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80 horas Atualização em Urgência e

Emergência
Nice Dias Gonçalves
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Atualização em Urgência e
Emergência
Nice Dias Gonçalves
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
DEFINIÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ........................................................ 5
2.1 DIFERENÇA ENTRE UBS E UPA .......................................................................... 10
SITUAÇÕES QUE MOTIVAM À PROCURA DO SERVIÇO DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA ................................................................................................................. 11
ACESSO E UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .. 13
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ........................................................................................ 20
AVALIAÇÃO DAS SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA ................................................................................................................. 23
ASSISTÊNCIA AS SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ...................... 25
7.1 SIGNIFICADO DAS LETRAS ABCDE .................................................................. 26
7.1.1 (X) – Exsanguinação .......................................................................................... 26
7.2 CHOQUE E SUAS CONSEQUENCIAS NO ORGANOSMO ................................ 28
7.3 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ................................................................... 30
7.4 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) ....................................................... 31
7.5 TRAUMA CRANIO ENCEFALICO (TCE) ............................................................ 32
O TRABALHO DA ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA .............. 36
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 39
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 44
Unidade 1 - Introdução

01
INTRODUÇÃO

Os serviços de emergência / urgência prestam cuidados a milhões de pessoas por ano. As


constantes mutações no atendimento são inúmeras e dependem da natureza de cuidados que
os mesmos implicam e de muitas outras condições inerentes à condição humana.

A utilização do Serviço Hospitalar de Urgência (SHU) no Brasil tem sido motivo de


inquietação para gestores dos sistemas de saúde, profissionais e a sociedade em geral, pois
o seu uso tem se tornado crescente. A maioria desses serviços funciona acima de sua
capacidade instalada, com profissionais sem capacitação, gerenciamento inefetivo, ausência
de planejamento, excesso de demanda e demanda inadequada (O’DWYER; OLIVEIRA;
SETA, 2009).

De acordo com Garlet et al. (2009), ressaltam-se ainda o crescente aumento do


atendimento no SHU relacionado ao aumento dos acidentes e da violência urbana, às
questões socioeconômicas, à falta de leitos para internação na rede pública, ao aumento da
longevidade da população, assim como à falta de agilidade e de resolutividade dos serviços
de saúde (VALENTIM; SANTOS, 2009). A crise no SHU é agravada, também, pela procura
por pessoas em situação de urgência, juntamente com aquelas em condições de saúde não
graves, dificultando o estabelecimento de prioridades (MARQUES; LIMA, 2008).

As principais situações que envolve as urgências e emergências são as situações de


traumas, se configurando estatisticamente como a principal causa de morte em pessoas entra
1 a 44 anos de idade, sendo responsável por mais de 70% das mortes entre as idades de 18 e
24 anos, e mais de 40% entre as idades de 1 a 14 anos.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os acidentes de trânsito são um


enorme problema de saúde pública, ocasionando essas situações de traumas, e levando a
1,24 milhão de óbitos por ano em todo o mundo.

Sendo assim, é importante ajustar os serviços de urgência e emergência, com equipe


multidisciplinar e tecnologias, associado a estratégias de gestão para intervir nessa situação
exposta.

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Urgência e Emergência

Para Bellucci Júnior e Matsuda (2012), quando se pensa em qualidade nos serviços
hospitalares, surge a necessidade de discutir formas de gestão que deem suporte às
instituições para que possam atender às necessidades e exigências do usuário em todas as
suas dimensões. Nesse contexto é que o governo federal propõe a reorganização e a
normatização do atendimento no SHU em todo território nacional, por meio da Política
Nacional de Atenção às Urgências e da Política Nacional de Humanização, contemplando
estratégias para o Acolhimento com Classificação de Risco (BRASIL, 2009).

Essas políticas visam ampliar o acesso, reduzir as filas e o tempo de espera para o
atendimento, diminuir o risco de mortes evitáveis, a extinção das triagens por profissional
não qualificado e a priorização de acordo com critérios clínicos em vez da ordem de chegada
(BRASIL, 2009). Configura-se como ação potencialmente decisiva na reorganização dos
serviços de saúde em rede por propiciar assistência resolutiva e humanizada àqueles em
situações de risco (SOUZA ET AL., 2011).

No Brasil, o Ministério da Saúde propõe a implantação de um sistema com


denominação de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) em vez de triagem, por
pressupor que o verbo triar exprime exclusão (DURO; LIMA, 2010).

A identificação da demanda de acesso dos usuários aos serviços de saúde é


fundamental no gerenciamento da capacidade de utilização dos recursos disponíveis, assim
como a superlotação nos serviços de emergência com problemas de saúde não urgentes tem
atraído atenção mundial e motivado vários estudos nesta área (VAN UDEN et al., 2005).

Assim, ainda na década de 1960, nos Estados Unidos da América, iniciou-se a


implantação de sistemas de triagens em serviços de atendimento às urgências. Paralelamente,
no Canadá foi desenvolvido um sistema que somente em 1995 tornou-se realidade. Na
Austrália, uma escala de classificação das urgências foi adotada em 2000, porém foi no
Reino Unido que, em 1997, iniciou-se a triagem de Manchester, reconhecida
internacionalmente e mais utilizada nos dias atuais, pois apresenta os critérios de gravidade,
do tempo alvo de atendimento e de reavaliação do paciente. A partir de 2001, na Espanha,
também foi introduzido um sistema classificatório de urgências hospitalares (DURO; LIMA,
2010).

As ações de acolhimento podem ser realizadas por qualquer profissional de saúde,


desde que capacitado. Entretanto, cabe ao enfermeiro reunir as condições necessárias, as
quais incluem linguagem clínica orientada para os sinais e sintomas, para a realização das
escalas de avaliação e classificação de risco do usuário de acordo com o grau de urgência de
seu agravo, com base em um sistema predefinido: emergência, urgência, menor urgência e
baixa complexidade (BRASIL, 2009).

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Unidade 2 – Definições de Urgência e Emergência

02
DEFINIÇÕES DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA

A definição de urgência, segundo a Resolução 1451/95 do Conselho Federal de Medicina,


é "a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo
portador necessita de assistência médica imediata", e emergência como "a constatação
médica de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente de vida ou
sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato" (CONSELHO,
2014).

A área de Urgência e Emergência, segundo o Ministério da Saúde (2002),


constitui-se em um importante componente da assistência à saúde, assim, é necessário
definir esses termos utilizados cotidianamente. As definições são as mais diversas
possíveis de vários autores, todavia todas concluem os mesmos significados.

URGÊNCIA EMERGÊNCIA

Do latim urgentia, que significa Do latim emergentia, que


Dicionário qualidade de urgente; caso ou significa ação de emergir;
Aurélio situação de emergência, de situação crítica, incidente; caso
urgência. de urgência.

Constatação médica de
Quando há ocorrência
condições de agravo à saúde que
imprevista de agravo à saúde,
Ministério da impliquem em risco iminente de
com ou sem risco potencial de
Saúde morte ou sofrimento intenso,
morte, cujo portador necessite
exigindo, portanto, tratamento
de assistência imediata.
médico imediato.

Fonte: Dicionário Aurélio (2010) e Ministério da Saúde (2010).


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Urgência e Emergência

De acordo com Ferreira (1988) Urgência e Emergência se configuram da seguinte


maneira: ‘urgência’ faz referência a ‘urgente’ e ‘urgir’ que significa urgência. (do lat.
urgentia) = Qualidade de urgente; Caso ou situação de emergência, de urgência; Urgência
urgentíssima. Ao passo que ‘emergência’ é vista por essa ótica como sinônimo, se
configurando com emergência (do lat. emergentia) = Ação de emergir; Nascimento (do
Sol); Situação crítica; acontecimento perigoso ou fortuito; incidente; caso de urgência, de
emergência: emergências médicas; emergências cardíacas.

A literatura biomédica já traz um esclarecimento maior sobre essa discussão, a


definição de urgência, segundo a Resolução 1451/95 do Conselho Federal de Medicina,
é "a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou se risco potencial de vida, cujo
portador necessita de assistência médica imediata", e emergência como "a constatação
médica de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente de vida ou
sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato" (CONSELHO,
2014).

Os termos urgência e emergência geram muitas dúvidas no meio da saúde, por


esta razão passou-se a utilizar somente o termo “urgência”, para os casos que necessitem
de cuidados imediatos. Classificam-se os vários graus de urgência da seguinte forma:
nível 1, emergência ou urgência de prioridade absoluta, casos em que há risco imediato
de morte ou perda funcional grave; nível 2, urgência de prioridade moderada, casos de
necessidade de atendimento médico não imediato, porém dentro de poucas horas; nível
3, urgência de prioridade baixa, com necessidade de avaliação médica, podendo aguardar
várias horas; nível 4, urgência de prioridade mínima, situações em que o médico pode
fornecer orientações por telefone (MORISHITA; SILVA; SOUZA, 2009).

A Portaria Nº 354, de 10 de Março de 2014, que relata sobre boas práticas para
organização e funcionamento de serviços de urgência e emergência, traz como
significado:

Emergência: constatação médica de condições de agravo à


saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de
morte, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.
Urgência: Ocorrência imprevista de agravo à saúde como ou
sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de
assistência médica imediata. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2014).

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Unidade 2 – Definições de Urgência e Emergência

Assim, entende-se por emergência entidades patológicas que acarretam risco de


morte imediato ou debilitação relevante e devem ser tratadas em poucos minutos,
enquanto que as urgências são aquelas que necessitam de tratamento em um tempo menor
que 12 horas.

Os serviços de urgência e emergência são caracterizados pelo atendimento a


pacientes em situações agudas com risco de morte e/ou sofrimento intenso, porém a
maioria dos usuários que procuram estes serviços poderiam ter seus problemas resolvidos
na atenção primária “Unidade Básica de Saúde” – UBS (LOPES JB, 2011).

