Você está na página 1de 12

55 setembro

2016 www.certiel.pt +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11+12+13+14

+02
n Editorial 55
setembro
Ajude-nos a melhorar! 2016
+03
n

n Certificado de Exploração
Resolução de problemas afetos
à sua obtenção e visualização

+04 Formação certificada


n

n Reunião anual da Comissão Consultiva

+05 n Mobilidade Elétrica


Nova legislação publicada em 2016

Perguntas Técnicas + frequentes


+06
n 

Dimensionamento de entradas
+07
n

considerando a queda de tensão


admissível

Desmaterialização da análise newsletter


+10
n

e tramitação dos projetos 3º trimestre


Associação
Acidentes de origem elétrica Certificadora
+11
n

e incêndios de origem desconhecida de Instalações


Eléctricas
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

editorial

A
entrar no último trimes- são validada digitalmente, eli- das instalações abrangidas, co-
tre de 2016 gostaría- minando assim a necessidade de laboração esta que permitiu es-
mos de assinalar, parti- impressão em papel do projeto tabelecer um procedimento de
cularmente, o sucesso de aprovado. comunicação da aprovação dos
um dos projetos que tínhamos há Este projeto contou com o apoio projetos pela CERTIEL e pelos pro-
mais tempo em mente e que por e a parceria do operador de rede, prietários, adaptado à realidade
diversas razões, umas de ordem que não hesitou desde o início de cada município.
técnica e outras de oportunidade, em colaborar, criando as condi- No sentido de avaliar o nível de
nos impediram de avançar mais ções ótimas para o arranque, im- satisfação desta decisão junto
cedo. plementação e consolidação em dos projetistas, lançámos um
Estamos, como será facilmente todo o país. breve inquérito cujos resultados
identificável, a falar da implemen- Não podemos deixar de referir, contamos apresentar na próxima
tação de um conjunto de altera- igualmente, a disponibilidade e edição do nosso Boletim, os quais,
ções de processos que nos per- forte aceitação dos projetistas que, esperamos, venham a refletir a
mitiram finalmente arrancar com enquanto profissionais desta ati- nossa perceção de que este foi
a conversão para formato digital vidade, quer através da Ordem um passo que demos sem retorno
quer da análise de projetos de dos Engenheiros quer através da na medida em que comporta em
instalações elétricas, cuja respon- ordem dos Engenheiros Técnicos, si importantes vantagens de cele-
sabilidade pela aprovação é da manifestaram junto da CERTIEL ridade e redução de custos deste
CERTIEL, quer de toda a tramitação total apoio e convicção de que processo.
entre entidades. este seria um passo muito impor- Esta medida a que nos temos vin-
Complementarmente alargámos a tante no relacionamento entre to- do a referir, conjugada com outras
possibilidade de, cumpridos de- das as entidades. já anteriormente em vigor, no-
terminados procedimentos, a ins- A nível institucional, contámos meadamente o recurso ao Balcão num novo patamar: a era digital.
peção poder ser realizada tendo também com a colaboração da As- Digital para condução do proces- Daí advém o contributo para um
por suporte a apresentação pelo sociação Nacional de Municípios so de licenciamento das instala- melhor serviço para os técnicos e
técnico responsável do projeto Portugueses como representante ções, vem colocar todo o regime para os utilizadores, assim como
em formato digital enviado pela de entidades responsáveis pelo conducente à certificação das ins- para um melhor ambiente, com Fernando Manuel Teixeira Mendes
CERTIEL, desde que segundo ver- licenciamento de grande parte talações elétricas de baixa tensão zero papel. Presidente da CERTIEL
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Ajude-nos a melhorar! Certificado de Exploração


Resolução de problemas afetos à sua obtenção
Um conjunto de questões sobre o serviço da CERTIEL tem e visualização
estado, desde o final de setembro, a ser colocado aos
profissionais que utilizam os serviços da CERTIEL.

