
tentativas. As hipóteses são formuladas de modo a poderem ser refutadas. Uma sequência de hipóteses alternativas é confrontada com os experimentos e a observação.
A ciência tateia e cambaleia em busca de melhor compreensão. Alguns sentimentos de propriedade individual são certamente ofendidos quando uma hipótese científica
não é aprovada, mas essas refutações são reconhecidas como centrais para o empreendimento científico.

A pseudociência é exatamente o oposto. As hipóteses são formuladas de modo a se tornar invulneráveis a qualquer experimento que ofereça uma perspectiva de
refutação, para que em princípio não possam ser invalidadas.

Talvez a distinção mais clara entre a ciência e a pseudociência seja o fato de que a primeira sabe avaliar com mais perspicácia as imperfeições e a falibilidade humanas do
que a segunda. Se nos recusamos radicalmente a reconhecer em que pontos somos propensos a cair em erro, podemos ter quase certeza de que o erro nos
acompanhará para sempre. Mas, se somos capazes de uma pequena autoavaliação corajosa, quaisquer que sejam as reflexões tristes que isso possa provocar, as nossas
chances melhoram muito.

Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demônios.Tradução de Rosaura Eichemberg.


São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 39-40 (com adaptações).

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue o item que se segue.

A supressão da vírgula presente logo após a palavra “erro” (segundo período do terceiro parágrafo) prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado

Gabarito: Certo

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CEBRASPE (CESPE) - ACP (MP TCE-SC)/TCE SC/Direito/2022


2) A palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico,
entendemos que a sua história conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo resultante da falta de caráter dos
indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica, já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.

A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a
corrupção sempre se materializa a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas quais há participação de agentes
públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se
refere a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao
público. A terceira se relaciona à compra de votos dos legisladores.

Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca
socialmente indesejada. Com isso, queremos dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se configura como um jogo
de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.

Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual.


In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições.
Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).

Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.

A oração “apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos” (último parágrafo) está isolada entre vírgulas porque expressa sentido
explicativo.
Certo
Errado

Gabarito: Errado

www.tecconcursos.com.br/questoes/1937173

CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE SC/Administração/2022


3) Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades,
houve também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram,
então, muito antes do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.

No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o
auxílio dos questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.

Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja
instituições e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o

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primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema
de tribunais de contas.

A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue
em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a
arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo.
Internet: <www.tcees.tc.br> (com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o Senado Romano” e “na Grécia” são seguidos de vírgula porque expressam circunstância de lugar no início da
oração em que aparecem.
Certo
Errado

Gabarito: Errado

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FCC - ARE (SEFAZ AP)/SEFAZ AP/2022


4) Atenção: Leia o texto a seguir para responder à questão.
Renato Mendonça e A influência africana no português do Brasil, um estudo pioneiro
de africanias no português brasileiro

A partir de uma definição da antropóloga Nina Friedemann em “Comunidades negras: refúgios de africanias na Colômbia”, podemos entender africanias como a bagagem
cultural submergida no inconsciente iconográfico dos negroafricanos entrados no Brasil em escravidão, que se faz perceptível na língua, na música, na dança, na religião,
no modo de ser e de ver o mundo, e que, no decorrer dos séculos, como forma de resistência e de continuidade na opressão, transformou-se e converteu-se em matrizes
partícipes da construção de um novo sistema cultural e linguístico que nos identifica como brasileiros.

São essas matrizes que, na década de 1930, o diplomata, escritor e pesquisador alagoano Renato Firmino Maia de Mendonça (1912 – 1990), em sua monografia sobre A
influência africana no português do Brasil, trata de pontuar na formação da modalidade da língua portuguesa no Brasil, em nossas tradições orais e na literatura brasileira.

Em 1933, a 1ª edição foi publicada pela Gráfica Sauer com prefácio de Rodolfo Garcia, trazendo o mapa da distribuição do elemento negro no Brasil colonial e imperial.
Em 1935, sai a 2a edição pela Companhia Editora Nacional, na Coleção Brasiliana, ilustrada com mapas e fotografias e aumentada em dois capítulos, um esboço histórico
sobre o tráfico e um ensaio sobre o negro na literatura brasileira. Também de caráter inovador são os mapas toponímicos com localidades designadas por nomes africanos
no Brasil, da autoria do geógrafo Carlos Marie Cantão, que vêm em addendum, ao final do livro. A 3ª edição, de 1948, é publicada no Porto pela Figueirinhas. Em 1972 e
1973, a 2a edição é republicada pela Civilização Brasileira.

Ao lado de Jacques Raimundo, que coincidentemente publicou, pela Renascença, em 1933, O elemento afro-negro na língua portuguesa, a obra de Renato Mendonça é
um estudo de referência obrigatória nessa importante área de pesquisa, cuja repercussão científica corresponde a menos do que seu valor real, em razão da tendência de
esse conhecimento ser considerado, por linguistas e filólogos, mais como objeto de pesquisa dos africanistas e dos especialistas em estudos “afro-brasileiros” – assim
denominados como uma palavra composta de acordo com a grafia consagrada e recomendada pelo recente acordo ortográfico. Neste contexto, separado por um traço de
união em lugar simplesmente de se escrever afrobrasileiros, o termo afro, tratado como um prefixo, reflete de maneira subliminar aquela tendência. Destaca-se como se
fosse um aparte eventual no processo e não a parte afrobrasileira inscrita em nossa identidade cultural e linguística.

Dentro desse plano de entendimento, Renato Mendonça coloca e avalia a interferência que aquelas vozes de mais de quatro milhões de negros escravizados, no decorrer
de três séculos consecutivos, imprimiram naquela língua portuguesa que eles foram obrigados a falar como segunda língua no Brasil. Ao mesmo tempo, Mendonça
enriquece e alarga suas análises baseado em uma bibliografia ainda hoje consistente e de grande valia para os estudos atuais sobre a história e a etnografia africanas e
suas línguas, principalmente sobre as que foram faladas no Brasil, as quais ele adequadamente chama de negroafricanas.

(Adaptado de: CASTRO, Yeda Pessoa de.


Prefácio − Renato Mendonça e A influência africana no português do Brasil, um estudo pioneiro de africanias no português brasileiro. In: Mendonça, Renato. A influência africana no Português do
Brasil. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012, p. 15-16)
Observações:
1. Addendum: adendo, apêndice.

