CADERNO COMENTADO

PMERJ - Soldado

Versão Condensada

Língua Portuguesa
Texto 2
Ação conjunta apreende armas de fogo e cumpre man-
dados de busca e apreensão no sertão
2 de agosto de 2021
Uma ação conjunta entre as Polícias Militar e Civil da
Paraíba e a Polícia Civil de Pernambuco resultou na
apreensão de quatro armas de fogo, munições, por-
ções de drogas e balança de precisão no sertão do
estado. As ações aconteceram na manhã desta segun-
da-feira (02), durante o cumprimento de mandados de
busca e apreensão na cidade de Manaíra.
1. Sobre os dados presentes no texto 2, é correto afirmar
que:
a) a ação é “conjunta” porque foi feita em vários
estados.
b) a balança de precisão indica fabricação de projéteis.
c) a cidade de Manaíra é apenas um dos locais da
operação.
d) as munições mostram produtos de fabricação dos
bandidos.
e) a data (02) mostra preocupação com a precisão.
A: Incorreta. A ação foi conjunta, pois reuniu as
Polícias Militar e Civil da Paraíba e a Polícia Civil de
Pernambuco, mas na mesma cidade.
B: Incorreta. Não há como ter essa precisão.
C: Incorreta. Não se mencionam outras cidades,
somente Manaíra.
D: Incorreta. Não se menciona isso no texto.
E: Correta. No sertão, 2 de agosto.
GABARITO: E.
2. O texto 2 utiliza adequadamente o vocábulo “man-
dado”; a frase a seguir em que houve troca indevida
entre os parônimos mandado/mandato é:
a) Lopez conseguiu um mandado judicial que impede
que Vasquez venda a filmagem sem a autorização
dele. Folha de S.Paulo, 07/06/2011.
b) O mandado de prisão contra Bashir foi expedido
pelo Tribunal Penal Internacional no dia 4 de março.
Folha de S.Paulo, 03/07/2009.
c) Apesar de defender punições, ele disse que “ne-
nhum senador vai renunciar ao mandato, nenhum
senador vai pedir as contas”. Folha de S.Paulo,
26/06/2009.
d) A empreitada, segundo críticos, seria uma manobra
de Zelaya para tentar disputar um segundo man-
dato. Folha de S.Paulo, 02/09/2009.
e) De acordo com o CNJ, o motivo do atraso é o fim
do mandado de 12 conselheiros. Folha de S.Paulo,
02/07/2009.
O termo “mandado” significa “ordem judicial ou
administrativa” e, nessas circunstâncias, é um subs-
tantivo: “mandado de busca, mandado de segu-
rança, mandado de busca e apreensão”.
O termo “mandato” é “uma autorização para praticar
determinadas ações em função de outros”. Logo,
é um poder que alguém conferiu a outro, a fim de
agir em seu nome, ou seja, significa “procuração,
delegação”.
Nesse caso, a oração em que houve troca de
parônimos é: “De acordo com o CNJ, o motivo do
atraso é o fim do mandado de 12 conselheiros.
Folha de S.Paulo, 02/07/2009”. O termo correto
seria “mandato”.
GABARITO: E.
Texto 3
Operação Moto Segura vai intensificar combate aos
veículos com canos de escape barulhentos
2 de agosto de 2021
A Polícia Militar deflagrou a Operação Moto Segura,
que será realizada durante todo o mês de agosto com
o objetivo de coibir a circulação irregular de veículos,
principalmente os que usam o cano de escape alte-
rado. A multa para quem anda com o escapamento irre-
gular é de R$ 195,23, sendo considerada de natureza
Língua Portuguesa 2
 grave e com previsão de cinco pontos na carteira de
habilitação. As denúncias podem ser feitas pelo 190.
[...] Além das blitzen em pontos estratégicos, rondas
em horários variados e denúncias da população, a
operação vai contar também com o levantamento de
informações sobre grupos que promovem “rolezinhos”
e sobre estabelecimentos que estejam fazendo a modi-
ficação do cano de escape para provocar barulho.
3. Em relação aos componentes do texto 3, é correto
afirmar que:
a) o termo “veículos” da manchete do texto 3 se refere
a qualquer tipo de veículo.
b) a fiscalização dos veículos citados não se limita ao
problema de alterações nos canos de escape.
c) as denúncias públicas visam especificamente aos
estabelecimentos que fazem as alterações nos
canos.
d) a presença dos colchetes no início do segundo pa-
rágrafo indica que o texto a seguir foi alterado.
e) as blitzen, as rondas e as denúncias da população
indicam as causas da fiscalização pretendida pela
operação.
A: Incorreta. O nome da operação é “Moto Segura”,
que vai intensificar o combate aos veículos com
canos de escape barulhentos.
B: Correta. A operação irá focar nos veículos que
possuem os canos de escape alterados e também
na circulação irregular de veículos.
C: Incorreta. As denúncias visam aos rolezinhos e
aos estabelecimentos que fazem as modificações
nos canos de escape para provocar barulho.
D: Incorreta. Os colchetes indicam que algo foi
suprimido e não alterado.
E: Incorreta. Tais ações não indicam as causas, mas
a solução para acabar com esse problema.
GABARITO: B.
4. Todos os segmentos provêm do texto 3; o termo
precedido da preposição de indica o agente, e não o
paciente do termo anterior, no seguinte caso:
a) “objetivo de coibir”.
b) “circulação irregular de veículos”.
c) “previsão de cinco pontos na carteira”.
d) “levantamento de informações”.
e) “modificação do cano”.
A: Incorreta. “A Polícia Militar deflagrou a Operação
Moto Segura, que será realizada durante todo o mês
de agosto com o objetivo de coibir [...]”. O termo
“com o objetivo de coibir” não pratica a ação. Quem
pratica é o sujeito.
B: Correta. “A Polícia Militar deflagrou a Operação
Moto Segura, que será realizada durante todo o mês
de agosto com o objetivo de coibir a circulação irre-
gular de veículos [...]”. São os veículos que circulam:
agente (adjunto adnominal) com a preposição “de”.
C: Incorreta. “[...] A multa para quem anda com o
escapamento irregular é de R$ 195,23, sendo con-
siderada de natureza grave e com previsão de cinco
pontos na carteira [...]”. O trecho “previsão de cinco
pontos na carteira” não pratica a ação, pois o sujeito
é “multa”.
D: Incorreta. “[...] a operação vai contar também
com o levantamento de informações [...]”. Quem
pratica a ação é a “operação”.
E: Incorreta. “[...] fazendo a modificação do cano de
escape para provocar barulho […]”. A “modificação
do cano” sofre a ação.
GABARITO: B.
Texto 4
Polícia Militar reforça presença para garantir proteção
nas comunidades quilombolas da Paraíba
21 de julho de 2021
A Polícia Militar vem reforçando a segurança e a inte-
ração nas mais de 40 comunidades quilombolas da
Paraíba. O objetivo é acompanhar mais de perto as
demandas das famílias e buscar viabilizar as soluções,
dentro da filosofia de polícia solidária. Entre os traba-
lhos realizados, estão a prevenção ao furto de animais
e ao dano nos roçados dos moradores.
Nos próximos meses, essas comunidades contarão
com a Patrulha de Apoio à Integração Social, com
Língua Portuguesa 3
 policiais militares treinados para atuar na prevenção
secundária, junto aos grupos mais suscetíveis à violên-
cia, entre eles, os quilombolas e os indígenas.
5. Nos segmentos apresentados, retirados do texto 4, o
termo sublinhado que tem explicação equivocada é:
a) “comunidades quilombolas” / que habitam ou são
originárias de quilombos.
b) “a segurança e a interação” / relação mútua, comu-
nicação entre pessoas.
c) “acompanhar mais de perto” / sob severa vigilância.
d) “polícia solidária” / destinada a apoiar, a auxiliar.
e) “prevenção ao furto de animais” / preparação ante-
cipada de combate a um mal.
A única alternativa que tem explicação equivocada
quanto ao termo sublinhado é “acompanhar mais de
perto” / sob severa vigilância. Quando se acompa-
nha mais de perto, presta-se mais atenção, obser-
vam-se mais detalhes, mas não quer dizer que isso
está sendo feito “sob severa vigilância”.
GABARITO: C.
Texto 2
“Um homem acusado de tráfico de drogas e associa-
ção para o tráfico foi preso, neste sábado (13/11), por
policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares. Con-
tra ele foi cumprido um mandado de prisão.
7.
O criminoso foi capturado após informações de inteli-
gência. Ele foi encaminhado para o sistema prisional,
onde ficará à disposição da Justiça.”
6. No texto 2 há a ocorrência de três vocábulos que
poderiam ser confundidos com seus parônimos: trá-
fico/tráfego, cumprido/comprido, mandado/mandato.
A frase a seguir em que o vocábulo destacado está
bem empregado é:
a) absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o
grupo já que todas as provas eram circunstanciais.
b) aprender / apreender – O grupo de policiais apren-
deu uma grande quantidade de drogas no galpão
da empresa.
c) delatar / dilatar – O delegado resolveu delatar o
prazo da investigação a fim de ajudar o trabalho
dos agentes.
d) despensa / dispensa – A administração do presí-
dio guardava numa espécie de dispensa todas as
frutas.
e) fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da tor-
neira com toda a facilidade.
A: Incorreta. Absorver – sugar, puxar, sorver e absol-
ver – julgar inocente. “O juiz decidiu absolver todo
o grupo […].”
B: Incorreta. Aprender – aprendizagem e apreensão
– apanhar, pegar. “O grupo de policiais apreendeu
uma grande […].”
C: Incorreta. Delatar – falar e dilatar – estender. “O
delegado resolveu dilatar o prazo de investigação
[…].”
D: Incorreta. Despensa – armário (local para guar-
dar as coisas) e dispensa – prazo de descanso. “A
administração do presídio guardava numa espécie
de despensa todas as frutas.”
E: Correta. Fluir – correr, manar ou deslizar em
estado líquido e fruir – usufruir, tirar proveito.
GABARITO: E.
O texto 2 é do tipo informativo e é marcado pela mais
rigorosa objetividade; a marca de objetividade presente
no texto que está corretamente exemplificada é:
a) emprego da voz passiva sem complemento de
agente: “O criminoso foi capturado após informa-
ções de inteligência”.
b) nominalização com omissão do autor da ação: “Um
homem acusado de tráfico de drogas e associação
para o tráfico foi preso”.
c) localização precisa da ocorrência: “Um homem
acusado de tráfico de drogas e associação para o
tráfico foi preso, neste sábado (13/11), por policiais
civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares.
d) estrutura pronominal de sentido ativo: “Contra ele
foi cumprido um mandado de prisão”.
Língua Portuguesa 4
 e) indeterminação do sujeito da ação: “Ele foi encami-
nhado para o sistema prisional, onde ficará à dis-
posição da Justiça”.
A: Correta. Há o emprego da voz passiva na oração.
“O criminoso” é o sujeito paciente, e não se sabe
quem é o agente: “o criminoso foi capturado” por
alguém. Logo, não há o complemento de agente.
B: Incorreta. “O criminoso foi preso por alguém” (voz
passiva). A nominalização ocorre quando o verbo é
transformado em substantivo; assim, não há nomi-
nalização, e sim uma locução verbal na voz passiva
(“foi preso”). Se o homem foi preso, há a ação de
voz passiva de alguém que o prendeu, portanto, há
omissão do autor da ação de prender.
C: Incorreta. Não há a localização precisa da ocor-
rência, somente a data e a cidade (faltaram rua,
bairro, número e hora).
D: Incorreta. “Um mandado de prisão foi cumprido
contra ele”, então, “contra ele” sofre a ação (objeto
indireto), portanto, não há sentido ativo.
E: Incorreta. Quem foi encaminhado? “Ele” (sujeito
determinado).
GABARITO: A.
8. Em muitos textos informativos, o autor insere alguns
elementos subjetivos; a frase a seguir que exemplifica
tal situação é:
a) O preso foi capturado em sua própria residência,
no bairro da Prainha, em Barbacena.
b) É pena que a prisão do acusado tenha sido feita
sem testemunhas.
c) Os crimes de feminicídio parecem estar aumentan-
do nas cidades brasileiras.
d) O acusado, em função das informações de inteli-
gência, foi imediatamente preso.
e) Os jornais elogiaram o trabalho da polícia civil no
final de semana.
A: Incorreta. Texto objetivo. Não há consideração
do autor.
B: Correta. Na oração, “É pena” – elemento sub-
jetivo. Apesar de o texto ser informativo, há argu-
mentação do autor.
C: Incorreta. Nesse caso, o verbo “parecem” indica
incerteza, mas é algo que pode ser confirmado,
logo, tem-se um texto objetivo.
D: Incorreta. Texto objetivo, sem argumentos do
autor.
E: Incorreta. Texto objetivo, somente relata um fato.
GABARITO: B.
9. Em todas as frases a seguir há uma expressão formada
pelo advérbio não + forma verbal; a frase em que a
expressão destacada foi substituída por um só verbo
de significado equivalente e adequado ao contexto é:
a) Não aceitou o convite / Declinou do convite.
b) Não aceitou a minha ajuda / Ignorou a minha ajuda.
c) Não cumpriu o que manda a lei / Desprezou o que
manda a lei.
d) Não aceitou as acusações / Combateu as
acusações.
e) Não se entregou até o final da luta / Dedicou-se
até o final da luta.
Nessa questão, temos uma frase negativa que
passa para uma afirmativa, mantendo o sentido
original.
A: Correta. O verbo “declinar” quer dizer “mudar a
direção, recusar, desviar-se”.
B: Incorreta. “Declinou da minha ajuda”/ “Recusou a
minha ajuda”. “Ignorar a ajuda de alguém” significa
“não tomar nem ciência da ajuda”.
C: Incorreta. “Desprezou o que manda a lei” indica
uma consequência (o resultado) do “Não cumpri-
mento”. O correto seria: “Descumpriu o que manda
a lei”.
D: Incorreta. “Não aceitou as acusações” não quer
dizer que ele “combateu as acusações”.
E: Incorreta. “Não se entregou até o final da luta”
não significa que a pessoa “dedicou-se até o final
da luta”, pois ela pode estar levando socos; com
Língua Portuguesa 5
 isso, está só tentando se manter em pé até o final
Matemática Básica
da luta.

