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ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA DO MARANHÃO – ESA/MA

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB/MA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA E TRABALHISTA

Me. MIGUEL ANGELO RUSCHEL NETO


NAJRA RAYANNE DOS SANTOS OLIVEIRA
BEZERRA
NATÁLIA CARNEIRO LYRA

AS NOVAS REGRAS DE PENSÃO POR MORTE E O REFLEXO NA GARANTIA DA


ASSISTÊNCIA FINANCEIRA DE FAMÍLIAS HIPOSSUFICIENTES

São Luís - MA
2023
Me. MIGUEL ANGELO RUSCHEL NETO
NAJRA RAYANNE DOS SANTOS OLIVEIRA BEZERRA
NATÁLIA CARNEIRO LYRA

AS NOVAS REGRAS DE PENSÃO POR MORTE E O REFLEXO NA GARANTIA DA


ASSISTÊNCIA FINANCEIRA DE FAMÍLIAS HIPOSSUFICIENTES

Artigo Científico apresentado como requisito


parcial à obtenção do título de especialista em
Direito Advocacia Previdenciária e Trabalhista.

Orientador: Prof. Esp. Sherman Douglas


Cavalcante Vilanova

São Luís - MA
2023
AS NOVAS REGRAS DE PENSÃO POR MORTE E O REFLEXO NA GARANTIA
DA ASSISTÊNCIA FINANCEIRA DE FAMÍLIAS HIPOSSUFICIENTES

Me Miguel Angelo Ruschel Neto1


Najra Rayanne dos Santos Oliveira Bezerra²
Natália Carneiro Lyra³

RESUMO

O presente estudo aborda as mudanças na Pensão por Morte após a Reforma da


Previdência, concentrando-se nos impactos dessas alterações nas famílias
hipossuficientes. O objetivo geral é analisar os impactos das novas regras de pensão
por morte nas famílias hipossuficientes. Os objetivos específicos incluem a análise
das características da Pensão por Morte, a avaliação das mudanças introduzidas pela
Reforma da Previdência nesse benefício e a reflexão sobre os impactos dessas
alterações nas famílias em situação de hipossuficiência. A problemática emerge da
necessidade de discutir a Pensão por Morte como benefício previdenciário, no
contexto dos direitos e deveres constitucionais, especialmente para os mais
vulneráveis. A importância da análise reside na compreensão dos efeitos da Reforma
da Previdência sobre as famílias hipossuficientes, considerando a garantia de amparo
social. O estudo utiliza a pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa bibliográfica
baseia-se na análise do referencial teórico, explorando trabalhos de autores que
abordam a temática. A pesquisa documental visa aprofundar-se na legislação
aplicável, com especial atenção para a Emenda Constitucional nº 103 de 2019. Como
resultado e conclusão, observa-se que a Reforma da Previdência trouxe significativas
mudanças que limitaram a vindicação de recursos para os mais vulneráveis, fazendo
com que famílias passassem a ter dificuldade no acesso da cobertura de um benefício
necessário para a subsistência econômica, por vezes, o único no seio familiar.

Palavras-Chave: Benefício. Pensão por Morte. Reforma. Previdência.

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo trata sobre as novas regras da pensão por morte após a