O atendimento de urgência/emergência, na maior parte dos hospitais públicos do


Brasil, é ineficaz, resultando num atendimento de pouca qualidade, demora na espera e
acumulo de pacientes nos corredores das unidades de pronto atendimento. Esses fatos são
concedidos pelas insuficiências do andamento da atenção básica e refletem na grande
demanda das unidades de pronto atendimento (OLIVEIRA, 2013).

O Enfermeiro destaca-se pelas suas características generalistas, que lhe permitem


na realização de triagem no setor de emergência assumir a responsabilidade pela
avaliação inicial do paciente, iniciar a obtenção do diagnóstico, encaminhar paciente para
a área clínica adequada, supervisionar o fluxo de atendimento, ter autonomia e dirigir os
demais membros da equipe. Sendo ainda prioritário um conjunto de conhecimentos,
atitudes, capacidades e aptidões que habilitam o profissional a um atendimento
humanizado (CORENDF, 2010).
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Urgência e Emergência

Urgência e emergência são termos usados na área da medicina, que muitas vezes
são confundidos por usuários e também pelos profissionais de saúde. Urgência é uma
situação que requer assistência rápida, no menor tempo possível que não ultrapasse a duas
horas, a fim de evitar complicações e sofrimento emergência é toda situação em que há
ameaça eminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, havendo
necessidade de atendimento imediato (OLIVEIRA GN et al., 2011).

Os serviços de emergência hospitalares no Brasil são um fenômeno mundial


caracterizado por todos os leitos da unidade de emergência ocupados, pacientes acamados
nos corredores, tempo de espera para o atendimento acime de uma hora, alta tensão na
equipe assistencial, grandes pressões na demanda do atendimento o que pode resultar em
baixo desempenho do sistema de saúde (BITTENCOURT; HORTALE, 2009).

O atendimento de urgência e emergência é essencial para manutenção da vida. Por


tanto se torna necessário a capacitação das equipes de saúde em todos os âmbitos da
assistência, a partir de um enfoque estratégico promocional, abarcando toda a gestão e
atenção extra hospitalar fixa e móvel, hospitalar e pós-hospitalar, envolvendo
profissionais de nível superior e de nível técnico, em comum acordo com as diretrizes do
SUS e alicerçada nos polos de educação onde deve estar estruturado o atendimento de
urgência e emergência normatizado pelas leis vigentes do Ministério da SAÚDE
(SOUSA; DIAS; OLIVEIRA, 2011).

Nos últimos anos tem se estudado amplamente os Serviços de Urgência e


Emergência o mundo, devido ao aumento exagerado na utilização deste serviço pelos
usuários. Conforme Marques et.al. (2007):

A falta de definições políticas, a baixa resolutividade e a


qualidade oferecida nos serviços, aliada à dificuldade de
mudança nos hábitos culturais e crenças da população tem
levado o usuário a buscar a assistência médica onde exista a
porta aberta. Algumas situações podem ser identificadas na
maioria das unidades públicas de urgência do Brasil,
interferindo consideravelmente o processo de trabalho e a
qualidade do cuidado prestado à população, pois os serviços
hospitalares de atendimento ficam abertos 24 horas e assim,
apresentam situações que vão desde aquelas de sua estrita
responsabilidade, até atendimentos com um volume
considerável de ocorrências não urgentes que poderiam ser
atendidos em estruturas de menor complexidade (GARLET et.
al., 2009).

Um estudo realizado por Furtado et. al. (2004), em um hospital geral de


Pernambuco, constatou que 74,5% dos atendimentos poderiam ser realizados na atenção
básica, por não se caracterizar como urgências, pois eram queixas típicas. Com esta
demanda os casos graves e agudos acabam prejudicados, acarretando no acúmulo de
tarefas e ainda no aumento de custos de atendimento e a sobrecarga da equipe dos
profissionais de saúde.

E ainda existem situações extremas que dificultam a capacidade de resolutividade


dos serviços, com o encaminhamento dos pacientes para outros hospitais, tornando as
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Unidade 2 – Definições de Urgência e Emergência

salas de observação, que deveriam ser de permanência temporária dos pacientes, em alas
de internação, sem as devidas condições de estrutura e equipe para cuidados contínuos,
expondo os pacientes a riscos (GIGLIO-JACQUEMOT 2005).

Com base neste contexto, os usuários utilizam os serviços hospitalares de urgência


e emergência por entenderem que esta alternativa é mais resolutiva, pois recebem um
somatório e recursos, como: consultas, remédios, exames, procedimentos de enfermagem
e internações (MARQUES et. al. 2007).

Os serviços de atendimento as urgências e emergências seguem instituídos pela


Política Nacional de Atenção as Urgências (PNAU), tendo como finalidade atender
usuários em estado grave, como também casos não urgentes que deverão após ser
encaminhados aos serviços ambulatoriais ou especializados da rede de atenção à saúde.

O Ministério de Saúde (2002) define:

Pronto atendimento: Unidade prestadora de atendimento dentro do horário de


funcionamento do estabelecimento de saúde.

Unidade de Atendimento de Emergência: Unidade prestadora de atendimento


24 horas por dia, realizando o primeiro atendimento, e, após, encaminhados para os
centros de especialidades.

Pronto Socorro: Deverá prestar atendimento 24 horas do dia e dispõe apenas de


leitos de observação.

A rede de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) é estruturada de forma que


cada tipo de atendimento tem um destino certo. A rede é dividida em atenção básica –
UBS e equipes de Saúde da Família; nível intermediário feito pelo Serviço de
Atendimento Móvel as Urgência (Samu) e UPAs; e o atendimento de média e alta
complexidade é feito nos hospitais.

As UBS são locais onde os usuários do SUS podem receber atendimento médico
para diagnóstico e tratamento de cerca de 80% dos problemas de saúde dos usuários. É
nessas unidades que a população tem acesso a medicamentos gratuitos e vacinas, faz
atendimento pré-natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos e de outras doenças
como tuberculose e hanseníase. As UBS são a porta de entrada do SUS, e contribuem
para o aumento da qualidade de vida e para a redução dos encaminhamentos aos hospitais.

Já as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) funcionam 24 horas por dia, sete


dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como
pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. A estrutura simplificada, com
Raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação,
colabora para a diminuição das filas nos prontos-socorros. Quando o paciente chega às
unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico.
Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as unidades têm capacidade para
atender sem necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar mais de 90%
dos pacientes.

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Urgência e Emergência

2.1 DIFERENÇA ENTRE UBS E UPA

Segundo o Ministério da Saúde, os serviços de urgência e emergência têm como


objetivo diminuir a morbi-mortalidade e as sequelas incapacitantes. Para tanto, é preciso
garantir os elementos necessários para um sistema de atenção de emergência,
considerando recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e materiais, de modo a
assegurar uma assistência integral, com qualidade adequada e contínua (BRASIL, 2009).

NASCIMENTO et al(2011), complementa informando que a grande procura por


atendimento nos serviços de urgência hospitalar tem inúmeras causas que podem estar
associadas ao aumento de acidentes e da violência urbana, as questões socioeconômicas,
a falta de leitos para internação na rede pública, o aumento da longevidade da população.

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Unidade 3 – Situações que Motivam à Procura do Serviço de Urgência e Emergência

03
SITUAÇÕES QUE MOTIVAM À PROCURA
DO SERVIÇO DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA

No Brasil as Unidades de Urgência e Emergência, contrariando o que para elas havia sido
planejado tornaram-se, principalmente a partir da última década do século passado, as
principais portas de entrada no sistema de atenção à saúde, eleitas pela população como
o melhor local para a obtenção de diagnóstico e tratamento dos problemas de saúde,
independentemente do nível de urgência e da gravidade destas ocorrências (GALLO,
MELLO, 2009).

Assim um grande número de pacientes prefere abrir mão do atendimento


oferecido nos postos de saúde, apesar de sua maior acessibilidade, para se dirigir às
Unidades de Urgências e Emergências que oferecem, em geral, atendimento de 24 horas,
maior oferta de clínicas especializadas, exames de maior complexidade e, caso
necessário, a possibilidade de internação (PAIVA et al., 2010).

Segundo Giglio-Jacquemot (2005), as percepções de profissionais e usuários do


Sistema de Saúde sobre urgências são distintas. Para os profissionais, situações de
urgências são aquelas em que há o risco de vida a partir de definições biomédicas. Em
contrapartida, os usuários julgam como urgências problemas que atrapalham gravemente
sua vida cotidiana.

A mesma autora cita que os Serviços de Urgência e Emergência, quando


observados, podem ser um panorama do funcionamento do Sistema de Saúde da região
onde estão inseridos. A irritação frequente de usuários pode ser resultado de obstáculos
na utilização da rede de serviços, tais como a dificuldade no acesso e/ou pouca
resolutividade nos Serviços da Rede Básica.

A procura frequente por parte de alguns usuários pode estar relacionado à


condição crônica de saúde. E essa condição necessita de um gerenciamento contínuo por
anos, exigindo esforço do Sistema de Saúde, pois requer ações tanto de caráter continuado
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Urgência e Emergência

quanto de pronto atendimento, no qual o uso de Serviços de Emergência se torna


imprescindível (MATTOS, 2008).

No entanto, as exacerbações e agudizações de condições crônicas, poderiam ser


evitadas com um bom manejo e assistência da Rede Básica (SCHULL, 2005), retomando
a hipótese de que os Serviços de Urgência estão atendendo pacientes com problemas que
seriam resolvidos na Atenção Primária.

De acordo com Dallari et al(2009), a atenção em urgência, o crescimento do


número de acidentes, a violência urbana e a insuficiente estruturação da rede de serviços
de saúde são fatores que têm contribuído decisivamente para a sobrecarga dos serviços
hospitalares. O conhecimento desta realidade em nosso meio é de importância
fundamental, no sentido de evidenciar a necessidade de reestruturação do atual sistema
de saúde, na perspectiva de consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde
(SUS).

