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A amizade é tinta permanente

Vivemos em uma sociedade em que somos cada vez mais independentes. Olhamos cada
vez mais quantas curtidas uma publicação nossa tem no Facebook ou quantos amigos
virtuais temos, em vez de dedicarmos um tempo para tomar um café e falar com um
amigo “ao vivo”. A amizade é muito mais do que um simples “curtir” em uma rede
social.

Parece que a amizade se tornou mais volátil, mais fácil de começar e de ser desfeita. Se
não gosto de alguém ou de repente me irrito com a pessoa, a bloqueio no Facebook ou
no WhatsApp e esqueço o assunto. Tendemos a ter cada vez menos amigos da vida toda
e a ter amigos vinculados a um tema ou a uma atividade (trabalho, esporte…) A
verdade é que das amizades verdadeiras, daquelas de carne e osso, conservamos
muito poucas.

“A amizade é como a música: duas cordas da mesma nota vibrarão juntas mesmo que
apenas uma seja tocada.”

-Francis Quarles-

É verdade que o conceito de amizade mudou com as novas tecnologias, porque


podemos chegar a chamar de amigo alguém que nem conhecemos. Internet, celulares e
todos os aplicativos que existem criaram uma nova forma de nos relacionarmos e um
novo conceito de amizade.

Como escolhemos os amigos


Uma pesquisa realizados por cientistas da Universidade da Califórnia em São Diego
(EUA) mostrou que não apenas temos semelhanças genéticas com nossos familiares,
mas também escolhemos nossas amizades em função do DNA.

Os responsáveis pelo estudo analisaram as semelhanças genéticas e a conexão entre


diversas pessoas usando duas pesquisas independentes de saúde. Estas pesquisas
continham informação detalhada de várias sequências de genoma dos indivíduos e
também das suas redes sociais.

“Ser sincero não vai fazer você ter um monte de amigos, mas sempre fará você ter os
amigos certos.”

-John Lennon-

Foram escolhidos indicadores genéticos específicos dentro dos relacionamentos sociais


de um indivíduo e descobriu-se que nós forjamos amizades com pessoas com as quais
compartilhamos dois dos seis indicadores avaliados.

Outro aspecto interessante da pesquisa é que chegou-se à conclusão de que procuramos


pessoas, tanto amigos quanto relacionamentos amorosos, que nos complementem.
Isto é, nos sentimos atraídos por pessoas que possuem genes que indicam
características que não temos.
Verdades sobre a amizade
Temos muitas ideias sobre a amizade: que existe uma conexão especial com nossos
amigos, que as mulheres e os homens não podem ser amigos, que um relacionamento
amoroso rouba o lugar dos amigos, que a amizade favorece a saúde…

Isto é, ao longo das nossas vidas assumimos uma série de crenças sobre a amizade
que podem ou não ser verdadeiras. A seguir, mostramos algumas verdades cientificas
sobre a amizade que se relacionam diretamente com as crenças que temos.

Os homens e as mulheres não podem ser amigos

Todos lembramos da famosa cena do filme “Harry & Sally – feitos um para o outro”
onde o protagonista sustenta que os homens e as mulheres nunca podem ser amigos
porque o sexo sempre interfere.

Uma pesquisa realizada no ano de 2012 e publicada no Journal of Social and Personal
Relationships, dirigido por April Bleske-Rechek, professora de Psicologia na
Universidade de Wisconsin, concluiu que os homens superestimam as possibilidades
românticas de forma mais freqüente que as mulheres.

A pesquisa também chegou à conclusão de que geralmente os homens se


mostram igualmente interessados tanto sexual quanto amorosamente em suas
amigas, independentemente de estarem comprometidas ou não. A atração é
considerada um impulso, embora com os anos ela costume se reduzir.

“Existe entre nós uma coisa melhor do que um amor: uma cumplicidade.”

-Marguerite Yourcenar-

Ter um relacionamento amoroso nos afasta dos nossos amigos

Uma pesquisa realizada por Robin Dunbar, professor de antropologia evolutiva em


Oxford, analisando o efeito do relacionamento amoroso sobre os amigos chegou à
conclusão de que as pessoas que iniciam um relacionamento amoroso, em vez de ter um
círculo de amigos íntimos formado por cinco pessoas como é comum, tem quatro e um
deles é o seu companheiro.

