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Os vícios de linguagem são defeitos, problemas que surgem no emprego da língua. Eles
se classificam de acordo com a parte da gramática que ferem com os erros.
Barbrismo
Grafia ou pronúncia de uma palavra em desacordo com a norma culta:
- grafia: previlégio (por privilégio); ítens (por itens); excessão (por exceção).
- pronúncia: RUbrica (por ruBRIca); PUdico (por puDIco); MISter (por misTER);
gratuIto (por graTUIto).
Solecismo
Desvio da norma em relação à sintaxe — regência, concordância, colocação:
• Fazem dois anos que não nos vemos. (por Faz dois anos.)
• João é o sentinela do quartel. (por João é a sentinela.)
• Eu simpatizo por você. (por Eu simpatizo com você.)
• Vamos no cinema. (por Vamos ao cinema.)
• Não deixe-me aqui. (por Não me deixe aqui.)
• Deixe eu ver. (por Deixe-me ver.)
Ambiguidade ou anfibologia
Emprego de frases ou expressões com duplo sentido.
O menino viu o incêndio da escola — O menino viu a escola incendiada, ou
estava na escola vendo um incêndio ao longe?
José disse a Pedro que encontrara seu pai na feira — Pai de quem, do Pedro ou
do José?
Pleonasmo vicioso
Repetição desnecessária de palavras ou expressões:
• Subir para cima.
• Quero ver isso com os meus olhos.
Eco
Repetição de um som numa sequência de palavras, tendo como foco a última sílaba das
palavras:
• O tenente ficou contente quando soube da nova iminente patente.
Colisão
Sequência de sons consonantais iguais, da qual resulta um efeito acústico desagradável.
• Se você se sair satisfatoriamente, seremos salvos.
Hiato
Acúmulo de vogais que produz um efeito acústico desagradável.
• Assava a asa da ave.
Coloquialismo Inadequado
O uso inadequado de expressões coloquiais em contextos formais pode comprometer a
seriedade do discurso.
• A festa foi massa, cara!
Cacofonia
Referente ao som desagradável ou palavra inconveniente ou obscena que resulta da
junção de vocábulos em uma frase.
• Não tenho pretensão acerca dela (Não tenho pretensão a ser cadela?)
Arcaísmo
Emprego de palavras ou expressões que já caíram em desuso.
• Vossa mercê vai trabalhar.
Neologismo
Criação desnecessária de palavras novas.
• É um filme de não ficção (realidade).
Estrangeirismo
Uso exagerado de palavras, expressões e construções estrangeiras, principalmente,
quando há outros termos correlatos.
• As atividades terão início com um breakfast (café da manhã).
A revista Superinteressante publicou, em 18 de março de 2022, por Alexandre
Carvalho, a matéria intitulada “O bem e o mal do estrangeirismo”. Escrevem: “Rooftop,
insight, approach… O Brasil parece cada vez mais inclinado a trocar seu vocabulário
todo por termos em inglês. Mas a adoção de palavras de origem estrangeira não tem
nada de nova: é tão antiga quanto a capacidade do Homo sapiens de falar, e fundamental
para a própria evolução das línguas. Só uma dica: use com moderação”. Leia mais em:
https://super.abril.com.br/sociedade/o-bem-e-o-mal-do-estrangeirismo
A influencer @aquarela.miranda (Miranda), atriz, roteirista e comediante, em
tom sarcástico e bem humorado, faz uso do estrangeirismo no Instagram. Caso tenha
oportunidade, explore seus vídeos e aprenda sobre esse vício de linguagem que invadiu
o Brasil. Veja este que ela fala sobre empresas na Black Friday:
https://www.instagram.com/reel/C0CLz2IL_Ec/?igsh=MXg1bDJrYjgwYXpzNA==
Enfim, é isso, né, tipo assim, vício de linguagem é uma parada que a gente tem que ficar
ligado, sabe? Porque pode atrapalhar a comunicação, né, entendeu?