GABARITO: A.

11. Sabe-se que é um número inteiro positivo.

Sobre o valor de x, pode-se concluir que é múltiplo de:

a) 12.
10. Todos os segmentos textuais a seguir exemplificam o
b) 7.
discurso argumentativo; o segmento em que a argu-
c) 6.
mentação se apoia sobre um exemplo é:
d) 4.
a) Se você ama seus filhos, dê-lhes de presente nos-
e) 3.
sos jogos educativos.
b) O mestre não apresenta jamais uma ideia unica-
3x/4 – 5x/12
mente no plano intelectual, ele a mostra de forma
que o coração a sinta. 9x – 5x/12 = 4x/12.

c) A psicanálise mostrou que nossos comportamen- Simplificando:

tos na idade adulta são determinados pelo incons- x/3.
ciente, como já disse Freud.
Múltiplo de 3.
d) Os professores não respeitam o horário de aten-
dimento; fui encontrar meu professor de biologia e GABARITO: E.
ele não estava no gabinete.
e) Você que gosta de tomar banhos de sol, lembre-se
de que a ciência já demonstrou estatisticamente o
perigo de câncer de pele.
12. Sobre 3 números diferentes, sabe-se que:

A: Incorreta. Nessa oração, há uma relação de

- a diferença entre os dois menores é 5;
causa e efeito, ou condição e resultado (Se faz isso,
então faça tal coisa). - a diferença entre os dois maiores é 8;

B: Incorreta. Nessa oração, “o mestre não faz de - a soma do menor com o maior é 17.
uma forma, mas sim de outra”, há uma relação de
A soma desses 3 números é:
oposição.

C: Incorreta. Nessa oração, há um argumento, mas a) 30.

de autoridade (“como já disse Freud”). b) 28.

D: Correta. Em: “Os professores não respeitam o c) 26.

horário de atendimento porque fui encontrar meu d) 24.

professor de biologia e ele não estava no gabinete”, e) 20.
há uma argumentação com exemplo, pois se com-
prova uma oração com o exemplo da outra. Os números são: x1, x2 e x3:
E: Incorreta. Nessa oração, temos uma estratégia I. x2 – x1 = 5 → x2 = 5 + x1
de alerta para os que gostam de tomar banho de
II. x3 – x2 = 8 → x3 = 8 + x2
sol.
III. x1 + x3 = 17 → x3 = 17 – x1.
GABARITO: D.
Sendo:

x3 = x3.

Matemática Básica 6
 Temos: 14. Considere o conjunto {-3; -2; -1; 0; 1; 2; 3}. Sorteiam-
17 – x1 = 8 + x2. -se, aleatoriamente sem reposição, dois elementos
Substituindo x2: desse conjunto.

17 – x1 = 8 + 5 + x1 A probabilidade de a soma dos dois números sorteados

2x1 = 4 ser positiva é:

x1 = 2.
a)
Substituindo na I equação:
x2 = 5 + x1 b)

x2 = 5 + 2
c) 
x2 = 7.
Substituindo na III equação: d)
x3 = 17 – x1 e) 
x3 = 17 – 2
x3 = 15.
Somando os resultados: Possíveis somas positivas:

2 + 7 + 15 = 24. - 2 + 3 = 1;

GABARITO: D. - 1 + 3 = 2;
- 1 + 2 = 1;
0 + 1 = 1;
0 + 2 = 2;
0 + 3 = 3;
13. Cada vértice de um quadrado ABCD deverá ser pin-
1 + 0 = 1;
tado com uma cor. Há 5 cores diferentes disponíveis
1 + 2 = 3;
para essa tarefa. A única restrição é que os vértices
que estejam em extremidades opostas de qualquer 1 + 3 = 4;

diagonal do quadrado (AC e BD) sejam pintados com 2 + (-1) = 1;

cores diferentes. 2 + 0 = 2;

O número de maneiras diferentes de pintar os vértices 2 + 1 = 3;

desse quadrado é: 2 + 3 = 5;
3 + (-2) = 1;
a) 18.
3 + (-1) = 2;
b) 60.
3 + 0 = 3;
c) 120.
3 + 1 = 4;
d) 240.
3 + 2 = 3.
e) 400.
Total de possibilidades: n(A) = 18.

Como não podemos pintar as diagonais da mesma Cálculo do espaço amostral:

cor, temos as seguintes possibilidades: n(S) = 6 ⋅ 7 = 42

5 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 4 = 400. p(A) = 18/42

p(A) = 3/7.
GABARITO: E.
GABARITO: C.

Matemática Básica 7
 x2 = 52 + 122
15. O polígono da figura a seguir tem todos os ângulos
retos e representa a planta de uma casa construída x2 = 25 + 144
junto a um muro. x =√169

x = 13.

Calculando o segmento final:

y2 = 32 + 42

No ponto A está o registro de entrada da água da rede y2 = 9 + 16

de abastecimento e no ponto B a entrada para o abas- y =√25

tecimento da cisterna. As medidas do desenho estão
y = 5.
em metros e todos os elementos estão em um plano
horizontal. Somando todos os segmentos:

O menor comprimento de uma mangueira que possa 13 + 10 + 5 = 28 m.

ligar os pontos A e B é de: GABARITO: A.

a) 28 m.
b) 29 m.
c) 31 m.
d) 33 m. 16. Se o dobro de x é igual ao triplo de y, então a terça
e) 34 m. parte de x é igual:

a) à metade de y.
Como a mangueira não pode passar pelo interior da
casa, vamos calcular o primeiro segmento: b) ao dobro de y.
c) à sexta par te de y.
d) à quarta parte de y.
e) ao sêxtuplo de y.

2x = 3y.

Suponha que y = 4, então 3y = 12.

Para que 2x seja igual a 12, então x será 6.

A terça parte de x é igual a 2.

Matemática Básica 8
 Logo, 2 é a metade de y. 3/5 ⋅ 8/7 = 600/x

GABARITO: A. 24/35 = 600/x

x = 600 ⋅ 35/24

x = 875.

GABARITO: E.
17. Em um grupo de pessoas, o número de homens é igual
ao número de mulheres. Selecionam-se então dos
homens e das mulheres e forma-se um novo grupo.

