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Faculdade de Direito
BRASÍLIA
2012
Universidade de Brasília – UnB
Faculdade de Direito
BRASÍLIA
2012
Luisa de Marilac Silva Cordeiro Almeida
______________________________________________
Prof. Dr. Mamede Said Maia Filho (Orientador)
Universidade de Brasília - UnB
______________________________________________
Prof. Dr. Argemiro Cardoso Moreira Martins (Examinador)
Universidade de Brasília - UnB
______________________________________________
Prof. Dr. Vallisney de Souza Oliveira (Examinador)
Universidade de Brasília - UnB
Ao meu primeiro e único Amor, por
todo apoio e companheirismo, e à
minha família pelo amor ensinado e
dedicado.
AGRADECIMENTOS
PALAVRAS-CHAVES:
Regime Geral de Previdência Social; Pensão por Morte; Dependente Maior
Inválido; Princípio da Legalidade; Dignidade da Pessoa Humana.
ABSTRACT
This work presents a study about children and over 18 disabled brothers
who are dependent of benefits payed by Brazilian Previdência Social,
specifically the pension due to death under the general social welfare
policy. Here we discuss the historical evolution of these social allowances
and how they took place in the last Brazilian Constitution as one of
prescribed social security rights. We also talk about the recent
modifications brought by the Brazilian Federal Laws Decreto 6.939/2009
and Decreto 3.048/1999 and their relation with the rules prescribed by the
Law 8.213/1991 what has been weakening acquired social rights
protection mechanisms and contradicts constitutional principles.
Sumário
Introdução ........................................................................................................................10
1. Do Benefício da Pensão por Morte .............................................................................14
2. A Condição do Dependente Maior Inválido ................................................................17
3. Princípios Constitucionais ..........................................................................................21
3.1. Do princípio da legalidade........................................................................................21
3.2. Do Poder Regulamentar............................................................................................24
3.3. Do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana ........................................................26
3.4. Do Princípio da Igualdade ........................................................................................30
3.5. Do Postulado da Razoabilidade ................................................................................32
4. Da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo – Da Lei nº 7.853/89 .....................................................................................34
Considerações finais .......................................................................................................45
Referências Bibliográficas ...............................................................................................47
10
Introdução
2 MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional. 4 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 189.
13
3. Princípios Constitucionais
campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador
público só pode atuar onde a lei autoriza”.3
O princípio da legalidade, no âmbito das relações entre os
particulares, também é denominado de princípio da autonomia da
vontade, pois, a liberdade para que os indivíduos ajam da maneira que
lhes aprouver está assegurada, com exceção se houver uma proibição
legal.
Já no que diz respeito à Administração, tal princípio tem um
outro enfoque diferenciado. Essa situação está prevista expressamente no
caput do artigo 37 da Constituição Federal, e estabelece que a
Administração Pública somente poderá agir se houver uma norma legal
autorizadora.
Nos ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, o
princípio da legalidade “é o da completa submissão da Administração às
leis. Esta deve tão somente obedecê-las, cumpri-las, pô-las em prática.
Dai que a atividade de todos os seus agentes, desde o que lhe ocupa a
cúspide, isto é, o Presidente da República, até o mais modesto dos
servidores,”.4
A primeira impressão que podemos ter é a de engessamento
da atividade administrativa, porque existe a necessidade de autorização
legal para atuação da Administração. Todavia, não é esse o objetivo
pretendido do respectivo princípio. Na realidade, como assinala Maria
Sylvia Zanella di Pietro:
3 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36 ed., São Paulo: Saraiva, 2010, p. 83.
4 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26 ed., São Paulo: Malheiros Editores,
2009, p. 101.
23
5 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21 ed., São Paulo: Atlas, 2008, p. 67.
24
dado origem.
Nessa situação, não importa o processo ou o órgão de sua
criação, porém, o seu conteúdo, que deve ser normativo. O sentido
material irá abranger tanto as leis em sentido formal como quaisquer atos
normativos com caráter geral e abstrato, independente de sua origem.