1
Advogado. Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (2007). Mestre em Planejamento
e Desenvolvimento Regional, pela Universidade de Taubaté - SP (2021). Especialista em Direito
Público e em Direito Processual Civil, com formação para o Magistério Superior, ambas pela
Universidade Anhanguera.
² Advogada. Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências e Tecnologias do Maranhão – FACEMA
(2017).
³ Advogada. Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Maranhão (2016). Especialista em
Direito de Família e Sucessão pela Universidade Cândido Mendes (2019). Especialista em Gestão
Pública pela Escola de Governo do Maranhão (2021).
Reforma da Previdência e seus reflexos na assistência beneficiária de famílias
hipossuficientes. Sabe-se que a pensão por morte é um benefício previdenciário
essencial para as famílias hipossuficientes, pois ajuda a mitigar dos impactos
financeiros decorrentes do falecimento de um ente querido, principalmente quando
este é um dos, senão o único, provedor da família.
Trata-se, portanto, de um amparo social que visa assegurar a subsistência
daqueles que dependiam economicamente do segurado falecido, garantindo-lhes
uma fonte de renda estável em um momento de vulnerabilidade extrema.
No contexto das famílias hipossuficientes, que geralmente enfrentam
dificuldades financeiras e têm acesso limitado a recursos, a pensão por morte
desempenha um papel de destaque na proteção social. Ao fornecer uma renda
mensal, esse benefício ajuda a suprir as necessidades básicas, como alimentação,
moradia, educação e saúde, evitando que a família mergulhe em situações ainda mais
precárias após a perda do provedor.
Entretanto, deve-se ater ao fato de que a Reforma da Previdência trouxe
significativas mudanças na concessão dos benefícios previdenciários, fazendo com
que se tivesse uma dinâmica de regras mais rígidas e critérios mais específicos,
fazendo com que aqueles que necessitam e dependem de provimento financeiro,
ficasse ainda mais vulnerável.
Uma característica fundamental da pensão por morte é a sua natureza
solidária, uma vez que reconhece a dependência econômica dos beneficiários em
relação ao segurado falecido. Dessa forma, a legislação previdenciária busca
estender essa proteção a cônjuges, companheiros, filhos e, em alguns casos, até
mesmo aos pais do segurado. Essa abrangência reflete a importância de abordar as
diferentes estruturas familiares e suas respectivas necessidades, garantindo que o
benefício cumpra seu propósito de maneira eficaz.
Além disso, é válido ressaltar que a pensão por morte deve ser pensada não
apenas como uma solução de curto prazo, mas como parte de uma abordagem mais
ampla para promover a inclusão social e a redução das desigualdades. Programas
educacionais, capacitação profissional e acesso a oportunidades de trabalho são
igualmente cruciais para empoderar as famílias hipossuficientes, permitindo que se
tornem mais autônomas e menos dependentes de benefícios previdenciários.
Nesse viés, o presente estudo tem como problema o seguinte questionamento:
Como ocorreu as mudanças na pensão por morte após a Reforma da Previdência e
quais os impactos para as famílias hipossuficientes? Vale destacar que tal
problemática surge da ideia da necessidade de se discutir sobre a pensão por morte,
enquanto benefício previdenciário, na garantia de direitos e deveres constitucionais,
inerentes ao âmbito da Seguridade Social, em especial para os mais vulneráveis.
Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar os
impactos das novas regras de pensão por morte nas famílias hipossuficientes.
Procura-se com isso desenvolver os seguintes objetivos específicos: analisar as
principais características da Pensão por Morte, identificando aspectos relevantes para
a compreensão do seu papel no amparo social; avaliar as mudanças introduzidas pela
Reforma da Previdência no sistema de benefícios, com foco específico na Pensão por
Morte; refletir sobre os impactos das alterações nas regras da Pensão por Morte em
famílias hipossuficientes.
Como enlace metodológico o presente estudo tem como metodologia o uso da
pesquisa bibliográfica, bem como da documental para a sua construção. Pretende-se
assim fazer uma análise do referencial teórico pautado na compreensão de autores
que já analisam a temática em questão, mas também partir de um aprofundamento
documental, com especial atenção para a Emenda Constitucional nº 103 de 2019.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Considerações Iniciais sobre a Pensão por Morte

A pensão por morte é um benefício crucial que visa amparar financeiramente


os dependentes de um segurado falecido. Ao longo dos anos, o cenário regulatório
dessa provisão passou por ajustes significativos, em uma tentativa de equilibrar as
finanças do sistema previdenciário e atender às necessidades em constante evolução
da população. Recentemente, no Brasil, uma série de reformas relacionadas à pensão
por morte foram implementadas, desencadeando debates intensos sobre suas
implicações sociais e econômicas, em especial com a sanção da Emenda
Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019.
Em um contexto de transformações previdenciárias, a nova legislação
abordando a pensão por morte teve como objetivo primordial garantir a
sustentabilidade do sistema, levando em consideração o envelhecimento populacional
e o aumento da expectativa de vida.
Uma das mudanças notáveis diz respeito aos critérios de elegibilidade para
receber a pensão. Anteriormente, não havia restrições relacionadas à idade ou ao
tempo de contribuição. No entanto, as novas normas introduziram requisitos mais
rigorosos, incluindo critérios de idade mínima e tempo de contribuição, com o intuito
de promover uma distribuição mais equitativa dos benefícios e aliviar a pressão sobre
o sistema previdenciário (SENADO FEDERAL, 2019).
Além disso, as mudanças estipulam que o valor da pensão por morte pode
variar com base no tempo de contribuição do segurado falecido. Essa mudança tem
gerado debates acirrados, uma vez que muitos argumentam que ela pode afetar
negativamente os dependentes que contavam com a pensão como uma importante
fonte de subsistência (MIGUELI, 2021).
Alega-se que, especialmente em casos nos quais o segurado falecido
contribuiu por um período significativo, a redução do valor da pensão pode resultar
em dificuldades financeiras para os beneficiários, prejudicando diretamente seu
padrão de vida e bem-estar.
Outro ponto crucial das novas regras diz respeito à extensão do período de
recebimento da pensão por morte. Antes das mudanças, a pensão por morte era
concedida vitaliciamente, sem restrições de tempo. No entanto, com a implementação
das novas políticas, foi estabelecido um prazo limitado para o recebimento do
benefício, com base em critérios como a idade dos beneficiários e a expectativa de
vida média da população (CARVALHO, 2022).