A Portaria GM 2048/2012 alerta para uma preocupante realidade, na necessidade


de escoar a demanda não absorvida pela atenção básica, com um crescente número de
Pronto Atendimento (PA), com atendimento médico, mas sem estrutura e apoio de
diagnósticos, sem elucidação diagnóstica, sem equipamento, sem estrutura e fora da rede
de assistência, colaborando para um atendimento de baixa qualidade sem resolutividade,
oportunizando um retorno para estas unidades de saúde.

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Unidade 4 – Acesso e Utilização dos Serviços de Urgência e Emergência

04
ACESSO E UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Superlotação, demora no atendimento e custos cada vez mais altos são apenas algumas
das consequências causadas pelo uso inadequado do serviço dos prontos atendimentos.

A área de urgência e emergência sempre foi considerada uma área crítica na


implementação do SUS, tendo em vista que a falta ou mesmo a desorganização da atenção
nesta área provoca crises envolvendo gestores, prestadores de serviços e os usuários, estes
os mais prejudicados. (SILVA, 2011).

De acordo com Marques (2010) e Pasarín (2006), a utilização do Serviço de


Urgência e Emergência se inicia pela percepção que o usuário tem quanto aos Sinais e
Sintomas que são valorizados por eles, como perda ou comprometimento da saúde. A
partir disso, as pessoas utilizam mecanismos simbólicos que os levam à decisão do que
poderá ser feito para investigar o problema ou para recuperar a normalidade perdida.

De um modo geral, a utilização é descrita pela soma dos fatores relacionados à


necessidade de saúde, ao usuário, ao prestador de serviços, à organização e a política. A
necessidade de saúde diz respeito à morbidade, gravidade e urgência da doença de quem
procura o Serviço. A escolha quanto ao serviço que deverá ser procurado, é, também,
fortemente influenciada pela busca por profissionais competentes para o atendimento e
pela confiança na experiência e capacidade dos membros da equipe de saúde. A satisfação
do usuário com o serviço é determinante para a sua reutilização.

No entanto, conforme descrito por Batistela et. al. (2008), o conhecimento da


população sobre a qualidade da assistência, pode ser confundida pela crença de que em
hospitais serão mais bem atendidos do que em outros Serviços de Saúde. Essa crença é
voltada para o modelo assistencial biomédico, em que os hospitais são a peça central do
sistema de saúde e a rede básica é considerada desqualificada.

Atualmente em nosso país, o acesso aos serviços de saúde é articulado e


complementado pelo Acolhimento, que foi implantado em 2003 pela Política Nacional
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Urgência e Emergência

de Humanização (PNH), que trata de uma proposta de reorganização da lógica e


funcionamento dos serviços de saúde, em que o serviço garante o acesso assumindo a
função de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários. E dentre as
propostas de acolhimento, está a avaliação e classificação de risco para os Serviços de
Urgência e Emergência (BRASIL, 2004).

Porém, esse modelo de atendimento, requer uma melhora em nossa Atenção


Básica de Saúde, pois prepara o usuário que não tem necessidade de estar utilizando os
serviços de Pronto Atendimento, para que procure a rede básica de saúde. Mas, de nada
vai adiantar se o usuário procurar esse serviço primário e este não funcionar de acordo
com a sua necessidade, que com certeza da próxima vez procurará o Pronto Atendimento,
pois a seu ver “resolve o seu problema”.

Considerando a importância da área de Urgência e Emergência enquanto


componente da assistência à saúde, o crescimento da demanda por serviços nesta área e a
insuficiente estruturação da rede assistencial o Ministério da Saúde em parceria com as
Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, em novembro de
2002, editou a Portaria 2048/GM que dispõe sobre o regulamento técnico dos sistemas
estaduais de urgências e emergências, estabelecendo normas e critérios de funcionamento
para o atendimento pré-hospitalar, atendimento pré-hospitalar móvel, atendimento
hospitalar, transporte inter-hospitalar, prevê a criação de Núcleos de Educação em
Urgências e a proposição de grades curriculares para capacitação de recursos humanos
nesta área (BRASIL, 2006).

A Política Nacional de Atenção às Urgências foi instituída pela Portaria 1863/GM,


de setembro de 2003, para garantir a organização dos sistemas regionalizados, a
universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas,
gineco obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as relacionadas às causas externas
(BRASIL, 2006).

A necessidade de reordenar os fluxos de referência e contra referência de pacientes


no SUS, de integrar os serviços de urgência hospitalar aos demais níveis de atenção, seja
por meio da regulação médica das urgências ou de outras centrais do complexo regulador
da atenção no SUS, justificou em setembro de 2004, a publicação da Portaria 1828/GM,
que estabeleceu as atribuições gerais e específicas das Centrais de Regulação Médica de
Urgências e o respectivo dimensionamento técnico para estruturação e operacionalização
destas centrais (BRASIL, 2006).

Não é possível organizar hospitais terciários de urgência e emergência sem retirar


deles o grande número de pessoas portadoras de urgências menores. Por outro lado, para
que as pessoas com situações de urgências que requerem menor densidade tecnológica
possam ser atendidas na atenção primária à saúde, faz-se necessário implantar um modelo
de atenção adequado às demandas das condições crônicas para que assim possa atender
às urgências menores e, no médio e longo prazos, diminuir a demanda às unidades de
urgência e emergência maiores (MENDES, 2009).

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais problemas da assistência às


urgências e emergências no Brasil são: estrutura física e tecnológica inadequada,
insuficiência de equipamentos, recursos humanos limitados e com capacitação
insuficiente para trabalhar em emergências, baixa cobertura do atendimento pré-
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Unidade 4 – Acesso e Utilização dos Serviços de Urgência e Emergência

hospitalar móvel, número insuficiente de unidades de pronto atendimento não-


hospitalares e que têm baixa resolutividade, insuficiente retaguarda para transferência de
doentes, entre outros (BRASIL, 2005).

A assistência às urgências e emergências há muitas décadas é um dilema para o


sistema público de saúde. Considerando as mudanças do perfil demográfico e de
morbimortalidade ocorridas no país nos últimos anos, tendo como um dos principais
destaques o aumento dos casos de acidentes e violência, podemos afirmar que hoje os
serviços de UE exercem um papel muito relevante dentro da assistência à saúde no Brasil.
O aumento desse tipo de demanda assistencial começou a pautar fortemente o Sistema
Único de Saúde e cada vez mais tornou-se latente a necessidade de se pensar políticas que
possibilitassem a organização, qualificação e consolidação da atenção às urgências e
emergências. Embora continuasse a priorizar a Estratégia da Saúde da Família enquanto
proposta de reorientação do modelo assistencial, o Ministério da Saúde, a partir da década
de 2000, começa a se dedicar a organizar a atenção às urgências e emergências no país
(MACHADO; BAPTISTA; NOGUEIRA, 2011).

Segundo Machado et al. 2001 o processo de construção da política federal de


atenção às urgências pode ser dividido em três momentos. Um primeiro período envolveu
as primeiras iniciativas de regulamentação, localizado entre 1998 e 2002. No período
seguinte, entre 2003 e 2008, identifica-se a formulação e implantação da Política Nacional
de Atenção às Urgências, com priorização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU) e, por fim, desde 2008 temos como foco a continuidade do SAMU e a
implantação das Unidades de Pronto Atendimento. Essas iniciativas visaram organizar e
direcionar a atenção às urgências e emergências no país e, apesar das dificuldades,
alcançaram alguns avanços no que tange à definição de conceitos, organização do sistema
em rede, incorporação de novas tecnologias e financiamento dos serviços. Através delas
foi possível reorganizar os serviços e a assistência de forma a envolver todos os níveis de
atenção à saúde, desde a atenção básica até os hospitais de grande porte, definindo assim
a competência de cada um dos serviços pertencentes à rede assistencial do SUS, não
ficando mais restrito somente às unidades de pronto socorro e hospitalares.

Além disso, foi instituído que as unidades de UE também funcionassem como


uma das portas de entrada do SUS, com possibilidade de reordenamento do fluxo de
referência e contrarreferência e de integrá-las através da regulação médica (ODWYER,
2009).

A Política Nacional de Atenção às Urgências está estruturada em: componente


Pré-Hospitalar Fixo, componente Pré-Hospitalar Móvel, componente Hospitalar e
componente pós-hospitalar (BRASIL, 2003).

O componente Pré-Hospitalar Fixo é composto por unidades básicas de saúde e


unidades de saúde da família, equipes de agentes comunitários de saúde, ambulatórios
especializados, serviços de diagnóstico e terapias, e unidades não-hospitalares de
atendimento às urgências, como as UPA’s (Unidades de Pronto Atendimento), por
exemplo. O componente Pré-Hospitalar Móvel é composto pelo SAMU (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgências) e os serviços associados de salvamento e resgate. O
componente Hospitalar são os hospitais gerais de pequeno, médio e grande porte, bem
como todos os leitos de internação, passando pelos leitos gerais e especializados de
retaguarda, de longa permanência e os de terapia semi-intensiva e intensiva, mesmo que
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Urgência e Emergência

esses leitos estejam situados em unidades hospitalares que atuem sem porta aberta às
urgências. O componente Pós-Hospitalar é composto pela atenção domiciliar, hospitais-
dia e projetos de reabilitação integral com componente de reabilitação de base
comunitária. A atual Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU) tem como
principais focos o SAMU e as UPA’s.

O SAMU é um componente fundamental dentro da PNAU, pois tem como


objetivo chegar precocemente à vítima de um agravo à saúde (de natureza clínica,
cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica e entre outras) e possa prestar os
primeiros atendimentos o mais rápido possível. O SAMU tem unidades de suporte básico
de vida (equipe composta por técnicas de enfermagem) e unidades de suporte avançado
de vida (equipe composta por médico e enfermeira), sendo ambas coordenadas por uma
central de regulação. O atendimento deste serviço pode ser tanto primário, quando o
pedido de socorro for oriundo de um cidadão, quanto secundário, quando a solicitação
parte de um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento
(BRASIL, 2011).

No início da implantação da PNAU esse componente foi eleito como prioridade.