Nesse novo grupo, em relação ao total de pessoas, as

19. Ana e Bia são doceiras e vendem seus doces na feira.
mulheres representam:
Certo dia Ana fez biscoitos amanteigados para vender
a) . a R$ 6,00 a unidade e Bia fez brigadeiros para vender
a R$ 8,00 a unidade. Nesse dia as duas venderam ao
b) . todo 50 doces e Ana arrecadou R$ 6,00 a mais que Bia.

c) . A quantia que Ana arrecadou nesse dia foi:

d) . a) R$ 168,00.
b) R$ 170,00.
e) .
c) R$ 172,00.
d) R$ 174,00.
Somando as pessoas do novo grupo:
e) R$ 176,00.
2/5 + 3/4 = 8 + 15/20

23/20. Somando os doces vendidos:

Calculando a relação de mulheres nesse novo x + y = 50.

grupo:
Montando a equação do valor:
3/4 / 23/20
6x + 8y.
3/4 ⋅ 20/23
Como Ana arrecadou R$ 6,00 a mais que Bia, o valor
15/23. deverá ser múltiplo de 3.

GABARITO: D. Resolvendo pelas alternativas:

a) 1 + 6 + 8 = 15

b) 1 + 7 + 0 = 8

c) 1 + 7 + 2 = 10
18. 3 caminhões removem 600 toneladas de terra em 8
d) 1 + 7 + 4 = 12
dias. A quantidade de terra que 5 caminhões remove-
e) 1 + 7 + 6 = 14.
rão em 7 dias é:
As únicas opções possíveis são A ou D.
a) 750 toneladas.
Calculando o quanto cada uma vendeu:
b) 785 toneladas.
c) 825 toneladas. 168/6 = 28 unidades

d) 850 toneladas. 28 + y = 50

e) 875 toneladas. y = 21

Aplicando grandezas inversamente proporcionais:

Matemática Básica 9
 21 ⋅ 8 = 168. 10 ⋅ 10 ⋅ 6 = 600 combinações.

Portanto a alternativa A não convém, pois as duas GABARITO: B.

teriam arrecadado o mesmo valor.

174/6 = 29

29 + y = 50

y = 21
Noções de Direitos Humanos
21 ⋅ 8 = 168.

Portanto, a alternativa correta é a D.

21. Determinado tratado de proteção aos Direitos Huma-
GABARITO: D.
nos foi assinado pelo Estado brasileiro e, a partir
desse momento, iniciou-se um intenso movimento,
capitaneado pelas entidades de proteção aos Direi-
tos Humanos, para que fosse incorporado, à ordem
interna, com eficácia jurídica equivalente às emendas
20. A senha bancária de João possui quatro dígitos. Ele constitucionais.
esqueceu a senha, mas lembra-se que ela possui dois
Para que isto ocorra, é preciso que seja aprovado,
dígitos iguais e ímpares e mais dois dígitos pares e
diferentes entre si.
a) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
Lembrando que 0 (zero) é par, o número de senhas turnos, pelo voto de três quintos dos respectivos
diferentes que cumprem essas condições é: membros.
b) em cada Casa do Congresso Nacional, em turno
a) 540.
único, pelo voto de três quintos dos respectivos
b) 600. membros.
c) 720. c) pelas duas Casas do Congresso Nacional, em re-
d) 960. união conjunta, pelo voto de dois terços dos res-

e) 1200. pectivos membros.

d) em cada Casa do Congresso Nacional, em dois tur-
A senha é formada por quatro dígitos e dois deles nos, pelo voto de dois terços dos respectivos mem-
são ímpares. Calculando as combinações possíveis bros, com a sanção do Presidente da República.
desses dígitos: e) pelas duas Casas do Congresso Nacional, em re-
união conjunta, pelo voto de três quintos dos res-
C5,2 = 5!/(5 – 2)!2!
pectivos membros, com a sanção do Presidente
C5,2 = 5!/3!2! da República.
C5,2 = 10 – pares.
A alternativa A está correta. De acordo com o art.
Calculando as possibilidades de dígitos pares:
5º, § 3º, da Constituição Federal, os tratados e
C5,3 = 5!/(5 – 3)!3! convenções internacionais sobre direitos humanos
C5,3 = 5!/2!3! que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
C5,3 = 10 - ímpares.
dos respectivos membros, serão equivalentes às
Calculando os combinações entre pares e ímpares: emendas constitucionais.

C4,2 = 4!/(4 – 2)!2! GABARITO: A.

C4,2 = 4!/2!2!

C4,2 = 6.

Multiplicando tudo:

Noções de Direitos Humanos 10


22. Após amplas investigações, as autoridades compe-
tentes lograram êxito em prender João, criminoso
contumaz e que praticava inúmeros atos de violência
contra suas vítimas, incluindo crianças. Apesar dessa
prisão, os comparsas de João, conhecidos como Pedro
e Maria, continuavam a praticar crimes. Em razão da
dificuldade na localização de Pedro e Maria, embora
fosse sabido que João sabia do esconderijo que utili-
zavam, um agente levou a seus superiores a sugestão
de que João fosse torturado para que fornecesse as
informações almejadas.
A sugestão apresentada,
a) pode ser acolhida apenas mediante supervisão
judicial.
b) pode ser acolhida apenas porque crianças foram
vitimadas.
c) não pode ser acolhida, já que incompatível com a
ordem constitucional.
d) somente pode ser acolhida caso João, previamen-
te informado de que será torturado, mantenha o
silêncio.
e) pode ser acolhida, independente de supervisão ju-
dicial, desde que a tortura não ultrapasse o limite
do necessário.
24. É correto afirmar, sobre a natureza e o regime jurídico
A alternativa C está correta. A Constituição Fede-
ral veda, expressamente e em qualquer hipótese,
a prática de tortura, como se observa do art. 5º,
III, que tem a seguinte redação: “ninguém será
submetido a tortura ou a tratamento desumano ou
degradante”.
GABARITO: C.
23. João questionou José sobre a possibilidade de um tra-
tado internacional de direitos humanos ser incorporado
à ordem interna com natureza equivalente a emenda
constitucional.
José respondeu corretamente que isso,
a) não pode ocorrer, pois exigiria a alteração da ordem
constitucional, que expressamente nivela os trata-
dos internacionais à lei ordinária.
b) pode ocorrer, desde que seja aprovado em dois
turnos, por três quintos dos votos dos membros
de cada Casa do Congresso Nacional.
c) pode ocorrer, desde que seja aprovado pelo Con-
gresso Nacional, em turno único de votação, pela
maioria absoluta dos seus membros.
d) não pode ocorrer, pois um ato de direito internacio-
nal jamais pode assumir a mesma natureza de uma
norma constitucional.
e) pode ocorrer, desde que seja aprovado pelo Senado
Federal, em dois turnos de votação, pelo voto de
dois terços dos seus membros.
A alternativa B está correta, pois de acordo com
art. 5º, § 3º, da Constituição Federal, os tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.
GABARITO: B.
da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que:
a) a Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma
instituição judiciária autônoma.
b) a Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma
instituição legislativa e consultiva.
c) a Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma
organização internacional que integra os Estados
Unidos da América.
d) a Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma
entidade filantrópica e sem fins lucrativos.
e) a Corte Interamericana de Direitos Humanos equi-
para-se a um Estado estrangeiro nas suas relações
como os demais Estados-membros.
Nos termos do disposto no art. 1º do Estatuto da
Corte Interamericana de Direitos Humanos:
Art. 1º Natureza e regime jurídico
A Corte Interamericana de Direitos Humanos é uma
instituição judiciária autônoma cujo objetivo é a apli-
cação e a interpretação da Convenção Americana
Noções de Direitos Humanos 11
 sobre Direitos Humanos. A Corte exerce suas fun-
ções em conformidade com as disposições da
citada Convenção e deste Estatuto.
GABARITO: A.
26. Assinale a alternativa correta, tendo em vista a Decla-
25. A respeito da Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos, assinale a alternativa correta.
a) A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi
proclamada no ano de 1225, no contexto da Revo-
lução Francesa.
b) Hodiernamente, prevalece o entendimento de que
os dispositivos consagrados na Declaração são ju-
ridicamente vinculantes, uma vez que, diante do
prestígio adquirido por tal documento, suas normas
passaram a ser consideradas princípios gerais do
Direito Internacional.
c) A Declaração consubstancia-se em um tratado in-
ternacional formalizado entre todos os países do
globo terrestre, com caráter de recomendação e
juridicamente não vinculante.
d) As normas da Declaração estabelecem um parâme-
tro máximo e exaustivo de proteção da dignidade
da pessoa humana a ser observado por todos os
povos.
e) A Declaração não faz referência aos direitos po-
líticos, em virtude da soberania de cada país em
escolher seu próprio regime político.
A: Incorreta. A DUDH foi proclamada em 1948.
B: Correta. Com efeito, embora a declaração tenha
conteúdo, como o próprio nome indica, declarativo,
os autores modernos indicam que essa Declaração
acaba assumindo papel vinculante a seus signatá-
rios, além de estabelecer princípios gerais para os
direitos humanos no plano internacional.
C: Incorreta. A Declaração não assumiu a forma de
um tratado, justamente para ter maior facilidade na
sua adoção pelo maior número de países.
D: Incorreta. Ao contrário, a DUDH estabelece parâ-
metros mínimos de proteção da dignidade humana.
E: Incorreta. A Declaração proclama que os direi-
tos políticos são inerentes a todo ser humano e
que toda pessoa tem o direito a tomar parte do
governo de seu país, diretamente ou por intermédio
de representantes livremente escolhidos.
GABARITO: B.
ração Universal dos Direitos Humanos.
a) A declaração, no momento em que cristaliza o di-
reito à vida, dispõe expressamente também sobre
a pena de morte.
b) No que concerne ao direito de propriedade, a de-
claração não faz nenhuma referência à propriedade
coletiva.
c) Referente aos direitos sociais, a declaração os con-
sagra como direitos de terceira dimensão.
d) Estabelece o Tribunal Penal Internacional como
órgão aplicador de suas normas e também como
competente para julgar àqueles que a violarem.
e) O indivíduo tem direito a uma nacionalidade e a não
ser arbitrariamente privado dela, nem do direito de
mudar de nacionalidade.
A: Incorreta. Não há previsão da pena de morte na
DUDH.
B: Incorreta. De acordo com o art. 17 da DUDH,
todo ser humano tem direito à propriedade, só ou
em sociedade.
C: Incorreta. Não há registro sobre as gerações na
DUDH.
D: Incorreta. O Tribunal Penal Internacional é pre-
visto no Estatuto de Roma e não na DUDH.
E: Correta. De acordo com o art. 15 da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano
tem direito a uma nacionalidade, sendo que nin-
guém será arbitrariamente privado de sua naciona-
lidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
GABARITO: E.
Noções de Direitos Humanos 12
27. O Estatuto de Roma é um tratado internacional que
estabelece as bases para a criação do Tribunal Penal
Internacional (TPI), o qual tem a jurisdição de proces-
sar indivíduos por crimes de guerra, crimes contra a
humanidade, genocídio e crimes de agressão. Marque
a alternativa correta.
a) O Estatuto de Roma é um acordo internacional que
estabelece as regras para o comércio internacional.
b) O Estatuto de Roma é uma declaração de direitos
humanos aceitos pela ONU em 1948.
c) O Estatuto de Roma é um tratado que estabelece o
Tribunal Internacional de Justiça.
d) O Estatuto de Roma é um tratado que cria o Tribu-
nal Penal Internacional para julgar crimes graves de
alcance internacional.
e) O Estatuto de Roma é um acordo que estabelece
as regras para a exploração dos recursos naturais
na Antártida.
O Estatuto de Roma é, de fato, um tratado interna-
cional que estabelece as bases para a criação do
Tribunal Penal Internacional (TPI). O TPI é um corte
judicial independente e permanente cujo objetivo
é julgar indivíduos por crimes graves que mataram
a comunidade internacional como um todo, tais
como crimes de guerra, crimes contra a humani-
dade, genocídio e, em um estágio posterior, crimes
de agressão. O Estatuto de Roma foi adotado em 17
de julho de 1998, durante uma conferência diplomá-
tica realizada em Roma, daí o seu nome. O tratado
entrou em vigor em 1º de julho de 2002, após ter
sido ratificado por um número suficiente de países.
GABARITO: D.
28. Três gerações da família Silva viviam sob o mesmo
teto, o que decorria, principalmente, das dificuldades
econômicas enfrentadas para que cada núcleo familiar
pudesse ter uma moradia independente. Além disso,
ainda moravam no local duas jovens, na faixa dos vinte
anos, que foram acolhidas pela família, sendo reco-
nhecidas por João e Maria, o casal de idosos dono da
casa, como “filhas de criação”.
Nesse ambiente de convivência, Pedro, neto de João
e Maria, com dezoito anos de idade, proferiu diversas
ofensas verbais contra uma das referidas “filhas de
criação”, causando-lhe intenso sofrimento psicológico.
À luz das normas vigentes, a conduta de Pedro:
a) não pode ser considerada violência familiar e do-
méstica contra a mulher, em razão da ausência de
laço natural com a “filha de criação”.
b) não pode ser considerada violência familiar e do-
méstica contra a mulher, já que a “filha de criação”
somente mantém vínculo com João e Maria.
c) não pode ser consi derada violência familiar e
doméstica contra a “filha de criação”, pois ele
é mais jovem que ela, não podendo subjugá-la
psicologicamente.
d) pode ser considerada violência familiar e doméstica,
pois praticada no âmbito da família à qual estava
integrada a “filha de criação” que sofreu as ofensas.
e) pode ser considerada violência familiar e doméstica,
desde que a “filha de criação” que sofreu as ofensas
esteja residindo há mais de um ano com a família.
A alternativa D está correta. De acordo com a Lei
nº 11.340/2006, art. 5º, temos:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violên-
cia doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicoló-
gico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreen-
dida como o espaço de convívio permanente de
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a
comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais,
por afinidade ou por vontade expressa; ou
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o
agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
GABARITO: D.
Noções de Direitos Humanos 13
 Maria sofria constantes agressões físicas e psicológi- determina a prestação de alimentos provisionais ou
cas do seu marido no âmbito da unidade doméstica. provisórios.
Esse estado de coisas gerou intensos dissabores para
GABARITO: D.
Maria, que levou o caso ao conhecimento das autori-
dades competentes.