Quadro 01. Duração do pagamento da pensão por morte de acordo com


a idade do cônjuge/companheiro na data do óbito
Fonte: INSS (2023)

O Quadro 01 mostra como tal mudança passou a ser experienciada nos moldes
da Reforma da Previdência em torno da pensão por morte. Essa alteração suscita
preocupações sobre o impacto a longo prazo para os dependentes, especialmente
aqueles que enfrentam desafios financeiros significativos ou dependem inteiramente
da pensão para sustentar suas necessidades básicas.
É importante observar que as novas regras também visam desencorajar
possíveis fraudes e irregularidades no sistema previdenciário, garantindo que o
benefício seja direcionado de forma justa e transparente para os beneficiários
legítimos. Como resultado, os critérios de comprovação de dependência e a
necessidade de documentação adequada foram fortalecidos, exigindo uma
verificação mais rigorosa e detalhada para garantir a legitimidade dos requerentes
(ESTEVAM et al, 2023).
Contudo, enquanto as novas regras buscam enfrentar desafios estruturais e
garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo, é essencial
considerar o impacto direto e imediato sobre os dependentes e suas condições de
vida. Muitos argumentam que a aplicação de critérios mais rígidos e a redução do
valor e do período de recebimento da pensão podem resultar em consequências
adversas para os beneficiários, exacerbando a vulnerabilidade socioeconômica e
limitando o acesso a recursos essenciais (TEIXEIRA, 2019).
Além disso, as novas regras podem afetar desproporcionalmente certos grupos
da sociedade, como viúvos ou viúvas em situações de maior vulnerabilidade, famílias
de baixa renda e indivíduos em áreas geograficamente desfavorecidas. Portanto, é
crucial que o governo e as autoridades competentes implementem medidas
complementares para mitigar os potenciais impactos negativos e garantir que aqueles
que dependem da pensão por morte recebam o apoio necessário para garantir sua
subsistência e bem-estar (PINTO, 2019).
Em síntese, as novas regras sobre a pensão por morte refletem a necessidade
de equilibrar interesses e demandas complexas no âmbito da previdência social.
Enquanto a sustentabilidade do sistema previdenciário é essencial para garantir a
estabilidade econômica a longo prazo, é igualmente crucial proteger e apoiar os
dependentes que dependem desse benefício como fonte de sustento. Assim, o
equilíbrio entre a viabilidade financeira e a proteção social eficaz deve ser o cerne das
discussões em torno dessas novas regras, visando garantir a justiça e a equidade
para todos os beneficiários envolvidos.