Isso foi justificado pelo Ministério da Saúde devido aos índices de morbimortalidade
relativa ao trauma e a violência no país e também pela insuficiência na oferta de serviços
de atendimento pré-hospitalar móvel22. Com a consolidação do SAMU o próximo passo
foi a implantação/adequação das UPA’s e Salas de Estabilização (BRASIL, 2008).

O projeto das UPA’s 24h integra a Política Nacional de Urgência e Emergência,


lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, e baseou-se em experiências de cidades como
Campinas (SP), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG). Mesmo sendo criado em 2003, a
denominação UPA 24 h só começa a se tornar usual a partir de 2008 e, quando há um
maior esforço por parte do Governo Federal em normatizar esse tipo de serviço de saúde.
Nos anos subsequentes foram publicadas mais sete portarias sobre o tema estabelecendo
uma nova prioridade para o Governo Federal, que disponibilizou recursos financeiros
para sua implementação (BRASIL, 2011).

A implantação da UPA é feita de acordo com a população da região a ser coberta,


o que irá condicionar a capacidade instalada (área física, número de leitos disponíveis,
recursos humanos e capacidade diária de atendimentos médicos). A partir desses critérios,
as UPA’s são classificadas em três diferentes portes (BRASIL, 2009).

• UPA Porte I: tem de 5 a 8 leitos de observação. No mínimo 2 médicos por plantão


(um pediatra e um clínico geral). Capacidade de atender até 150 pacientes por dia.
População na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes.

• UPA Porte II: 9 a 12 leitos de observação. No mínimo 4 médicos por plantão


(distribuídos entre pediatras e clínicos gerais). Capacidade de atender até 300
pacientes por dia. População na área de abrangência de 100 mil a 200 mil
habitantes.

• UPA Porte III: 13 a 20 leitos de observação. No mínimo 6 médicos por plantão


(distribuídos entre pediatras e clínicos gerais). Capacidade de atender até 450
pacientes por dia. População na área de abrangência de 200 mil a 300 mil
habitantes.
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Unidade 4 – Acesso e Utilização dos Serviços de Urgência e Emergência

As UPA’s são unidades não-hospitalares de atendimento às urgências. Elas


podem ser compreendidas como estabelecimentos de saúde de complexidade
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar.
As principais competências das UPA’s são (BRASIL, 2011):

• Funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas, em todos os dias da semana,


incluídos feriados e pontos facultativos;

• Acolher todos os pacientes e seus familiares sempre que buscarem atendimento;

• Implantar processo de Acolhimento com Classificação de Risco, em ambiente


específico;

• Prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por


quadros agudos ou agudizados de natureza clínica, e prestar primeiro atendimento
aos casos de natureza cirúrgica e de trauma, estabilizando os pacientes e
realizando a investigação diagnóstica inicial, de modo a definir, em todos os casos,
a necessidade ou não de encaminhamento a serviços hospitalares de maior
complexidade;

• Fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Rede de Atenção Básica;

• Funcionar como local de estabilização de pacientes atendidos pelo SAMU 192;

• Realizar consulta médica em regime de pronto atendimento aos casos de menor


gravidade;

• Manter pacientes em observação, por período de até 24 horas, para elucidação


diagnóstica e/ou estabilização clínica;

• Encaminhar para internação em serviços hospitalares os pacientes que não tiverem


suas queixas resolvidas nas 24 horas de observação, por meio das centrais
reguladoras;

Essas competências atribuídas às UPA’s demonstram o seu caráter assistencial,


sobretudo sua natureza de pronto atendimento, ao definir o acolhimento de todos os
pacientes que buscarem atendimento, mesmo os casos de menor gravidade. Desse modo,
temos uma lógica de trabalho mais permeável às demandas consideradas não urgentes,
operando assim como um contraponto às expectativas dos profissionais que esperam
atender somente casos urgentes na unidade (KONDER, 2013).

A atuação das UPA’s em rede se expressa na obrigatoriedade dessas unidades se


articularem com outros componentes da rede, sendo retaguarda para SAMU e atenção
básica e recorrendo aos hospitais e centrais de regulação, através da pactuação de grades
de referência e contrarreferência. Essa articulação entre os níveis de atenção é
fundamental, pois como se sabe, não cabe a essas unidades, considerando tanto seus
objetivos, quanto sua estrutura física, permanecer com pacientes por mais de 24 horas
(BRASIL, 2011). Também destacamos entre as competências atribuídas as UPA’s a
implantação do acolhimento com Classificação de Risco. Em consideração a Política

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17
Urgência e Emergência

Nacional de Humanização (PNH), editada em 2004, essa estratégia deve fazer parte do
funcionamento de todas as UPA’s.

O acolhimento com classificação de risco baseia-se em um processo dinâmico que


visa identificar os usuários que necessitam de tratamento imediato de acordo com o
potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, proporcionando atenção
centrada na complexidade da demanda e não na ordem de chegada. Para tanto, preconiza
a agilidade no atendimento com base em uma análise sob a ótica de protocolos clínicos
pré-estabelecidos e do grau da necessidade de acesso ao serviço de saúde do usuário
(BRASIL, 2004).

A terminologia Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco foi proposta


em substituição ao termo triagem, empregado no Brasil, historicamente, com o objetivo
de classificar as necessidades de cuidados dos usuários visando à exclusão, ou seja,
decidir quem será ou não atendido. Essa nova nomenclatura remete à ideia de
estratificação dos pacientes entre aqueles que necessitam ser atendidos primeiro, aqueles
que podem aguardar, e até mesmo os que podem ser encaminhado a outros serviços, sendo
necessário realizar efetivamente o encaminhamento, de modo a garantir o atendimento ao
usuário (SANTOS, 2010).

Quando falamos de acolhimento não estamos falando de um espaço ou de um


local, mas de uma postura ética, que não pressupõe hora ou profissional específico. Todos
os profissionais de saúde devem fazer o acolhimento, tomando para si a responsabilidade
de “abrigar e agasalhar” as demandas dos outros com a resolutividade necessária para
cada caso em questão. Todavia, nas “portas de entrada”, os serviços de saúde podem
demandar a necessidade de um grupo de profissionais de saúde preparado para promover
o primeiro contato com o usuário, identificando sua demanda, orientando-o quanto aos
fluxos internos do serviço e quanto ao funcionamento da rede de saúde local. Esse
processo denominado classificação de risco é uma ferramenta que ajuda a organizar a fila
de espera e propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada. Além disso,
tem outros objetivos importantes como, por exemplo, garantir o atendimento imediato do
usuário com grau de risco elevado e informar o paciente que não corre risco imediato,
assim como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera (BRASIL, 2009).

Geralmente, os serviços de saúde dispõem de uma técnica de enfermagem já na


porta de entrada para realizar um primeiro contato com o usuário, que a depender da
unidade pode consistir em atividades variáveis, como uma orientação, uma avaliação de
sinais vitais, entre outras. Após isso, esses usuários são identificados e passam pela
classificação de risco, executada por enfermeiras, sendo que algumas unidades funcionam
com uma enfermeira e outras com duas (KONDER, 2013).

A classificação de risco ocorre de acordo com um protocolo elaborado pelo


Ministério da Saúde, oriundo da modificação de um protocolo internacionalmente
conhecido, denominado Manchester. Esse protocolo é composto de quatro estratos de
gravidade, identificados por cores: azul, verde, amarelo e vermelho, representando
gravidade progressivamente maior (KONDER, 2013).

Considerando a lógica do acolhimento com classificação de risco, o próprio


espaço físico das unidades deve ser pensado tendo como base a diversidade e os níveis de
complexidade da assistência prestada nos serviços de UE.
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Unidade 4 – Acesso e Utilização dos Serviços de Urgência e Emergência

A construção do acolhimento com classificação de risco significou um avanço no


sentido de humanizar a assistência e priorizar os casos mais graves. Também serviu para
normatizar e orientar as unidades em relação às adequações necessárias dos espaços
físicos quanto ao atendimento das demandas assistenciais das urgências e emergências.

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19
Urgência e Emergência

05
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Diante das peculiaridades da população que busca assistência e, também, dos problemas
vivenciados nas UPAs, a priorização dos atendimentos, de acordo com a ordem de
chegada, não é efetiva, tornando-se premente estabelecer critérios clínicos de
classificação e avaliação dos usuários a serem atendidos. Destarte, no ano de 2004, o
Ministério da Saúde estabeleceu a Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS), a
qual, dentre as suas diretrizes, propõe a reestruturação dos Serviços de
Urgência/Emergência, com a implantação do Acolhimento com Classificação e
Avaliação de Risco (ACCR).

A classificação de risco é uma ferramenta que, além de organizar a fila de espera


e propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, tem também como
objetivo garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado; informar
o paciente que não corre risco imediato, sobre o tempo provável de espera; promover o
trabalho em equipe; dar melhores condições de trabalho para os profissionais; aumentar
a satisfação dos usuários e principalmente, possibilitar e instigar a pactuação e a
construção de redes internas e externas de atendimento (BRASIL, 2010).

O protocolo de Manchester como guia orientador na gestão do atendimento


favorece um fluxo adequado no processo de trabalho, na organização e uso do espaço e
clareza no atendimento. Este protocolo é composto por dois extremos e áreas que
evidenciam os níveis de risco dos pacientes. Sendo um denominado vermelho que
identifica o paciente grave com risco de morte e o outro denominado azul que identifica
o paciente aparentemente não grave, mas que necessita ou procura o atendimento de
urgência (BRASIL, 2010).

Cada uma destas áreas possui atuações diferente, de acordo com a clínica do
paciente e os processos de trabalho que nele se estabelecem, sendo que essa identificação
também define a composição espacial por dois acessos diferentes (BRASIL, 2010).

A área vermelha está relacionada a clínica do paciente grave com risco de morte
e é composta pelo o seguinte agrupamento: vermelha, laranja, amarela e verde de acordo
com a gravidade, sendo a vermelha a mais grave e necessita de intervenção imediata e a

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Unidade 5 – Classificação de Risco

verde a menos grave, mas não necessariamente sem importância. E a área azul que
representa os pacientes não graves, mas que necessitam de acolhimento e classificação
do grau de risco para facilitar o fluxo de atendimento (BRASIL, 2010).

