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Williane Carla Lourinho Oliveira
Nutricionista pela Universidade da Amazônia – UNAMA – Belém/PA
INTRODUÇÃO ALIMENTAR
A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente
nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a
formação de hábitos e para a manutenção da saúde.
Depois do sexto mês de vida, o leite materno não é capaz de, sozinho, garantir
todos os nutrientes que o bebê precisa, especialmente o ferro, que pode causar
anemia na criança. Essa idade é a mais recomendada para introdução de novos
alimentos pois, antes dela, o sistema digestivo ainda não está preparado para digerir
outros alimentos, além do leite materno. É nessa idade, também, que o sistema
imunológico da criança estará mais forte para combater eventuais infecções ou
alergias decorrentes da introdução precoce de novos alimentos.
O leite materno deve ser mantido, pelo menos, durante os dois primeiros anos de
vida, segundo a OMS e, a partir dos seis meses, os novos alimentos devem ter uma
diversidade de cores, sabores, texturas e cheiros para serem apresentadas à
criança. Indica-se que no inicio a criança deverá receber a comida amassada com
garfo. Em seguida, deve-se evoluir para alimentos picados em pedaços pequenos,
raspados ou desfiados, para que a criança aprenda a mastigá-los. Também podem
ser oferecidos alimentos macios em pedaços grandes, para que ela pegue com a
mão e leve à boca. Quando já estiver um pouco maior, a criança pode comer a
comida da família, cortando-se os pedaços grandes, quando necessário. Não ofertar
preparações liquidificadas, no mixer ou peneiradas. Pois além de dificultar o
mecanismo da mastigação e dentição, também no futuro pode aumentar a não
aceitação dos sólidos.
Apesar de as frutas serem apropriadas para a introdução alimentar nos bebês, a
Sociedade Brasileira de Pediatria indica que os sucos devem ser inseridos só a
partir de um ano de idade. Isso porque, para prepará-los, a quantidade de frutas
utilizadas é grande, o que resulta em mais calorias, açúcar e frutose. Além disso, a
fibra que os nenéns precisam para o desenvolvimento não são absorvidas.
Refrigerantes, café, mel, leite de vaca ou derivados (como iogurte) e água de coco,
entre o primeiro e segundo ano, nem pensar!
Não existe apenas um método de introdução alimentar, que vai desde a tradicional
papinha até os que têm se tornado mais popular, como o BLW (ou baby-led
weaning), que significa desmame guiado pelo bebê. Essa prática consiste em deixar
que ele se alimente com pedaços de alimentos pequenos oferecidos pelo adulto e
escolha segundo seu próprio interesse.
A comida que gostamos e preferimos, geralmente, se refere aos hábitos que
adquirimos na infância. Por isso, as práticas alimentares familiares formam o paladar
que adotamos e seguimos na vida.
A criança que come alimentos saudáveis e adequados quando pequena tem mais
chances de se tornar uma pessoa adulta consciente e autônoma para fazer boas
escolhas alimentares.
REFERÊNCIAS