2.2 A Reforma da Previdência e os ajustes nos benefícios previdenciários

É de saber notório que o contexto econômico brasileiro passou a ter


dificuldades sobressaltadas diante das diferentes crises internas e externas que
atingiram, direta e indiretamente a realidade econômica e social. Com isso, houve a
necessidade de se realizar alterações em determinadas áreas prioritárias que
dependem de ações econômico-financeiras concentradas (MENDES, 2008).
Nesse viés, surge a Reforma da Previdência como forma de mudar as diretrizes
e parâmetros de concessão de aposentadoria e benefícios previdenciários. O objetivo
era evitar que a previdência enfrentasse um colapso, resultando em maior caos nas
finanças públicas até então existentes.
Diante disso, Silva (2021) observam que a reforma estabeleceu a idade mínima
de aposentadoria voluntária no Regime Geral da Previdência Social em 65 anos para
homens e mulheres. Além disso, seria necessário um mínimo de 25 anos de
contribuição no setor privado e 10 anos no setor público, com a condição de
permanecer no cargo por pelo menos 5 anos antes da aposentadoria.
Além disso, a aposentadoria especial seria garantida para servidores com
deficiência e trabalhadores que exercem atividades prejudiciais à saúde, com a
proibição de categorização da atividade por profissão. A redução no tempo de
contribuição para esses grupos variaria de 5 a 10 anos. A reforma também revogaria
a redução de 5 anos no tempo de contribuição para professores, incluindo essa
categoria no regime geral.
Outrossim, novas regras de vedação de acumulação de benefícios foram
apresentadas, impedindo a acumulação de mais de uma aposentadoria e o
recebimento de mais de uma pensão por morte. A pensão por morte passaria a ser
de 50% dos proventos recebidos ou a receber pelo servidor falecido na data do óbito,
acrescida de 10% por dependente até o limite de 100%. O texto também contemplava
a redução dos benefícios pagos aos aposentados do setor público federal ao teto do
INSS, anteriormente em R$ 5.531,31, com o objetivo de reduzir o valor transferido
pelo setor público para cobrir um déficit causado por uma pequena parcela (SILVA,
2021).
No entanto, as mudanças propostas são ineficazes, uma vez que a única
proposta de alteração para os servidores estaduais, municipais e militares é essa, sem
modificações na idade mínima ou no tempo de contribuição desses servidores, que
representam um grande desafio para a Previdência (SCHREIBER, 2017).
É necessário considerar também o lado dos contribuintes, pois, em caso de
aprovação da proposta, o tempo até a aposentadoria aumentaria, e o emprego para
pessoas acima de 45 anos é mais escasso. Independentemente da reforma, o
contribuinte é quem arca com o déficit previdenciário, seja por meio do aumento de
tributos para financiar a previdência, seja pelo aumento do tempo de contribuição para
o INSS.
A reforma, segundo Carvalho (2022), buscaria diminuir as desigualdades no
país, mas trouxe falha em muitos pontos, prejudicando os trabalhadores de baixa
renda, como no aumento do tempo mínimo de contribuição para 25 anos.
Trabalhadores de baixa renda, que muitas vezes se aposentam por idade, passariam
a enfrentar maiores desafios para atingir a aposentadoria com o aumento do tempo
de contribuição mínimo.
Contrariando esses objetivos universais e constitucionais, em 2019, o
presidente Jair Messias Bolsonaro apresentou a Proposta de Emenda à Constituição
nº 6/2019, que resultou na Emenda Constitucional 103/2019. Essa emenda promoveu
uma reforma da previdência mais abrangente e complexa, conhecida como "Nova
Previdência Social". As alterações afetaram todo o sistema previdenciário brasileiro,
incluindo Regimes Próprios de Previdência Social e o Regime Geral de Previdência
Social, exceto o regime previdenciário dos militares, que foi alterado por lei própria
(SARAU, 2019).
Com base em Barros (2020), as principais alterações da EC 103/2019 incluem
o aumento das idades mínimas para a obtenção de aposentadorias, a introdução de
sistemas de pontos para a aposentadoria, modificações nas regras de aposentadoria
especial, por invalidez e pensão por morte, alterações nas contribuições
previdenciárias dos empregados, mudanças no cálculo da renda mensal da
aposentadoria com redução do benefício devido a regras mais rigorosas, busca de
simetria nas regras entre serviço público e setor privado, e
constitucionalização/desconstitucionalização de certas matérias, além de maior
rigidez nas regras de transição dos regimes, entre outros.
Uma das principais mudanças introduzidas pela EC 103/2019 foi a imposição
de idade mínima para a obtenção de aposentadorias, unificando os requisitos de idade
e tempo de contribuição. Assim, de acordo com a Emenda, seria necessário atender
simultaneamente à idade mínima de 65 anos para aposentadoria masculina, 62 anos
para a aposentadoria feminina e um prazo mínimo de 20 anos de contribuição para a
previdência. A média de 100% das contribuições seria utilizada, com um percentual
inicial de 60% sobre a média, acrescido de 2% a cada ano, exigindo 40 anos de
contribuição para alcançar 100% da média salarial. Houve também aumento das
alíquotas de contribuição para todas as faixas, exceto a primeira, resultando em um
maior custo para os contribuintes.