O Sistema de Triagem por Prioridades foi implantado na cidade de Manchester na


Inglaterra em 1997. Esse método consiste em promover um atendimento de acordo com
o critério clinico definindo qual o tempo recomendado para o atendimento médico. O
protocolo de Manchester norteia uma triagem baseada nos sintomas do doente e o
classifica por cores, que representa o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado
para o atendimento (MADEIRA; LOUREIRO; NORA, 2010).

O acolhimento com classificação de risco pelo sistema de triagem é apresentado


na figura 1 encontramos o sistema de cores cuja classificação corresponde à priorização
no atendimento ao paciente, lembrando que para cada uma delas será delimitado o tempo
de espera no atendimento (COREN-SP, 2012, 2012).

O protocolo de Manchester só pode ser realizado por enfermeiros ou médicos e


tem como finalidade garantir critérios uniformes com as diferentes equipes, acabar com
a triagem sem fundamentação científica, garantir a segurança do paciente e profissional
de saúde, aumentar o nível de prioridades dos pacientes, oferecer maior segurança e
neutralidade nos processos de classificação feita pelo enfermeiro (LOPES, 2011).

É importante ressaltar que para utilização de protocolos de avaliação com


classificação de risco enfermeiros e médicos devem ser certificados por meio de
capacitação proporcionada pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco
(GONÇALVES, 2011).

Figura 1. Classificação de Risco – Protocolo de Manchester

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21
Urgência e Emergência

Assim o acolhimento com avaliação e classificação de risco pode resultar em um


processo dinâmico de identificação das condições dos usuários que necessitam de
tratamento imediato, de acordo com o seu potencial de risco, agravos à saúde ou grau de
sofrimento; o profissional de saúde deverá ser capacitado para ouvir as queixas, medos e
expectativas do usuário, humanizando o atendimento e oferecendo resolutividade para o
problema apresentado.

A triagem de Manchester também prevê a re-triagem do doente quando o seu


estado clínico se agrava durante o tempo de espera para o atendimento médico devendo
nestas situações ser re-triado para prioridade superior à anterior. Contudo, a re-triagem
também poderá ser efetuada quando um doente refere melhoria da dor após analgesia,
implementada segundo protocolo na triagem, mas ainda aguarda pela observação clínica.
Neste caso específico visto existir melhoria da dor o mesmo poderá ser re-triado para
prioridade inferior à atribuída anteriormente.

A escala de Manchester prevê uma prática fiável, uniforme e objectiva ao longo


do tempo sendo passível de ser auditada quer interna ou externamente. Todos os termos
encontram-se definidos de uma forma precisa a fim de garantir a uniformidade do
entendimento e aplicação dos conceitos.

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Unidade 6 – Avaliação das Situações que Envolvem Urgência e Emergência

06
AVALIAÇÃO DAS SITUAÇÕES QUE
ENVOLVEM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Os sinais vitais (SSVV) são os principais indicadores do estado de saúde e da garantia


das funções circulatórias, respiratória, neural e endócrina do corpo. Podem servir como
mecanismos de comunicação universal sobre o estado do paciente e da gravidade da
doença. Esses parâmetros, medidos de forma seriada, contribuem para que o profissional
identifique a gravidade da situação, avalie as intervenções implementadas e tome decisões
sobre a resposta do paciente à terapêutica e classifique a necessidade de assistência desse
paciente.

As medições estão ancoradas na verificação da temperatura, do pulso, da pressão


arterial, da frequência respiratória, seguida da avaliação da dor, se configurando como o
5º sinal vital.

TEMPERATURA: A temperatura reflete o balanceamento entre o calor


produzido e o calor perdido pelo corpo.

RESPIRAÇÃO: A finalidade é a troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões.


A avaliação da respiração como sinal vital inclui: a frequência (movimentos respiratórios
por minuto), caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular). Método de
verificação: ver, ouvir e sentir.

PULSO: O pulso é causado pela pressão do sangue contra a parede arterial em


cada batimento cardíaco. O pulso é tomado onde uma artéria possa ser comprimida contra
um osso. Verifica-se a: Frequência, ritmo e volume.

PRESSÃO ARTERIAL: é a força exercida sobre a parede de uma artéria pelo


sangue pulsante sob a pressão do coração. O pico máximo da pressão no momento em
que a ejeção ocorre é a pressão sistólica. Quando os ventrículos relaxam, o sangue que
permanece nas artérias exerce uma pressão mínima ou pressão diastólica, ela é a pressão
mínima exercida contra as paredes arteriais. A pressão arterial reflete as inter-relações do
débito cardíaco, resistência vascular periférica, volume do sangue, viscosidade do sangue
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23
Urgência e Emergência

e elasticidade da artéria. A unidade padrão para medir a pressão arterial é dada em


milímetros de mercúrio (mmHg).

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Unidade 7 – Assistência as Situações de Urgência e Emergência

07
ASSISTÊNCIA AS SITUAÇÕES DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Todos esses fatores que compõe os sinais vitais são considerados essências e base na
assistências as urgências e emergências.

Contudo algumas analises ainda são fundamentais para determinar a criticidade


do paciente. Em pacientes traumáticos o atendimento deve ser de imediato, realizado por
meio de uma sequência denominada A, B, C, D, E do trauma, onde o controle da cervical
faz-se de grande importância nessa assistência, prevenindo possíveis agravamentos e
lesões de coluna cervical, contudo, também seguindo um padrão de prioridades vitais na
avalição do ser humano.

Esse famoso mnemônico do trauma "abcde" guia o socorrista que padroniza o


atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao
trauma, no sentido de agilizar o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida e fácil de
memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em politrauma.

Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é


aplicável a todos as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo
tem como principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de
qualquer tipo de trauma.

Antes de iniciar a abordagem ABCDE, é relevante ressaltar que a última


atualização do PHTLS, na sua na 9ª edição trouxe uma nova letrinha para esse mnemônico
do trauma. O "x' de hemorragia exsanguinante ou seja hemorragia externa grave. Ainda
não publicado oficialmente e não traduzido, mas já fica aqui registrado essa alteração, a
qual vai dá ênfase às grandes hemorragias externas, antes mesmo do controle cervical ou
da abertura das vias aéreas.

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25
Urgência e Emergência

7.1 SIGNIFICADO DAS LETRAS ABCDE

7.1.1 (X) – Exsanguinação

Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do
manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias
aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no
trauma são as hemorragias graves.

A. Vias aéreas e proteção da coluna vertebral

No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-


85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das
vias aéreas utiliza-se das técnicas “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula.

Fig. Manobra de chin Lift Fig. Manobra de Jaw Thrust

A manobra de “chin Lift” também é uma técnica muito utilizada para a abertura
de vias aéreas, contudo nos pacientes vítimas de trauma é contra indicada por
hiperextender o pescoço, e gerar maior dano na cervical.

No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes,


a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a
cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares.

A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para
isso, uma prancha rígida deve ser utilizada.

Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos


multissistêmicos.

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Unidade 7 – Assistência as Situações de Urgência e Emergência

B. Boa Ventilação e Respiração

No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória,


inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da
musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase.

Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação,


ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.

C. Circulação com Controle de Hemorragias

No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise.


A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é
a principal causa de morte no trauma.

Essa parte refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de


volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no
trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia
como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento
do nível e qualidade de consciência.

D. Disfunção Neurológica

No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de


hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas.

Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela


manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de goma
de Glasgow atualizada.

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Urgência e Emergência

Fig. Escala de Coma de Glasgow

E. Exposição Total do Paciente

No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da


hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de
trauma, sangramento, manchas na pele etc.

A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que
acomete o paciente.

7.2 CHOQUE E SUAS CONSEQUENCIAS NO ORGANOSMO


Nas situações de intensa gravidade do paciente politraumatizado, apesar da execução de
todas as manobras para minimizar os danos gerados pelo trauma, é imprescindível ficar
atento a situações que podem ocorrer, as quais exigem condutas emergências para
salvaguardar a vida.

Nesse atendimento é essencial a identificação de risco iminente de morte, causado,


principalmente por fatores externos e imediatos, mas quando exercidas as devidas atitudes
pode não só evitar graves danos a vida como também evitar fatalidades.

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Unidade 7 – Assistência as Situações de Urgência e Emergência

Um fator muito constante encontrado em muitas emergências é a presença do


choque. Sendo este uma manifestação clínica de profunda desorganização celular, que
por sua vez pode ser causado por inúmeros fatores subjacentes que acarreta um distúrbio
funcional e se não tratado de imediato pode acarretar a morte.

O choque também pode ser definido como uma síndrome que gera anormalidades
no sistema circulatório, resultando em inadequada perfusão orgânica e oxigenação
tecidual. Outras definições abordam também a síndrome do choque como uma sequência
de eventos iniciada por um fator agressor, seguida de respostas endócrino-metabólicas e
falência na manutenção dos mecanismos de homeostasia, com decréscimo da perfusão
tecidual.

Esta síndrome atinge todos os sistemas corporais, podendo desenvolver-se de


forma acelerada ou muito lenta, dependendo da causa subjacente. Durante o processo de
choque, o organismo esforça-se para sobreviver, exigindo que todos os mecanismos
homeostáticos restaurem o fluxo sanguíneo e a perfusão tecidual.

A problemática do choque está na hipoperfusão dos tecidos vitais. Após a


diminuição da perfusão, o oxigênio (O²) torna-se insuficiente para o metabolismo aeróbio,
as células mudam para o metabolismo anaeróbio com aumento do dióxido de carbono
(CO²) e acúmulo de ácido lático. Com a diminuição da função celular e persistência do
choque, podem ocorrer danos irreversíveis e morte celular. A isquemia em qualquer
região do organismo irá disparar uma resposta inflamatória que terá um impacto sobre
órgãos não-isquêmicos, mesmo após ter sido restaurada a adequada perfusão sistêmica.