Portanto, isto significa que se foca a atenção na pessoa que é o companheiro, a quem se
dedica mais tempo e atenção, e duas pessoas das nossas vidas são afastadas, em geral
um amigo ou um familiar.

O amor toma tempo e cada vez compartilhamos mais momentos com nosso
companheiro, de modo que inevitavelmente, se o vínculo afetivo com nossos amigos
não é cuidado, mantendo o contato, procurando se encontrar, no fim ele se deteriora.

A amizade faz bem para a saúde


Uma pesquisa sobre a longevidade realizada com pessoas idosas de 70 anos conduzida
pelo Centro de Pesquisas do Envelhecimento da Universidade de Flinders em Adelaide
(Austrália) concluiu que uma rede de bons amigos pode aumentar mais a
longevidade do que os relacionamentos familiares.

Ter amigos é bom não apenas para o estado de ânimo mas também para a saúde. De
fato, as pessoas que têm um círculo amplo de amizades têm a tensão mais baixa, sofrem
menos de estresse, sua imunidade é mais forte e vivem mais tempo. Os amigos nos
ajudam a superar as doenças e nos trazem satisfação e felicidade.

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Coerção sexual: o que é e como podemos


evitá-la
A coerção sexual é qualquer tipo de comportamento que seja exercido para forçar o
desejo sexual de outra pessoa. Tal comportamento se desenvolve ao longo do tempo e
se manifesta de diversas formas. As mais recorrentes são a pressão verbal, a
utilização de substâncias tóxicas ou a utilização da força. Atualmente as mulheres
sofrem desta coerção com uma incidência tão alta que é especialmente importante
encontrar uma solução para o problema.

É normal nos questionarmos, dados os altos números de mortes por violência de gênero,
o que está causando essas condutas ou onde está a origem desse comportamento.
Pois bem: são muitos os fatores que podem atuar em conjunto, do nível sociocultural ao
nível pessoal. A cultura, o ambiente e os modelos de aprendizagem favorecem a
existência de atitudes, normas de gênero, valores, padrões sexuais, etc, que parecem ser
a causa da coerção sexual.

Fatores associados à coerção sexual contra as mulheres


Os fatores de risco nos homens são a combinação de masculinidade hostil e algumas
variáveis relacionadas à motivação e experiência sexual. Mas o que esses termos
realmente significam? A seguir explicamos cada um deles:

 Masculinidade hostil: refere-se à necessidade do homem coercitivo de


controlar e dominar as mulheres.
 Motivações e experiência sexual: estes conceitos referem-se ao excesso de
confiança de alguns homens em suas habilidades sexuais, no interesse por sexo
sem compromisso e na preocupação sobre estar sempre sexualmente ativo.

De acordo com o Modelo de Confluência de Malamuth, a convergência de ambas as


características é o que leva os homens a se envolverem em comportamentos
sexualmente coercitivos.

Por outro lado, também foram pesquisados os comportamentos femininos em relação à


sua vulnerabilidade à coerção sexual. O fator de risco mais importante para as
mulheres é o encontro com um homem que está disposto a cometer a agressão
sexual. Isso não significa que as mulheres não possam fazer nada para evitar tal
situação. Alguns fatores de proteção que podem nos ajudar são:

 A autoeficácia quanto à coerção sexual: as mulheres que acreditam que serão


capazes de resistir a uma situação deste tipo são aquelas que impedem de forma
mais eficaz o comportamento sexual indesejado.
 Expectativas negativas sobre o uso de álcool.
 Comportamento assertivo diante de pressões verbais: é o fator de proteção
mais importante. Ele se refere a saber como expressar o que considera correto ou
incorreto. As mulheres assertivas são mais capazes de evitar os comportamentos
sexuais não desejados diante de uma tentativa por parte de um homem.