29. À luz da sistemáti ca estabelecida pela Lei nº
11.340/2006, é correto afirmar que Maria, entre outras
providências, pode, no âmbito do Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher,
a) receber medidas protetivas, que busquem assegurar
a sua incolumidade física, propor ação de divórcio
e resolver a partilha de bens.
b) obter provimento que impeça o ofensor de dilapidar
o patrimônio comum e ainda obter a partilha dos
bens do casal.
c) propor ação de divórcio e resolver a partilha de
bens, e ainda obter o afastamento do ofensor do
lar conjugal.
d) receber medidas protetivas, incluindo o recebimento
de alimentos, e propor ação de divórcio.
e) receber medidas protetivas, mas não discutir ques-
tões afetas ao casamento ou à sua dissolução.
A alternativa D está correta, pois de acordo com o
art. 18 da Lei nº 11.340/2006 (conhecida como Lei
Maria da Penha):
Art.18 Recebido o expediente com o pedido da
ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 horas:
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir
sobre as medidas protetivas de urgência;
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao
órgão de assistência judiciária, quando for o caso,
inclusive para o ajuizamento da ação de separa-
ção judicial, de divórcio, de anulação de casamento
ou de dissolução de união estável perante o juízo
competente;
III - comunicar ao Ministério Público para que adote
as providências cabíveis.
IV - determinar a apreensão imediata de arma de
fogo sob a posse do agressor.
Importante registrar, também, que entre as medidas
protetivas de urgência que obrigam o ofensor, há a
previsão expressa no art. 22, IV, da mesma Lei, que
30. Joana, Secretária de Promoção Social do Estado Alfa,
reuniu sua equipe com o objetivo de identificar o
impacto das atitudes ou comportamentos de terceiros
que impeçam ou prejudiquem a participação social das
pessoas com deficiência em igualdade de condições
e oportunidades.
Sobre a hipótese narrada, à luz do Estatuto da Pessoa
com Deficiência, assinale a afirmativa correta.
a) São costumes sociais de viés negativo, que, embora
estranhos à deficiência e à sua projeção na realida-
de, exigem medidas na área da educação.
b) São barreiras atitudinais que, interagindo com im-
pedimentos de longo prazo do ser humano, podem
obstruir a plenitude de sua participação social.
c) São falhas comunicativas que se espraiam pelo teci-
do social e comprometem a sua coesão, impedindo
a efetiva inclusão das pessoas com deficiência.
d) São obstáculos de acessibilidade à plenitude da
convivência social, que afetam a dignidade da pes-
soa humana, merecendo resposta do Estado.
e) São carências das tecnologias assistivas, que pos-
sibilitam a efetiva integração entre os distintos
segmentos sociais, de modo a assegurar a efetiva
participação da pessoa com deficiência.
A: Incorreta. Se os costumes são estranhos à defi-
ciência e à projeção na realidade não há motivo para
interessarem ao Estatuto, até por serem os costu-
mes uma forma de complementação da aplicação
do direito e, por isso, em regra estão fora da norma.
B: Correta. Uma vez que reproduz o contido no art.
3º, IV, alínea e do Estatuto da Pessoa com Deficiên-
cia que tem a seguinte redação: “barreiras atitudi-
nais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou
prejudiquem a participação social da pessoa com
deficiência em igualdade de condições e oportu-
nidades com as demais pessoas;”.

Noções de Direitos Humanos 14

 C: Incorreta. Reproduz parcialmente e fora de con-
texto alguns conceitos trazidos pelo Estatuto da
Pessoa com Deficiência
D: Incorreta. Não está de acordo com o Estatuto da
Pessoa com Deficiência.
E: Incorreta. A alternativa reproduz parcialmente
e fora de contexto alguns conceitos trazidos pelo
Estatuto da Pessoa com Deficiência.
GABARITO: B.
A questão aborda o tema de atos administrativos,
mais especificamente o tópico de convalidação.
Na situação hipotética trazida, percebe-se que
o vício é de competência em razão da pessoa,
sendo, portanto, plenamente possível a convali-
dação do ato administrativo.
A: Incorreta. Poderia convalidar, mas por meio da
ratificação. Além disso, os efeitos retroagirão à data
de edição do ato, assim a convalidação gera efeitos
ex tunc.
B: Incorreta. Devido ao vício ser sanável, é possível
a convalidação.
C: Correta. É possível a convalidação, por meio da

Noções de Direito ratificação, e os efeitos retroagem à data da edição

do ato originário.
Administrativo e Legislação D: Incorreta. O ato pode ser convalidado e o prazo

Aplicada à PMERJ é irrelevante para a convalidação.

E: Incorreta. Trata-se de nulidade relativa, sendo
possível a convalidação.
GABARITO: C.
31. No curso de determinado processo administrativo,
Maria, escrivã de Polícia Civil, praticou ato adminis-
trativo de autorização de troca de móveis entre dele-
gacias, que era de competência da chefe de departa-
mento onde está lotada. Passados 5 meses da prática
32. A Polícia Militar do Estado Alfa integra a estrutura orga-
do ato, a irregularidade foi verificada pela delegada
nizacional da Secretaria de Segurança Pública. Para
Joana, chefe do departamento, que detém compe-
melhor gestão dos serviços administrativos a cargo da
tência para a prática do ato.
Polícia Militar, foi editado regular ato normativo, pela
Constatando que não houve lesão ao interesse público autoridade competente, retirando a competência para
nem prejuízo a terceiro, e com objetivo de sanar o vício, atos de inteligência policial do Departamento de Tec-
Joana: nologia da Informação e incluindo-a em um novo órgão
ora criado na estrutura da Polícia Militar, denominado
a) pode convalidar o ato, por meio da confirmação,
Departamento de Segurança e Inteligência.
cujos efeitos não retroagem à data de edição do
ato originário. De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, tal
medida consistente na criação do novo departamento
b) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nu-
representa o fenômeno administrativo da:
lidade absoluta por vício nos elementos forma e
competência.
a) desconcentração, que decorre do poder hierárquico.
c) pode convalidar o ato, por meio da ratificação, cujos
b) descentralização, que decorre do poder normativo.
efeitos retroagem à data da edição do ato originário.
c) descentralização, que decorre do poder disciplinar.
d) não pode aproveitar o ato, porque já se passaram
d) delegação, que decorre do poder disciplinar.
mais de 120 dias, razão pela qual deve iniciar novo
e) delegação, que decorre do poder hierárquico.
processo administrativo.
e) não pode aproveitar o ato, porque se trata de nu-
A descentralização consiste na transferência de
lidade absoluta por vício no elemento competên-
prestação de serviço para a Administração Indireta
cia, razão pela qual deve iniciar novo processo
ou particular, porém, a pessoa jurídica não fica subor-
administrativo.
dinada à Administração Direta, não há uma relação

Noções de Direito Administrativo e Legislação Aplicada à PMERJ 15

 de hierarquia. Já na desconcentração, é uma distri-
buição do serviço dentro da mesma pessoa jurídica,
há uma relação de hierarquia nesse caso. Diante do
exposto, a alternativa correta é a letra A.
GABARITO: A.
A atitude do magistrado foi incorreta, pois o Judi-
ciário se imiscuiu indevidamente no mérito adminis-
trativo, analisando a conveniência e a oportunidade
do ato administrativo, em ofensa ao princípio da
separação dos poderes.
O controle que o poder judiciário exerce poderá
incidir apenas sob a legalidade do ato e não sobre
o mérito.