Estão corretas as seguintes alterações propostas para a pontuação de fragmentos do texto:

a) a 1a edição, foi publicada pela Gráfica Sauer, com prefácio, de Rodolfo Garcia, trazendo o mapa da distribuição do elemento negro, no Brasil, – colonial e
imperial.
b) ilustrada, com mapas e fotografias, e aumentada em dois capítulos: um esboço histórico sobre o tráfico e um ensaio sobre o negro na literatura brasileira.
c) Dentro desse plano de entendimento Renato Mendonça coloca, e avalia a interferência, que aquelas vozes de mais de quatro milhões de negros escravizados.
d) Também, de caráter inovador, são os mapas, toponímicos: com localidades, designadas, por nomes africanos, no Brasil, da autoria do geógrafo, Carlos Marie
Cantão que vem em addendum; ao final do livro.
e) a 3ª edição de 1948, é publicada no Porto pela Figueirinhas. Em 1972 e 1973 a 2a edição, é republicada pela Civilização Brasileira.

Gabarito: B

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CEBRASPE (CESPE) - Proc (MP TCE-SC)/TCE SC/2022


5) Há muitas línguas na língua portuguesa. Para dar voz e rosto a culturas e religiosidades tão díspares e distantes, esse idioma passou a existir dentro e fora do seu
próprio corpo. Nós, brasileiros, portugueses, angolanos, moçambicanos, caboverdianos, guineenses, santomenses, falamos e somos falados por uma língua que foi
moldada para traduzir identidades que são profundamente diversas e plurais.

Vivemos na mesma casa linguística, mas fazemos dela uma habitação cujas paredes são como as margens dos oceanos. São linhas de costa, fluidas, porosas, feitas de
areia em vez de cimento. Em cada uma das divisórias dessa comum residência, mora um mesmo modo de habitar o tempo, um mesmo sentimento do mundo (nas
palavras do poeta Drummond). Essa língua é feita mais de alma do que de gramática. A língua não é uma ferramenta. É uma entidade viva. Com esse idioma,
construímos e trocamos diversas noções do tempo e diferentes relações entre o profano e o sagrado.

Jorge Amado atravessou o oceano num momento em que as colônias portuguesas na África se preparavam para a luta pela independência. Na década de cinquenta do
século passado, intelectuais e artistas africanos estavam ocupados em procurar a sua própria identidade individual e coletiva. Nessa altura, era clara a necessidade de
rupturas com os modelos europeus. Escritores de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe procuravam caminhos para uma escrita mais

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ligada à sua terra e à sua gente. Carecíamos de uma escrita que nos tomasse como não apenas autores de estórias, mas também sujeitos da sua própria história.
Precisávamos de uma narrativa que nos escrevesse a nós mesmos.

Muito se especula sobre as semelhanças entre as nações africanas e o Brasil. Essas comparações resultam muitas vezes de simplificações, mistificações e romantizações.
Na maior parte das vezes, essas analogias são fundadas em estereótipos que pouco têm a ver com uma realidade que é composta por dinâmicas e complexidades que
desconhecemos.

O que é mais africano no Brasil e mais brasileiro na África não é o candomblé, não são as danças nem os tipos físicos das pessoas. O que nos torna tão próximos é o
modo como, de um e de outro lado do Atlântico, aprendemos a costurar culturas e criar hibridizações. A presença africana não mora hoje apenas nos descendentes dos
escravizados. Essa presença permeia todo o Brasil. Dito de outra maneira: a semelhança não está no pano. Está na costura. Está no costureiro. E esse costureiro é a
história. E é a língua que partilhamos. Essa língua é, ao mesmo tempo, linha, pano e mãos tecedeiras.

Mia Couto. As infinitas margens do oceano.


In: Panorama da Contribuição do Brasil para a Difusão do Português.
Brasília: FUNAG, 2021, p. 421-424 (com adaptações).

Acerca de propriedades gramaticais e semânticas do texto 1A16- I, julgue o item que se segue.

Haveria alteração do sentido original do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente após a palavra “escrita” (penúltimo período do terceiro parágrafo).
Certo
Errado

Gabarito: Certo

www.tecconcursos.com.br/questoes/1509171

CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021


6) A ideia de cultura foi cunhada e batizada no terceiro quartel do século XVIII como termo sintético para designar a administração do pensamento e do comportamento
humanos. A palavra “cultura” não nasceu como um termo descritivo, uma forma reduzida para as já alcançadas, observadas e registradas regras de conduta de toda uma
população. Só cerca de um século mais tarde, quando os gerentes da cultura olharam em retrospecto para aquilo que tinham passado a ver como criação sua e, seguindo
o exemplo de Deus na criação do mundo, com carga positiva, é que “cultura” passou a significar a forma como um tipo regular e “normativamente regulado” de conduta
humana diferia de outro, sob outro gerenciamento. A ideia de cultura nasceu com uma declaração de intenções.

O termo “cultura” entrou no vocabulário como o nome de uma atividade intencional. No limiar da Era Moderna, homens e mulheres, não mais aceitos como “um dado não
problematizado”, como elos preordenados na cadeia da criação divina (“divina” como algo inegociável e com o qual não devemos nos imiscuir), indispensáveis, ainda que
sórdidos, torpes e deixando muito a desejar, passaram a ser vistos ao mesmo tempo como maleáveis e terrivelmente carentes de ajustes e melhoras. O termo “cultura”
foi concebido no interior de uma família de conceitos que incluía expressões como “cultivo”, “lavoura”, “criação” — todos significando aperfeiçoamento, seja na prevenção
de um prejuízo, seja na interrupção e reversão da deterioração. O que o agricultor fazia com a semente por meio de atenção cuidadosa, desde a semeadura até a
colheita, podia e devia ser feito com os incipientes seres humanos pela educação e pelo treinamento. As pessoas não nasciam, eram feitas. Precisavam tornar-se
humanas — e, nesse processo de se tornar humanas (uma trajetória cheia de obstáculos e armadilhas que elas não seriam capazes de evitar nem poderiam negociar,
caso fossem deixadas por sua própria conta), teriam de ser guiadas por outros seres humanos, educados e treinados na arte de educar e treinar seres humanos.