Oi inquérito que está a ser enviado aos potenciais interessados, no-


meadamente aos profissionais que têm o seu endereço eletrónico
registado na CERTIEL, é importante que seja respondido com vista à
N o Boletim anterior, a CERTIEL deu a
conhecer uma nova ferramenta pa-
ra ajudar na resolução de alguns pro-
melhoria dos nossos serviços. blemas que possam surgir no uso das
As questões são colocadas num formato que permite aos profissionais plataformas digitais. Agora vem apre-
uma resposta rápida, com o objetivo de cativar e incentivar a participação sentar um método de resolução para os
de todos. A resposta exige menos de 1 minuto do tempo de cada um. problemas relacionados com a impres-
Esta participação é um meio fundamental para a CERTIEL identificar são ou visualização dos certificados de
situações que possam exigir melhorias e necessitar de uma intervenção exploração.
da CERTIEL através da implementação de medidas corretivas. Para o efeito, foi criado um filme de apoio
Os serviços que a CERTIEL pretende avaliar ao longo dos meses de ou- com o intuito de solucionar essa questão
tubro e novembro são os seguintes: devido ao bloqueio de janelas popup. O
filme que aqui sugerimos encontra-se
n  ramitação digital dos projetos;
T disponível no portal da CERTIEL, dentro
n Aplicação para telemóvel Certielmobile; da área do Balcão Digital, pelo que há
n Atendimento geral; que entrar em Pedido de Certificação-
n Atendimento técnico; -Certificado de Exploração.
n Serviço de atendimento através do “Chat”, disponível no portal da Após inserir o NIP desejado, carregue
CERTIEL; em “Se tem dificuldades em visualizar
n Avaliação da qualidade de serviço; ou imprimir o seu certificado, clique aqui”
n Formação; para ver o filme explicativo nos três
n Inspeção periódica; principais motores de busca: Google,
n Qualidade dos serviços de inspeção; Internet Explorer e FireFox.
n Avaliação global da atividade da CERTIEL.

Agradecemos desde já a participação de todos os profissionais con-


tactados.
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Formação certificada Reunião anual da


Novos conteúdos Comissão Consultiva

D esde o ano de 2014 que o modelo


de formação implementado pela
CERTIEL, ao substituir o modelo anterior
N o âmbito da acreditação da CERTIEL,
segundo a norma NP EN ISO 17065,
foi realizada em meados de setembro a
das seguintes entidades:
n A
 NPC – Associação Nacional de Proteção
Civil, representada por Nuno Duarte;
de formação baseado em sessões de se- reunião anual da Comissão Consultiva. n OE – Ordem dos Engenheiros, repre-

minário, tem vindo a demonstrar ser uma Este é um espaço que tem como objeti- sentada por Jorge Liça;
ferramenta de grande relevância na di- vo a avaliação, pelas entidades presen- n OET – Ordem dos Engenheiros Técnicos,

vulgação do conhecimento a todos os tes, do cumprimento por parte da CERTIEL representada por Jorge de Sousa;
interessados, nomeadamente aos téc- dos requisitos próprios da acreditação, n A
 PEPE – Associação Profissional dos
nicos responsáveis pelo projeto e pela designadamente a avaliação dos proce- Empresários Portugueses de Electrici-
execução das instalações elétricas. Pro- dimentos e atuação da CERTIEL que pos- dade, representada por Manuel Almeida;
va disso são as mais de 70 ações de for- sam pôr em causa a transparência e n EIIEL – Entidade inspetora de instalações

