Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Luís - MA
2023
Me. MIGUEL ANGELO RUSCHEL NETO
NAJRA RAYANNE DOS SANTOS OLIVEIRA BEZERRA
NATÁLIA CARNEIRO LYRA
São Luís - MA
2023
AS NOVAS REGRAS DE PENSÃO POR MORTE E O REFLEXO NA GARANTIA
DA ASSISTÊNCIA FINANCEIRA DE FAMÍLIAS HIPOSSUFICIENTES
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
O presente estudo trata sobre as novas regras da pensão por morte após a
1
Advogado. Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (2007). Mestre em Planejamento
e Desenvolvimento Regional, pela Universidade de Taubaté - SP (2021). Especialista em Direito
Público e em Direito Processual Civil, com formação para o Magistério Superior, ambas pela
Universidade Anhanguera.
² Advogada. Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências e Tecnologias do Maranhão – FACEMA
(2017).
³ Advogada. Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Maranhão (2016). Especialista em
Direito de Família e Sucessão pela Universidade Cândido Mendes (2019). Especialista em Gestão
Pública pela Escola de Governo do Maranhão (2021).
Reforma da Previdência e seus reflexos na assistência beneficiária de famílias
hipossuficientes. Sabe-se que a pensão por morte é um benefício previdenciário
essencial para as famílias hipossuficientes, pois ajuda a mitigar dos impactos
financeiros decorrentes do falecimento de um ente querido, principalmente quando
este é um dos, senão o único, provedor da família.
Trata-se, portanto, de um amparo social que visa assegurar a subsistência
daqueles que dependiam economicamente do segurado falecido, garantindo-lhes
uma fonte de renda estável em um momento de vulnerabilidade extrema.
No contexto das famílias hipossuficientes, que geralmente enfrentam
dificuldades financeiras e têm acesso limitado a recursos, a pensão por morte
desempenha um papel de destaque na proteção social. Ao fornecer uma renda
mensal, esse benefício ajuda a suprir as necessidades básicas, como alimentação,
moradia, educação e saúde, evitando que a família mergulhe em situações ainda mais
precárias após a perda do provedor.
Entretanto, deve-se ater ao fato de que a Reforma da Previdência trouxe
significativas mudanças na concessão dos benefícios previdenciários, fazendo com
que se tivesse uma dinâmica de regras mais rígidas e critérios mais específicos,
fazendo com que aqueles que necessitam e dependem de provimento financeiro,
ficasse ainda mais vulnerável.
Uma característica fundamental da pensão por morte é a sua natureza
solidária, uma vez que reconhece a dependência econômica dos beneficiários em
relação ao segurado falecido. Dessa forma, a legislação previdenciária busca
estender essa proteção a cônjuges, companheiros, filhos e, em alguns casos, até
mesmo aos pais do segurado. Essa abrangência reflete a importância de abordar as
diferentes estruturas familiares e suas respectivas necessidades, garantindo que o
benefício cumpra seu propósito de maneira eficaz.
Além disso, é válido ressaltar que a pensão por morte deve ser pensada não
apenas como uma solução de curto prazo, mas como parte de uma abordagem mais
ampla para promover a inclusão social e a redução das desigualdades. Programas
educacionais, capacitação profissional e acesso a oportunidades de trabalho são
igualmente cruciais para empoderar as famílias hipossuficientes, permitindo que se
tornem mais autônomas e menos dependentes de benefícios previdenciários.
Nesse viés, o presente estudo tem como problema o seguinte questionamento:
Como ocorreu as mudanças na pensão por morte após a Reforma da Previdência e
quais os impactos para as famílias hipossuficientes? Vale destacar que tal
problemática surge da ideia da necessidade de se discutir sobre a pensão por morte,
enquanto benefício previdenciário, na garantia de direitos e deveres constitucionais,
inerentes ao âmbito da Seguridade Social, em especial para os mais vulneráveis.
Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo geral analisar os
impactos das novas regras de pensão por morte nas famílias hipossuficientes.
Procura-se com isso desenvolver os seguintes objetivos específicos: analisar as
principais características da Pensão por Morte, identificando aspectos relevantes para
a compreensão do seu papel no amparo social; avaliar as mudanças introduzidas pela
Reforma da Previdência no sistema de benefícios, com foco específico na Pensão por
Morte; refletir sobre os impactos das alterações nas regras da Pensão por Morte em
famílias hipossuficientes.
Como enlace metodológico o presente estudo tem como metodologia o uso da
pesquisa bibliográfica, bem como da documental para a sua construção. Pretende-se
assim fazer uma análise do referencial teórico pautado na compreensão de autores
que já analisam a temática em questão, mas também partir de um aprofundamento
documental, com especial atenção para a Emenda Constitucional nº 103 de 2019.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O Quadro 01 mostra como tal mudança passou a ser experienciada nos moldes
da Reforma da Previdência em torno da pensão por morte. Essa alteração suscita
preocupações sobre o impacto a longo prazo para os dependentes, especialmente
aqueles que enfrentam desafios financeiros significativos ou dependem inteiramente
da pensão para sustentar suas necessidades básicas.