O termo “cultura” apareceu no vocabulário menos de cem anos depois de outro conceito moderno crucial, o de “gerenciar”, que significa, segundo o Oxford English
Dictionary: “forçar (pessoas, animais etc.) a se submeter ao controle de alguém”, “exercer efeito sobre”, “ter sucesso em realizar”. E mais de cem anos antes de outro
sintético, de “gerenciamento”, o de “obter sucesso ou sair-se bem”. Gerenciar, em suma, significava conseguir que as coisas fossem feitas de uma forma que as pessoas
não fariam por conta própria e sem ajuda.Significava redirecionar eventos segundo motivos e desejo próprios. Em outras palavras, “gerenciar” (controlar o fluxo de
eventos) veio a significar a manipulação de probabilidades: fazer a ocorrência de certas condutas (iniciais ou reativas) de “pessoas, animais etc.” mais provável, ou, de
preferência, totalmente improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última instância, “gerenciar” significa limitar a liberdade do gerenciado.

Zygmunt Bauman. Vida líquida. Carlos Alberto Medeiros (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2009 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.

A supressão da vírgula empregada no trecho “homens e mulheres, não mais aceitos como ‘um dado não problematizado’” (R. 16 e 17) preservaria o sentido original do
texto.

Certo
Errado

Gabarito: Errado

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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TC DF)/TC DF/Auditoria/2021


7) Texto CB1A2

O mundo urbano já abriga mais da metade da população do planeta, e os processos de urbanização espalham globalmente, mas de forma desigual, tanto os benefícios
quanto as crises da ocupação urbana do espaço. Com isso, o planejamento urbano e a gestão das cidades e áreas metropolitanas vêm sendo inseridos em discussões na
busca de alternativas para a urbanização e para o desenvolvimento urbano, a fim de mitigar os impactos nocivos e adaptar o ordenamento territorial e a distribuição
socioespacial das cidades às condições de ambiente e clima locais e regionais. O movimento de (re)pensar o planejamento das cidades para que se obtenha um modelo
em que o desenvolvimento urbano possa ser mais social e ambientalmente sustentável passará a ser essencial daqui a alguns anos, considerando-se tanto as
desigualdades que esses processos carregam em si quanto os problemas ambientais e climáticos desencadeados por eles.

Por um lado, uma parcela da população urbana usufrui dos avanços técnico-científicos, da infraestrutura e do conforto que a vida urbana e sua produção econômica
disponibilizam; por outro lado, grande parte do mundo sofre com as consequências socioeconômicas das políticas econômicas e de expansão de mercados, que
promovem exclusão, desigualdade e vulnerabilidade no mercado de trabalho e na gestão e no planejamento urbanos. As cidades, sejam elas grandes aglomerados, como
metrópoles, ou pequenas comunidades, enquanto aglomerações urbanas, são permeadas, em diversos níveis, por questões de desigualdade socioeconômica e questões
que envolvem uma mudança de discurso para melhorar as condições ambientais, como propostas de consumo consciente e saneamento básico: o meio urbano e o
padrão do desenvolvimento urbano são um desafio quando se considera promover mudanças nos padrões insustentáveis de consumo.

Ana Célia Baía Araújo e Zoraide Souza Pessoa. O desafio das cidades sustentáveis: prós e contras de
uma proposta para o desenvolvimento urbano. Internet: <http://anpur.org.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB1A2, julgue o item:

O emprego de vírgulas para isolar o trecho “enquanto aglomerações urbanas” justifica-se pela natureza explicativa desse trecho dentro do período.

Certo

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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Errado

Gabarito: Certo

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VUNESP - Ana (Pref Itapevi)/Pref Itapevi/Ambiental/2019


8) Leia o texto para responder a questão.

“Tire suas próprias conclusões”

Essa é a frase que mais tenho ouvido recentemente. Passada a euforia de uma notícia qualificada como “bomba”, logo os atores de uma das partes corriam a público para
disponibilizar a íntegra daquilo que antes foi veiculado em partes.

É preciso saber de tudo e entender de tudo. É preciso tirar as próprias conclusões para não depender de ninguém, e é esse o grande e contraditório imperativo dos
nossos tempos. É uma ordem a uma experimentação libertária, e uma quase contradição do termo. O imperativo que liberta também aprisiona: você só passa a ser, ou a
pertencer, se tiver uma conclusão. Sobre qualquer coisa.

Nas últimas décadas psicanalistas se debruçaram sobre as mudanças nos arranjos produtivos e sociais de cada período histórico para compreender e nomear as formas
de sofrimento decorrentes delas. A revolução industrial, a divisão social do trabalho, a urbanização desenfreada e as guerras, por exemplo, fizeram explodir o número de
sujeitos impacientes, irritadiços e perturbados com a velocidade das transformações e suas consequentes perdas de referências simbólicas.

Pensando sobre o imperativo “Leia/Veja/Assista” e “Tire suas próprias conclusões”, começo a desconfiar de que estamos diante de uma nova forma de sofrimento
relacionado a um mal-estar ainda não nomeado.

Afinal, que tipo de sujeito está surgindo de nossa nova organização social? O que a vida em rede diz sobre as formas como nos relacionamos com o mundo? Que tipos de
valores surgem dali? E, finalmente, que tipo de sofrimento essa vida em rede tem causado?

Vou arriscar e sair correndo, já sob o risco de percorrer um campo que não é meu: estamos vendo surgir o sujeito preso à ideia da obrigação de ter algo a dizer. Ao longo
dos séculos essa angústia era comum aos chamados formadores de opinião e artistas, responsáveis por reinterpretar o mundo. Hoje basta ter um celular com conexão 3G
para ser chamado a opinar sobre qualquer coisa. Pensamos estar pensando mesmo quando estamos apenas terceirizando convicções ao compartilhar aquilo que não
escrevemos.

É uma nova versão de um conflito descrito por Clarice Lispector a respeito da insuficiência da linguagem. Algo como: “Não só não consigo dizer o que penso como o que
penso passa a ser o que digo”. Se vivesse nas redes que atribuem a ela frases que jamais disse, o “dizer” e o “pensar” teriam a interlocução de um outro verbo:
“compartilhar”.