Comumente a causa do choque é mal definida num primeiro momento. O


diagnóstico do choque é eminentemente clinico, sendo assim, a história clinica deve ser
evidenciada para que seja direcionada à procura da etiologia, fornecendo assim subsídios
para a terapêutica mais adequada e eficaz dessa síndrome clínica.

As manifestações clínicas resultam, por um lado, da resposta neuroendócrina à


hipoperfusão, e, por outro, da disfunção orgânica induzida pela lesão celular. Deste modo,
o choque caracteriza-se clinicamente pela combinação de hipotensão (PAM<60 mmHg),
podendo a pressão arterial estar normal ou mesmo aumentada na fase inicial do choque,
taquicardia, taquipneia, hipersudorese e sinais de hipoperfusão periférica caracterizando-
se por palidez, cianose, extremidades frias e húmidas, oligúria, acidose metabólica,
alterações sensoriais e do estado de consciência.

Quando o choque é persistente ou muito grave, o transporte inadequado de O²


causa lesão irreversível; assim a rápida restauração do transporte de O² pode reverter a
progressão do estado de choque. Por isso, a abordagem terapêutica fundamental é
reconhecer o choque e intervir de forma emergencial para restaurar a perfusão, o que
frequentemente requer a expansão ou reexpansão do volume sanguíneo intravascular.
Simultaneamente, deve ocorrer o controle de qualquer processo patológico que
desencadeou essa ação.

Atualmente a compreensão da fisiopatologia do choque em que a falência


circulatória promove resposta sistêmica compensatória que gera metabolismo anaeróbio,
aumento do consumo de oxigênio, liberação de substâncias de efeito deletério para o
organismo e risco de colapso de múltiplos órgãos e sistemas, tem sido primordial para o
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Urgência e Emergência

fornecimento da assistência adequada e manejo destes pacientes, usando de intervenções


rápidas para reverter essa situação de tanto risco ao organismo.

Então, se houver um diagnóstico precoce acompanhada a uma boa assistência,


onde haja os subsídios necessários para cessar o mecanismo que gera toda essa disfunção
orgânica, estabilizando-se hemodinamicamente e combatendo o fator que gera esse
estresse celular, seja ele uma bactéria, como acontece no choque séptico ou perda de
líquido por hemorragia, como no hipovolêmico, é totalmente viável a recuperação do
indivíduo.

7.3 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA


Uma das principais consequências do choque é a parada cardiorrespiratória (PCR), sendo
assim, está também se configura como uma relevante emergência.

O Sistema Cardiovascular é responsável por fornecer e manter o fluxo sanguíneo


adequado aos diversos tecidos do organismo. E o coração se configura como protagonista
desse sistema, ficando apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade
torácica, no mediastino, entre os pulmões, sendo a força motriz para que a circulação
ocorra e leve nutrientes para toda a parte do corpo.

Na ocorrência de um distúrbio nesse sistema ocorre essa parada cardíaca, se


configurando como ausência de bombeamento cardíaco para garantir a circulação
sanguínea do indivíduo e de respiração adequada para promover a oxigenação. Tendo
como característica a irresponsividade, ausência de respiração e de pulso.

Assim, faz-se uso da corrente da sobrevivência, isto é, reconhecimento imediato


da PCR e acionamento do serviço especializado de emergência, ressuscitação
cardiopulmonar (RCP) precoce com ênfase nas compressões torácicas, rápida
desfibrilação, suporte avançado de vida eficaz e cuidados pós PCR integrados.

O objetivo da RCP é dar suporte ou restabelecer a circulação e a boa oxigenação


e ventilação até que se possa restabelecer a circulação espontânea ou iniciar as
intervenções de suporte avançado.

A Ressuscitação Cardiorrespiratória se dá:

• Avaliar responsividade e presença de respiração

• Na vítima irresponsiva com respiração ausente, lenta ou agônica: Suspeitar de


PCR

• Solicitar DEA

• Verificar a presença de pulso central

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Unidade 7 – Assistência as Situações de Urgência e Emergência

• Se pulso central ausente, caracteriza-se a PCR. Iniciar 30 compressões torácicas.

• Abrir vias aéreas e realizar 2 ventilações

• Manter 30:2 por 2 minutos. Reavaliar responsividade, respiração e pulso.

• Se ausentes, reiniciar 30:2 por 2 minutos

OBS: Em crianças usa-se somente uma das mãos na massagem cardíaca,


mantendo-se 15:2 por 2 minutos, se houver dois socorristas.

7.4 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)


São sinais súbitos e rapidamente evolutivos de déficit neurológico focal ou global com
duração maior que 24 horas ou levando à morte, sem outra causa aparente que não a de
origem vascular. Se caracteriza uma situação de urgência e emergência, sendo um grave
problema de saúde pública.

É de imensa relevância por estar entre as principais causas de morte no país, a


maior em idosos. Daqueles que conseguem sair da emergência 8% dos permanecem
inválidos.

O AVC pode ser causado por uma trombose aterosclerótica, um ataque isquêmico
transitório, embolias cerebrais, arterites, tromboflebite cerebral, distúrbios
hematológicos, traumas, hipotensão associada a estenose arterial, enxaqueca com déficit
persistente além de causas indeterminadas.

O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico, o primeiro se caracteriza pela


obstrução de um vaso no cérebro, impossibilitando a passagem de sangue para a região
subsequente. No hemorrágico há um rompimento do vaso, gerando uma grave hemorragia
no cérebro.

Os sinais de alerta para a suspeita de AVC incluem quaisquer déficits neurológicos


de início súbito, especialmente os localizados, destacando a fraqueza muscular súbita ou
alteração sensitiva súbita unilaterais; dificuldade repentina para falar ou compreender;
perda visual súbita, especialmente se unilateral; perda súbita do equilíbrio ou
incoordenação motora repentina, rebaixamento súbito do nível de consciência e cefaleia
súbita.

Sendo assim, no AVC isquêmico vai ocorrer diminuição do fluxo sanguíneo


cerebral, diminuição da oferta de oxigênio, de glicose e do pH intracelular, podendo haver
edema cerebral.

A apresentação clássica dos AVC hemorrágico é um déficit neurológico focal


súbito que progride em minutos ou horas, com rebaixamento do nível de consciência,
acompanhado por cefaleia, náusea, vômitos e elevação da pressão arterial. As principais

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Urgência e Emergência

alterações fisiopatológicas para a gênese do AVCH ocorrem nas pequenas artérias e


arteríolas por efeito da hipertensão arterial. No entanto, outras causas podem ser
encontradas em AVCs hemorrágicos.

Medidas terapêuticas gerais visam favorecer a viabilidade do tecido cerebral,


através da adequação e estabilização de certos parâmetros fisiológicos. Como realizar
monitoramento multiparamétrico contínuo pelo menos durante as primeiras 24 horas de
evolução do AVC; manter o paciente em decúbito elevado a 30 graus; manter a saturação
de oxigênio 95% da maneira menos invasiva possível (cateter nasal, máscara, CPAP ou
BIPAP); considerar intubação orotraqueal (IOT) para proteção de vias aéreas em
pacientes com rebaixamento do nível de consciência ou disfunção bulbar que traga risco
de broncoaspiração; manter a temperatura corpórea; corrigir hipotensão e hipovolemia
para manter os níveis sistêmicos de perfusão necessários para suportar a função orgânica,
utilizando solução salina isotônica e, se necessário, infusão de aminas vasoativas
(dopamina 2 – 20 µg/kg/min ou noradrenalina 0,05 – 0,2 µg/kg/min). Evitar o uso das
soluções glicosadas conhecidas como soro de manutenção, reduzindo assim o risco de
hiperglicemia e distúrbios do sódio.

Dessa forma, as melhores evidências clínicas disponíveis no momento


demonstram que o atendimento adequado, rápido e bem estruturado aos pacientes com
AVC reduz a mortalidade e a morbidade dos mesmos.

7.5 TRAUMA CRANIO ENCEFALICO (TCE)


O TCE é uma das causas mais frequentes de morbidade e mortalidade em todo o mundo,
com impacto importante na qualidade de vida. Embora ocorra em questão de segundos,
seus efeitos perduram por longos períodos sobre a pessoa, seus familiares e a sociedade.

Esse trauma se configura como qualquer lesão decorrente de um trauma externo,


que tenha como consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração
do couro cabeludo, bem como o comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou
seus vasos, resultando em alterações cerebrais, momentâneas ou permanentes, de
natureza cognitiva ou funcional.

Múltiplos são os fatores que determinam as lesões causadas pelo TCE. Há


mecanismos que começam a agir tão logo o TCE ocorre, bem como outros que vão se
estender por dias, semanas ou meses após o evento. Há ainda fatores sistêmicos que
podem agravar o quadro neurológico, levando a um pior prognóstico. Assim, pode-se
dividir as lesões cerebrais em primárias e secundárias.

As lesões primárias são aquelas que ocorrem como resultado imediato e direto do
trauma. Exemplo: em um ferimento por arma branca que penetra o crânio, a lesão
primária é aquela que vem em decorrência do trauma direto ao parênquima cerebral.

As lesões secundárias são aquelas que se iniciam após o momento da agressão.


Podem decorrer da interação de fatores intra e extracerebrais, levando à morte de células
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Unidade 7 – Assistência as Situações de Urgência e Emergência

que não foram afetadas no momento exato do acidente, mas que sofrem consequências
posteriores.

O atendimento aos pacientes vítimas de TCE grave deve ter enfoque na prevenção
das lesões secundárias, uma vez que as lesões primárias, causadas pelo choque mecânico
direto, não sofrem influência da terapêutica. As lesões secundárias, entretanto, podem ser
prevenidas, se o atendimento for conduzido corretamente, proporcionando oxigenação
adequada, equilíbrio hemodinâmico e tratamento da hipertensão intracraniana,
permitindo perfusão cerebral adequada. O cuidado deve ser contínuo, pois a
desestabilização de quaisquer destes parâmetros pode causar ou aumentar, em qualquer
momento, a lesão secundária.