Programa de prevenção da coerção sexual


O objetivo de todo programa preventivo é reduzir os fatores de risco, neste caso, tanto
dos homens quanto das mulheres, assim como promover os fatores de proteção. Há
alguns anos, o Ministério da Educação lançou um projeto de pesquisa em que foram
apresentados os seguintes conteúdos:

 Interações consensuais vs. não consensuais: o objetivo é reconhecer e


diferenciar os dois tipos de interação. Para isso, você pode fazer um
brainstorming no qual todos expressam o seu conceito de liberdade sexual ou
possíveis formas de limitar a liberdade sexual de outra pessoa.
 Expectativas e mitos sobre as relações sexuais e a coerção sexual: trata-se de
questionar a validade dessas crenças e de tomar consciência de como podemos
conduzir a coerção. Alguns dos mitos mais comuns que podem ser analisados
são: “As meninas costumam dizer sim, mesmo quando querem dizer não” ou
“A masculinidade de um homem é provada nas relações sexuais”.
 Prevenção de situações de risco: o objetivo é reconhecer situações que estão
associadas com a coerção sexual ou com um risco de sofrimento elevado. Para
isso, é possível projetar um vídeo e responder a algumas perguntas, como:
“Alguns destes comentários parecem machistas?”
 Treinamento de assertividade e habilidades de comunicação: trata-se de ser
capaz de expressar o que queremos ou não, assim como negociar ou chegar a
acordos sobre os nossos relacionamentos.

Em resumo, conhecendo a origem do problema e algumas das medidas que podem ser
tomadas para corrigi-lo, estamos dando um passo adiante pelo bem de todas as
mulheres. A violência de gênero deve ser uma questão prioritária em nossa
sociedade para que algum dia deixemos de sofrer suas consequências.

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9 formas de abuso sexual


As diferentes formas de abuso sexual (assim como outras formas de abusos) são
relacionadas à cultura, sociedade, momento histórico e leis em vigor, portanto,
ainda não existe um consenso internacional sobre o tema.
O fato é que boa parte dos profissionais ainda trabalha os abusos sexuais e outros tipos
de maus-tratos sexuais a partir de uma atitude sexofóbica. Por exemplo, alguns não
consideram que determinados abusos físicos, como a mutilação genital, sejam
classificados como abuso sexual.

Félix López afirma que são cometidos dois erros profissionais e sociais: esquecer
outras formas de abuso e não incluir uma abordagem positiva sobre a sexualidade
infantil. Como se diz, “finalmente quebramos o silêncio social e profissional”, por isso
vamos dar ênfase especial às diferentes formas de abuso sexual.

“Não é suficiente que você não me abuse sexualmente, você tem que responder às
minhas perguntas, me dar educação sexual, aceitar minha sexualidade infantil e me
ensinar a amar”.
-Félix López, 2008-

9 formas de abuso sexual


Abuso sexual é entendido como qualquer ação (intencional, não acidental e/ou por
omissão) que possa prejudicar e ferir a sexualidade de uma pessoa e,
consequentemente, seu desenvolvimento sexual e afetivo posterior.

A partir da categorização de “abuso sexual”, Felix Lopez propõe 9 formas de abuso


sexual que podem ser aplicáveis a qualquer pessoa, independentemente de sua idade:

 Mutilações ou danos corporais em áreas de significado sexual claro. Alguns


exemplos seriam a mutilação do clitóris, mama ou a pressão com materiais que
impedem seu crescimento, etc.
 Abuso sexual. A pessoa que abusa geralmente é maior em poder e
conhecimento e usa uma pessoa que não pode consentir (dada a sua idade,
limitações mentais ou sociais, devido à submissão, etc…). As formas e
estratégias empregadas pelos abusadores são muito diversas, por exemplo,
através da coerção ou engano, ou através da internet (sexting, grooming, etc…).
 Exploração sexual. Trata-se da venda e/ou compra de serviços sexuais ou de
qualquer tipo de mediação comercial neste tipo de atividade. Esta nunca é uma
decisão livre por parte da pessoa explorada.