(Matheus Pichonelli, Carta Capital. 18.03.2016. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

A passagem do texto que, após o acréscimo da vírgula, está de acordo com a norma-padrão é:
a) Essa é a frase que, mais tenho ouvido recentemente. (1º parágrafo)

b) É preciso tirar as próprias conclusões, para não depender de ninguém… (2º parágrafo)

c) Nas últimas décadas psicanalistas se debruçaram, sobre as mudanças nos arranjos produtivos e sociais de cada período histórico... (3º parágrafo)

d) Ao longo dos séculos essa angústia era comum aos chamados, formadores de opinião e artistas, responsáveis por reinterpretar o mundo. (6º parágrafo)

e) Hoje basta ter um celular com conexão 3G para ser chamado, a opinar sobre qualquer coisa. (6º parágrafo)

Gabarito: B

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FCC - AGA (Pref Recife)/Pref Recife/2019


9) Quem não gosta de samba

“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas
há também uma venerável linhagem de moralistas que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos
musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal. Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão
ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse
superexcitar a imaginação.

O que todo esse medo da música – ou de certos tipos de música – sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam – a
crença num suposto perigo moral da música −, mas também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto,
detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?

O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato, nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que
estavam falando.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)

A exclusão da vírgula alterará o sentido da seguinte frase:

a) Ao longo da História, muitos pensadores manifestaram seu temor pelos poderes da música.
b) Obviamente, não é a todos que desconcerta surpreender-se com os poderes da música.
c) A música afeta aos ouvintes atentos, que conhecem seus mágicos poderes.
d) Nem todos temem a música, porque nem todos reconhecem seus mágicos poderes.
e) Aos que gostam da música, garante-se uma inesgotável fonte de prazer e de sensualidade.

Gabarito: C

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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPC TCE-PA)/TCE PA/Controle Externo/2019
10) Texto CG2A1-I

Na década de 1960, o mundo passou por um aumento populacional inédito devido à brusca queda na taxa de mortalidade, o que gerou preocupações sobre a capacidade
dos países em produzir comida para todos. A solução encontrada foi desenvolver tecnologia e métodos que aumentassem a produção.

Em 1981, o indiano ganhador do Prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, em seu livro Pobreza e Fomes, identificou a existência de populações com fome mesmo em
países que não convivem com problemas de abastecimento. O economista indiano traçou então, pela primeira vez, uma relação causal entre fome e questões sociais
como pobreza e concentração de renda. Tirou, assim, o foco de aspectos técnicos e mudou o tom do debate internacional sobre a questão e as políticas públicas a serem
tomadas a partir daí.

As últimas décadas foram de grande evolução no combate à fome em escala global. Nos últimos 25 anos, 7,7% da população mundial superou o problema, o que
representa 216 milhões de pessoas. É como se mais que toda a população brasileira saísse da subnutrição em menos de três décadas. Contudo, 10,8% do mundo ainda
vive sem acesso a uma dieta que forneça o mínimo de calorias e nutrientes necessários para uma vida saudável, e 21 mil pessoas morrem diariamente por fome ou
problemas derivados dela.

Um estudo publicado em 2016 pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) mostra que a produção mundial de alimentos é suficiente
para atender a demanda das 7,3 bilhões de pessoas que habitam a Terra. Apesar disso, aproximadamente uma em cada nove dessas pessoas ainda vive a realidade da
fome. A pesquisa põe em xeque toda a política internacional de combate à subnutrição crônica colocada em prática nas últimas décadas. Em vez de crescimento da
produção e ajudas momentâneas, surge agora como caminho uma abordagem territorial que valorize e potencialize a produção local.

Embora os números absolutos estejam caindo, o tema ainda é um dos mais delicados da agenda internacional. Um exemplo da extensão do problema está na declaração
dada em 2017 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão de crianças, de quatro diferentes países da África — Nigéria, Somália,
Iêmen e Sudão do Sul —, corre risco iminente de morrer de fome. A questão é tão antiga quanto complexa, e se conecta intrinsecamente com a estrutura política e
econômica sobre a qual o sistema internacional está construído. Concentração da renda e da produção, falta de vontade política e até mesmo desinformação e
consolidação de uma cultura alimentar pouco nutritiva são fatores que compõem o cenário da fome e da desnutrição no planeta.

Internet: <www.nexojornal.com.br> (com adaptações).

No texto CG2A1-I, seriam preservados a correção gramatical e os sentidos do trecho “Um exemplo da extensão do problema está na declaração dada em 2017 pelo
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), segundo a qual 1,4 milhão de crianças, de quatro diferentes países da África — Nigéria, Somália, Iêmen e Sudão do
Sul —, corre risco iminente de morrer de fome” se

a) os travessões fossem substituídos por parênteses.


b) uma vírgula fosse empregada logo após “problema”.
c) o segmento “segundo a qual” fosse isolado entre vírgulas.
d) a vírgula empregada logo após “crianças” fosse suprimida.
e) o travessão logo após “África” fosse substituído por dois-pontos.

Gabarito: A

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CEBRASPE (CESPE) - Ana TI (TCE-RO)/TCE RO/Desenvolvimento de Sistemas/2019


11) Texto CB1A1-I

É impressionante como, em nosso tempo, somos contraditórios no que diz respeito aos direitos humanos. Em comparação a eras passadas, chegamos a um máximo de
racionalidade técnica e de domínio sobre a natureza, o que permite imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem, quem sabe,
inclusive, o da alimentação.

No entanto, a irracionalidade do comportamento é também máxima, servida frequentemente pelos mesmos meios que deveriam realizar os desígnios da racionalidade.
Assim, com a energia atômica, podemos, ao mesmo tempo, gerar força criadora e destruir a vida pela guerra; com incrível progresso industrial, aumentamos o conforto
até alcançar níveis nunca sonhados, mas excluímos dele as grandes massas que condenamos à miséria; em muitos países, quanto mais cresce a riqueza, mais aumenta a
péssima distribuição dos bens. Portanto, podemos dizer que os mesmos meios que permitem o progresso podem provocar a degradação da maioria.

Na Grécia antiga, por exemplo, teria sido impossível pensar em uma distribuição equitativa dos bens materiais, porque a técnica ainda não permitia superar as formas
brutais de exploração do homem, nem criar abundância para todos. Em nosso tempo, é possível pensar nisso, mas o fazemos relativamente pouco. Essa insensibilidade
nega uma das linhas mais promissoras da história do homem ocidental, aquela que se nutriu das ideias amadurecidas no correr dos séculos XVIII e XIX.