GABARITO: D.
33. Joana, prefeita do Município Alfa, verificando notá-
vel aumento na taxa de natalidade da população de
baixa renda, praticou ato administrativo determinando
a construção de dois prédios, que serão destinados a
creches municipais. Pedro, vereador do mesmo muni-
34. A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou
cípio, observando o aumento da expectativa de vida
o Estado brasileiro no chamado Caso Nova Brasília.
local, ajuizou ação em nome próprio, visando compe-
Entre as medidas determinadas pela Corte IDH, consta
lir a municipalidade a destinar os dois prédios supra-
o ponto resolutivo nº 18 da sentença, que estabelece
mencionados à instalação de entidades de longa per-
que o Estado deverá implementar, em prazo razoável,
manência para acolhimento da crescente população
um programa ou curso permanente e obrigatório sobre
idosa. O juiz titular da comarca, concordando com o
atendimento a mulheres vítimas de estupro, destinado
pleito de Pedro, revogou o ato expedido por Joana e
a todos os níveis hierárquicos das Polícias Civil e Militar
determinou que os dois prédios fossem destinados aos
do Rio de Janeiro e a funcionários de atendimento de
interesses da população idosa, e não a creches muni-
saúde. A citada determinação vai ao encontro do prin-
cipais, sob o fundamento de que a população idosa
cípio expresso da Administração Pública que espera
é mais vulnerável do que as crianças, que possuem
o melhor desempenho possível do agente público em
seus pais, os quais têm o dever de guarda e sustento.
suas atribuições, para lograr melhores resultados.
Diante do exposto, no tocante ao controle da admi-
Trata-se do princípio da:
nistração pública, pode-se afirmar que a conduta do
magistrado foi: a) impessoalidade, segundo o qual as pessoas vulne-
ráveis devem receber tratamento compatível com
a) correta, por se tratar de controle de legalidade dos
suas necessidades, a fim de que seja alcançado o
atos da administração, podendo ser exercido de
interesse público.
forma ampla pelo Judiciário, no interesse da popu-
b) autotutela, que determina que a Administração Pú-
lação vulnerável.
blica deve qualificar e capacitar constantemente
b) incorreta, pois não pode o Judiciário decidir sobre
seus servidores públicos, valendo-se das escolas
quaisquer assuntos afetos ao Poder Executivo, em
internas de cada instituição, como a Academia de
razão do princípio da separação dos poderes.
Polícia Civil (Acadepol).
c) correta, por se tratar de controle de mérito dos atos da
c) continuidade dos serviços públicos, segundo o qual
administração, podendo ser exercido de forma ampla
as atividades executadas pelos agentes públicos
pelo Judiciário, no interesse da população vulnerável.
não devem ser interrompidas e devem ser desem-
d) incorreta, pois o Judiciário se imiscuiu indevida- penhadas com presteza e qualidade.
mente no mérito administrativo, analisando a con-
d) razoabilidade, que se relaciona com a proporciona-
veniência e a oportunidade do ato administrativo,
lidade, de maneira que os agentes públicos devem
em ofensa ao princípio da separação dos poderes.
ser qualificados para atender à demanda social com
e) correta, pois a Constituição da República de 1988 capacitação específica para oitiva qualificada e es-
prevê que a lei não excluirá da apreciação do Ju- pecializada dos grupos de vítimas mais vulneráveis.
diciário lesão ou ameaça de lesão a direito, o que
justifica a decisão.

