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Tomemos como exemplo apenas os três primeiros destaques. A frase que muitos citam,
atribuindo os créditos a Maquiavel, mas que provavelmente foi feita por alguém que buscava
resumir as ideias do autor: “Os �ns justi�cam os meios”. Outro exemplo é a frase do poema
MUDE: “Mude. Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade”, que
geralmente é atribuída a Clarice Lispector, mas que possui registro o�cial na Fundação Biblioteca
Nacional do Ministério da Cultura, sendo de Edson Marques. Ainda o texto: “A mente que se abre
a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”, conferida a Albert Einstein, por sua
genialidade, mas advinda do médico americano Oliver Wendell Holmes.
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Não queremos, com esses exemplos, deixar entender que essas frases precisam parar de
ser citadas ou disseminadas. Podemos continuar admirando-as, desde que seu uso não tenha
�nalidade cientí�ca, ou seja, se para ser cientí�co, o objeto precisa ser comprovado, somente
podemos colocar algo, em nosso texto, que permita ao nosso leitor ter acesso à fonte verdadeira.
Caso contrário, estamos comprometendo a essência desse gênero textual.
Esse deve ser o comportamento geral entre os cientistas, pois enquanto outros procedi-
mentos são especí�cos de cada área do conhecimento, a comunicação cientí�ca tem a mesma
importância para todas as áreas, conforme já apontaram Vans e Caregnato (2003). As autoras
salientam que o termo literatura cientí�ca se refere à existência de publicações que contêm a
documentação dos trabalhos produzidos pelos cientistas. Esse acesso ao conhecimento já regis-
trado faz referência às ideias e resultados de pesquisas de autores anteriores, gerando uma lista de
referências bibliográ�cas a serem consultadas. Embora, formalmente haja um reconhecimento
de que as citações indicam a atividade cientí�ca, ainda é subjetivo o comportamento dos pesqui-
sadores ao realizarem o processo.
Desse modo, o mínimo que se espera de cada um desses disseminadores do conhecimen-
to é o aprendizado das normas que regem o procedimento e a honestidade e �delidade em sua
disseminação.
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Na opinião de Carvalho (1975, p.119), não se pode esperar que todos os autores sejam
cuidadosos, objetivos e conscientes no momento de mencionar suas fontes de consulta. Alguns
pecam por excesso, outros por omissão. No entanto, algumas omissões podem seriamente preju-
dicar nosso trabalho como um todo. Neste caso, por exemplo, das citações diretas, não podemos
esquecer, de forma alguma, de inserir o sobrenome do autor, o ano e a página. Essa referência no
corpo do texto obrigatoriamente deve ser realizada, sob pena de os trechos serem considerados
plágio, demonstrando assim a credibilidade da pesquisa realizada, seguindo as regras da ABNT,
o que discutiremos mais a diante.
A Citação indireta, por sua vez, consiste na transcrição não literal do que diz o autor, feita
a partir da interpretação de um texto consultado, do qual se quer retirar uma parte importante,
fazendo um resumo com as próprias palavras (paráfrase), mas, não deixando de respeitar a ideia
do autor. Nesse caso, não se utilizamos aspas, nem fazemos menção à página. Tomemos como
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Esse sistema, da escolha e escrita das citações é denominado sistema Autor- data, que
conforme NBR 10520/2002 da ABNT, ocorre no corpo do texto, indicando a fonte pelo sobreno-
me do autor em caixa alta e baixa, seguida da data de publicação do documento entre parênteses.
As citações devem ser feitas através do sistema autor-data, em que se deve colocar o sobrenome
do autor ou da instituição responsável ou título de entrada, seguido da data de publicação do do-
cumento, separado por vírgula. Caso indique apenas um trecho da obra, depois do ano coloca-se
a vírgula, a abreviatura de página (p.) e �nalmente o número da página. Exemplos: (IBGE, 2008)
ou (SILVA, 2008, p. 22). Citação no corpo do texto: Severino (2007, p. 174) expõe que as citações
são os elementos retirados dos documentos pesquisados...Indicação de autor dentro de parênte-
ses: As citações são os elementos retirados dos documentos pesquisados... (SEVERINO, 2007, p.