mação já efetuadas em várias cidades idoneidade da sua intervenção. elétricas, representada por um repre-
do país, cuja participação total é já su- Este é igualmente um espaço que ao sentante de uma das três EIIEL existen-
perior a 1200 profissionais. nhecimento por parte dos profissionais, longo dos anos tem permitido à CERTIEL tes: ISQ, IEP e LIQ.
A oferta, inicialmente composta por qua- mantendo todas as ações uma estrutura aperceber-se das diferentes sensibilida-
tro temas, foi entretanto diversificada, idêntica e a duração de um dia. des das entidades que participam na
apresentando até ao final do terceiro Não será demais referir que a frequên- Comissão Consultiva, bem como do im-
trimestre de 2016 um conjunto de sete cia em cada módulo formativo resulta pacto que a atividade que desenvolve
ações formativas distintas. Para outubro na emissão do respetivo certificado com tem no sector, permitindo a discussão
foram agendadas sessões, a realizar em o selo DGERT – Direção-Geral do Empre- sobre as diferentes temáticas que em
Lisboa e no Porto, já segundo um oitavo go e das Relações de Trabalho. cada momento estão sobre a mesa. É
tema: “Verificação das instalações – Ins- Como tem vindo a ser habitual, a divul- também uma oportunidade para as en-
peção visual e ensaios”, havendo ainda gação destas ações é efetuada recorren- tidades participantes exporem todas as
previsão do arranque para breve de um do ao portal da CERTIEL, à página de suas preocupações e questões que pre-
nono tema, este relativo a “Tecnologia facebook e aos contactos personalizados tendam ver esclarecidas sobre a ativi-
de iluminação e Luminotecnia”. via SMS e correio eletrónico para o te- dade desenvolvida pela CERTIEL.
Estes novos conteúdos irão, certamente, lefone e endereço que nos foram dispo- Desta Comissão Consultiva fazem parte,
ao encontro da ambição de maior co- nibilizados. para além da CERTIEL, representantes
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Mobilidade Elétrica
Nova legislação publicada em 2016

Em agosto deste ano foram publicadas quatro Portarias e uma Resolução do Conselho de Minis-
tros no âmbito da mobilidade elétrica.

C om especial relevância para os profissionais do sector, Portaria n.º 222/2016, de 11 de agosto+


verifica-se que neste conjunto de Portarias são definidos
critérios de potência a considerar para o carregamento de Estabelece os termos aplicáveis às licenças de utilização
veículos elétricos, em novas operações urbanísticas, e requi- privativa do domínio público, para a instalação de pontos
sitos para cada ponto de carregamento ligado à rede de de carregamento de baterias de veículos elétricos em lo-
mobilidade elétrica, onde se prevê que, no mínimo, exista cal público de acesso público no domínio público.
uma tomada ou um conector de acordo com as especificações
da Diretiva 2014/94/EU do Parlamento Europeu e do Con-
selho, de 22 de outubro. Consultar Boletim nº54+, página 8. Portaria n.º 231/2016, de 29 de agosto+

Portaria n.º 220/2016, de 10 de agosto+ Estabelece a cobertura, as condições e o capital mínimo


do seguro obrigatório de responsabilidade civil por danos
Estabelece as potências mínimas e as regras técnicas a que causados no exercício das atividades de comercialização
devem satisfazer as instalações de carregamento de veícu- de eletricidade para a mobilidade elétrica e de operação
los elétricos em edifícios e outras operações urbanísticas. de pontos de carregamento para a mobilidade elétrica, e
revoga a Portaria n.º 173/2011, de 28 de abril.

Portaria n.º 221/2016, de 10 de agosto+


Resolução do Conselho de Ministros
Estabelece as regras em matéria técnica e de segurança n.º 49/2016, de 1 de setembro+
aplicáveis à instalação e ao funcionamento dos pontos de
carregamento de baterias de veículos elétricos. Estabelece as 1.ª e 2.ª fases da Rede Piloto MOBI.E.
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Perguntas Técnicas + frequentes


O QUE REFEREM AS RTIEBT SOBRE SEGURANÇA DOS TÉCNICOS RESPONSÁVEIS NA EXECUÇÃO DE TRABALHOS FORA DE TENSÃO?