 Pornografia: trata-se de envolver pessoas na produção, comercialização, venda,


compra, disseminação ou uso de conteúdo sem o seu consentimento. Em
nenhum caso se trata de uma decisão livre e, assim como na exploração sexual,
sua natureza é comercial.
 Compromissos de casamento de menores. Esses compromissos são realizados
por adultos, de maneiras muito variadas, e as vítimas geralmente são mulheres.
 Não aceitar a identidade sexual. Por exemplo, não reconhecer e aceitar a
transexualidade e o transgênero é um atentado à identidade pessoal, ao eu mais
autêntico. Isso envolve muito sofrimento e efeitos muito negativos em todos os
aspectos da vida.
 Não aceitar a orientação sexual. Por exemplo, não aceitar a homossexualidade
ou a bissexualidade implica não respeitar que todas as pessoas possuem as
mesmas necessidades sexuais e amorosas, independentemente do sexo das
pessoas com quem querem resolvê-las. Não aceitar a orientação sexual é um
atentado contra a própria pessoa e sua vida sexual e amorosa.
 A violência de gênero, todos os tipos de violência intrafamiliar e os modelos
educacionais não-igualitários. A violência de gênero e intrafamiliar são formas
muito específicas de abuso que não favorecem uma boa socialização como
homem ou mulher. Em relação à educação sexista, especialmente a que
discrimina as mulheres desde a infância, provoca carências que dificultam o bom
desenvolvimento afetivo e sexual de ambos os sexos.
 Negligência sexual:
o Acesso virtual ou real a uma sexualidade violenta, sexofóbica, etc.
o Não aceitação da sexualidade em pessoas com deficiência: refere-se a
negar educação sexual e direitos sexuais a pessoas com deficiência, já
que se trata de um princípio da integração e da normalização no âmbito
sexual, emocional e amoroso. O contrário implica atentar aos direitos
fundamentais.
o Carências importantes em relação à educação sexual na família e na
escola: é importante não negar informações básicas e realizar uma
educação sexual positiva adequada na infância e na adolescência que
ajude a evitar riscos conhecidos.

As diferentes formas de abuso sexual na infância


Esses atos atentam contra menores pré-púberes ou adolescentes, prejudicando seu
desenvolvimento em muitos aspectos. Os abusos sexuais infantis mais frequentes nas
meninas são as carícias abaixo da cintura e o exibicionismo. Nos meninos, são as
carícias abaixo e acima da cintura e a masturbação.

Quando o abuso se repete, os efeitos aumentam entre 40% e 50% dos casos. Isso se
deve ao aumento da sensação de impotência, à possibilidade de as estratégias serem
mais agressivas e ao efeito da intermitência temporal.

É importante ensinar as crianças a respeitar o corpo, tanto o delas quanto o dos outros,
tanto no contexto sexual quanto fora dele. Em suma, é necessário aceitar a
sexualidade infantil, oferecer educação e proteção, e evitar qualquer forma de
abuso sexual.

Referências bibliográficas:

 López, F. (2014). Abusos sexuales y otras formas de maltrato sexual (Abuso


sexual e outras formas de abuso sexual). Madri. Editorial Síntesis.

https://amenteemaravilhosa.com.br/9-formas-de-abuso-sexual/

O que fazer quando a felicidade do outro


nos incomoda
Ninguém se atreve a reconhecer em voz alta, mas acontece com muita frequência:
muitas vezes a felicidade do outro incomoda. Esse outro pode ser o parceiro, um
amigo de infância e até um filho. Todos os vínculos humanos são capazes de gerar esse
tipo de sentimento.

Acreditamos que, quando realmente gostamos de alguém, as suas tristezas são as nossas
tristezas e as suas alegrias também são as nossas alegrias. Isso é o que diz a teoria e o
acordo não escrito do politicamente correto. Mas na prática, isso nem sempre acontece.
Gostaríamos de ter a grandeza de ficarmos felizes quando o outro é feliz, mas às
vezes acontece o contrário.

” A nossa inveja sempre dura mais do que a felicidade daqueles que invejamos”.
– François de La Rochefoucauld –

Na maioria das vezes, não somos capazes de admitir isso em voz alta. Simplesmente
daremos alguns parabéns calorosos, enquanto sentimos que por dentro algo se retorce.
Ou até tentamos minimizar a sua conquista, colocando um “mas”, ou um “cuidado, não
é o que você pensa”. No fundo, sabemos que o seu triunfo gera uma certa frustração em
nós. O que está acontecendo? Como podemos lidar com isso?