174).
Nem sempre, a obra citada, foi escrita por apenas um autor. Assim, caso sejam até três
autores, eles devem ser separados por ponto e vírgula. Ex: (SILVA; CHAUÍ; VARGAS, 2000).
Caso a citação seja de uma obra de mais de três autores, / indicando todos os outros que
não aparecem: (SOBREIRA et al., 1996, p.30). Caso queiramos citar várias obras de um mes-
mo autor publicadas no mesmo ano, a diferenciação far-se-á por letras (CHAUI, 2001a, p.35),
(CHAUI, 2001b, p.60), (CHAUI, 2001c, p. 550).
Há, ainda, a probabilidade de citarmos vários autores, que tiveram o mesmo pensamento,
por nós citado. Nesse caso, todos devem aparecer, em ordem alfabética. Ex (ALMEIDA, 2007;
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http://guiadamonografia.com.br/referencial-teorico-9-erros-perigosos/#_
Toc483836407
COESÃO E COERÊNCIA
Quando falamos em coesão textual entendemos a respeito dos mecanismos que nossa
língua possui para “ligar”, relacionar as palavras, frases ou parágrafos de um texto, garantindo
organização e continuidade. Esses elementos podem indicar
• Causa e consequência: porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por
motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, etc.
• Finalidade: a �m de, a �m de que, com intuito de, para, para a, tanto quanto, tanto mais,
a menos que, etc.
• Proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a
menos que, etc.
• Tempo: em pouco tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, em vista disso, etc.
• Condição: se, caso, contanto que, a não ser que, a menos que, etc.
• Conclusão: portanto, então, logo, por isso, por conseguinte, pois, de modo que, em vista
disso, etc.
Esses elementos coesivos podem ser utilizados na construção das citações. Pode-se, por
exemplo, ao se remeter a um autor, começar pelo seu sobrenome, seguido de algumas expressões
também coesivas, como:
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Fulano (ANO, p. 00) a�rma que, conceitua, aponta que, assevera, ressalta, considera,
apresenta re�exões sobre ... De acordo com Fulano (ANO)... De acordo com os dados obtidos
no trabalho de... Conforme as estatísticas demonstradas... É o que se pode veri�car, por exemplo,
na tabela, ou no grá�co... Com base nos autores consultados veri�ca-se ou observa-se, ou nota-
-se. Os dados permitem a�rmar que... Em um primeiro momento é importante ressaltar... Nessa
perspectiva, faz-se interessante saber... Como re�exo desta situação, é possível demonstrar, ou
evidenciar... Salientando-se ainda, que... É importante ainda destacar... É importante considerar
que... Apesar desse fato, deve-se ainda ressaltar que... No entanto, a situação precisa ainda ser
analisada por outra perspectiva... Apesar da complexidade do assunto, é necessário reforçar...
Outro fator existente... Cumpre evidenciar que... Considerando ainda... Por outro lado... De outro
modo... De modo contrário ou adverso... Em outro sentido... De outra forma... Não obstante..
Faz-se oportuno, portanto... Torna-se necessário... Faz-se necessário... Torna-se evidente ou fun-
damental... Em virtude dos fatos mencionados... Levando-se em consideração estes aspectos...
Tendo em vista os fatores observados...
Koch e Travaglia (1993) explicam que a coerência não está na superfície linguística,
estando profunda e não �cando marcada enquanto que a coesão é linear, aparecendo na super-
fície do texto por meio dos elementos linguísticos.
Os autores reiteram que o texto só fará sentido se houver coerência e coesão. Ambos os elemen-
tos estão correlacionados ao processo de produção e compreensão do texto, sendo que a coesão
O contrário pode também ocorrer. Notemos este poema de Drummond, onde marcas de
elementos coesivos não são encontradas, mas o sentido pode ser nitidamente obtido.
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Cidadezinha qualquer
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Neste outro caso, o autor é o mesmo, a obra também, mudando apenas a edição, em outro
ano.
Em casos de sobrenomes ligados por hífen, ou aqueles com pre�xos arraigados, estes
permanecem junto ao último sobrenome, iniciando a referência:
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, �caria: DI PIETRO, M. S. Z.