1 2 5
Os trabalhos nas instalações devem ser reali-  Se a comunicação indicada na secção 642.1.1  Quando não houver a certeza de que foi des-
zados, em regra, fora de tensão e por pessoas for via rádio ou telefone, quem a receber deve ligada a parte da instalação afetada pelos tra-
qualificadas (BA5) ou instruídas (BA4), depois repeti-la, demonstrando que a compreendeu balhos, estes só podem ser realizados como
de o responsável pela condução desses tra- (RTIEBT 642.1.2). se a instalação estivesse em tensão e de acor-
balhos ter procedido ao corte da corrente ou do com as regras indicadas na secção 642.2
ter recebido comunicação de pessoa idónea 3 (RTIEBT 642.1.5).
que garanta ter sido realizado esse corte. Não
é admissível iniciar os trabalhos por prévia Antes de iniciar os trabalhos deve ser compro- 6
combinação de hora ou por simples falta de vada a efetiva ausência de tensão por meio de
tensão (RTIEBT 642.1.1). dispositivos adequados. Deve, ainda, verificar-se O restabelecimento da tensão às instalações
se na proximidade da zona onde vão decorrer onde decorreram os trabalhos só deve ser fei-
Nota: Recomenda-se que os responsáveis pela os trabalhos há condutores ou peças em ten- to depois de avisadas as pessoas que os reali-
exploração das instalações entreguem instru- são e, em caso afirmativo, devem tomar-se as zaram e de ter sido garantido que a instalação
ções escritas relativas à segurança das pessoas precauções adequadas (RTIEBT 642.1.3). está em condições de ficar em tensão. Não é
ao responsável pela condução dos trabalhos. admissível restabelecer a tensão por prévia
Não é admissível combinar a hora para eliminar 4 combinação de hora (RTIEBT 642.1.6).
a tensão, uma vez que este procedimento pode
dar lugar a acidentes devidos ao desacerto dos  Devem ser tomadas as medidas adequadas  Nota: Não é admissível combinar a hora para
relógios, ao engano nas horas ou a uma incorre- para evitar que possam ser religados de for- a reposição da tensão, uma vez que este pro-
ta estimação do tempo necessário para execu- ma inadvertida os dispositivos de corte ou de cedimento pode dar lugar a acidentes devidos
tar a manobra de corte. proteção acessíveis e por meio dos quais foi ao desacerto dos relógios, ao engano nas ho-
Não é, também, admissível iniciar os trabalhos eliminada a tensão (RTIEBT 642.1.4). ras ou a uma demora na realização dos traba-
por simples falta de tensão, uma vez que esta lhos para além do previsto.
pode resultar de um incidente na instalação e Nota: Entre as medidas adequadas cita-se, por

a tensão pode surgir após a resolução desse exemplo, o bloqueio, por meio de cadeados 7
incidente. ou de fechaduras, dos dispositivos de corte ou
de proteção e a colocação de placas ou de le- 
Se o aviso indicado na secção 642.1.6 for
treiros de aviso com a indicação “NÃO LIGAR via rádio ou telefone, quem o receber deve
– TRABALHOS”, os quais devem ser mantidos repeti-lo, demonstrando que o compreendeu
até ao final dos trabalhos. (RTIEBT 642.1.7).
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Dimensionamento de entradas considerando


a queda de tensão admissível
Como ligar condutores de secções elevadas
a equipamentos de contagem e ACE?