Essas ideias abriram perspectivas que pareciam levar à solução dos problemas dramáticos da vida em sociedade. E, de fato, durante muito tempo, acreditou-se que,
removidos uns tantos obstáculos, como a ignorância e os sistemas despóticos de governo, as conquistas do progresso seriam canalizadas no rumo imaginado pelos
utopistas, porque a instrução, o saber e a técnica levariam, necessariamente, à felicidade coletiva. Contudo, mesmo onde esses obstáculos foram removidos, a barbárie
continuou entre os homens, embora não mais se ache normal o seu elogio, como se todos soubessem que ela é algo a ser ocultado e não proclamado.

Antonio Candido. Vários escritos. 3.ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Duas Cidades, 1995, p. 169-70 (com adaptações).

Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita que altera o seguinte trecho do texto CB1A1-I: “o que permite imaginar a possibilidade de resolver
grande número de problemas materiais do homem, quem sabe, inclusive, o da alimentação”. Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a correção e os
sentidos originais do texto.
a) o que permite imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem: quem sabe, inclusive, o da alimentação
b) permitindo imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem; quem sabe, inclusive, o da alimentação
c) o que permite imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem — quem sabe, inclusive, o da alimentação
d) o que permite imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais, do homem quem sabe, inclusive, o da alimentação
e) permitindo imaginar a possibilidade de resolver grande número de problemas materiais do homem quem sabe, inclusive, o da alimentação

Gabarito: C

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CEBRASPE (CESPE) - TTRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2018


12) Texto 1A2-I

Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra
condição. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, o direito à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre muitos
outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/44211274/imprimir 5/10
10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

O direito internacional relacionado aos direitos humanos estabelece obrigações para que os governos ajam de determinadas maneiras ou se abstenham de certos atos, a
fim de promover e proteger os direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos.

Desde o estabelecimento das Nações Unidas, um de seus objetivos fundamentais tem sido promover e encorajar o respeito aos direitos humanos para todos, conforme
estipulado na Carta das Nações Unidas.

Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. São universais, ou seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a
todas as pessoas. São inalienáveis — e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos —, mas podem ser limitados em situações específicas: o direito à liberdade
pode ser restringido se, após o devido processo legal, uma pessoa for julgada culpada de um crime punível com privação de liberdade.

Internet: <https://nacoesunidas.org> (com adaptações).

Os sentidos e a correção gramatical do texto 1A2-I seriam preservados se o trecho “Todos merecem estes direitos, sem discriminação.” fosse substituído por:

a) Todos, sem discriminação merecem tais direitos.


b) Todos, sem discriminação, merecem estes direitos.
c) Sem discriminação, todos, merecem tais direitos.
d) Todos, merecem, sem discriminação estes direitos.
e) Todos sem discriminação, merecem estes direitos.

Gabarito: B

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VUNESP - ATM (Pref SJC)/Pref SJC/Gestão Tributária/2018


13) Para responder à questão, considere o texto.

A ciência era aquilo que os economistas chamam de “externalidade”, uma atividade que tem efeito econômico, mas cujo custo ou benefício não é reconhecido nos preços
do mercado. Há externalidades positivas ou negativas.

Enquanto Paul Romer descobriu como medir o efeito positivo das ideias e invenções dentro da economia, seu co-laureado dedicou-se à decifração da principal
externalidade negativa contemporânea: a emissão de gases responsáveis pelas mudanças climáticas.

(Hélio Gurovitz, Época, 15.10.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, com as informações respectivamente acrescentadas aos trechos destacados no texto, atende-se à norma-padrão de pontuação.
a) Há externalidades positivas (como o conhecimento) ou negativas (como a poluição). Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia, descobriu … seu co-laureado,
William Nordhaus, dedicou-se…

b) Há externalidades positivas – como o conhecimento, ou negativas – como a poluição. Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia descobriu … seu co-laureado,
William Nordhaus dedicou-se…

c) Há externalidades positivas, como o conhecimento ou negativas, como a poluição. Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … seu co-laureado
(William Nordhaus), dedicou-se…

d) Há externalidades positivas (como o conhecimento), ou, negativas (como a poluição). Enquanto Paul Romer, Nobel de Economia, descobriu … seu co-laureado
William Nordhaus, dedicou-se…

e) Há externalidades positivas: como o conhecimento; ou negativas: como a poluição. Enquanto Paul Romer (Nobel de Economia), descobriu … seu co-laureado
(William Nordhaus), dedicou-se…

Gabarito: A

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CEBRASPE (CESPE) - Aud (CAGE RS)/SEFAZ RS/2018


14) Texto 1A9BBB

Sérgio Buarque de Holanda afirma que o processo de integração efetiva dos paulistas no mundo da língua portuguesa ocorreu, provavelmente, na primeira metade do
século XVIII. Até então, a gente paulista, fossem índios, brancos ou mamelucos, não se comunicava em português, mas em uma língua de origem indígena, derivada do
tupi e chamada língua brasílica, brasiliana ou, mais comumente, geral.

No Brasil colônia, coexistiam duas versões de língua geral: a amazônica, ou nheengatu, ainda hoje empregada por cerca de oito mil pessoas, e a paulista, que
desapareceu, não sem que deixasse marcas na toponímia do país e na língua portuguesa. São elas que nos possibilitam olhar um caipira jururu à beira de um igarapé
socando milho para preparar mingau — sem os termos que migraram para o português, só veríamos um habitante da área rural, melancólico, preparando comida às
margens de um riacho. Sem caipira, sem jururu, sem igarapé, sem socar e sem mingau, a cena poderia descrever uma bucólica paisagem inglesa.

O idioma da gente paulista formou-se como resultado de duas práticas: a miscigenação de portugueses e índias e a escravização dos índios. Os primeiros europeus que
aqui aportaram, sem mulheres, uniram-se às nativas e criaram os filhos juntos e misturados — as crianças usavam o tupi da mãe e o português do pai. Aos poucos, essas
famílias mestiças se afastavam da cultura indígena e casavam entre si, não mais em suas aldeias de origem. Formava-se assim uma cultura mameluca, nem europeia nem
indígena, com uma língua que já não era o tupi, tampouco era o português. Era o que falavam os primeiros paulistas, os bandeirantes, que a difundiram nas bandeiras
até as terras que hoje constituem o Mato Grosso e o Paraná.

Branca Vianna. O contrário da memória. In: Piauí, ed. 116, maio/2016 (com adaptações).

A correção gramatical e os sentidos do texto 1A9BBB seriam preservados se fosse isolado por vírgulas o termo
a) “a gente”
b) “mas”
c) “hoje”
d) “assim”
e) “então”

Gabarito: D

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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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FCC - AFA (SEMAR PI)/SEMAR PI/2018


15) Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão abaixo.

Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra, o Brasil é um país rico nesse insumo que a natureza provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m
3 por ano dos mananciais, mas apenas 0,7% disso termina utilizado. Nações como a Argélia e regiões como a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos recursos
hídricos disponíveis, e outras precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.

Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira. Em primeiro lugar, há o problema da distribuição: o líquido é tanto mais abundante onde menor é a
população(b) e mais preservadas são as florestas, como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste e Nordeste (onde se concentra 70% da
população), muitos centros urbanos já enfrentam dificuldades de abastecimento(e).

Para anuviar o horizonte, sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global. Com as crescentes emissões de gases do efeito estufa, a atmosfera terrestre retém mais
calor do Sol perto da superfície(c). Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar, energia que alimenta os ventos e tempestades.

Se os resultados das simulações do clima futuro feitas por modelos de computador estiverem corretos, algumas regiões poderão sofrer estiagens mais frequentes e
graves, enquanto outras ficarão sujeitas a inundações.

O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, um comitê com alguns dos maiores especialistas do país em climatologia, fez projeções sobre as alterações prováveis nas
várias regiões, mas com diferentes graus de confiabilidade. As mais confiáveis valem para a Amazônia (aumento de temperatura de 5 °C a 6 °C e queda de 40% a 45%
na precipitação até o final do século), para o emiárido, no Nordeste (respectivamente 3,5 °C a 4,5 °C e − 40% a − 50%), e para os pampas, no Sul (2,5 °C a 3 °C de
aquecimento e 35% a 40% de aumento de chuvas).

Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inundações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional
do clima(d). Tampouco se pode excluir que tenham. Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra
do que se deve esperar nas próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.

Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste, mesmo no semiárido, região onde moram 22 milhões de pessoas e onde as chuvas são pouco
previsíveis(a). Um sistema improvisado de cisternas e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades básicas da população, mesmo a mais isolada.

É uma realidade muito diferente das muitas secas do passado. Algumas das piores estiveram associadas ao fenômeno El Niño, aquecimento anormal das águas do
Pacífico que costuma ser acompanhado de estiagens severas na Amazônia e no Nordeste.

(Adaptado de: Projeto multimídia Líquido e Incerto. Autores: ALMEIDA, Lalo de. LEITE, Marcelo. GERAQUE, Eduardo. CANZIAN, Fernando.
GARCIA, Rafael. AMORA, Dimmi. Disponível em: arte.folha.uol.com.br)

Está correta a pontuação do seguinte trecho adaptado do texto:

a) Porém, ficar sem água, é cena cada vez mais, incomum no Nordeste, mesmo no semiárido: região onde moram 22 milhões de pessoas, e onde as chuvas são
pouco previsíveis.

b) Há em primeiro lugar, o problema da distribuição, o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população.

c) A atmosfera terrestre, retém, com as crescentes emissões de gases do efeito estufa, mais calor do Sol perto da superfície.

d) Não é possível afirmar, com certeza, que, recentes secas no Sudeste e no Nordeste, ou as inundações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global
e regional do clima.

e) Nas regiões Sudeste e Nordeste, onde se concentra 70% da população, muitos centros urbanos já enfrentam dificuldades de abastecimento.

Gabarito: E

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VUNESP - Ag Con (Pref SBC)/Pref SBC/2018


16) Leia o texto, para responder à questão.

A nossa democracia é laica, mas nossas decisões políticas são tomadas sob a premissa de que Deus é – e sempre será – brasileiro. Queremos benefícios sem custos (e
quem em sã consciência não quereria?).

Exigimos que seja assim. Os custos hão de ser empurrados para algum momento indeterminado do futuro e cair sobre as costas de alguma entidade benévola não
especificada, sem machucar ninguém. Algum dia alguém dá algum jeito e fica tudo certo. Deus resolve.

A maioria dos brasileiros concorda com o controle de preço do diesel, e quer ainda o controle de preço da gasolina e do gás natural. Só não aceita ter que pagar a conta.
A Petrobras que tenha um prejuízo. E quem vai cobri-lo? O Tesouro, essa entidade superior e fonte de riquezas.

Não é um caso isolado. Todos pedem por mais gasto para suas causas e setores de preferência, sem nunca especificar quem vai ficar com a conta; essa fica para uma
figura oculta, alguém com um bolso vasto e generoso. Há quem diga, inclusive, que o aumento de gastos vai aumentar a arrecadação; multiplicação milagrosa dos pães.

Essa é a lógica que governa o Brasil desde 1500, consagrada na Constituição de 1988, tão pródiga em direitos para todo mundo. O direito é a manifestação do fiat*
divino entre os homens: uma obrigação incondicional que a realidade – alguém – terá de dar algum jeito de cumprir.

O problema é que acabou o “milagre econômico” – um crescimento acelerado e sem causas conhecidas, que ocorre apesar de todas as deficiências e entraves, esses sim
muito bem conhecidos. Deus parece ter conseguido o green card** e nos abandonou.

O que fazer? Uma alternativa é seguir confiando na intervenção divina até o fim, deixando o ajuste ao deus-dará. A corda estoura para o lado mais fraco, e voltamos ao
caos primordial. A outra é ser impiedoso e olhar para a realidade com olhos de descrença.

Para que alguns continuem ganhando, pessoas de carne e osso terão que pagar. E aí sim poderemos responder à pergunta que o Brasil é mestre em evitar: quem?

O problema é que para as escamas caírem de nossos olhos também será necessário um milagre...

(Joel Pinheiro da Fonseca, Folha de S.Paulo, 12.06.2018. Adaptado)

*fiat: do latim, faça-se, haja; referência à frase bíblica: “faça-se a luz”.

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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

** green card: cartão de residência permanente nos EUA.

No primeiro parágrafo, o emprego do travessão duplo e dos parênteses cumpre a finalidade de intercalar comentários do autor que expressam, respectivamente,
a) certeza e finalidade.

b) possibilidade e incerteza.

c) advertência e convicção.

d) discordância e hipótese.

e) convicção e suposição.