2.3 Pensão por morte e a Reforma da Previdência

A Previdência Social no Brasil é um dos pilares da Seguridade Social e a sua


criação visa proteger os segurados bem como seus dependentes dos riscos sociais
que lhe acometam. Para isso, a Seguridade Social foi instituída e dividida em Saúde,
Assistência Social e Previdência Social. Para Amado (2016), a Seguridade Social
protege o povo brasileiro contra riscos sociais que possam gerar miséria e a
intranquilidade social, conquista do Estado Social de Direito.
A chamada pensão por morte é um benefício previdenciário que substitui a
renda do (a) segurados aos dependentes, que tiveram em seu seio familiar o
falecimento de algum ente geralmente o pai ou mãe, e visa à manutenção da renda
familiar. Tal pensão está amparada pela nossa Constituição, em seus art. 201, inciso
V, art., 74 a 78 da Lei 8.213/1001, arts. 105 a 115 do Decreto 3.048/1999 e por fim,
pela Instrução Normativa 77/2015 nos seus arts, 121 a 135 que normatiza os
dependentes.
Segundo Martins (2004), a pensão por morte é: “o benefício previdenciário pago
aos dependentes em decorrência do falecimento do segurado. Em sentido amplo, a
pensão é uma renda paga a certa pessoa durante toda a sua vida”
Para a sua concessão, são necessários alguns requisitos cumulativos: a)
condição de dependente; b) não há carência, e c) morte do segurado. A contar da
data:

“Art. 74: A pensão por morte será devida ao conjunto de dependentes do


segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I – do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;
II – do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso
anterior;
III – da decisão judicial, no caso de morte presumida” (BRASIL, 2019)

A concessão desse benefício, independe de carência, conforme dispõe o art.


26, I, da Lei 8.213/1991, contudo é necessário que o segurado esteja dentro do
período de “qualidade de segurado”; isto é, (se o falecido estava trabalhando, em
período de graça ou recebendo algum benefício previdenciário.
Adjunto a isso, para ter direito à pensão por morte, faz-se também necessário
que o segurado tenha contribuído para a previdência social, e que a sua morte tenha
ocorrido enquanto ele estava filiado ao sistema previdenciário.
Como já dito anteriormente, não há carência para a concessão da pensão por
morte; mas, a lei 13.135/2015, trouxe certas limitações que estão elencadas também
na Lei 8.213/1991, no art. 77, §2º, V, letras a, b e c. Vejamos: “Se na data do óbito o
segurado não tenha ao menos 18 contribuições mensais ou se o casamento ou união
estável tiverem sido iniciados em menos de dois anos antes da data do óbito do
segurado, a pensão por morte será somente por 4 meses. (BRASIL, 2019).
Ressalta-se ainda que, para a configuração dessa contagem de 18
contribuições necessárias para a pensão por morte, pode ser utilizada a contribuição
do Regime Próprio da Previdência Social.
Por outro lado, se o óbito do segurado tiver ocorrido após aqueles dois anos do
casamento ou união estável após a efetivação das 18 contribuições, a pensão por
morte será devida proporcional a idade do viúvo. Já com relação ao critério material,
a ocorrência pelo evento morte ou por sua presunção, nos termos do arts. 74, III, e 78
da Lei 8.213/1991. No que toca a segunda opção, essa presunção precisa ser
declarada por uma autoridade judicial competente, após seis meses de ausência, será
concedida pensão provisória, observadas as formas de concessão (BRASIL, 2019).
Interessante ressaltar que a prova do desaparecimento do segurado em
consequência de acidente, desastres ou outras catástrofes, seus dependentes fazem
jus à pensão provisoriamente, independentemente da declaração de ausentes e
daquele estipulado de seis meses.
Os dependentes que poderão receber a pensão por morte são: a) cônjuge ou
companheiro (a); b) filhos menores de 21 anos ou inválidos, c) filhos maiores de 21
anos que sejam incapazes de se sustentar, d) pais e irmãos menores de 21 anos ou
inválidos que dependiam economicamente do segurado falecido (BRASIL, 2023a).
O valor da pensão por morte é calculado tendo como base a média dos salários
de contribuição do segurado e pode ter um acrescido de um percentual por
dependente. Atualmente, dependentes desse segurado recebem o valor integral da
pensão por morte, que pode chegar até o teto do INSS, porém, houve a alteração pelo
art. 23 da EC 103.
Agora com a reforma, ao invés de ser integral, a família passa a ter direito a
50% da aposentadoria do segurado falecido ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente, com acréscimo de 10% por dependente,
até o limite de 100%.
No caso de se ter apenas um dependente, o valor da pensão passa a ser 60%
da aposentadoria do segurado falecido ou daquele a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente, aumentando 10% caso tenha mais
dependentes.
• Se o dependente tiver menos de 21 anos, a pensão é paga até completar essa
idade;
• Se o dependente tiver entre 21 e 26 anos, a pensão será paga por três anos;
• Se o dependente tiver entre 27 e 29 anos, a pensão será paga por seis anos;
• Se o dependente tiver 30 anos ou mais, a pensão será vitalícia.