É importante salientar que a atividade administrativa não
pode ser contra legem nem praeter legem, mas apenas secundum legem,
pois os atos eventualmente praticados em desobediência a tais
paradigmas serão considerados nulos podendo ter sua invalidade
decretada pela própria autoridade administrativa que o tenha editado ou
pelo Poder Judiciário.
tal conceito abarca, pelo menos, renda mínima, saúde básica e educação
fundamental.
Fala-se também sobre um elemento instrumental e
indispensável para a concretização e efetivação dos direitos que é o
acesso à justiça.
Portanto, quando a Constituição proclama como objetivos da
República, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a
redução da pobreza e da marginalização, a promoção do bem estar de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação, está a buscar a efetividade do princípio
da dignidade humana.
E são tais princípios que também informam o direito da
família, se mostrando de especial relevância destacar o princípio da
solidariedade familiar, que é “revelado incisivamente no dever imposto à
sociedade, ao Estado e à família (como entidade e na pessoa de cada
membro) de proteção do grupo familiar (CF, art. 226)”8.
A solidariedade se apresenta, então, como o princípio
nuclear do direito a alimentos entre parentes, cônjuges ou companheiros,
direito este que, tamanha a sua importância, tem o seu descumprimento
punido até mesmo com a prisão civil.
Portanto, a obrigação alimentícia, que tem por objetivo
maior a preservação da vida, está legitimamente alicerçada no vínculo de
solidariedade e de afetividade manifestada no seio da família, esta mesma
família que recebe a proteção especial do nosso ordenamento, nos exatos
termos do art. 226 da Constituição Federal.
Preciosa é a consideração de Carlos Alberto Bittar, acerca do
direito a alimentos:
8 LÔBO, Paulo. Direito Civil – Família. 3 ed., São Paulo: Saraiva, 2010, p. 56.
28
9 BITTAR, Carlos Alberto, Direito de Família. 2 ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, p. 252.
29
10 BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e Aplicação da Constituição. 7 ed., São Paulo: Saraiva, 2009,
p. 140.
30
11 COMPARATO, Fábio Konder. Direito público: estudos e pareceres. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 59.
12 FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais. 2 ed., São Paulo: Saraiva, 1998, p.
80.
31
16 PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional, 11 ed., São Paulo: Saraiva,
2010, pág. 163.
36
17 Flávia Piovesan - Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 11 ed., São Paulo: Saraiva,
2009, p. 85.
40
18
da prestação processual”.
18 BONAVIDES, Paulo, Curso de Direito Constitucional. 12 ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2002, p. 549.
19 Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), art. 29, alínea d.
41
20 MARMELSTEIN, George Marmelstein. Curso de Direitos Fundamentais, São Paulo: Atlas, 2008, p. 166. Corte
Interamericana de Direitos Humanos, Caso Velásquez Rodríguez, Sentença de 29 de julho de 1988, Série C
nº 49.
42
8.213/91.
Artigo 3
Obrigação de não discriminação
Os Estados Partes neste Protocolo comprometem-se a garantir o
exercício dos direitos nele enunciados, sem discriminação alguma
por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou
de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição
45
Considerações finais
Referências Bibliográficas
BITTAR, Carlos Alberto. Direito de Família. 2 ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2006.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12 ed. - São Paulo: Malheiros, 2002.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 20 ed. – Rio de de
Janeiro Lumen Juris. 2008.
COMPARATO, Fábio Konder. Direito Público – estudos e pareceres. São Paulo: Saraiva,
1996.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21 ed. – São Paulo: Atlas, 2008.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. 2 ed. - São Paulo:
Saraiva, 1999.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais, 2 ed., São Paulo:
Saraiva, 1998.
LÔBO, Paulo. Direito Civil – Família. 3 ed. - São Paulo: Saraiva, 2010.
MARMELSTEIN, George. Curso de Direitos Fundamentais. 1 ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36. Ed. – São Paulo: Malheiros,
2010.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26 ed. – São Paulo:
Malheiros Editores, 2009.
MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet .
Curso de Direito Constitucional. 4ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2009.
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