A prevenção do agravamento da lesão cerebral inicial requer atendimento


imediato e a rápida estabilização cardiopulmonar. A parada respiratória transitória e a
hipóxia são comuns e podem causar lesão cerebral secundária. A intubação endotraqueal
precoce, portanto, deve ser feita em doentes comatosos.

A hipotensão arterial sistêmica precisa ser evitada, uma vez que pode causar
redução no fluxo sanguíneo cerebral. De maneira geral, ela não representa consequência
isolada da lesão cerebral, desde que a hemorragia intracraniana não determine choque
hemorrágico. A reposição volêmica deve ser feita enquanto se tenta determinar a causa
da hipotensão.

O exame neurológico necessita ser feito de forma rápida e objetiva, após a


estabilização do estado cardiopulmonar do doente. É fundamental a avaliação do valor da
Escala de Coma de Glasgow e a resposta pupilar ao estímulo luminoso. Exames
neurológicos seriados devem ser realizados para detectar piora neurológica, logo que
possível.

Para a classificação de gravidade do TCE utiliza-se a Escala de Coma de Glasgow


– ECG. Esta é uma escala mundialmente aceita, já que constitui um método fácil para
avaliar não só a gravidade do TCE, mas também da deterioração do quadro neurológico
à medida que se deve repetir a aplicação da escala ao longo do atendimento clínico.
Permite, portanto, a construção de um parâmetro mensurável sobre a evolução do quadro
clínico do paciente. Além disso, esta escala uniformiza o atendimento, dando aos
profissionais uma maneira simples e rápida de comunicação ao citar a “nota” dada ao
paciente após cada avaliação.

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Urgência e Emergência

Fig. Escala de Coma de Glasgow

Seguindo esta escala, o TCE pode ser classificado como leve (13 a 15 pontos),
moderado (9 a12 pontos) ou grave (3 a 8 pontos). Pela gradação obtida com a aplicação
da Escala de Glasgow, pode-se ter uma indicação dos cuidados assistenciais requeridos
pela pessoa com TCE. Assim, sabe-se, por exemplo, que todo o paciente com ECG < 8
deve ser intubado para proteção de vias aéreas e manutenção da ventilação. Os demais
cuidados preconizados serão descritos mais detalhadamente no item de cuidados à pessoa
com TCE.

Após a avaliação inicial do paciente, podem ser acrescentados dados referentes à


manutenção ou não da consciência e da memória, assim como a duração destes sintomas.
Isso permite um refinamento da classificação e, consequentemente, do atendimento ao
TCE, com a utilização ainda da ECG com algumas modificações baseadas na
sintomatologia apresentada.

O suporte hemodinâmico se configura pela implementação de estratégias para a


manutenção da pressão arterial sistêmica, baseado na forte associação entre hipotensão
arterial sistêmica e prognóstico ruim. As soluções salinas intravenosas precisam ser
administradas, conforme a necessidade. Recomenda-se o uso de solução NaCl 0,9% ou
de Ringer lactato. Não devem ser usadas soluções hipotônicas. As aminas vasoativas
podem ser utilizadas no choque associado.

Deve ser realizada a tomografia computadorizada de crânio-encéfalo (TCC) de


urgência, como forma de confirmação do diagnóstica, tão logo seja possível, após a

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Unidade 7 – Assistência as Situações de Urgência e Emergência

normalização hemodinâmica. Deve ser repetida sempre que houver mudança no estado
clínico do doente e rotineiramente 12 e 24 horas após o trauma, quando há contusão ou
hematoma, identificado a tomografia computadorizada inicial.

Algumas medidas são consideradas para neuroproteção, tais como: elevação da


cabeceira a 30° (se PAM > 65 mmHg) e posição centrada da cabeça, controle glicêmico
– máx. 150 mg%, profilaxia de trombose venosa profunda, profilaxia de úlceras de
pressão, profilaxia de hemorragia digestiva alta, balanço hídrico rigoroso, cuidados com
cateteres e sondas e fisioterapia respiratória e motora precoces.

Outras posturas básicas também devem ser relevantes como a correção de


distúrbios ácido-básicos e hidroeletrolíticos, nutrição precoce adequada, monitorização
não-invasiva e controle rigoroso da temperatura.

Apesar de todos esses cuidados, o TCE pode resultar em algumas incapacidades,


podendo ser divididas em três categorias: físicas, cognitivas e
emocionais/comportamentais. As físicas são diversificadas, podendo ser motoras, visuais,
táteis, entre outras. As cognitivas frequentemente incluem principalmente problemas de
atenção, memória, e funções executivas. As incapacidades comportamentais/emocionais
são, em geral, a perda de autoconfiança, motivação diminuída, depressão, ansiedade,
dificuldade de autocontrole, está representada mais comumente por desinibição,
irritabilidade e agressão. Os prejuízos físicos são os mais aparentes, mas, a longo prazo,
os problemas com cognição, personalidade e comportamento são mais importantes para
a qualidade de vida da pessoa acometida.

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Urgência e Emergência

08
O TRABALHO DA ENFERMAGEM EM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Durante o ato de classificação de risco o enfermeiro pode avaliar sinais vitais e dosagem
de glicemia, realizar exame físico, estabelecendo a gravidade do paciente que procura o
serviço de urgência e emergência da instituição (BELLAGUARDA, 2009).

O profissional enfermeiro considera-se capacitado para a função, pois em sua


formação é enfatizada a valorização das necessidades do paciente, as biológicas, as
sociais e psicológicas. Além disso, o enfermeiro está habituado a ser líder, o que o leva a
ter uma visão abrangente do setor incluindo recursos humanos, área física e fluxo de
pacientes. (GATTI, 2008).

Para ser um enfermeiro de triagem devem-se apresentar três habilidades


consideradas fundamentais: avaliação, conhecimento e intuição. A intuição se desenvolve
com experiência, sensibilidade e o uso da observação. (GATTI, 2008). O enfermeiro é o
primeiro contato da equipe multidisciplinar com o paciente, pois ele coleta dados sobre a
sintomatologia, medicações em uso e detecta possíveis déficits de conhecimento nesses
aspectos, ou ainda relativos à questões de fluxo e especificidade de atendimento do setor.
Quando da realização do registro, da entrevista e do exame físico, realizados com ênfase
na observação do comportamento, expressão verbal e não verbal de dor, postura e sinais
clínicos, determina-se a classificação da prioridade do atendimento. (GATTI, 2008).

A enfermagem organiza-se e expressa sua ação no cuidado ou na assistência ao


indivíduo em vários ambientes, nas suas condições de saúde. A saúde é definida como
um fenômeno multidimensional, com características individuais e coletivas, que envolve,
de forma dialética, aspectos físicos, psicológicos e sociais da natureza humana. Todo o
contexto, as multiplicidades de fatores que condicionam o bem-estar, o estado de saúde
das pessoas, são objetos de preocupação do profissional de enfermagem. O exercício
desta profissão tem significado, alcança sua finalidade, ao voltar a atenção ao agir
especificamente em favor das pessoas (JORDI et al., 2015).

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Unidade 8 – O Trabalho da Enfermagem em Urgência e Emergência

A abundante demanda nas emergências é um problema importante e tem como


resultado o estresse dos profissionais, a sobrecarga de trabalho, a insuficiência de recursos
humanos, materiais e tecnológicos para satisfazer a demanda, pacientes mal atendidos,
enormes filas de espera por atendimento, entre outros problemas. Percebeu-se que um dos
mais importantes determinadores da superlotação dessas unidades é a carência da
assistência prestada pela rede de atenção primária (OLIVEIRA, SILVA, COSTA, 2012).

É fundamental apontar quanto à qualidade da assistência prestada ao paciente pela


profissional enfermeira, pois esta, se associa diretamente com a condição de saúde/doença
da população já carente de tais serviços. Entretanto, essa profissional precisa de condições
de trabalho que beneficiam a melhor execução possível de suas práticas, a diminuição da
sobrecarga de trabalho, a realização dos programas de capacitação e reconhecimento
profissional. Diversos estudos já foram realizados com a finalidade de apresentar soluções
para o problema, mas não se mostraram efetivos. Frente a esses desafios, na tentativa de
reduzir as incoerências entres os testes realizados, esse estudo busca agregar
conhecimento de como as variáveis podem influenciar nos resultados obtidos
(OLIVEIRA, SILVA, COSTA, 2012).

Segundo Azevedo et al (2010), nos serviços hospitalares de atenção à urgência e


emergência, a atuação do enfermeiro envolve especificidades e articulações
indispensáveis à gerência do cuidado a pacientes com necessidades complexas, que
requerem aprimoramento científico, manejo tecnológico e humanização extensiva aos
familiares pelo impacto inesperado de uma situação que coloca em risco a vida de um
ente querido. Esse conjunto de elementos justifica um olhar pormenorizado para a
organização desses serviços.

De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem (2013) cabe ao enfermeiro


à direção do serviço de enfermagem em instituições de saúde e de ensino, públicos,
privados e a prestação de serviço, as atividades de gestão como planejamento da
assistência de enfermagem, consultoria, auditoria, consulta de enfermagem, a prescrição
da assistência de enfermagem, os cuidados diretos a pacientes com risco de morte e todos
os cuidados de maior complexidade técnica. De acordo com Galvão & Wehbe (apud
Fincke, 2011), o papel do enfermeiro na unidade de emergência consiste em obter a
história do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando
a manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do tratamento e
medidas vitais.

O enfermeiro que atua nesta unidade necessita ter conhecimento científico, prático
e técnico, a fim de tomar decisões rápidas e concretas, transmitindo segurança a toda
equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente.

