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Cidade

Cia. Tecidos Santanense


está praticamente vendida
Empresa fundada em 1946, em São Paulo, deve adquirir a fábrica de
tecidos que está prestes a completar 133 anos de história

Redação Folha do Povo


Mar 16, 2024 - 08:21
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Foto: Arquivo/FOLHA
Quando a Santanense Tecidos, fundada em Itaúna, no Bairro de
Santense, em 1891, completava 55 anos de eficiente funcionamento,
surgia em São Paulo a empresa Capricórnio Têxtil, que deve adquirir a
fábrica itaunense nos próximos dias. Certamente, ao ser inaugurada, em
1946, os proprietários-fundadores da empresa paulistana tinham a
grande indústria itaunense, no ramo da fabricação de tecidos, como
modelo a ser seguido. Porém quis a história que a mais antiga
sucumbisse ao passar dos tempos, fosse vendida a um dos maiores
grupos têxteis do País (a Coteminas) e, agora, tenha a venda para o
grupo paulista como salvação.

A Capricórnio Têxtil, fundada no bairro da Mooca, em São Paulo,


atuando na produção de lã, hoje é uma das maiores produtoras de
índigos e brins do Brasil. Além da fábrica em Bragança Paulista, possui
outra unidade em São Carlos, no mesmo estado e uma terceira indústria
em Natal, no Rio Grande do Norte. Agora, deve abocanhar a empresa de
Itaúna, que tem ainda uma unidade na vizinha Pará de Minas. Faltam
detalhes para que o “martelo seja batido”, conforme apontam fontes do
mercado, porém já é dada como certa a negociação. Até porque a
Coteminas continua enfrentando dificuldades e a venda da Santanense
proporcionará um desafogo para aquele grupo empresarial. Informações
são de que, dos ativos do grupo Coteminas, a Santanense Tecidos é o
mais atrativo aos compradores.

Na história da Santanense a informação é de que a fábrica sempre teve


superávit. Consta ainda que o maquinário foi atualizado há poucos anos,
sendo dos mais modernos do setor, o que também é um atrativo aos
compradores. As dívidas acumuladas pelo Grupo Coteminas nos últimos
anos seriam relativamente pequenas ante o que a fábrica representa. E,
para acertar o negócio, estão sendo quitados os principais débitos. O
pagamento dos funcionários, relativo ao mês de dezembro, que estava
bastante atrasado, foi quitado. O mesmo teria acontecido em Pará de
Minas, onde também se tem notícia de que o vale-leite foi colocado em
dia. Nas próximas semanas a situação salarial dos funcionários deverá
ser atualizada.

O grupo Capricórnio Têxtil


Nova reunião com os possíveis compradores deve acontecer no próximo
dia 20, quarta-feira da próxima semana e possivelmente acontecerá a
efetivação do negócio, conforme expectativas de fontes do jornal. Assim,
o grupo que produz, anualmente, cerca de 700 milhões de metros
quadrados de tecidos, com pouco mais de 600 empregados diretos,
poderá dar um salto nesta realidade. Possivelmente este será o desfecho
de mais um capítulo da história, vitoriosa em sua quase totalidade, da
Santanense Tecidos.

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