Quando a felicidade do outro incomoda


Nem sempre a felicidade do outro incomoda. Às vezes, podemos sentir uma enorme
felicidade diante do sucesso alheio. É uma sensação maravilhosa que nos engrandece
e melhora o relacionamento. Por que então, em outros momentos, essa sombra
irritante da inveja aparece?

Somos todos seres humanos em evolução e, portanto, estamos sujeitos a


experimentar qualquer tipo de sentimento, seja bom ou ruim. Os sentimentos
negativos não são privilégio de poucos. Todos nós já os sentimos alguma vez, em maior
ou menor grau. Não podemos nos orgulhar disso, mas também não podemos nos punir
pelo fato de sentirmos inveja de alguém que amamos.

Quando a felicidade do outro nos incomoda, é porque não estamos bem. Talvez
tenhamos trabalhado da mesma forma para alcançar um sucesso semelhante. O outro
conseguiu e nós não. Valorizamos o seu empenho, mas não podemos evitar a
tristeza do nosso desejo insatisfeito. Sem querer, comparamos a sua felicidade com a
nossa tristeza e sentimos que há algo de injusto nessa situação. É algo que sentimos
muito, mas pensamos pouco.

O outro não é um espelho


Tudo isso acontece quando vemos o outro como se ele fosse um reflexo de nós mesmos.
Em outras palavras, quando acreditamos que tudo que é seu é como se fosse nosso.
Deixamos de lado o contexto no qual a sua conquista ocorreu e nos concentramos
apenas no resultado que alcançou. Um resultado que também tínhamos desejado para
nós.
A chave está em ampliar essa perspectiva. Não olhe apenas para o que essa pessoa
tem, mas examine tudo que ela precisou fazer para alcançar os seus objetivos e
tudo que ainda almeja. É uma maneira de humanizar a situação e encontrar os
elementos que nos diferenciam.

Quando vemos o outro como se ele fosse o nosso espelho, fazemos uma projeção
narcisista sobre ele. É nessa situação que o nosso ego se fere e a felicidade do outro
nos incomoda. Por outro lado, quando decidimos olhar para ele como alguém
independente de nós, passamos a entender o seu mérito e ficamos felizes por ele.

Aprenda com a situação e amadureça


Sentir inveja de alguém que você ama é normal. Isso não o transforma em uma pessoa
má, nem mesquinha. Não deixe esse sentimento crescer e nem o alimente com
desconfiança ou ressentimento. Isso não ajuda em nada e, em vez disso, prejudica o
seu relacionamento com a outra pessoa, com quem você poderia aprender muito.

Está na hora de crescer. Há coisas que desejamos fervorosamente e nunca


conseguiremos. Há coisas que queremos e só conseguiremos depois de grandes
esforços. Há também coisas que chegam até nós com muito mais facilidade do que
pensávamos. Isto acontece da mesma forma com as outras pessoas. O que muda é que,
às vezes, acontece em momentos diferentes, ou não acontece na mesma proporção.

Quando a felicidade do outro o incomoda você está fora do seu próprio centro,
julgando o que é seu a partir do outro. É um grande erro. A evolução de cada pessoa
é única e não tem nada a ver com a dos outros. As pessoas são diferentes e estão em
diferentes circunstâncias e momentos. Portanto, os resultados obtidos também serão
diferentes.

A inveja só acaba quando é identificada e aceita. Isto é, quando reconhecermos com


generosidade que o outro merece tudo que conseguiu e que o amor deve vir antes
dessas pequenas mesquinharias.

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Descubra se seu relacionamento é


saudável
Nos estágios iniciais de um relacionamento é normal ver o mundo em cor de rosa, mas
em outros momentos algumas pessoas usam uma máscara, que nos impede
de enxergar o relacionamento exatamente como ele é, menos saudável do que
deveria ser.

O que deve ter um relacionamento saudável


Um relacionamento saudável deveria ter as seguintes características:
– Confiança– É normal sentir ciúmes às vezes, porque o ciúme é uma emoção natural,
mas o importante é a forma como reage a pessoa que sente ciúmes; não pode haver um
relacionamento saudável sem que exista confiança entre os parceiros.

– Honestidade- É difícil confiar quando um parceiro não está sendo honesto; quando
se pega o outro em uma mentira, a confiança repousa em terreno instável.

– Respeito– Em um relacionamento, o respeito significa que cada pessoa


valoriza o outro, compreende-o, e nunca questiona os limites do seu parceiro.

– Boa comunicação – Você nunca deve reprimir um sentimento sobre seu parceiro, só
porque você não gosta de escutá-lo; é importante que exista uma boa comunicação entre
ambos, e que digam o que pensam um do outro abertamente.

– Apoio – Vocês devem se apoiar tanto nos bons quanto nos maus momentos: você
deve estar ao lado do seu parceiro tanto para felicitá-lo pelos seus êxitos,
quanto para consolá-lo e apoiá-lo nos momentos difíceis.

– Igualdade– Em um relacionamento deve haver um equilíbrio justo por parte de


ambos, caso contrário, a convivência torna-se uma luta pelo poder.

– Tempo para cada um – Em um relacionamento saudável concessões devem ser feitas


e cada um deve aproveitar seu tempo livre como faziam antes de estarem juntos; não
devem renunciar a ver seus amigos ou abandonar as atividades de que gostam.

Relacionamentos não-saudáveis
Um relacionamento não saudável tem características de falta de respeito, com
ações controladoras e abusivas, sejam físicas ou verbais por parte de um
parceiro. Na maior parte das vezes esta situação ocorre pois essas pessoas
abusivas cresceram em torno desse tipo de comportamento, que se tornou normal para
eles, mas a verdade é que não há nada de normal em atitudes como estas.

Embora seja possível que a outra pessoa se sinta mal por saber que seu parceiro foi
maltratado na infância, o outro parceiro deve cuidar de si, porque um relacionamento
não pode ser saudável quando um dos dois exerce um comportamento abusivo.

Sinais de alerta
Um sinal de advertência de abuso físico, verbal ou emocional envolve insultos verbais,
humilhações e até mesmo golpes ou tapas e forçar o outro a fazer sexo.

Fique atento se alguma das respostas para as perguntas abaixo for positiva:

– se o outro/a fica irritado se você não está disponível.


– critica a forma como você se veste.
– não te deixa sair ou conversar com os amigos.
– não te deixa fazer as atividades que de que você gosta.
– levanta a mão para você quando está com raiva.
– tenta forçá-lo a fazer sexo quando você não quer.

Imagem cedida por Emmanuel Frezzotti

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Os 9 pilares do relacionamento
Uma relação de casal surge quando duas pessoas decidem projetar juntas suas vidas. Por
isso, é fundamental que o casal edifique uma série de pilares sólidos e robustos
sobre os quais possam construir todos os seus projetos em comum. O concreto para
estes pilares é a negociação e o acordo, os tijolos são o amor, o respeito e o
entendimento.

Por que um relacionamento fracassa?


Com frequência, as relações de casal fracassam porque faltam os pilares do
relacionamento, ou seja, porque nunca chegaram a estabelecê-los e, portanto, o casal
não possui uma base que lhes dê estabilidade e segurança dentro da relação.

O fracasso, em muitos casos, se deve à falta de um acordo entre ambos os membros


da relação, um acordo que estabeleça os pilares. Portanto, muitos relacionamentos
fracassam porque a estrutura que supostamente manterá as pessoas unidas como um
casal é inexistente; a relação não tem uma base que a sustente.

Quando estabelecer os pilares do relacionamento?


É conveniente que os pilares do relacionamento sejam estabelecidos no início do
mesmo, quando as pessoas que o compõem estiverem se conhecendo. Nesse momento,
é imprescindível dialogar, conhecer mais profundamente um ao outro e chegar a
acordos que satisfaçam a ambos os membros.

Quando é necessário repensar os pilares do


relacionamento?
Os pilares do relacionamento equivalem às rodas de um caminhão: se um pilar falhar
por algum motivo, é preciso revisar todos os outros, já que a união do casal está em
perigo.

Com frequência, o casal ainda continua a se relacionar por um tempo, mesmo com a
ausência de algum pilar, mas com a deterioração que isto implica, a relação acaba se
rompendo e causando sempre uma ruptura muito dolorosa.