Segundo Galvão & Wehbe (2006) dentre as atividades assistências exercidas pelo
enfermeiro no setor de emergência as principais são:

a. Fornecer cuidado ao paciente juntamente com o médico;

b. Preparar e administrar medicamentos;

c. Proporcionar a realização de exames especiais procedendo à coleta;

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37
Urgência e Emergência

d. Instalar sondas nasoenterais e vesicais em clientes;

e. Realizar troca de traqueostomia, punção venosa com cateter, punção arterial entre
outros;

f. Realizar curativos de maior complexidade;

g. Dispor instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e


desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos
diversos;

h. Aferir sinais vitais;

i. Realizar a sistematização da assistência de enfermagem e evolução dos pacientes,


fazer anotações em prontuários;

j. Fiscalizar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem;

k. Conferir os materiais permanentes e psicotrópicos do setor;

l. Priorizar o atendimento aos pacientes dependendo do grau de complexidade;

m. Realizar relato em livro de ordens e ocorrências;

n. Liderar a equipe de enfermagem no atendimento dos pacientes críticos e não


críticos;

o. Observar as deficiências da equipe e realizar educação continuada.

Segundo Thompson (apud Galvão & Wehbe,2006, p. 01), a Associação


Americana de Enfermagem (ANA), em 1983, estabeleceu os "Padrões da Prática de
Enfermagem em Emergência", classificando os enfermeiros de emergência em três níveis
de competência:

a. Primeiro nível: requer competência mínima para o enfermeiro prestar atendimento


ao paciente traumatizado;

b. Segundo nível: o profissional necessita de formação específica em enfermagem


de emergência;

c. Terceiro nível: o enfermeiro deve ser especialista em área bem delimitada e atuar
no âmbito pré e intra hospitalar.

Para Coutinho, Cecílio e Mota (2012), nos serviços hospitalares de atenção à


urgência e emergência, a atuação do enfermeiro envolve especificidades e articulações
indispensáveis a gerencia do cuidado a pacientes com necessidades complexas, que
requerem aprimoramento científico, manejo tecnológico e humanização extensiva aos
familiares pelo impacto inesperado de uma situação que coloca em risco a vida de um
ente querido.

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Unidade 9 – Conclusão

09
CONCLUSÃO

A assistência às urgências e emergências forma um importante componente da rede de


saúde, sendo de forma costumeira realizada por serviços de Pronto Socorro e de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Esses, por sua vez, se apresentam pela
prestação contínua de serviço nas 24 horas, pela ordem dos atendimentos segundo a
procura dos usuários e pelo foco no imediato da atenção.

A alta quantidade de pacientes que almeja por atendimento nas filas de espera é
uns dos principais motivos que interferem de maneira negativa a qualidade do
atendimento. O cliente, muitas vezes, não é atendido com presteza, de forma humanizada
e acolhedora, devido ao grande número por serviços, da ausência de profissionais
qualificados e pela falta de sistematização no ambiente de trabalho. Nesse sentido, os
danos aos usuários podem ser incalculáveis, pois “muitos serviços de atendimento às
urgências vivem com grandes filas onde as pessoas disputam o atendimento sem nenhuma
norma, a não ser à hora da chegada.

Acredita-se que o Acolhimento com Classificação de Risco seja um dos


instrumentos fundamentais de auxílio para alcance da qualidade no atendimento “de
porta” dos serviços de emergências dos hospitais brasileiros. O Ministério da Saúde
ressalta que cabe ao profissional enfermeiro, fazer, por meio da Consulta de Enfermagem,
a Classificação de Risco que resulta na organização dos usuários para o atendimento,
segundo o nível de prioridade de cada caso.

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39
Urgência e Emergência

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


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ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. Em situações de urgência e emergência, uma das ações do profissional de enfermagem


deve ser a verificação dos sinais vitais da vítima. Quanto aos parâmetros considerados
como sinais vitais, assinale a alternativa correta.

a. Temperatura corporal, pulso, respiração e pressão arterial.

b. Temperatura corporal, pulso, transpiração, respiração e pressão arterial.

c. Temperatura corporal, pulso, dilatação pupilar, respiração e pressão arterial.

d. Temperatura corporal, resposta a estímulo doloroso, pulso, respiração e pressão


arterial.

2. Nas ações de urgência e emergência deve-se levar em consideração os princípios


éticos. Um desses princípios é o da:

a. Autonomia: deve ser respeitado, sempre que possível, o direito do paciente em


aceitar ou recusar o tratamento proposto.

b. Justiça: cabe à equipe médica decidir quais ações serão desenvolvidas por cada
profissional da saúde, supervisionar e avaliar as ações desenvolvidas por cada um
deles.

c. Empatia: cabe ao profissional de enfermagem estabelecer as prioridades no


tratamento de acordo com a gravidade do caso.

d. Maleficência: diz respeito a reduzir ao máximo os efeitos negativos impostos pela


urgência, ou seja, evitar os riscos de iatrogenia que tendem a aumentar quando os
procedimentos são realizados em caráter de urgência.
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40
Avaliação

3. Suspeita-se de traumatismo cranioencefálico (TCE) em uma vítima de atropelamento.


Neste caso, na unidade de Pronto-Socorro, uma das medidas prioritárias no
atendimento imediato é:

a. Considerar a presença de anisocoria como sinal de normalidade neurológica.

b. Considerar TCE grave quando a pontuação na escala de coma de Glasgow situar-


se entre 13 e 15.

c. Monitorar sinais vitais, avaliar a necessidade de oxigênio complementar e


encaminhar para exames.

d. Não impedir a saída de sangue e líquor pelo nariz ou ouvido.

4. Por mais eficiente que seja um suporte avançado, se as ações de suporte básico de
vida não forem feitas de forma adequada, será baixa a chance de sobrevivência de um
paciente em situação de emergência. No que concerne ao suporte básico de vida nas
ações de urgência e emergência e ao suporte pediátrico, assinale a opção correta.

a. Assim como a corrente do adulto, a corrente de sobrevivência pediátrica apresenta


cinco elos, que ocorrem na mesma sequência em ambos os tipos de pacientes.

b. Em uma parada cardíaca pediátrica, a ativação do serviço médico de emergência


deve ser a primeira conduta a ser tomada, seguida de reanimação cardiopulmonar
por cerca de dez minutos.

c. O meio mais indicado para a verificação de pulso em situações de emergência é a


palpação da carótida, ainda que se trate de lactentes e menores de um ano.

d. Recomenda-se, atualmente, para as compressões torácicas em crianças atendidas


por dois socorristas, que a relação compressão-ventilação seja de 15:2.

5. Estancar hemorragias é essencial para o cuidado e a sobrevivência de pacientes em


uma circunstância de emergência. Uma hemorragia que acarreta a redução do volume
sanguíneo circulante é causa primária de choque, situação clínica que exige do
enfermeiro conhecimentos para avaliar sinais e sintomas. Com relação a esses sinais
e sintomas, assinale a alternativa correta.

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41
Urgência e Emergência

a. Pele fria e úmida, aumento da pressão arterial, bradicardia, retardo do enchimento


capilar e volume urinário aumentado.

b. Poliúria, hipertensão, bradipneia e alcalose metabólica.

c. Alteração da consciência, poliúria, polifagia e dislalia

d. Pele fria e úmida, pressão arterial em queda, frequência cardíaca em elevação,


retardo do enchimento capilar e volume urinário diminuído.

6. Foi atendido no pronto atendimento um paciente de 25 anos, sexo masculino, com


ferimento por arma branca na região abdominal, que apresenta sangramento intenso,
sendo encaminhado para laparotomia exploradora. Essa cirurgia pode ser classificada
como:

a. De emergência

b. Eletiva

c. Paliativa

d. De urgência

7. Paciente do sexo masculino, 43 anos, chegou ao serviço de saúde acompanhado da


esposa. O paciente apresentava dificuldade visual, dificuldade para falar e entender
comandos simples, confusão mental e desvio de rima. Esse paciente foi encaminhado
para a unidade de emergência, pois, de acordo com o quadro apresentado, trata-se:

a. De uma contusão pulmonar

b. De um acidente vascular cerebral.

c. De um infarto agudo do miocárdio

d. De um tamponamento cardíaco.

8. Ao realizar Escala de Coma de Glasgow (ECG) em uma paciente, foi identificado que
ela apresentava abertura ocular ao ser chamada, falava palavras inapropriadas e não
movimentava os membros, porém apontava o local da dor. Qual é a pontuação de
acordo com a ECG para esta paciente?

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42
Avaliação

a. 8

b. 9

c. 10

d. 11

9. Durante o atendimento a um paciente de queda de grande altura, observou-se que a


vítima estava com sangramento ativo na cavidade oral e via aérea obstruída. Assinale
a alternativa que apresenta a ação adequada para este atendimento:

a. Manobra de Chin lift e aspiração oral

b. Manobra de Jaw Thrust e aspiração da cavidade oral

c. Ofertar oxigênio suplementar e lateralização da cabeça para saída de sangue da


cavidade oral

d. Instalação de cânula orofaríngea e lateralização da cabeça para a saída de sangue


da cavidade oral.

10. Os serviços de atendimento as urgências e emergências seguem instituídos pela


Política Nacional de Atenção as Urgências, tendo como finalidade atender usuários
em estado grave, como também casos não urgentes que deverão após avaliados ser
encaminhados aos serviços ambulatoriais ou especializados da rede de atenção à
saúde. Analise as situações a seguir, e assinale a alternativa que justiça uma
EMERGÊNCIA.

a. Desidratação em idoso

b. Fratura exposta;

c. Parada cardiorrespiratória;

d. Hemorragia digestiva alta;

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43
Urgência e Emergência

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


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Oficial da União, Brasília, DF, 06 jun. 2012b. p. 129.

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incentivo financeiro de investimento para construção e ampliação no âmbito do
Componente Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) e do conjunto de serviços de
urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política
Nacional de Atenção às Urgências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jun. 2012a.
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24h) e do conjunto de serviços de urgência 24 (vinte e quatro) horas da Rede de Atenção
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o incentivo financeiro de investimento para o Componente Unidade de Pronto
Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.922, de 2 de dezembro de 2008. Estabelece


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Nacional de Humanização. Humaniza SUS: política nacional de humanização: documento
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Urgência e Emergência

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