Não foi tipificado um prazo certo para requerer a pensão por morte, mas sabe-
se que quanto antes haver essa solicitação menos demorado será obter o valor, junto
aos retroativos.
Outra informação relevante seria o prazo no caso de dependentes menores de
16 anos ou incapazes, o prazo para pedir a pensão por morte é de até três anos após
o falecimento do segurado ou servidor público. Mesmo que esse mesmo prazo tenha
expirado, o dependente ainda sim poderá ingressar no âmbito do poder judiciário para
obter o benefício (BRASIL, 2019).
A pensão por morte, portanto, uma proteção aos familiares do segurado que
sofrem com a redução econômica diante do evento morte de seu ente falecido. Trata-
se, de um direito fundamental, que garantirá a sobrevivência e ao mínimo existencial
naquela realidade familiar.

2.4 Reflexos das mudanças nas regras da pensão por morte nas famílias
hipossuficientes

Ao se falar sobre os reflexos das reformas instituídas na concessão dos


benefícios da pensão por morte para famílias hipossuficientes, deve-se fazer
considerações em torno da necessidade existente por tais grupos familiares, desse
direito tão importante e essencial para a sua manutenção.
De acordo com dados do Boletim Estatístico do INSS, datado de setembro de
2023, cerca de 42.725 pensões por morte se encontram ativas no cadastro nacional,
sendo 29.251 na zona urbana e 13.474 na zona rural. O valor médio da pensão paga
para os dependentes é de R$ 1.877,09 reais no âmbito geral, sendo que na zona
urbana é de R$ 2.131,50 e no meio rural é de R$ 1.324,77 (INSS, 2023).
Observa-se assim que o valor proporcionado para as famílias, pago no tocante
a pensão por morte previdenciária, ainda é muito ínfimo se comparado com a
expansão do restante dos tributos e demais compêndios econômicos e financeiros.
Os gastos com alimentação, saúde, água e energia elétrica, bem como internet, que
são prioritários para as famílias cobrem parcela significativa do valor do benefício,
quando não a falta, o que enseja a sua desproporcionalidade real.
Desse modo, de acordo com Meleu e Lopes e Lopes (2023, p. 09), nota-se que:

[...] na Reforma da Previdência de 2019, foram consideradas questões


meramente econômicas, relevando questões sociais e garantias
constitucionais para a tomada de decisão de alteração da legislação. Desse
modo, possível visualizar que sob a ótica da abordagem das capacidades,
em que o foco migra do viés econômico para a vida humana, é insustentável
a justificativa baseada apenas em critérios econômicos, porquanto, a análise
meramente econômica não demonstra as reais oportunidades que os
indivíduos possuem para alcançar seus objetivos e exercer sua liberdade de
escolha.

Percebe-se que a Reforma da Previdência trouxe significativas mudanças na


adoção dos benefícios de pensão por morte, e outros mais, considerando-se um viés
puramente baseado em uma tentativa de controle econômico, focado em uma
minimização de um futuro possível colapso do sistema previdenciário. Entretanto, não
se vislumbrou nos estudos da reforma, a extensão das consequências que esse novo
modelo previdenciário iria trazer, em especial para as famílias hipossuficientes,
perfazendo assim uma ruptura na garantia dos direitos constitucionais de tais
indivíduos.
Deve-se destacar ainda que a pensão por morte, de acordo com a proposta
inicial trazida Emenda iria aumentar ainda mais a limitação do benefício previdenciário
da pensão por morte, uma vez que, conforme Barros (2020):

Obviamente que a nova regra estabelecida pela Emenda é prejudicial ao


dependente sobrevivente ou aquele que ainda ostenta a qualidade de
dependente, uma vez que o valor da pensão está reduzido ao mínimo de
50%, não podendo ser inferior ao salário mínimo, conforme regra
constitucional, todavia o legislador chegou a cogitar tal hipótese, de
pagamento de pensão inferior ao salário mínimo, no caso do dependente
possuir renda formal, todavia esta parte do texto felizmente, para os
dependentes do instituidor do benefício foi retirada do texto original da
Emenda.