Quais são os 9 pilares fundamentais das relações


amorosas?
Falaremos de 9 pilares do relacionamento, mas eles podem ser tantos quantos cada
casal considerar adequado. Estabelecer estes pilares mínimos que detalharemos a
seguir é fundamental para que o casal possa desfrutar da felicidade no convívio.

1. Amor

O amor é um pilar fundamental, tanto quanto qualquer um dos restantes. Para


estabelecer este pilar é imprescindível que existam sentimentos fortes entre as duas
pessoas.

Para que o amor seja um pilar forte e seguro temos que saber que, ao longo das
diferentes etapas do relacionamento, este irá variando em sua manifestação, no entanto,
o sentimento irá se fortalecendo com o passar do tempo se os outros pilares do
relacionamento se mantiverem estáveis.

2. Comunicação

A comunicação é o canal mediante o qual o casal resolverá suas diferenças e crescerá


tomando decisões e chegando a acordos satisfatórios para ambos.

Convém estabelecer momentos exclusivos para que o casal se comunique,


compartilhe e decida em conjunto, já que este pilar é imprescindível para que o resto
dos pilares do relacionamento se mantenham.

Comunicar-se supõe escutar e expressar sentimentos, um pilar básico para nos


conhecermos realmente e potencializarmos a confiança entre os membros da relação.

3. Respeito

O respeito entre ambos os membros da relação está implícito nas relações dos casais que
se mantêm por um longo tempo juntos, que crescem e que prosperam de forma feliz.

Respeitar ao outro é crescer junto, sem imposições, sem expectativas sobre o outro,
sem dependência emocional, e sem agressões. Quando há respeito, pode existir amor e
uma comunicação adequada.

4. Escala de valores

Cada pessoa possui sua própria escala de valores individuais. Quando começamos
uma relação amorosa, temos que construir uma escala de valores em comum, que
pode ser diferente da escala de valores individuais ou, inclusive, compartilhar alguns
dos valores individuais.

Em qualquer caso, serão os valores do casal que definirão como eles passarão a interagir
com o mundo e que definirá os projetos em comum.

5. Convivência
Em todos os relacionamentos, chegará o momento de propor uma vida
compartilhada. Se o casal decidir que é o que desejam, é conveniente que isto esteja
previamente acordado e compartilhado por ambos, para que chegado o momento, os
dois se sintam seguros frente a própria trajetória a seguir.

Quando chegar o momento, é conveniente já ter estabelecidos os acordos deste pilar


básico, como os acordos financeiros, a forma de convivência, a partilha de tarefas
domésticas, a organização do espaço e do lar, etc.

6. Ser você mesmo

Ser membro de uma relação amorosa em nenhuma hipótese supõe deixar der ser
você mesmo. Para isso, é conveniente expressar claramente quem se é, quanto aos
gostos, opiniões, ideologia, valores individuais, relações sociais, etc.

O relacionamento tem que ser um lugar seguro onde seja possível ser você mesmo,
compartilhando com o parceiro/a em certos momentos e, em outras ocasiões, mantendo
tempo, espaço e atividades próprias, não compartilhadas com o outro membro da
relação.

7. Liberdade

Em qualquer relação de casais emocionalmente saudáveis, a liberdade pessoal


segue existindo. Cada membro deve decidir permanecer na relação por vontade própria,
como também cabe decidir em conjunto quais serão os pilares do relacionamento. A
pessoa não perde a liberdade, ganha uma pessoa com quem compartilhá-la.

8. Sonhos e projetos compartilhados

O casal cresce quando tem projetos e sonhos compartilhados. Quando o casal decide
compartilhar projetos e lutar por eles, o sentimento de união entre ambos aumenta, já
que descobrem que a união faz a força e que chegam mais longe juntos do que
separados.

Caminhar rumo a um projeto pode não ser fácil, mas será muito satisfatório para o casal
quando os outros pilares estiverem firmes e contribuírem para a solidez e a segurança do
casal.

9. Fidelidade

A fidelidade é um acordo e uma forma de viver as relações sexuais e afetivas. Só


compete ao casal decidir como quer definir este pilar, sendo condição indispensável
que seja um acordo mútuo, com o qual ambos se sintam seguros e com confiança
plena no outro.

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