Noções de Direito Administrativo e Legislação Aplicada à PMERJ 16

 e) eficiência, que se relaciona com o comando cons-
titucional que prevê que a lei disciplinará as for-
mas de participação do usuário na administração
pública direta e indireta, regulando especialmente
as reclamações relativas à prestação dos serviços
públicos em geral.
A determinação de que deve o Estado brasileiro
implementar um programa ou curso permanente
e obrigatório que vise ao atendimento a mulheres
vítimas de estupro vai ao encontro do princípio da
eficiência, o qual determina que a Administração
Pública deva prestar um serviço de qualidade para
os administrados, além de possibilitar a participação
de administrados para que possam exigir sempre
um melhora na prestação de serviços públicos.
Dessa forma, a alternativa correta é a E.
As demais alternativas trouxeram outros princípios
constitucionais que não se referem diretamente
com o enunciado proposto na questão, mas que
devem ser igualmente respeitados.
GABARITO: E.
36. Após amplos debates entre as lideranças parlamenta-
35. O diretor da recém-criada unidade prisional XX, vin-
culada ao Estado Alfa, expediu ofício ao secretário de
Estado de Administração Penitenciária, seu superior
hierárquico, solicitando a designação de agentes da
área de segurança pública para realizarem a segurança
da unidade, isso em razão do risco de que fosse ata-
cada por forças hostis.
À luz da sistemática constitucional, os referidos agen-
tes devem integrar a:
a) Polícia Militar, e a solicitação foi corretamente dire-
cionada ao secretário de Estado de Administração
Penitenciária.
b) Polícia Penal, e a solicitação foi corretamente dire-
cionada ao secretário de Estado de Administração
Penitenciária.
c) Polícia Penal, mas a solicitação deveria ser direcio-
nada ao secretário de Estado de Segurança Pública.
d) Polícia Civil, mas a solicitação deveria ser direciona-
da ao secretário de Estado de Segurança Pública.
Noções de Direito Administrativo e Legislação Aplicada à PMERJ
e) Polícia Militar, mas a solicitação deveria ser direcio-
nada ao governador.
A: Incorreta. A polícia militar está vinculada ao
secretário de Administração de Segurança Pública.
B: Correta. De fato, a segurança dos estabeleci-
mentos penais cabe às polícias penais vinculadas
ao órgão administrador do sistema penal da uni-
dade federativa a que pertencem (art. 144, § 5º-A,
CF/1988), no caso o secretário de Administração
Penitenciária.
C: Incorreta. O secretário da Administração Peni-
tenciária é o responsável pela Polícia Penal e não o
secretário de Segurança Pública.
D: Incorreta. A Polícia Civil está vinculada ao secre-
tário de Segurança Pública.
E: Incorreta. À Polícia Militar cabe a polícia ostensiva
e a preservação da ordem pública, e está vinculada
ao secretário de Segurança Pública.
GABARITO: B.
res de certo Estado da Federação, um grupo de depu-
tados estaduais apresentou projeto de lei ampliando
as competências do Tribunal de Justiça. Do processo
legislativo resultou a promulgação da Lei nº XX/2018.
A forma utilizada para dispor sobre as competências
do Tribunal é:
a) correta, pois, por se tratar de matéria local, a lei
estadual pode discipliná-la.
b) incorreta, pois a ampliação de suas competências
deve ser disciplinada na Constituição Estadual.
c) incorreta, pois o processo legislativo deveria ter sido
iniciado por provocação do Tribunal de Justiça.
d) correta, desde que o Tribunal de Justiça tenha sido
previamente ouvido a respeito da iniciativa.
e) incorreta, pois suas competências estão previstas
exclusivamente na Constituição da República de
1988.
17
 Cabe às Constituições Estaduais, definir as com-
petências dos seus respectivos Tribunais de Justi-
ças, por meio da iniciativa destes, através de lei de
organização judiciária.
Nesse sentido, veja-se a previsão constitucional:
Art. 125 Os Estados organizarão sua Justiça, observa-
dos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização
judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
Conforme se observa, a Constituição atribui ao Tri-
bunal de Justiça a iniciativa privativa para instaurar
o processo legislativo em matéria de organização
judiciária do estado, por outro lado, em se tratando
das competências do Tribunal, cabe à Constituição
Estadual defini-las.
GABARITO: B.
37. No curso das movimentações sociais dos últimos
tempos, instaurou-se o debate sobre a unificação das
polícias e a desmilitarização do Estado. Consoante os
termos da Constituição do Estado do Rio de Janeiro,
existem os cargos pertinentes aos militares dos Esta-
dos, cujas patentes são conferidas pelo Governador.
Caso um militar estadual na ativa assuma cargo civil
permanente:
a) sofrerá processo de reforma
b) terá a sua exoneração declarada
c) será aposentado de ofício
d) será transferido para a reserva
e) terá deferida licenças em vencimentos
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES (arts. 91
a 93)
Art. 91 - São servidores militares estaduais os inte-
grantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar.
§ 1º - As patentes, com prerrogativas, direitos e
deveres a elas inerentes, são asseguradas em pleni-
tude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados
da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar,
sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes
militares.
§ 2º - As patentes dos oficiais da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros Militar são conferidas pelo
Governador do Estado.
§ 3º - O militar em atividade que aceitar cargo
público civil permanente será transferido para a
reserva.
§ 4º - O militar da ativa, que aceitar cargo, emprego
ou função pública temporária, não eletiva, ainda
que da administração indireta, ficará agregado ao
respectivo quadro e, enquanto permanecer nessa
situação, só poderá ser promovido por antigüidade,
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para
aquela promoção a transferência para a reserva,
sendo, depois de dois anos de afastamento, con-
tínuos ou não, transferido para a inatividade.
GABARITO: D.
38. André, policial militar do estado do Rio de Janeiro,
realizou, de julho de 2019 até junho de 2020, curso
na área de inteligência e segurança pública, custeado
pelo erário estadual fluminense, no estado Alfa situado
na Região Nordeste.
Em julho de 2021, após completar o tempo de serviço e
preencher os demais requisitos legais, André requereu
sua transferência para a reserva remunerada.
No caso em tela, consoante dispõe o Estatuto da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro, o pleito de André:
a) só será concedido após completar 5 anos de efetivo
exercício contados a partir do término do referi-
do curso, exceto se for o caso de aposentadoria
compulsória.
b) só será concedido após completar 2 anos de efetivo
exercício contados a partir do término do referi-
do curso, sob pena de ter que ressarcir o erário
estadual.
c) só será concedido mediante indenização de todas
as despesas correspondentes à realização do refe-
rido curso, inclusive as diferenças de vencimentos,
eis que não decorrido o prazo de 3 anos de seu
término.
Noções de Direito Administrativo e Legislação Aplicada à PMERJ 18
 d) não será concedido, eis que, pelos princípios da
hierarquia e disciplina militares, o agente policial
deve repassar todo o conhecimento obtido a seus
superiores, no prazo de 5 anos, após o término do
referido curso.
e) não será concedido, por expressa vedação legal
que proíbe transferência para a reserva remunera-
da em prazo inferir a 3 anos do término do curso,
sob pena de devolução em dobro do valor investido
pelo Estado.
De acordo com a Lei nº 443/1981:
Art. 95 A transferência para a reserva remunerada, a
pedido, será concedida, mediante requerimento, ao
policial-militar que contar, no mínimo, de 30 (trinta)
anos de serviço.
§ 1º O oficial da ativa pode pleitear transferên-
cia para a reserva remunerada mediante inclusão
voluntária na quota compulsória.
§ 2º No caso de o policial militar haver realizado
qualquer curso ou estágio de duração superior a 06
(seis) meses, por conta do Erário, no exterior ou em
outro Estado da Federação, sem haver decorrido
03 (três) anos de seu término, a transferência para
a reserva remunerada só será concedida mediante
indenização de todas as despesas correspondentes
a realização do referido curso ou estágio, inclusive
as diferenças de vencimentos.
GABARITO: C.
39. João, policial militar do estado do Rio de Janeiro, lotado
em batalhão situado no município do Rio de Janeiro,
deseja se afastar totalmente do serviço, por deter-
minado período de tempo, e se mudar para a região
serrana do Estado.
40. O Estatuto da Polícia Militar do Estado do Rio de
No caso em tela, observada a discricionariedade admi-
nistrativa, de acordo com o Estatuto da Polícia Militar
do Estado do Rio de Janeiro, João:
a) não poderá, em qualquer hipótese, fruir licença para
tratar de interesse particular, diante da expressa
vedação legal para este tipo de afastamento.
b) não poderá fruir licença para tratar de interesse par-
ticular, diante da ausência de previsão legal, mas
Noções de Direito Administrativo e Legislação Aplicada à PMERJ
poderá usufruir de licença prêmio, caso tenha mais
de 5 anos de exercício.
c) poderá fruir licença para tratar de interesse particu-
lar, caso tenha mais de 5 anos de efetivo serviço, e
somente poderá ser obtida a cada 10 anos da pri-
meira concessão, com prejuízo de sua remuneração.
d) poderá fruir licença para tratar de interesse particu-
lar, caso tenha mais de 3 anos de efetivo serviço,
sem prejuízo de sua remuneração e da contagem do
tempo de efetivo serviço, pelo prazo de até 30 dias.
e) poderá fruir licença para tratar de interesse particu-
lar, caso tenha mais de 10 anos de efetivo serviço,
sem prejuízo de sua remuneração e da contagem do
tempo de efetivo serviço, pelo prazo de até 90 dias.
Art. 50 Os policiais-militares são alistáveis, como
eleitores, desde que oficiais, aspirantes a oficial,
alunos-oficiais, subtenentes e sargentos.
Parágrafo único. Os policiais-militares alistáveis são
elegíveis, atendidas as seguintes condições:
1 - se contarem menos de 5 (cinco) anos de serviço
serão, ao se candidatarem a cargo eletivo, excluídos
do serviço ativo, mediante demissão ou licencia-
mento ex-officio; e
2 - se em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de
serviço, ao se candidatarem a cargo eletivo, serão
afastados, temporariamente, do serviço ativo e
agregados, considerados em licença para tratar
de interesse particular, se eleitos, serão, no ato da
diplomação transferidos para a reserva remunerada,
percebendo a remuneração a que fizerem jus, em
função do tempo de serviço.
GABARITO: C.
Janeiro dispõe que os uniformes da Polícia Militar, com
seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos
dos policiais militares e simbolizam a autoridade poli-
cial militar com as prerrogativas que lhe são inerentes.
Nesse sentido, de acordo com o citado estatuto, é:
a) proibido ao policial militar o uso de uniformes em
reuniões, propaganda ou qualquer outra manifes-
tação de caráter político-partidário.
19
 b) proibido ao policial militar o uso de uniformes na
inatividade, inclusive quando comparecer a sole-
nidades militares e policiais militares.
c) vedado a qualquer elemento civil ou organizações
civis, exceto as guardas municipais, usar uniformes
ou ostentar emblemas que possam ser confundidos
com os adotados na Polícia Militar.
d) permitido ao policial militar o uso de uniformes no
estrangeiro, mesmo quando em atividades não re-
lacionadas com a missão policial militar, para pro-
moção da visibilidade da instituição.
e) permitido ao policial militar o uso de uniformes na
inatividade em cerimônias cívicas comemorati-
vas de datas nacionais ou em atos sociais sole-
nes de caráter particular, independentemente de
autorização.
É proibido ao policial militar o uso de uniformes:
a) em reuniões, propagandas ou qualquer outra
manifestação de caráter político partidário;
b) na inatividade, salvo para comparecer a soleni-
dades militares e policiais militares e quando auto-
rizados, a cerimônias cívicas comemorativas das
datas nacionais ou atos sociais solenes de caráter
particular; e
c) no estrangeiro, quando em atividades não rela-
cionadas com missão policial militar, salvo quando
expressamente determinado ou autorizado.
GABARITO: A.
Noções de Direito Penal e
Processo
41. Cássio, com a intenção de matar Patrício, efetua dis-
paro de arma de fogo em sua direção, que atinge seu
braço e o faz cair no chão. Enquanto caminha na dire-
ção de Patrício para efetuar novo disparo, Cássio per-
cebe a aproximação de policiais e se evade do local,
deixando Patrício apenas com o ferimento no braço.
Considerando os fatos narrados, Cássio deverá res-
ponder pelo crime de:
a) tentativa de homicídio.
b) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela
desistência voluntária.
c) lesão corporal, pois houve desistência voluntária.
d) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo
arrependimento eficaz.
e) lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz.