É importante observar que as novas regras também visam desencorajar
possíveis fraudes e irregularidades no sistema previdenciário, garantindo que o
benefício seja direcionado de forma justa e transparente para os beneficiários
legítimos. Como resultado, os critérios de comprovação de dependência e a
necessidade de documentação adequada foram fortalecidos, exigindo uma
verificação mais rigorosa e detalhada para garantir a legitimidade dos requerentes
(ESTEVAM et al, 2023).
Contudo, enquanto as novas regras buscam enfrentar desafios estruturais e
garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo, é essencial
considerar o impacto direto e imediato sobre os dependentes e suas condições de
vida. Muitos argumentam que a aplicação de critérios mais rígidos e a redução do
valor e do período de recebimento da pensão podem resultar em consequências
adversas para os beneficiários, exacerbando a vulnerabilidade socioeconômica e
limitando o acesso a recursos essenciais (TEIXEIRA, 2019).
Além disso, as novas regras podem afetar desproporcionalmente certos grupos
da sociedade, como viúvos ou viúvas em situações de maior vulnerabilidade, famílias
de baixa renda e indivíduos em áreas geograficamente desfavorecidas. Portanto, é
crucial que o governo e as autoridades competentes implementem medidas
complementares para mitigar os potenciais impactos negativos e garantir que aqueles
que dependem da pensão por morte recebam o apoio necessário para garantir sua
subsistência e bem-estar (PINTO, 2019).
Em síntese, as novas regras sobre a pensão por morte refletem a necessidade
de equilibrar interesses e demandas complexas no âmbito da previdência social.
Enquanto a sustentabilidade do sistema previdenciário é essencial para garantir a
estabilidade econômica a longo prazo, é igualmente crucial proteger e apoiar os
dependentes que dependem desse benefício como fonte de sustento. Assim, o
equilíbrio entre a viabilidade financeira e a proteção social eficaz deve ser o cerne das
discussões em torno dessas novas regras, visando garantir a justiça e a equidade
para todos os beneficiários envolvidos.
Não foi tipificado um prazo certo para requerer a pensão por morte, mas sabe-
se que quanto antes haver essa solicitação menos demorado será obter o valor, junto
aos retroativos.
Outra informação relevante seria o prazo no caso de dependentes menores de
16 anos ou incapazes, o prazo para pedir a pensão por morte é de até três anos após
o falecimento do segurado ou servidor público. Mesmo que esse mesmo prazo tenha
expirado, o dependente ainda sim poderá ingressar no âmbito do poder judiciário para
obter o benefício (BRASIL, 2019).
A pensão por morte, portanto, uma proteção aos familiares do segurado que
sofrem com a redução econômica diante do evento morte de seu ente falecido. Trata-
se, de um direito fundamental, que garantirá a sobrevivência e ao mínimo existencial
naquela realidade familiar.
2.4 Reflexos das mudanças nas regras da pensão por morte nas famílias
hipossuficientes
Assim, nota-se que os benefícios previdenciários devem ser vistos como uma
mola propulsora para que se tenha a integralidade dos direitos perpetrados na
Constituição Federal, em especial na assistência aos grupos mais vulneráveis e
hipossuficientes. Deve-se destacar que o princípio do in dubio pro misero, por mais
que pouco conhecido na teoria, possui uma efetividade prática singular, devendo ser
alcançado por aqueles que buscam pela melhoria da qualidade de vida, mesmo com
a escassez de recursos financeiro-econômico suficientes.
Por sua vez, Mendonça et al (2022, p. 11) deliberam que:
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARROS, Leandro. Pensão por morte e a EC 103 de 2019. 2020. Disponível em:
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/pensao-por-morte-e-a-ec-103-de-
2019/1189708350. Acesso em: 14/10/2023.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social. São Paulo: Atlas, 2004.
MENDES, Mauricio Matos. A pensão por morte no regime geral da previdência social
e a necessidade de adequação à Constituição. Juris Plenum: trabalhista e
previdenciária. v. 4, n. 20, p. 27–39, out., 2008.
Nota:
Após rigorosa análise do TCC, (_X_) autorizo (___) não autorizo o(s) acadêmico (s):
Miguel Angelo Ruschel Neto, Najra Rayanne dos Santos Oliveira Bezerra e Natália
Carneiro Lyra, a entrega definitiva do Trabalho de Conclusão do Curso, da Especialização
em Advocacia Previdenciária e Trabalhista, que tem como título: AS NOVAS REGRAS
DE PENSÃO POR MORTE E O REFLEXO NA GARANTIA DA ASSISTÊNCIA
FINANCEIRA DE FAMÍLIAS HIPOSSUFICIENTES
Obs.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Data : __24__/_11___/_2023____
Professor Orientador
Assinatura: