Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Citometria de fluxo: 8 passos essenciais para você criar seu painel multicolor
E-mail da Autora: barbaradurocher@ymail.com
---------------------------------------------------------------------------------
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 2
Sumário
1. Introdução
2. Passo 1 – Conheça o sistema ótico do seu equipamento
3. Passo 2 – Conheça a biologia das suas células/partículas de interesse
4. Passo 3 – Conheça seus antígenos de interesse
5. Passo 4 – Conheça os fluorocromos dos seus anticorpos
6. Passo 5 – Desenhe seu painel
7. Passo 6 – Use marcadores de viabilidade
8. Passo 7 – Faça sempre a titulação dos seus anticorpos. Faça o voltration
caso seu painel seja muito grande!
9. Passo 8 – Controles são essenciais! Faça-os!
10. Considerações finais
11. Referências bibliográficas
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 3
Introdução
Neste Pocket Book você encontrará os 8 passos essenciais para criar seu
painel multicolor em citometria de fluxo. Imprima-o no modo retrato (quatro
páginas por folha) e deixe-o sempre a mãos para se lembrar de checar estas
8 etapas!
Como é um Pocket Book nossa ideia é apenas pontuar as etapas, assim,
desejando um conhecimento mais detalhado recomendamos que você faça
nosso curso completo de citometria de fluxo básica! E não esqueça de nos
seguir nas redes sociais (@explorecytometry)!
Seja bem-vindo ao mundo da Explore Cytometry!!!
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 4
Tabela 1 - Configuração real de um FACSCelesta da marca BD. Obs: Note que filtros
próximos ou iguais estão com as mesmas cores. Ex: Rosa fúcsia para filtros 780/60 e
verde para os filtros 525/50 e 530/30.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 5
Passo 2 – Conheça a biologia das suas células/partículas de interesse
Um passo importante para uma citometria de sucesso é fazer uma análise da
biologia das suas células/partículas de interesse e quais os possíveis impactos
disso no protocolo de marcação. Por exemplo:
2.2 Sobre a localização do seu antígeno alvo: Ele está localizado na membrana,
no citoplasma ou no núcleo? Lembre-se que cada localização definirá o tipo
de protocolo de marcação. Marcações de membrana requerem protocolos
rápidos e com pouca manipulação. Marcações intracelulares requerem
protocolos mais demorados que podem ter diferentes níveis de
permeabilização, dependendo do antígeno de interesse (citoplasmático ou
nuclear).
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 6
Passo 3 – Conheça seus antígenos de interesse
Não esqueça de analisar os antígenos de seu interesse quanto ao tipo de
expressão (Figura 1), densidade (Tabela 2) e coexpressão.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 7
3.2 Densidade: Qual a densidade do antígeno na célula/partícula de interesse?
Saber essa informação pode te ajudar muito na hora de montar o painel pois
antígenos pouco expressos ou desconhecidos devem preferencialmente
serem usados com anticorpos acoplados a fluorocromos muito brilhantes
enquanto antígenos muito expressos podem ser usados com anticorpos
acoplados a fluorocromos pouco brilhantes. Segue abaixo uma tabela com
alguns dos antígenos mais utilizados em citometria de fluxo para guiá-lo neste
assunto (Tabela 2).
Adaptada do Site da BD
Figura 1 – Classificação dos antígenos quanto à sua expressão. Os antígenos podem
ser classificados como primário, secundário e terciário quanto ao tipo de expressão.
Antígenos primários: Frequentemente classificados como positivos ou negativos.
Antígenos secundários: Frequentemente expressos em densidade alta ou moderada e
com expressão gradual (over a continuum). Antígenos terciários: Frequentemente
expressos em baixa densidade, de expressão desconhecida ou crítico para sua análise.
Da esquerda para a direita temos histogramas representativos de antígenos primários
(Ex. CD4), antígenos secundários (Ex. CD45RA) e antígenos terciários (Ex. CD25).
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 8
Tabela 2 – Densidade celular de alguns antígenos. Tabela sumarizando a densidade de
alguns dos antígenos mais utilizados em citometria de fluxo de acordo com o subtipo
celular onde o antígeno é expresso. Obs: Note que um mesmo antígeno pode ter sua
densidade variada de acordo com o tipo de célula. Fonte: Site da Bio-Rad e da BD.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 9
3.3 Coexpressão: Seus antígenos são coexpressos, como por exemplo CD3
e CD4 ou CD3 e CD8 (no caso de linfócitos T)? Isso será importante na hora
de desenhar o seu painel. Fiquem atentos!
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 10
Tabela 3 – Intensidade de brilho de alguns fluorocromos de acordo com os lasers que
os excitam. Obs: Note que a intensidade do amarelo está de acordo com a intensidade
de brilho da coluna correspondente.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 11
4.2.1 Detectores adjacentes
Exemplo hipotético: Fluorescência do FITC (filtro 530/30) entrando no
detector do PE (filtro 575/25).
4.2.2 Fluorescência residual do fluorocromo base (no caso dos tandem dyes)
Exemplo hipotético: Fluorescência do APC-Cy7 entrando no detector do APC
(neste caso APC é o fluorocromo base do tandem APC-Cy7).
4.3.1 Fotobranqueamento
Fotobranqueamento (do inglês “photobleaching”) é uma alteração fotoquímica
no fluorocromo que resulta na perda da sua capacidade de fluorescer de forma
permanente.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 12
4.3.2 Degradação de tandem-dyes
É a dissociação da ligação entre o fluorocromo doador (base) e o fluorocromo
aceptor, fazendo com que o fluorocromo comece a ser detectado no canal do
corante base. Ex: APC-Cy degrada em APC e Cy. O anticorpo, por estar ligado
ao APC, começará a ser detectado no canal do APC e não mais no canal do
APC-Cy7.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 13
Adaptada do Technical note – Beckman Coulter
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 14
5.2 Quanto ao passo “4.2 Sobreposição de espectros”, atente-se para:
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 15
Adaptada do Technical note – Beckman Coulter
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 18
5.2.5 Threshold positivo
Uma sobreposição de espectros em antígenos coexpressos é possível se você
estiver tentando identificar somente células altamente brilhantes ou tentando
discriminar entre uma expressão altamente brilhante versus pouco brilhante
(Figura 6). Uma sobreposição de espectros não é tolerável se você deseja
discriminar entre população negativas versus pouco brilhante, já que esta
sobreposição de espectros irá mascarar seu dado levando a conclusões
erradas.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 19
Passo 6 – Use marcadores de viabilidade
O uso de marcadores de viabilidade é essencial para uma boa análise em
citometria de fluxo pois a não remoção de células mortas resulta em
resultados não confiáveis, duvidosos e de baixa acurácia (Figura 7). Isso corre
ao menos por conta de dois motivos: 1. Células mortas irão se ligar a
anticorpos e sondas de forma inespecífica e 2. Células mortas podem ser
tornar mais autofluorescentes. Além disso, células mortas liberaram DNA que
causa “grumos celulares” comprometendo a eficiência da técnica (lembre-se
que citometria é uma técnica de single cell!!!)
Figura 7 – Dot plots representativos de CD4 x CD8 excluindo ou não células mortas na
estratégia de análise. Obs: Note que no dotplot da direita aparece uma população
CD8+(dim) CD4- (dentro de Q1) que não aparece ao se remover células mortas. Os
percentuais das regiões Q1-Q4 também ficam alterados.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 20
Passo 7 – Faça sempre a titulação dos seus anticorpos. Faça o voltration caso
seu painel seja muito grande!
A titulação dos anticorpos é uma das etapas mais importantes ao se montar
um painel multicolor mas, infelizmente, pouquíssimas pessoas fazem. A
recomendação é que seus anticorpos sejam usados sempre na concentração
ideal encontrada na titulação. Já para o voltration não existe uma
recomendação oficial de quando fazê-lo, mas costuma-se fazer em citômetros
capazes de detectar acima de 16 cores.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 21
7.2 Como titular? Para titular basta fixar número de células, volume da
marcação, tempo de marcação e temperatura da incubação (devem ser iguais
ao seu protocolo experimental) e variar somente a concentração do anticorpo
por diluição SERIADA (Figura 8). Eu costumo fazer de 1:12,5 até 1:3200.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 22
7.3 Como analisar a titulação?
1°. Análise “visual”. Plotar os gráficos e estimar visualmente a melhor
separação entre os picos negativo e positivo. Aqui você já consegue excluir
algumas concentrações muito baixas ou muito concentradas (Figura 9).
2°. Calcular o staining index e gerar o gráfico. Existem ao menos três formas
de se calcular o SI: Staining index, separation index ou Fold Over Background.
Todas muito parecidas. Por aqui uso o Staining index (Figura 10).
3°. Escolher a melhor concentração. Para tal você deverá levar em conta:
1. A curva de SI;
2. O percentual de células positivas e negativas;
3. A distância entre a população negativa e positiva e
4. O quanto a fluorescência do anticorpo está entrando nos outros canais do
equipamento!
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 23
A
Figura 9 – Cálculos para análise da titulação. A. Após aquisição das amostras, analise
seus dados seguindo uma ordem de gates lógica, como a sugerida aqui. B. Após
análise, plot os dados de forma a obter seu gráfico de Staining index. Obs: Note que
concentrações altas de anticorpo não são necessariamente as melhores.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 24
7.4 O que é voltration, como fazê-lo e porque fazê-lo? Pouquíssimo conhecido
no Brasil, o Voltration está começando a ser discutido e executado por aqui
bem recentemente. Essencialmente é como se fosse uma “titulação” da
voltagem dos detectores do citômetro! Você primeiro irá adquirir sua amostra
em 250 volts (para todos os detectores de fluorescência). Depois irá adquirir
a mesma amostra com 300 volts, depois com 350 volts e assim por diante,
sempre aumentando a voltagem em 50 volts (Figura 10). Alguns protocolos
pedem para aumentar a voltagem de 30 em 30 unidades. O objetivo é
encontrar a melhor voltagem que resulta na melhor diferença (separação)
entre as populações negativas e positivas. Esse valor é encontrado após você
aplicar a fórmula de cálculo do Staining Index (SI). No gráfico representativo
pode-se observar, sem fazer uso do cálculo do SI, que com baixas voltagens
o SI é bem ruim, baixo. Com altas voltagens você não só extrapola o limite de
detecção do citômetro como também começa a ter um espalhamento da sua
população negativa (do inglês “spread”). Já em voltagens mediadas, podemos
dizer que o SI foi otimizado, pois estes valores permitem uma melhor
visualização das duas populações (mas para saber o valor preciso da voltagem
mais otimizada, só utilizando a fórmula de cálculo de SI mesmo).
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 25
Considerações:
1. Para fazer a voltration deve-se utilizar o mesmo anticorpo, do mesmo
clone, para todos os detectores de fluorescência do seu equipamento.
Em geral utilizamos o CD4 do clone RM4-5, GK1.5 para células de
camundongo e o CD4 do clone SK3 (Leu3a) para células humanas.
2. Este anticorpo deve ser titulado antes de ser usado para fazer a
voltration.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 26
Passo 8 – Controles são essenciais! Faça-os!
Os controles em citometria de fluxo são fundamentais para evitarmos ao
máximo a subjetividade do usuário levando a resultados mais confiáveis,
reprodutíveis e consistentes. Afinal, nada mais frustrante do que ter que
descartar um experimento inteiro por ter percebido que esqueceu de fazer
algum controle e isso gerou uma insegurança na hora de desenhar os gates
e fazer a análise. Em suma, os controles são indispensáveis para uma análise
com maior qualidade, salvando seu tempo e dinheiro e te fornecendo aquela
paz de espírito para você analisar com segurança seus dados. Basicamente
temos 3 tipos de controles em citometria de fluxo: Controle de ajuste do
equipamento, Controles de compensação e Controles negativos: De marcação
inespecífica, spillover & spread e controles biológicos.
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 27
8.2 Controles de compensação: São experimento específicos, servem para
determinar a sobreposição de espectros entre os fluorocromos e são usados
a cada experimento, reproduzindo a combinação específica de fluorocromos
do experimento. Exemplo: Imagine que seu painel de citometria seja este:
Viabilidade BV786, Ter-119 APC-Cy7, CD45 PE-Cy7, CD19 APC, CD3 PerCP,
CD4 BB515 e CD8 BV510.
Então, seus controles de compensação serão:
1. Células não marcadas,
2. Células marcadas somente com corante de viabilidade,
3. Células marcadas somente com Ter-119,
4. Células marcadas somente com CD45,
5. Células marcadas somente com CD19,
6. Células marcadas somente com CD3,
7. Células marcadas somente com CD4 e
8. Células marcadas somente com CD8.
O que sempre me perguntam é: Mas posso compensar com beads? Pode,
mas compensar com suas células é sempre a melhor opção pois elas
possuem a mesma autofluorescência do seu experimento; irão marcar os
antígenos na mesma intensidade do seu experimento; são de fato necessárias
no caso de utilização de corantes fluorescentes (como PI, 7AAD e FVS) e são
a opção mais barata! As desvantagens de se compensar com células são: A
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 28
quantidade de amostra necessária costuma ser grande e a dependência da
densidade dos antígenos nas células, já que antígenos de baixa expressão são
ruins para compensar. Nestes casos usar as beads é uma ótima opção! Então,
por aqui, costumo usá-las somente para substituir células no caso de
fluorocromos em tandem cuja marcação do anticorpo seja sabidamente muito
fraca na minha população de estudo como, por exemplo, FoxP3 PE-Cy7 e
IL17 APC-H7 (proteínas pouco expressa na minha amostra, como citocinas e
fatores de transcrição, associadas a tandem dye).
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 29
possíveis ligações inespecíficas podemos usar o controle isotípico (embora
este controle esteja cada dia sendo menos usado).
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 30
neste canal “vazio”, você terá uma ideia do quanto os outros fluorocromos do
seu mix estão sendo detectados neste canal, mesmo após a compensação
(Figura 11).