Outro detalhe, que muitas vezes não se nota, é acerca da palavra edição. Esta só deve ser
referenciada a partir da segunda. Logo, quando não aparece, depreende-se que seja da primeira
edição. Ainda, é necessário salientar que seu formato não deve aparecer com o indicativo de grau,
como estamos acostumados a colocar: 3ª edição, 3ª ed. O correto é colocarmos apenas o número
seguido de ponto e a palavra ed. também seguida do ponto, por estar na forma abreviada.
Outra consideração importante é acerca do número de autores. Se o texto for escrito por
até três autores, estes aparecem, separados por ponto e vírgula, na ordem em que estão dispostos
no texto. Pensemos como exemplo os nomes de Paulo Novaes e Henrique Silva Castelani. Seriam
referenciados:
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Observemos que a ordem segue a dos elementos essenciais, neste exemplo, com o acrés-
cimo de algumas informações a serem explicadas. Apenas o título está em negrito, �cando o
Observemos que nesses exemplos optamos pelo itálico e não negrito para destacar o títu-
lo. Ressaltamos, neste último exemplo, do dicionário, que ao colocar o nome da editora, a palavra
editora ou ed. não deve aparecer, exceto, se �zer parte do nome, como Editora Maio, por exem-
plo.
Pode ocorrer, também que um conjunto de autores tenha se reunido para publicarem
seus trabalhos sob forma de livro. Assim, é necessário haver indicação de um autor, como repre-
sentante, responsável pelo conjunto da obra, pela coletânea, e, nesse caso, seu nome deve apare-
cer seguido de sua abreviatura (organizador, coordenador, editor etc.), entre parênteses.
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Neste próximo caso, estamos diante de um livro, tendo capítulos escritos por diferentes
autores. Utilizamos, especi�camente uma parte: o capítulo sobre “Referências”, escrito por 3 auto-
ras. Então, foi necessário utilizar o termo “In”, signi�cando “dentro de”... E, neste caso, o destaque
vai para o título do livro e não do capítulo. Destaca-se também a presença do traço sublinear de 6
toques, que indica se tratar da mesma autoria citada anteriormente. Dessa forma, Silva, Pinheiro
e França estão também como autoras responsáveis pelo “Guia para normalização de trabalhos
técnicos-cientí�cos”.
Com relação aos elementos da referência bibliográ�ca de leis, portarias, decretos etc.,,
uma ordem deve ser seguida como: nome do local (país, estado ou cidade), título (especi�cação
da legislação, número e data, ou jurisprudência: decisão judicial), ementa e indicação da publica-
ção o�cial.
Estes exemplos, retirados da NBR 6023, 2002, p. 8, nos mostram os detalhes dessa nume-
ração.
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Todavia, precisamos considerar que, atualmente, o acesso a esses documentos se faz por
meios eletrônicos, sendo necessário colocarmos as informações que permitam sua identi�cação
básica, com os elementos essenciais, dispondo ao nosso leitor, dados para encontrar o documen-
to, assim como veremos logo em seguida.
Por hora, cabe considerar que mais do que decorar a ordem de todos elementos jurídicos
que devem aparecer, é importante de posse dessa informação, sabermos buscar a fonte correta,
arrumando os detalhes.
Eventos, encontros, simpósios, congressos, reuniões, semanas, ou seminários também
podem ser referenciados, iniciando pelo seu nome, em maiúsculo, o número do evento e ano de
ocorrência, o local, no que consiste: anais, resumos, relatório, cidade, editora e ano. Curty, Cruz
e Mendes (2006) trazem alguns exemplos:
Muito do que se publica e se cita, nos dias atuais, está disposto sob a forma de periódicos.