Gabarito: E

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CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (TCM-BA)/TCM BA/Controle Externo/2018


17) A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é, não só um erro, uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação intolerável
que perturba a própria natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “ revoltante” a, dizem alguns leitores do Figaro, comentando uma greve recente. Para dizer a verdade,
trata-se de uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a sua mentalidade profunda. É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco
tempo, executa uma espécie de junção entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza;
finge-se confundir a ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade que se quer defender. Para os prefeitos de
Carlos Xb, assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de
todos nós”, isto é, mais do que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento
filosófico da sociedade burguesa.
Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que
sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é
intolerável e chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma concepção tirânica, infinitamente suscetível, da
causalidade: o fundamento da moral que professa não é de modo algum mágico, mas, simc, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade linear, estreita,
fundadad, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os efeitos. O que falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções
complexas, a imaginação de um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os acontecimentose, que a tradição materialista sistematizou
sob o nome de totalidade.

Roland Barthes. O usuário da greve. In: R. Barthes. Mitologias. Tradução de Rita Buongermino, Pedro de Souza e Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 135-6 (com adaptações).

Sem prejuízo para a correção gramatical e para as informações veiculadas no texto, poderia ser suprimida a vírgula empregada imediatamente após
a) ‘revoltante’.

b) “Carlos X”.

c) “sim”.

d) “fundada”.

e) “acontecimentos”.

Gabarito: B

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CEBRASPE (CESPE) - AUCE (TCE-PE)/TCE PE/Auditoria de Contas Públicas/2017


18) Comecemos pelo conceito. A democracia veio dos gregos. Democracia não é só a eleição do governo pelo povo, mas, sim, a atribuição, pelo povo, do poder — que
inclui mais que o mero governo; inclui o direito de fazer leis. Na democracia antiga, direta, isso cabia ao povo reunido na praça pública.

Um grande êxito dos atenienses, se comparados aos modernos, era o amor à política. Moses Finley, um dos maiores conhecedores do tema, conta que, em Atenas, a
assembleia popular se reunia cerca de quarenta vezes ao ano. Pelo menos mil pessoas costumavam comparecer, às vezes dez mil, de um total de quarenta mil possíveis
(a presença não era obrigatória.) Comparo esse empenho ao nosso. Quantos não resmungam para votar uma só vez a cada dois anos? Nesse período, o ateniense teria
passado oitenta tardes na praça, ouvindo, votando.

Mas a “falha” dos atenienses era a inexistência de direitos humanos. Não havia proteção contra as decisões da assembleia soberana. Ela podia decretar o banimento de
quem quisesse, sem se justificar: assim Temístocles foi sentenciado ao ostracismo pelo mesmo povo que ele salvara dos persas. Desde a era moderna, os direitos do
homem, protegendo-o do Estado, se tornam cruciais. Estes são os grandes legados das três revoluções modernas — a inglesa, a americana e a francesa: somos
protegidos não só dos desmandos do monarca absoluto, contra os quais o melhor antídoto seria a soberania popular, mas também da tirania do próprio povo e de seus
eleitos.

Renato Janine Ribeiro. Os direitos humanos e a democracia. In: Valor Econômico. 7/1/2013. Internet: <www.valor.com.br> (com adaptações).

Com o emprego das aspas na palavra ‘falha’, o autor deixa explícita uma marca de opinião que interfere no sentido dessa palavra no texto.
Certo
Errado

Gabarito: Certo

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CEBRASPE (CESPE) - AG (TCE-PE) /TCE PE/Administração/2017


19) O princípio constitucional da eficiência exige do administrador público não apenas a execução de políticas públicas, mas, acima de tudo, a valorização do bem
comum, com menos esforço, com menos custo e com melhores resultados.

Assim, caminha-se em direção ao controle do mérito das atividades governamentais. Quando se anula um contrato ou se edita medida preventiva, impedindo-se a sua

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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
consumação por ser antieconômica, afirma-se que os benefícios decorrentes do projeto ou da ação governamental não justificam os custos. Anula-se, em outras palavras,
por má gestão administrativa.

À medida que se fiscaliza, se orienta e se previne, sobram mais recursos públicos; consequentemente, quem ganha é a sociedade, em especial os menos favorecidos.

É consensual que uma administração pública moderna, orientada por princípios de racionalidade, deve iniciar o seu controle na própria atuação de seus agentes públicos.
Daí a importância do controle da utilização de valores públicos, para extinguir práticas ilegais e evitar o desperdício de recursos que, por serem escassos, devem ser
geridos criteriosamente, de forma a deles se tirar o máximo de utilidade com o mínimo de sacrifício para a coletividade.

Idem. Ibidem.

Julgue o item, relativo a aspectos linguísticos e às ideias do texto precedente.

Na linha 12, a substituição do ponto e vírgula por ponto final prejudicaria a correção gramatical do trecho, ainda que a letra inicial de “consequentemente” fosse ajustada
para maiúscula.
Certo
Errado

Gabarito: Errado

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CEBRASPE (CESPE) - AG (TCE-PE) /TCE PE/Julgamento/2017


20) O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais importantes alertas contra o risco
de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e
energia vital toda vez que o ser humano se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se
na acomodação.

A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a
persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

“Nascer sabendo” é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais nasce pronto, mais refém alguém se torna do
que já sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos
enfrentar.

Um bom livro não é aquele que, quando encerramos sua leitura, deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não queríamos que
terminasse? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é
considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

Diante dessa realidade, deve-se questionar a ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria
de ter nascido pronto e ir se gastando...

Isso não ocorre com gente, e, sim, com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano
em que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada.); o mais velho de mim (se é o tempo a medida.) está no meu passado, e não
no presente.

Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”...

Mario Sérgio Cortella. Não nascemos prontos!


Provocações filosóficas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006, p. 11-13 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.

O ponto e vírgula empregado na linha 35 poderia ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto.

Certo
Errado

Gabarito: Certo

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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE-PE)/TCE PE/Auditoria de Contas Públicas/2017


21) Texto CB2A1AAA

A auditoria, uma das instâncias que garantem a credibilidade das instituições, consiste na análise, à luz da legislação em vigor e das boas práticas administrativas, do
contrato entre as partes, governos e entidades prestadoras de serviços, e dos procedimentos efetivados, de modo a aferir a sua execução e a conferir os valores cobrados
para garantir que o pagamento seja justo e correto. Consiste, também, no acompanhamento dos eventos para verificar a qualidade dos serviços prestados por esses
agentes.