A Tubos FMO
Antígeno
APC-Cy7 PE-Cy7 APC PerCP BB515 BV510
Ter-119 APC-Cy7 FMO CD45 CD19 CD3 CD4 CD8
CD45 PE-Cy7 FMO Ter-119 CD19 CD3 CD4 CD8
CD19 APC FMO Ter-119 CD45 CD3 CD4 CD8
CD3 PerCP FMO Ter-119 CD45 CD19 CD4 CD8
CD4 BB515 FMO Ter-119 CD45 CD19 CD3 CD8
CD8 BV510 FMO Ter-119 CD45 CD19 CD3 CD4
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 32
Considerações finais
Costumo brincar que gastamos uns 15 dias para setar um western blotting,
certo? Mas muitos alunos (talvez por desconhecerem completamente
a técnica de citometria de fluxo) querem fazer um experimento de citometria
de fluxo de 12 cores em uma semana. Infelizmente não dá! Assim como em
qualquer técnica, precisamos nos dedicar um tempo importante para setar a
técnica e, no caso da citometria de fluxo, a etapa de desenho do painel talvez
seja a mais crítica e delicada, especialmente conforme o número de cores do
seu painel vai aumentado. Assim, minha sugestão é que você sempre siga
esta ordem:
1. Desenhe o painel, seguindo ao máximo as regras deste Pocket Book,
2. Titule os anticorpos do seu painel,
3. Teste seu painel com as concentrações encontradas na titulação,
4. Se o painel ficou bom, faça o seu experimento. Se o painel não ficou
bom, faça uma otimização dele (que pode ser alterando a concentração
de um ou outro anticorpo ou eventualmente trocando algum anticorpo).
Esta terceira etapa (testar seu painel) é fundamental pois por conta do efeito
de sobreposição de espectros um ou mais anticorpos podem acabar sendo
detectados em algum grau em outros canais, comprometendo a resolução dos
seus dados e, consequentemente, diminuindo a qualidade dos seus
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 33
resultados. Portanto, jamais pule a etapa 3 e vá direto para a etapa 4.
Certifique-se antes de que o painel esteja funcionando bem.
No mais, espero que este Pocket Book possa guiá-lo nesta exploração do
maravilhoso mundo da citometria de fluxo. Foi um prazer enorme, enorme
mesmo, escrever este Pocket Book e desejando um conhecimento mais
aprofundado faça nosso curso completo de citometria de fluxo básica! E não
esqueça de nos seguir nas redes sociais (@explorecytometry)!
Seja bem-vindo ao mundo da Explore Cytometry!!!
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 34
Referências bibliográficas
1. Andrea Cossarizza et al. DOI: 10.1002/eji.202170126 Eur. J. Immunol. 2021. 51:
2708–3145. Guidelines for the use of flow cytometry and cell sorting in
immunological studies (Third edition).
2. Andrea Cossarizza et al. DOI: 10.1002/eji.201646632 Eur. J. Immunol. 2017. 47:
1584–1797. Guidelines for the use of flow cytometry and cell sorting in
immunological studies.
3. Teresa S. Hawley & Robert G. Hawley. Book: Flow Cytometry Protocols, Fourth
edition, 2018. Chapter 8, Multiparameter Conventional Flow Cytometry.
4. Flow Cytometry Basics Guide: Practical Advice to Get You Started in Flow. BIO-
RAD.
5. Technical note: Seven Tips for Achieving the Perfect Panel for Multicolor Flow
Cytometry. Beckman Coulter Life Science.
6. Technical note: BD Biosciences Relative Fluorochrome Brightness. BD.
7. Site Bio-Rad - Flow Cytometry Explained: https://www.bio-rad-
antibodies.com/flow-cytometry-explained.html
8. Site Bio-Rad - Think Flow Cytometry: https://www.bio-rad-antibodies.com/flow-
cytometry.html
9. Site BD - Define markers and rank them depending on antigen density:
https://eu.bd.com/panel-design/en/flow-cytometry-markers-antigen-density
10. Site Cheeky Scientist - 4 Steps To Validate Flow Cytometry Antibodies And
Improve Reproducibility: https://expert.cheekyscientist.com/4-steps-to-validate-
flow-cytometry-antibodies-and-improve-reproducibility/
11. Site Bite Size Bio - Importance of Antibody Titration in Flow cytometry:
https://bitesizebio.com/22374/importance-of-antibody-titration-in-flow-
cytometry/
12. Site The University of Chicago - Optimized Voltages on Benchtop Analyzers:
https://voices.uchicago.edu/ucflow/2019/10/18/optimized-voltages-on-
benchtop-analyzers/.
13. Site Bio-Rad - Fluorescence Minus One Controls: https://www.bio-rad-
antibodies.com/flow-cytometry-fmo-controls.html
Pocket Book: 8 passos essenciais para criar seu painel multicolor em citometria de fluxo | 35