A publicação periódica é constituída de fascículos, números ou partes, editadas a intervalos pre-
�xados, podendo ter a colaboração de diversas pessoas, sob a direção de uma ou várias, tratando
de assuntos diversos, conforme as normas estabelecidas. Nesses casos, se a obra for considerada
no todo, dá-se início pelo título do periódico, local de publicação, editor (entidade responsável),
data (ano), periodicidade (semanal, quinzenal, mensal, bimestral etc. ou frequência irregular), e
ISSN (Número de série, padrão de reconhecimento). Caso seja considerada em partes, a ordem a
ser seguida é: título do fascículo, suplemento de número especial, se houver, local e editor, indi-
cação de volume, número e data.
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Notemos, neste último exemplo que aparece o autor, procedendo-se da mesma forma,
seguido pelo nome do artigo que fora publicado. Depois, aparece outro título, este, com destaque,
por ser o título da revista. A ordem numérica aparece abreviada, sempre v. n. p. e também os
meses, com exceção de maio que não se abrevia.
• Referências sem autoria embora não seja o almejado, podem acontecer sim.
Nesses casos a entrada se dá pela primeira palavra do título, toda em maiúsculo:
O SISTEMA financeiro e o desenvolvimento econômico. Conjuntura Econômica,
Rio de Janeiro, v. 58, n. 5, p. 10-11, maio, 2004.
• Quando a obra não tiver local de publicação existe a opção [s.l.] sine loco, a ser
• Não havendo data de publicação, é necessário que uma data aproximada seja
estabelecida entre colchetes.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
Parece algo sem utilidade apresentarmos normas para construção de Referências quando
temos o mundo ao nosso alcance por meio das tecnologias digitais. É fato, que muitas das refe-
rências conseguiremos encontrar via internet. No entanto, somente quem tem essa visão geral,
disposta até aqui, conseguirá uniformizar seu trabalho compondo um todo coeso. Atualmente,
existem aplicativos e ferramentas capazes de organizar, sistematizar e transferir para nós as refe-
rências, os so�wares Mendeley e EndNote, por exemplo, são gerenciadores gratuitos de referên-
cias bibliográ�cas. No entanto, fazer uso dessas ferramentas não nos exime de conhecer o básico,
requisito primordial para o próprio manuseio dos programas.
Darnton (2010) faz uma consideração sobre as quatro mudanças fundamentais na tec-
nologia da informação: a escrita, o códice, a imprensa e a comunicação eletrônica. A escrita
constitui-se em um marco de profundas mudanças para o meio social por possibilitar a gravação,
transmissão e armazenamento da informação em um suporte qualquer, abrindo espaço para o
desenvolvimento de tecnologias futuras. E o principal no meio disso tudo: ela não desapareceu.
A escrita está presente em outros formatos e suportes.
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A informação continua a ter o seu valor não somente no meio impresso como referen-
ciamos até aqui, mas por meio das mais diversas publicações e documentos gerados, mantidos e
disseminados no formato eletrônico, sendo acessível por meio de computadores, tablets, smar-
tphones etc.
Nesse sentido, cada tipo de documento eletrônico, continua tendo sua identidade própria,
ou seja, continua sendo um artigo de revista, ou periódico, uma monogra�a, uma tese, disserta-
ção, uma lei ou decreto etc., Continua carregando os dados comumente usados nos documentos
convencionais com um detalhe a ser somado, o fato de esses documentos estarem mais próxi-
mos de nós e também poderem chegar rapidamente ao nosso leitor e ao leitor de nosso leitor. A
velocidade desse processo não exclui a necessidade de identi�cação, pelo contrário, faz com que
aos dados antes convencionais nas referências, sejam acrescentados outros pontos especí�cos,
que possibilitem a localização e recuperação do documento (caracterizando o ‘ser cientí�co).
O endereço eletrônico e a data de acesso são primordiais nesse processo. Assim, de forma bem
simpli�cada, teríamos os dados convencionais extraídos do documento, SEMPRE seguidos de:
CÂNCER bucal igual em 2006. Jornal da CFO, Rio de Janeiro, ano 13, n. 69, nov./dez. 2005. Dis-
ponível em: <http://www.cfo.org.br/jornal/n69/destque01.asp>. Acesso em: 5 jan. 2006.
OBS: A pontuação e os espaçamentos depois dela, devem permanecer como nos exemplos. Sem-
pre há ponto depois de um item abreviado. Não há espaços na colocação do link.
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