A: Correta. Conforme se extrai do enunciado, Cás-
sio somente não consumou sua intenção de matar
em razão de circunstâncias alheias à sua vontade.
Veja que Cássio iniciou a execução do delito, mas
foi impedido de consumar a morte de seu desa-
feto em razão da aproximação dos policiais. Assim,
responderá por homicídio tentado, na forma do art.
14 do Código Penal (CP): “Diz-se o crime tentado,
quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente”. Por
fim, vale destacar que, em razão da tentativa, a
pena correspondente ao homicídio será diminuída
de 1/3 a 2/3.
B: Incorreta. Não houve desistência voluntária
por parte de Cássio, tendo em vista que o crime
somente não se consumou por circunstâncias
alheias à sua vontade. Na desistência voluntária, o
agente pode continuar a execução do crime, mas
não quer. No caso do enunciado, Cássio queria con-
tinuar a conduta, mas foi impedido por terceiros.
C: Incorreta. Cássio não responderá por lesão cor-
poral (art. 129, CP), pois desde o início agiu com
a intenção de matar Patrício. Assim, responderá
por homicídio tentado (art. 121, c/c art 14, CP), não
havendo que se falar em desistência voluntária.
D: Incorreta. No caso em tela, não houve o arrepen-
dimento eficaz. No referido instituto penal, o agente
esgota todos os atos executórios, mas impede que
o resultado aconteça, o que não é o caso. Perceba
que Cássio não esgotou todas as munições que
tinha, sendo que foi impedido de consumar o crime
pela aproximação dos policiais. Assim, a diminui-
ção da pena se dará em razão da tentativa (art. 14,
parágrafo único, CP).
E: Incorreta. Assim como mencionado anterior-
mente, Cássio responderá por homicídio tentado
e não lesão corporal, tendo em vista que agiu com
vontade de matar desde o início de sua conduta.
Ademais, não houve arrependimento eficaz, pois
Noções de Direito Penal e Processo 20
 Cássio não esgotou os atos executórios e não agiu
para evitar o resultado morte, pelo contrário, foi
impedido de consumar o crime por circunstâncias
alheias à sua vontade.
GABARITO: A.
42. José trabalha como guarda-vidas da piscina do Clube
Romano, aberto ao público das 8h às 22h, diariamente.
A piscina do clube funciona das 9h às 21h, de terça a
domingo, sendo aberta por Antônio, que trabalha como
zelador no mesmo clube.
José é sempre o primeiro a entrar na área da piscina,
tão logo ela é aberta, para assumir seu posto no alto
da cadeira de guarda vidas. Contudo, no dia 1º de
novembro de 2020, ele não chegou no horário porque
sua condução atrasou. O espaço da piscina foi aberto
por Antônio no horário habitual, mas José somente
chegou ao clube às 10h. Ao entrar na área da piscina
deparou-se com uma cena terrível: o corpo de uma
criança morta, boiando na piscina.
Sobre a conduta de José, assinale a afirmativa correta.
a) José não praticou nenhum crime.
b) José omitiu-se na prestação de socorro (art. 135
do CP).
c) José cometeu homicídio culposo (art. 121, § 3º, do CP).
d) José cometeu homicídio culposo na modalidade co-
missiva por omissão, pois exercia a função de garan-
tidor (art. 121, § 3º, c/c. o art. 13, § 2º, ambos do CP).
e) José cometeu homicídio doloso na modalidade comis-
siva por omissão, pois exercia a função de garantidor
(art. 121, caput, c/c. o art. 13, § 2º, ambos do CP).
Nos termos do art. 13, § 2º, do Código Penal, o
agente garantidor que podia e devia agir será res-
ponsabilizado na forma omissiva imprópria se não
age para evitar o resultado. No caso, não tem como
imputar o resultado da morte ao José, ante a impos-
sibilidade de agir, devido ao atraso da condução
que não pode ser atribuído a ele, portanto, José
não praticou nenhum crime.
GABARITO: A.
43. Joyce, apresentando-se como agente de viagens, em
04/02/2021, ofertou ao casal Jane e Marcelo pacote
turístico para um cruzeiro. Eles se interessaram pela
oferta e efetuaram o pagamento de parte do valor do
pacote a título de sinal. Sem qualquer notícia nos dias
seguintes, Jane e Marcelo tentaram entrar em contato
com Joyce, mas não obtiveram êxito, pois o endereço
e o número de telefone constantes do cartão de visitas
disponibilizado eram falsos. Diante disso, comparece-
ram à delegacia para registrar a ocorrência.
Considerando o narrado e que o dolo inicial de Joyce
restou evidenciado, o fato por ela praticado tipifica o
crime de:
a) furto simples, de ação penal pública condicionada.
b) estelionato, que depende de representação das
vítimas.
c) apropriação indébi ta, de ação penal pública
incondicionada.
d) furto mediante fra ude, de ação penal pública
incondicionada.
e) estelionato, que independe de representação das
vítimas.
A: Incorreta. Joyce não cometeu crime de furto,
previsto no art. 155 do Código Penal (CP), mas,
sim, estelionato (art. 171, CP). No crime de furto,
a conduta do agente consiste em subtrair, para si
ou para outrem, coisa alheia móvel, tirando-a de
quem a detém (diminuindo o patrimônio da vítima).
Não é o caso da questão, pois Joyce utilizou-se de
fraude para induzir em erro Jane e Marcelo e obter
vantagem indevida, em prejuízo alheio.
B: Correta. A conduta perpetrada por Joyce se
amolda ao crime do art. 171, CP (estelionato), pois
induziu as vítimas em erro (fraude), passando-se
por agente de viagens, obtendo para si vantagem
ilícita em prejuízo alheio (parte do valor do pacote).
Atualmente, por força da alteração promovida pela
Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), o referido
crime é processado mediante ação penal pública
condicionada à representação da vítima (condição
de procedibilidade), conforme determina o § 5º do
art. 171, CP.
C: Incorreta. No crime de apropriação indébita (art.
168, CP) o agente toma para si coisa alheia móvel,
de que tem a posse ou detenção, passando a agir
como se dono fosse. A posse deve ser legítima, não
Noções de Direito Penal e Processo 21
 pode se dar nos casos de violência, grave ameaça
ou fraude. No caso em tela, Joyce obteve a posse
de parte do valor do pacote turístico mediante
fraude, se passando por agente de viagens. Assim,
não há que se falar em apropriação indébita.
D: Incorreta. No furto mediante fraude (art. 155, §
4º, inciso II, CP) o agente visa diminuir a vigilân-
cia da vítima e possibilitar a subtração. O bem é
retirado sem que a vítima perceba que está sendo
furtada. Já no estelionato, a vítima entrega espon-
taneamente a coisa ou valor, de modo que a fraude
é utilizada pelo agente para iludir (manter em erro)
o sujeito passivo do crime.
E: Incorreta. A afirmativa está parcialmente cor-
reta, pois, de fato, Joyce cometeu estelionato,
no entanto, a ação penal é pública condicionada
à representação das vítimas. A representação é
condição de procedibilidade da ação penal, sem a
qual o titular da ação (Ministério Público) não pode
oferecer a denúncia. Vale destacar que o estelio-
nato sempre teve ação de natureza pública incondi-
cionada, no entanto, a Lei nº 13.964/2019 (Pacote
Anticrime) alterou a sistemática e passou a exigir
a representação da vítima, conforme preceitua o
art. 171, § 5º, CP.
GABARITO: B.
44. Ao tentar sacar parcela do seguro-desemprego a que
fazia jus, Mário foi informado, por funcionário da Caixa
Econômica Federal, em Niterói/RJ, de que tais valores
haviam sido previamente sacados por terceiro não
identificado em agência da mesma instituição ban-
cária, localizada em João Pessoa/PB. Investigada a
ação, constatou-se que o modus operandi consistia
em saques efetuados em autoatendimento ou loté-
ricas, com utilização de cartão cidadão emitido pelo
Ministério do Trabalho, sem a prévia solicitação dos
beneficiários, cujos endereços de entrega foram inde-
vidamente alterados.
Diante desse cenário, é correto afirmar que se trata de:
a) estelionato, consumado em João Pessoa.
b) furto mediante fraude, consumado em João Pessoa.
c) estelionato, consumado em Niterói.
d) furto mediante fraude, consumado em Niterói.
e) estelionato, consumado sem lugar definido.
A: Incorreta. O caso narrado não se trata de este-
lionato (art. 171, do CP), pois nesta modalidade cri-
minosa a fraude é utilizada para induzir a vítima ao
erro, de modo que ela própria entrega seu patri-
mônio ao agente. Não é o caso do enunciado, uma
vez que o agente se valeu de transação bancária
fraudulenta, a fim de diminuir a vigilância da vítima
e possibilitar a subtração do valor, de modo que o
cliente titular da conta não foi induzido a entregar
o benefício social, pelo contrário, o dinheiro saiu
de sua conta sem qualquer ato de vontade ou con-
sentimento de sua parte, não configurando, assim,
o estelionato.
B: Correta. O caso amolda-se perfeitamente ao
furto mediante fraude, modalidade qualificada do
delito (art. 155, § 4º, II, CP). Veja-se que a fraude
empregada (emissão do cartão cidadão sem a pré-
via solicitação do titular) objetivou burlar a vigilância
da vítima, que, em razão do meio fraudulento, não
percebeu que os valores foram sacados. O bene-
fício foi sacado sem qualquer ato de vontade por
parte de Mário, que só se deu conta da subtração
do valor quando tentou sacar o dinheiro. Quanto
ao local de consumação do delito, constata-se que
a retirada dos valores se deu na Cidade de João
Pessoa/PB, portanto, local do resultado. Assim, a
competência para processar e julgar o delito de
furto é o do lugar de onde o dinheiro foi retirado,
nos termos do art. 70 do CPP.
C: Incorreta. Não se trata da prática do crime
estelionato, mas sim de furto qualificado mediante
fraude, conforme explicado.
D: Incorreta. A conduta narrada no enunciado,
de fato, configura o crime de furto qualificado
mediante fraude, no entanto, a consumação se
deu em João Pessoa/PB e não em Niterói/RJ, isso
porque o dinheiro foi retirado da esfera de disponi-
bilidade do correntista naquela cidade. Para fixação
da competência jurisdicional, o CPP, em seu art.
70, adotou a teoria do resultado, de modo que “a
competência será, de regra, determinada pelo lugar
em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último
ato de execução”.
Noções de Direito Penal e Processo 22
 E: Incorreta. Conforme já esclarecido, a conduta
não configura estelionato, porque a vítima não foi
induzida em erro para entregar voluntariamente os
valores ao agente, de modo que a fraude bancária
foi utilizada para diminuir a vigilância da vítima e
possibilitar a subtração dos valores, sem que ela
percebesse.
GABARITO: B.
45. Alan, funcionário público de determinado Tribunal de
Justiça, estava sendo investigado, em inquérito policial,
pela suposta prática dos crimes de associação crimi-
nosa e corrupção passiva. Decorrido o prazo das inves-
tigações, a autoridade policial encaminhou os autos ao
Poder Judiciário solicitando novo prazo para prosse-
guimento dos atos investigatórios. O Ministério Público
apenas concordou com o requerimento de prorrogação
do prazo, não apresentando qualquer outro requeri-
mento. O magistrado, por sua vez, ao receber os autos,
concedeu mais 15 (quinze) dias para investigações e,
na mesma decisão, decretou a prisão temporária de
Alan pelo prazo de 05 (cinco) dias, argumentando que
a cautelar seria imprescindível para as investigações
do inquérito policial.
Alan foi preso temporariamente e mantido separado
dos demais detentos da unidade penitenciária. Ao final
do 4º dia de prisão, a autoridade judicial prorrogou por
mais 05 (cinco) dias a prisão temporária, esclarecendo
que os motivos que justificaram a decisão permane-
ciam inalterados, ainda sendo necessária a medida
drástica para as investigações.
Procurado pela família do preso, o advogado de Alan
deverá esclarecer que:
a) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de
maneira válida, mas houve ilegalidade na sua exe-
cução, tendo em vista que os presos temporários
não podem ser mantidos separados dos demais
detentos.
b) a prisão temporária não poderia ter sido prorrogada
pelo prazo de 05 (cinco) dias, já que essa cautelar
somente tem prazo máximo total de 05 (cinco) dias,
que foi o período inicialmente fixado.
c) a prisão temporária, mesmo que presentes os re-
quisitos legais, não poderia ter sido decretada de
ofício pela autoridade judicial.
d) a prisão temporária foi decretada e prorrogada de
maneira válida, não havendo também qualquer ile-
galidade em sua execução.
e) o crime de associação criminosa não admite a de-
cretação da prisão temporária por não estar previsto
no rol da Lei nº 7.960/1989.
Não se pode decretar a prisão temporária de ofício.
De acordo com a Lei nº 7.960/1989 nos termos do
art. 2º:
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo
Juiz, em face da representação da autoridade
policial ou de requerimento do Ministério Público,
e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
§ 1º Na hipótese de representação da autoridade
policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério
Público.
§ 2º O despacho que decretar a prisão temporá-
ria deverá ser fundamentado e prolatado dentro
do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas
a partir do recebimento da representação ou do
requerimento.
§ 3º O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público e do Advogado, determinar que o