ser inferior a 6 mm 2. Complementarmente a impedância


dos condutores, influenciada por comprimento, secção
e resistividade da alma condutora, deverá ser tal que
as perdas por efeito de Joule não sejam significativas
a ponto de reduzir, por q.d.t. na canalização, o valor da
tensão nominal disponível, no início da instalação de
utilização, de modo não regulamentar.
Consequentemente o incremento da secção dos con-
dutores verifica-se, em muitos casos, como um proce-
dimento incontornável, sendo certo que sempre que
estes valores ultrapassam os 25 mm 2, não é possível
efetuar a sua ligação, de forma direta, aos terminais
Modo de análise Apresentação dos equipamentos de contagem e aparelhos de corte
Foram consideradas inspeções em que se verificaram No âmbito do dimensionamento de entradas, em par- de entrada (ACE) empregues nas instalações.
não conformidades relacionadas com a queda de ten- ticular no que à escolha da secção dos condutores a
são (q.d.t.). Em atenção foram tidos os relatórios resu- empregar nas canalizações concerne, é necessário sa- Requisitos técnicos considerados
mo das inspeções e a correspondência remetida para tisfazer as prescrições estabelecidas nas RTIEBT: Estas foram as regras consideradas, atendendo ao caso
a CERTIEL com justificações e evidências de correção n A dequação aos valores das correntes de serviço I ;
B
em estudo, sem prejuízo de outras prescrições rele-
de não conformidades. Utilizaram-se como referência: n A dequação à natureza dos circuitos; vantes igualmente previstas nas RTIEBT e que também
n C ritérios previstos nas RTIEBT; n A dequação à q.d.t., queda de tensão máxima permitida. devem ser aplicadas, designadamente as das secções:
n E quipamentos disponíveis no mercado para permi- Com efeito, não basta para a conceção deste tipo de ca- n S ecção 433, que estabelece que I ≤ I ≤ I ;
B n Z
tir derivações simples entre condutores de secções nalizações garantir que o I Z, valor admissível, é suficien- n S ecção 803.5.5.3, que estabelece a secção de 6 mm 2

não contíguas; temente superior ao IB, corrente de serviço, em conjunção como a mínima permitida para condutores a empre-
n E xequibilidade (técnica e económica) da conceção. com, dada a natureza das entradas, a secção prevista não gar em entradas.
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Quedas de tensão (secção 525) Quedas de tensão (secção 803.2.4.4)

(…) 803.2.4.4.2 – As secções dos condutores usados nos diferentes troços das instalações colectivas
e entradas devem ser tais que não sejam excedidos os valores de queda de tensão seguintes:
Nota: Para canalizações em que a secção do condutor de fase
seja igual à do condutor neutro, as quedas de tensão podem ser a) 1,5%, para o troço da instalação entre os ligadores da saída da portinhola e a origem da ins-
determinadas a partir da expressão seguinte: talação eléctrica (de utilização), no caso das instalações individuais;

b) 0,5%, para o troço correspondente à entrada ligada a uma coluna (principal ou derivada) a
partir de uma caixa de coluna, no caso das instalações não individuais;

c) 1,0%, para o troço correspondente à coluna, no caso das instalações não individuais.
em que:
u é a queda de tensão, expressa em volts; Para efeitos do cálculo das quedas de tensão devem ser usados os valores indicados na secção
u é a queda de tensão relativa, expressa em percentagem; 803.2.4.3.1, os quais, na falta de elementos mais precisos, devem ser considerados como resisti-
Uo é a tensão entre fase e neutro, expressa em volts; vos (cosφ = 1).
b é um coeficiente igual a 1 para os circuitos trifásicos e a 2
para os monofásicos (os circuitos trifásicos com o neutro Nota: Os valores de queda de tensão são referidos à tensão nominal da instalação.
completamente desequilibrado, isto é, com uma só fase car- Quando existir “troço comum”, a queda de tensão neste troço deve ser afectada ao ramal e não à instalação colectiva.
regada, são considerados como sendo monofásicos); Considerando que o limite inferior da tensão na origem das instalações eléctricas (de utilização) é de -10% (veja-se
ρ1 é a resistividade dos condutores à temperatura em serviço nor- 803.2.4.4.1), resulta, pela aplicação desta regra, que o limite inferior da tensão da rede de distribuição de energia
mal, isto é, 1,25 vezes a resistividade a 20°C (0,0225 *.mm²/m para eléctrica em baixa tensão seja, no final da rede (portinhola ou quadro de colunas, consoante o caso), de -8,5%.
o cobre e 0,036 *.mm²/m para o alumínio); Para o cálculo das quedas de tensão, veja-se a expressão indicada na nota da secção 525.
L é o comprimento simples da canalização, expresso em metros;
S é a secção dos condutores, expressa em milímetros quadrados;
cosφ é o factor de potência (na falta de elementos mais pre- 803.2.4.4.5 – A queda de tensão, no caso das entradas trifásicas, deve ser calculada a partir da po-
cisos, pode ser usado o valor cosφ=0,8 e, consequente- tência prevista para alimentação dos equipamentos normais previstos para as instalações eléctri-
mente, senφ=0,6); cas (de utilização) por elas alimentadas, suposta uniformemente repartida pelas diferentes fases.
λ é a reactância linear dos condutores (na falta de outras in- O cálculo deve ser feito fase a fase, como se de uma entrada monofásica se tratasse, considerando
dicações pode ser usado o valor 0,08 m 2/m); que apenas a fase em análise está em serviço.
I B é a corrente de serviço, expressa em amperes.
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Caso prático

