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CORRELAÇÃO,

COVARIÂNCIA, R² CPA-20

CORRELAÇÃO, COVARIÂNCIA, R²

Fala cabeção! Na aula de hoje falaremos sobre três coisas em uma explicação só, pois estão muito
relacionadas, são elas: Correlação, Covariância e R².
Vamos primeiro pensar no seguinte cenário:
Você sabe que a Bolsa de Valores está sempre oscilando, assim como o dólar, não é mesmo? Então
você tem uma grande variância em cada uma delas, não é? Será então que existe alguma entre
essas variâncias? Isso mesmo, existe!

Sendo assim, quando eu faço uma comparação tentando mensurar qual é o impacto de uma
variância A com a outra B, estou correlacionando as mesmas.

A covariância é uma medida que avalia como as variáveis A e B se


interrelacionam, ou seja, como B varia em relação a uma determinada
variação de A.
DICA!

Essa relação faz com que existam 3 resultados possíveis: variância positiva, variância negativa e
variância neutra.

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• Quando A x B for:

• Por que isso é importante?


Você lembra que a importância de diversificar uma carteira de investimentos está na necessidade
de minimizar os riscos ao investir e garantir uma rentabilidade acima da média do mercado, não
lembra? Então, agora imagina investir em ativos que estão correlacionados positivamente, ou seja,
que sempre variam para o mesmo sentido, isso acarreta pouca diversificação, gerando maiores
riscos para o investidor. Sendo assim, o ideal é investir em ativos que tenham uma correlação/
covariância negativa, ou seja, sentidos opostos.
• Covariância x Correlação:
Já sabemos que a covariância é o cálculo estatístico que torna possível a comparação de dois
ativos podendo ter como resultado quaisquer número. Contudo, precisamos entender os ativos
além dos sinais (positivo, negativo) e para isso existe a correlação que vai oscilar de -1 até +1,
impreterivelmente. Quanto mais próximo de -1, mais perto do ideal de diversificação está uma
carteira.

Resultado: Correlação = -1
• Se você tem metade dos seus ativos em cada uma dessas ações, você passará a ter uma
rentabilidade fixa. E, apesar de não existir esse cenário, é necessário procurarmos sempre
chegar próximo à – 1.

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Mas aí você pode me perguntar: “Professor se um ativo sobe e o outro diminui, eu vou perder
dinheiro, não vou?” Não necessariamente, porque minha análise é apenas comparativa.

Variância ≠ Covariância
Variância gera desvio padrão;
COvariância gera COrrelação.
ATENÇÃO!

Ficou claro cabeção?


Então vamos falar agora de Coeficiente R², que é um coeficiente estatístico que fala do tamanho da
relação em percentual, ou seja, o quanto uma variável explica a outra.
Vamos a alguns exemplos práticos:
1. Fazendo a correlação do fundo A com o Ibovespa, o resultado foi + 0,8. Analisando-o, sabemos
que eles são positivos, ou seja, estão na mesma direção.
2. Em um segundo momento, vamos analisar e calcular o R², ou seja, o quanto o Ibovespa prevê o
resultado do meu fundo. Como? Com a fórmula a seguir:
R² = Cor²
R² = (0,8)² = 0,64
ou seja, 64%
• E agora, o que isso significa?
Nesse exemplo significa que o Ibovespa explica as oscilações do meu fundo em 64%. Os outros 36%
podem ser resultantes de outras variáveis, como decisão do gestor, mudanças macroeconômicas,
entre outras.
Outro exemplo:
1. Correlação entre o fundo A e o dólar (PTAX) e o resultado foi -0,7. Isso significa que eles
caminham em direções opostas certo? E o quanto o dólar pode explicar o meu fundo?
R² = Cor²
R² = (-0,7)² = 0,49
ou seja, 49%
2. Resultado: o fundo A é explicado pela variação do dólar em 49%, ou seja, 49% do meu resultado
dependem do dólar.

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