Conforme Bastos (2022, p. 15 e 16), é evidente que:

[...] os benefícios previdenciários representam verbas pecuniárias


indispensáveis para o acesso dos cidadãos ao mínimo-existencial, sobretudo
porque resguardam as condições necessárias para uma vida digna durante
momentos de privação do bem-estar. [...] A norma fundante do “in dubio pro
misero” sugere que os esforços hermenêuticos da área previdenciária devem
estar imbuídos do intuito de outorgar a máxima proteção social aos
necessitados, de modo que todos os institutos vinculados à Seguridade
Social devem ser lidos de modo a extrair-lhes a maior efetividade possível.

Assim, nota-se que os benefícios previdenciários devem ser vistos como uma
mola propulsora para que se tenha a integralidade dos direitos perpetrados na
Constituição Federal, em especial na assistência aos grupos mais vulneráveis e
hipossuficientes. Deve-se destacar que o princípio do in dubio pro misero, por mais
que pouco conhecido na teoria, possui uma efetividade prática singular, devendo ser
alcançado por aqueles que buscam pela melhoria da qualidade de vida, mesmo com
a escassez de recursos financeiro-econômico suficientes.
Por sua vez, Mendonça et al (2022, p. 11) deliberam que:

As mudanças inseridas no ordenamento configuram grande regressão aos


direitos previdenciários, uma vez que limita o acesso ao benefício e não
oferece o devido tratamento isonômico aos beneficiários, ignorando suas
condições sociais, como renda e escolaridade. Dessa forma, é possível
constatar que as alterações introduzidas na legislação previdenciária violam
grandes princípios inerentes a Seguridade e Previdência Social, como a
universalidade de cobertura e de atendimento e a vedação ao retrocesso, os
quais deveriam ser considerados como norte ao legislador a fim de evitar
grandes danos a sociedade.

De tal modo, as considerações do autor acima demonstra que as mudanças


trazidas pela Reforma da Previdência fizeram que houvesse uma limitação no acesso
dos benefícios previdenciários para grupos de pessoas hipossuficientes, fazendo com
que a legislação previdenciária não mais garantisse a universalidade da cobertura de
atendimento, bem como vedando que os mais necessitados pudessem ter seus
direitos garantidos.
Dessa forma, Carvalho (2022, p. 53) expõe que:

[...] as mudanças trazidas pela reforma da previdência foram prejudiciais aos


dependentes do segurado, pois ameaçam a sobrevivência destes. Isso torna
urgentemente necessária uma discussão que leve em consideração todos os
aspectos envolvidos e que venha a promover o bem-estar da coletividade
sem retrocesso de direitos.

Destaca-se que, no âmbito da pensão por morte, por vezes, as famílias


possuem apenas um provedor principal, e quando este falece, a reabilitação se torna
difícil, fazendo com que meios alternativos possam ser desenvolvidos no intuito de
prover os mínimos recursos financeiros devidos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A previdência social é uma parte essencial do sistema de proteção social em