No âmbito da auditoria, o fundamento da credibilidade consiste na preservação da idoneidade ética. Os pressupostos éticos da auditoria são três: o princípio da
dignidade, o da equidade e o da transparência. Formulado pelo filósofo alemão Immanuel Kant, no final do século XVIII, o princípio da dignidade afirma que toda pessoa
deve ser tratada, sempre, como fim e nunca como meio. O princípio da equidade, uma ampliação do princípio da dignidade feita pela Organização das Nações Unidas, em
sua Carta de 1946, diz que todo ser humano possui a mesma dignidade e deve ser tratado com igual consideração e respeito. O princípio da transparência tem duas
versões no próprio Kant: uma diz que se deve sempre agir de tal forma que os motivos de atuação possam ser divulgados publicamente; a outra afirma que se deve agir
de tal modo que a norma de atuação possa se tornar lei universal. Assim, os negócios escusos, a corrupção, a gatunagem, os procedimentos ilícitos fogem da luz da
divulgação como os vampiros da luz do Sol. Certamente, o princípio da transparência é o que dá credibilidade à gestão pública e à gestão em geral. Nas pesquisas de
opinião, vê-se como a sociedade coloca-se frente às instituições, exigindo transparência.

Nos momentos de amadurecimento democrático, constata-se que a auditoria ganha espaço nas organizações. A auditoria seria o primeiro capítulo da transparência na
gestão. Quando a sociedade quer tudo em pratos limpos, a auditoria ascende a um primeiro lugar no seio das organizações, porque é o elemento que permite à
sociedade ter consciência de como está sendo efetivada a gestão. Se não há auditoria, ou se essa não é praticada de forma constante e transparente, as instituições
perdem credibilidade. Quando uma auditoria séria é praticada, as instituições são mais bem aceitas.

Ricardo Vélez Rodríguez. Auditoria, fundamentos éticos. In: Auditoria, uma abordagem interdisciplinar: aspectos relevantes para o setor público. Anais da V Jornada Brasileira de Controle Interno. Rio de

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10/1/23, 12:37 PM TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Janeiro, dez./2003, p. 32. Internet: <www.rio.rj.gov.br> (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB2A1AAA, julgue o item seguinte.

Os sentidos originais do texto seriam alterados caso fosse suprimida a vírgula empregada imediatamente após “serviços”.
Certo
Errado

Gabarito: Certo

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CEBRASPE (CESPE) - AG (TCE-PE) /TCE PE/Julgamento/2017


22) As últimas décadas registraram o ressurgimento do campo do conhecimento denominado políticas públicas, assim como das instituições, das regras e dos modelos
que regem sua decisão, elaboração, implementação e avaliação.

A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica surgiu nos Estados Unidos da América (EUA.), em um rompimento com a tradição europeia de
estudos e pesquisas nessa área, que se concentravam, então, mais na análise sobre o Estado e suas instituições do que na produção dos governos. Na Europa, a área de
política pública despontou como um desdobramento dos trabalhos baseados em teorias explicativas sobre o papel do Estado e de uma das mais importantes instituições
do Estado: o governo, produtor, por excelência, de políticas públicas. Nos EUA, ao contrário, o surgimento da área no mundo acadêmico ocorreu sem relações com bases
teóricas sobre o papel do Estado, mas com ênfase nos estudos sobre a ação dos governos.

O pressuposto analítico que regeu a constituição e a consolidação dos estudos sobre políticas públicas é o de que, em democracias estáveis, aquilo que o governo faz ou
deixa de fazer é passível de ser formulado cientificamente e analisado por pesquisadores independentes. A trajetória da disciplina, que nasceu como subárea da ciência
política, abriu o terceiro grande caminho trilhado pela ciência política norte-americana no que se refere ao estudo do mundo público. O primeiro caminho, seguindo a
tradição de Madison, cético da natureza humana, focalizava o estudo das instituições, consideradas fundamentais para limitar a tirania e as paixões inerentes à natureza
humana. O segundo seguiu a tradição de Paine e Tocqueville, que viam nas organizações locais a virtude cívica para promover o “bom” governo. O terceiro caminho foi o
das políticas públicas como um ramo da ciência política para se entender como e por que os governos optam por determinadas ações.

A política pública, embora seja formalmente um ramo da ciência política, a ela não se resume, podendo também ser objeto analítico de outras áreas do conhecimento,
inclusive da econometria, já bastante influente em uma das subáreas da política pública, a da avaliação, que também vem recebendo influência de técnicas quantitativas.
Esse seu caráter holístico não implica carência de coerência teórica e metodológica.

Desenhadas e formuladas, as políticas públicas desdobram-se em planos, programas, projetos, bases de dados ou sistema de informação e pesquisas. Postas em ação,
são implementadas, devendo ficar, então, submetidas a sistemas de acompanhamento e avaliação.

Celina Souza. Políticas públicas: uma revisão da


literatura. In: Sociologias. Ano 8, n.º 16, Porto Alegre, jul. – dez./2006, p. 20-45 (com adaptações).

Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.

Feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, a substituição do ponto final empregado logo após “pesquisas” por ponto e vírgula manteria a correção gramatical
do texto.
Certo
Errado

Gabarito: Certo

www.tecconcursos.com.br/questoes/359058

CEBRASPE (CESPE) - AFCE (TCE-SC)/TCE SC/Controle Externo/Administração/2016


23) Texto CB2A2BBB

O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial danoso à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação preventiva
do Estado. Portanto, é preciso estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do interesse público.

Entende-se que a integridade pública representa o estado ou condição de um órgão ou entidade pública que está “completa, inteira, perfeita, sã”, no sentido de uma
atuação que seja imaculada ou sem desvios, conforme as normas e valores públicos.

De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve aspectos
positivos que, em última análise, influenciam os resultados da administração, e não apenas seus processos. Além disso, a OCDE compreende um sistema de integridade
como um conjunto de arranjos institucionais, de gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à promoção da integridade e da transparência e à redução
do risco de atitudes que violem os princípios éticos.

Nesse sentido, a gestão de integridade refere-se às atividades empreendidas para estimular e reforçar a integridade e também para prevenir a corrupção e outros desvios
dentro de determinada organização.

Internet: <www.cgu.gov.br> (com adaptações).

Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB2A2BBB, julgue o item subsequente.

O trecho “e também” poderia ser corretamente isolado por vírgulas, recurso que lhe conferiria ênfase.
Certo
Errado

Gabarito: Errado

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/44211274/imprimir 10/10

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