preso lhe seja apresentado, solicitar informações e
esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo
a exame de corpo de delito.
§ 4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á
mandado de prisão, em duas vias, uma das quais
será entregue ao indiciado e servirá como nota de
culpa.
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessaria-
mente o período de duração da prisão temporária
estabelecido no caput deste artigo, bem como o
dia em que o preso deverá ser libertado.
§ 5º A prisão somente poderá ser executada depois
da expedição de mandado judicial.
§ 6º Efetuada a prisão, a autoridade policial infor-
mará o preso dos direitos previstos no art. 5º da
Constituição Federal.
Noções de Direito Penal e Processo 23
 § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de pri-
são, a autoridade responsável pela custódia deverá,
independentemente de nova ordem da autoridade
judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade,
salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação
da prisão temporária ou da decretação da prisão
preventiva.
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de
prisão no cômputo do prazo de prisão temporária.
GABARITO: C.
46. Lucas caminhava pela rua, por volta de 7 horas, quando
foi abordado por Pedro, que, mediante grave ameaça
com emprego de simulacro de arma de fogo, subtraiu
seu aparelho celular. Em seguida, Pedro entregou o
simulacro de arma de fogo para seu irmão, que coinci-
dentemente passava pela localidade, e pediu para que
ele guardasse o objeto em sua residência. Diante disso,
o irmão de Pedro guardou o simulacro em sua casa e
depois foi para o trabalho. Por outro lado, ainda pouco
tempo após o crime, policiais militares passaram pela
localidade, de modo que Lucas apontou para Pedro
como o autor do fato. Os policiais abordaram Pedro e
realizaram busca em seu corpo, vindo a ser localizado
o celular subtraído. Chegando à Delegacia, ao tomar
conhecimento dos fatos, o Delegado determina que os
policiais compareçam à residência do irmão de Pedro
47. Com relação ao arquivamento do inquérito policial, é
para apreender o instrumento do crime, o que efetiva-
mente fazem os agentes da lei por volta de 16 horas.
Considerando apenas a situação narrada, é correto
afirmar que a busca:
a) pessoal realizada em Pedro foi válida, assim como a
busca domiciliar para apreensão do instrumento do
crime, independentemente de mandado de busca
e apreensão.
b) pessoal realizada em Pedro e a busca na residência
de seu irmão foram inválidas, pois ambas depen-
diam de mandado de busca e apreensão.
c) pessoal realizada em Pedro foi válida, indepen-
dentemente de mandado, diferentemente do que
ocorreu na busca na residência do irmão do autor
do fato, que foi inválida por depender de mandado
de busca e apreensão.
d) domiciliar no imóvel do irmão de Pedro foi válida,
pois prescinde de mandado de busca e apreensão,
diferentemente da busca pessoal em Pedro, que
foi inválida.
e) domiciliar no imóvel do irmão de Pedro foi inválida,
pois, apesar de prescindir de mandado de busca e
apreensão, foi realizada em período noturno, diferen-
temente da busca pessoal em Pedro, que foi válida.
A: Incorreta. A busca domiciliar para apreensão de
instrumentos do crime depende de mandado de
busca e apreensão, nos termos do art. 245 do CPP.
B: Incorreta. A busca pessoal independe de man-
dado, nos termos do art. 244 do Código de Pro-
cesso Penal.
C: Correta. De fato, para a busca pessoal não é
necessário mandado, mas para a busca e apreensão
faz-se necessário mandado, nos termos dos arts.
244 e 245 do Código de Processo Penal.
D: Incorreta. Faz-se necessária a existência de
mandado para a busca e apreensão domiciliar.
E: Incorreta. É imprescindível o mandado para a
busca e apreensão.
GABARITO: C.
correto afirmar, de acordo com as leis atualmente apli-
cáveis à matéria, que:
a) entendendo pela existência de causa excludente de
ilicitude, pode o órgão judiciário, de ofício, determi-
nar o arquivamento do inquérito policial.
b) não vislumbrando elementos suficientes para apon-
tar a autoria do delito, pode a autoridade policial
determinar o arquivamento do inquérito.
c) entendendo improcedentes as razões invocadas pelo
Ministério Público para o arquivamento do inquérito
policial, o juiz determinará a remessa dos autos ao
procurador-geral, que deverá oferecer denúncia ou
designar outro órgão da instituição para fazê-lo.
d) certificada a litispendência, pode o Ministério Pú-
blico promover o arquivamento, sendo desneces-
sária a homologação pelo órgão judiciário diante
da manifesta ausência de pressuposto de validade.
Noções de Direito Penal e Processo 24
 e) cabe ao Ministério Público promover o arquivamen-
to, sempre que identificar a impossibilidade jurídica
ou a insuficiência informativa para o exercício da
ação penal, dirigindo sua manifestação ao órgão
judiciário para homologação.
Cabe ao Ministério Público promover o arquiva-
mento, sempre que identificar a impossibilidade
jurídica ou a insuficiência informativa para o exer-
cício da ação penal, dirigindo sua manifestação ao
órgão judiciário para homologação.
Vejamos o que diz o Código de Processo Penal:
Art. 28 Ordenado o arquivamento do inquérito
policial ou de quaisquer elementos informativos
da mesma natureza, o órgão do Ministério Público
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade
policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na
forma da lei.
GABARITO: E.
48. Em relação ao Estatuto do Desarmamento (Lei nº
10.826/2003), é correto afirmar que:
a) a ausência de renovação do registro torna a posse
de arma de fogo típica, por impedir que o Estado
exerça seu controle.
b) o fato de o agente ser policial torna atípico o por-
te de arma de fogo de uso permitido com registro
vencido.
c) é atípica a conduta de quem porta arma de fogo de
uso restrito com registro vencido.
49. Em relação à Lei de Abuso de Autoridade (Lei Federal
d) a posse de arma de fogo de uso permitido com regis-
tro vencido constitui irregularidade administrativa.
e) é atípica a conduta de quem porta arma de fogo de
uso permitido com registro vencido.
O Superior Tribunal de Justiça vem decidindo que,
uma vez realizado o registro da arma de fogo, o
vencimento da autorização não caracteriza ilícito
penal e, sim, mera irregularidade administrativa.
No entanto, esse entendimento aplica-se somente
ao delito de posse ilegal de arma de fogo de uso
permitido (art. 12, Lei nº 10.826/2003), não se
estendendo à conduta de porte ilegal de arma de
fogo (art. 14, Lei nº 10.826/2003) e, tampouco, ao
delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
(art. 16, Lei nº 10.826/2003.).
A esse teor, leia-se os excertos do seguinte resumo
de acórdão da lavra do STJ:
[...] 2. No caso, o réu foi denunciado por possuir
arma de fogo de uso permitido, consistente em
revólver da marca Taurus, calibre 38, em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, pois o
registro do referido artefato se encontrava vencido.
Sobreveio sentença condenatória nos autos, contra
a qual a defesa interpôs apelação, sem êxito. 3. No
julgamento da Ação Penal n. 686/AP, a Corte Espe-
cial deste Superior Tribunal de Justiça, alterando o
seu entendimento anterior sobre a matéria, reco-
nheceu a atipicidade da conduta imputada ao réu,
denunciado como incurso nas sanções do art. 12
da Lei nº 10.826/2003, ressaltando que ele já havia
procedido ao registro da arma e que a expiração
do prazo constitui mera irregularidade administra-
tiva, que enseja apenas a apreensão do artefato e
a aplicação de multa, sem que reste caracterizada
a prática de ilícito penal. Assim, considerando que
o feito ora em exame versa sobre hipótese idêntica
ao objeto do referido julgado, deve ser reconhecida,
de igual modo, a atipicidade da conduta. Preceden-
tes. [...] (STJ; Quinta Turma; AgRg no HC 551897/
DF; Relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca;
Publicado no DJe de 12/02/2020)
GABARITO: D.
nº 13.869/2019), que prescreve crimes funcionais e dá
outras providências, assinale a alternativa incorreta.
a) Será admitida ação privada se a ação penal pública
não for intentada no prazo legal, cabendo ao Minis-
tério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos
do processo, fornecer elementos de prova, interpor
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do
querelante, retomar a ação como parte principal.
Noções de Direito Penal e Processo 25
b) As condutas descritas na Lei de Abuso de Auto-
ridade constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a finalidade
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho
ou satisfação pessoal.
c) Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no ad-
ministrativo-disciplinar, a sentença penal que reco-
nhecer ter sido o ato praticado em estado de neces-
sidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento
de dever legal ou no exercício regular de direito.
d) Constitui crime, com pena de detenção, de 1 (um)
a 4 (quatro) anos, e multa invadir ou adentrar, clan-
destina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade
do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências,
ou nele permanecer nas mesmas condições, sem
determinação judicial ou fora das condições esta-
belecidas em lei.
e) São efeitos da condenação a perda do cargo, do
mandato ou da função pública e a inabilitação para
o exercício de cargo, mandato ou função pública,
pelo período de 1 (um) a 8 (oito) anos.
A: Correta. Nos termos do art. 3º, § 1º da Lei de
Abuso de Autoridade:
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação
penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal
pública não for intentada no prazo legal, cabendo
ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negli-
gência do querelante, retomar a ação como parte
principal.
B: Correta. Nos termos do art. 1º, § 1º da Lei de
Abuso de Autoridade.
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de auto-
ridade, cometidos por agente público, servidor ou
não, que, no exercício de suas funções ou a pre-
texto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha
sido atribuído.
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem
crime de abuso de autoridade quando praticadas
pelo agente com a finalidade específica de prejudi-
car outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro,
ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
C: Correta. Previsão do art. 8º da Lei de Abuso de
Autoridade.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim
como no administrativo-disciplinar, a sentença
penal que reconhecer ter sido o ato praticado em
estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
regular de direito.
D: Correta. Nos termos do art. 22 da Lei de Abuso
de Autoridade.
Art. 22 Invadir ou adentrar, clandestina ou astu-
ciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele per-
manecer nas mesmas condições, sem determinação
judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
E: Incorreta. O prazo do período para inabilitação
é na verdade de um a cinco anos e não oito anos
como afirma a alternativa. De acordo com a Lei de
Abuso de Autoridade.
Art. 4º São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano
causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento
do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, con-
siderando os prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, man-
dato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5
(cinco) anos.
III - a perda do cargo, do mandato ou da função
pública.
GABARITO: E.
50. Acerca dos crimes hediondos, previstos na Lei nº
8.072/1990, assinale a opção que apresenta modali-
dade delitiva não incluída como hedionda.
a) Epidemia com resultado lesão corporal grave.
b) Roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave.
c) Falsificação de produto destinado a fins terapêuti-
cos ou medicinais.
Noções de Direito Penal e Processo 26
d) Extorsão mediante sequestro.
e) Favorecimento da prostituição de criança, adoles-
cente ou de vulnerável.

A modalidade não incluída é a da alternativa A. O

delito de epidemia com resultado morte é conside-
rado crime hediondo (art. 1º, VII).

Art. 1º São considerados hediondos os seguintes

crimes, todos tipificados no Decreto-lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consu-
mados ou tentados: [...]

II - roubo: [...]

c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave

ou morte (art. 157, § 3º); [...]

IV - extorsão mediante seqüestro e na forma quali-

ficada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º); [...]

VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º);

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alte-

ração de produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B,
com a redação dada pela Lei nº 9.677, de 2 de julho
de 1998);

VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma

de exploração sexual de criança ou adolescente ou
de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).

GABARITO: A.

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