qualquer sociedade, visando assegurar o bem-estar dos cidadãos em momentos de
vulnerabilidade, como a perda de um ente querido. No entanto, as regras relativas à
pensão por morte têm passado por transformações significativas, gerando impactos
diretos na garantia da assistência financeira de famílias hipossuficientes. Neste
contexto, é fundamental analisar as mudanças recentes, compreender seus reflexos
e avaliar como o Estado pode assegurar a proteção social necessária.
Diante disso, observa-se que as alterações nas regras de pensão por morte,
frequentemente implementadas em resposta a mudanças políticas e pressões
econômicas, possuem como objetivo principal reequilibrar o sistema previdenciário e
garantir sua sustentabilidade a longo prazo. No entanto, é essencial considerar o
impacto dessas mudanças nas famílias que dependem dessa assistência,
especialmente aquelas em situação de hipossuficiência financeira.
Uma das principais mudanças nas regras de pensão por morte, após a Reforma
da Previdência foi a alteração nos critérios de elegibilidade e nos valores a serem
recebidos. Anteriormente, era garantida uma porcentagem significativa da renda do
falecido para o cônjuge sobrevivente e dependentes.
Contudo, após a Reforma, observou-se uma tendência em direção a critérios
mais restritivos e valores menores, criando desafios financeiros consideráveis para as
famílias que já enfrentam dificuldades econômicas e que dependem de tal benefício.
Ressalta-se que a justificativa por trás dessas mudanças muitas vezes envolve
a necessidade de equilibrar os gastos previdenciários e garantir a sustentabilidade do
sistema a longo prazo. Porém, é fundamental avaliar se tais medidas estão sendo
implementadas de maneira equitativa e se realmente atendem aos princípios
fundamentais de proteção social, especialmente no que diz respeito às famílias mais
vulneráveis.
Destaca-se assistência financeira proveniente da pensão por morte
desempenha um papel crucial na mitigação do impacto econômico causado pela
perda do provedor – por vezes, o único – da família. Em muitos casos, as famílias
hipossuficientes dependem substancialmente desses benefícios para cobrir despesas
básicas, como moradia, alimentação, saúde e educação. Portanto, qualquer alteração
nas regras deve ser cuidadosamente avaliada quanto ao seu potencial de prejudicar
a estabilidade econômica dessas famílias.
Além disso, é vital analisar o processo de comunicação e educação sobre as
mudanças nas regras de pensão por morte. Muitas vezes, a falta de compreensão das
alterações pode levar a decisões financeiras inadequadas por parte das famílias. Um
esforço adequado de conscientização é essencial para garantir que todos os
beneficiários compreendam seus direitos, evitando situações em que famílias
elegíveis deixem de receber benefícios de que precisam.
Para assegurar a eficácia e a equidade do sistema previdenciário, é
fundamental que o Estado atue de maneira proativa na identificação e correção de
possíveis lacunas e injustiças. Isso envolve a realização de análises regulares do
impacto das regras previdenciárias na população, especialmente nas camadas mais
vulneráveis. A capacidade de adaptação e a abertura a ajustes com base nessas
análises são cruciais para um sistema previdenciário que realmente atenda às
necessidades da sociedade.
Além disso, é relevante considerar a implementação de políticas e programas
complementares que apoiem as famílias em situação de hipossuficiência financeira.
Isso pode incluir iniciativas voltadas para a capacitação profissional, acesso à
educação de qualidade, fortalecimento da assistência jurídica aos hipossuficientes,
entre outras. Ao investir em medidas que fortaleçam as famílias de maneira
abrangente, o Estado contribui para a redução da dependência exclusiva dos
benefícios previdenciários.
Conclui-se assim que as novas regras de pensão por morte possuem um
impacto direto na garantia da assistência financeira de famílias hipossuficientes.
Entender essas mudanças possui importância direta na adoção de novos mecanismos
de convalidação de uma assistência jurídica mais plural, que possa agir de acordo
com os preceitos da equidade e universalidade, atendendo os direitos dos mais
vulneráveis e trabalhando por uma advocacia mais forte e respeitada.

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TEIXEIRA, Denilson Victor Machado. Manual de Direito da Seguridade Social.


Leme: Imperium, 2019.
AUTORIZAÇÃO PARA ENTREGA DEFINITIVA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO
DE CURSO

Nota:

Após rigorosa análise do TCC, (_X_) autorizo (___) não autorizo o(s) acadêmico (s):
Miguel Angelo Ruschel Neto, Najra Rayanne dos Santos Oliveira Bezerra e Natália
Carneiro Lyra, a entrega definitiva do Trabalho de Conclusão do Curso, da Especialização
em Advocacia Previdenciária e Trabalhista, que tem como título: AS NOVAS REGRAS
DE PENSÃO POR MORTE E O REFLEXO NA GARANTIA DA ASSISTÊNCIA
FINANCEIRA DE FAMÍLIAS HIPOSSUFICIENTES

Obs.
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Data : __24__/_11___/_2023____

Professor Orientador

Nome: Sherman Douglas Cavalcante Vilanova

Assinatura:

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