Fig 2 – Pormenor de ligação em caixa de transição, no fim


Fig. 1 – Moradia unifamiliar com canalização de entrada de comprimento significativo de entrada, junto ao QE da instalação

Canalização de entrada de moradia unifamiliar cujas A distância significativa entre a portinhola e o quadro Os mesmos dois troços foram ligados, através das citadas
características são: de entrada levou a que a secção dos condutores da caixas, ao troço de maior comprimento e de secção incre-
entrada, com 102 m de comprimento, tivesse que ser mentada para satisfazer as exigências da q.d.t., nos termos
n P MA = 20,7 kVA (trifásicos) incrementada para valores superiores aos 25 mm 2. do indicado atrás, em Requisitos técnicos considerados.
n I B=30 A A impossibilidade dos condutores serem ligados, dado
o valor da sua secção, diretamente nos terminais dos
n 2 troços a VAV4G10 mm 2 equipamentos de contagem e ACE, levou ao emprego
n e ntubados embebidos nos elementos da construção de duas caixas para transição de secções em cada ex-
n I =46 A
Nota: Ambas as caixas:
Z
tremidade da entrada, ou seja, uma no limite da pro- a) S ão adequadas às instalações alimentadas em BT, como pre-
n c omprimento L=2 m priedade junto ao contador e à portinhola e a outra visto na secção 511 das RTIEBT;
junto ao quadro de entrada e ao ACE da instalação. b) S ão compatíveis com as prescrições estabelecidas pelo ORD,
n t roço de secção incrementada a LSVAV 4G70 mm 2 Com estas caixas tornou-se possível executar troços Operador de Rede competente;
c) P ossuem proteção contra contactos indiretos como previsto
n d iretamente enterrado de canalização, com secções e respetivos valores de na secção 803.2.2 das RTIEBT;
n I =167 A I Z adequados à I B e não inferiores a 6 mm 2, com com-
Z d) I ntegram soluções de ligação coerentes como exigido na sec-
n c omprimento L=100 m primentos não significativos para a q.d.t. final. ção 526 das RTIEBT.
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Desmaterialização da análise
e tramitação dos projetos
Evolução dos projetos em suporte digital_2016

100%
91,96
84,62 95,45
80% A CERTIEL, conforme já foi referido em
68,28
edições anteriores do Boletim, iniciou em
60%
51,70 janeiro de 2016 o processo de desmate-
40%
rialização da análise e tramitação dos
projetos de instalações elétricas do tipo C.
20%

0%
mai jun jul ago set E ste processo arrancou com uma fase piloto
centrada em quatro municípios da região
de Lisboa. Após a consolidação desta fase, o Na sua maioria, os projetos chegam via operador
procedimento foi alargado a todo o país, o que de rede, EDP D, cuja colaboração com a CERTIEL
Origem dos projetos para análise ocorreu no passado mês de maio. na implementação desta metodologia contribuiu
Decorridos alguns meses após a implementação largamente para o sucesso do processo.
desta medida constata-se que a adesão tem
85% vindo a crescer progressivamente. Os projetos A tramitação dos projetos em suporte digital
entregues para análise em suporte digital re- implica o cumprimento de alguns requisitos, aos
presentam atualmente cerca de 95% do total. quais pode aceder através do Balcão Digital, menu
Projetos > Projetista – tramitação > Requisitos.
Os projetos cuja aprovação é solicitada à CERTIEL Caso pretenda conhecer a forma de remeter
podem chegar por duas vias: a documentação ao operador de rede, EDP D,
n E DP D – Projetos que obriguem à viabilização bem como os contactos das diversas áreas ope-
15% EDP D das condições da alimentação elétrica; racionais para onde devem ser encaminhados
Projetista n P rojetista – Projetos retificativos cuja ficha ele- os projetos, pode consultar o menu Projetos >
trotécnica (FE) não careça de alterações. Projetista – tramitação > Envio à EDP.
www.certiel.pt
55 setembro
2016 +01+02+03+04+05+06+07+08+09+10+11

Acidentes de origem elétrica


e incêndios de origem desconhecida
30

Estão disponíveis em www.certiel.pt+ os resultados do estudo efetuado 25


durante o primeiro semestre de 2016, quer sobre acidentes com causas 20
elétricas quer sobre incêndios em edifícios cujas causas não são defini-
das, podendo estes ter tido, em número significativo, a sua origem no 15

uso da eletricidade. 10

E sclarece-se que este trabalho não pre- to os valores são equivalentes aos obtidos 0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN
tende ser uma análise científica nem em anos anteriores. Elétrica 17 8 10 7 10 2
estatisticamente relevante sobre os aci- A estes valores está associado o registo de Desconhecida 21 21 27 18 24 21
dentes elétricos que ocorrem em edifícios 13 mortes, às quais se somam 138 feridos,
no país. sendo que 19 destes terão ficado em es-
Este trabalho tem apenas como objetivo tado grave, para além de quase duas cen-
120
alertar para uma situação potencialmente tenas de pessoas desalojadas, segundo os
mais grave do que o mero recurso aos dados que foram notícia. 100
media poderá indiciar. Neste relatório poder-se-á verificar, entre
Da informação recolhida no primeiro se- outros indicadores, a distribuição por mu- 80
mestre de 2016 resultaram 54 registos de nicípio das ocorrências mais relevantes em
60
acidentes relacionados com a utilização de função da quantidade existente de ligações
energia elétrica, um valor que se encontra de energia elétrica em baixa tensão. 40
25% acima dos resultados obtidos no pri- Os resultados do estudo do primeiro se-
20
meiro semestre do ano anterior, embora mestre deste ano estão disponíveis em
estando em linha com os restantes estudos https://www.certiel.pt/web/certiel/relato- 0
efetuados para períodos homólogos. rio-de-acidentes+, endereço onde cons- Agrícolas Habitação ERP Indústria Escolar/Hospitalar
Em relação aos incêndios cujas causas fo- tam também todos os estudos anteriores, Elétrica 0 26 18 5 5
ram tidas como sendo desconhecidas, fo- permitindo uma análise comparativa entre Desconhecida 9 88 13 22 0
ram registados 132 incêndios. Neste âmbi- os vários resultados. Global 9 114 31 27 5
55 setembro
2016

atendimento
PROPRIEDADE
AO PÚBLICO
CERTIEL
presencial: Associação Certificadora
de Instalações Eléctricas
9H30 às 13H00 Rua dos Anjos, 68
1150-039 LISBOA - PORTUGAL
14H30 às 16H30 T +351 213 183 200
F +351 213 183 289
TÉCNICO certiel@certiel.pt
www.certiel.pt
presencial:
terça: DIRETORA
9h30 às 12h30 Maria João Almeida
(com marcação prévia)

telefónico: EDIÇÃO
segunda e quarta: Direção da Qualidade, Recursos e Inovação
9h30 às 12h00
PRODUÇÃO EDITORIAL
email Certiel:
certiel@certiel.pt Infofluxos
www.infoqualidade.net
email Correio do Leitor:
correio.leitor@certiel.pt PRODUÇÃO GRÁFICA

Cempalavras
www.facebook.com/CERTIEL www.cempalavras.pt
www.certiel.pt
PERIODICIDADE

Trimestral

Você também pode gostar