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Salmo 1.
Lutero ao comentar sobre o versículo 2, “Mas a sua vontade está na lei do senhor e
na sua lei meditará dia e noite", ele fala que é necessário ter cuidado para não
misturar as leis divinas com leis humanas, e dessa forma não transformar a lei de
Deus em um costume, e nem um costume humano em lei divina. Lutero a partir
disso, mostra a diferença entre o desejo do querer cumprir a lei entre o ímpio e o
piedoso. O ímpio, parte de fora para dentro, tentando alcançar sua justificação a
partir disso, o piedoso, reconhece que nada pode fazer para alcançar sua salvação,
o piedoso sabe que suas obras provém de dentro, isto é, após ser justificado
consegue praticar essas boas obras. Em síntese, neste salmo, Lutero destaca a
diferença entre ímpios e piedosos, e como isto se reflete em suas obras externas.
Salmo 5.
Lutero diz que este salmo luta grandemente contra os justiciários (os que se
justificam por boas obras) e teólogos ímpios, cuja única ocupação é alimentar a
soberba do coração, porém conforme Pv 11.2 "Onde houver soberba, aí também
haverá ultraje; onde, porém houver humildade, aí também haverá sabedoria".
Lutero afirma que não somos justificados por obras, mas pela fé, nisso
quando ele comenta o v12, ele fala da esperança, pois a fé gera esperança, Lutero
define a esperança com uma virtude teológica e a esclarece dizendo o seguinte:
"Certamente, a vida ativa, na qual muitos confiam muito temerariamente e também a
compreendem como mérito, não produz nem opera a esperança, mas a presunção
que infla do mesmo modo como a erudição. Por isso, é preciso que seja
acrescentada a vida passiva que mortifica e destrói toda a vida ativa, para que não
remanesça nenhum mérito em que o soberbo possa gloriar-se. Feito isso, se o
homem perseverar, realiza-se nele a esperança, isto é, ele aprende que nada há
nele em que se possa alegrar, esperar ou gloriar-se, além de Deus, pois a tribulação
tira tudo de nós, restando única e exclusivamente Deus, a única coisa que ela não
nos pode tirar, pelo contrário, pode nos trazer é Deus.”(p.399) "Duas coisas devem
ser observadas na esperança: os nossos méritos e a promessa de Deus. Entre
essas duas, deves situar a esperança, de forma que saibas que ela está fundada na
promessa e que os méritos provêm da esperança, de modo que eles sejam obra da
esperança; a esperança, porém, é obra da palavra ou da promessa" (p. 405). Lutero
quer dizer que, a esperança provém da fé, da mesma forma que as obras, por tanto
as boas obras são praticadas em esperança. A esperança não provém de méritos,
antes, os méritos provêm da esperança, visto esta gerar boas obras.
Salmo 6.
Para Lutero, este salmo trata dos perseguidores de Cristo, isto é, aqueles
ímpios que pervertem a lei de Deus. Temos presente em nosso texto apenas o
comentário ao versículo 11 "Envergonhem-se e conturbem-se violentamente todos
os meus inimigos; convertam-se depressa, muito envergonhados", onde quero
destacar a definição que Lutero dá para os termos "violentamente" e "depressa".
Podem referir-se ao tempo, ou ao tipo de tentação. Com relação ao tempo,
interpretamos que sejam atormentados logo, para que sejam convertidos
rapidamente. Com relação ao tipo de tentação, quer dizer que não sejam atingidos
por coisas leves, mas sim por um turbilhão deste sumo e máximo sofrimento.
Lutero fala sobre o versículo 11 que é necessário que todos passem por
tribulações, pois, somente neste momento é que são compreendidas as escrituras
sagradas. Somente a cruz nos evidencia a mais pura teologia. Dessa forma, Lutero
deixa claro sua posição sobre a Cristocentricidade das escrituras. Somente em
Cristo e através dele e seu sofrimento compreendemos tudo o que a Escritura
Sagrada nos apresenta.
Salmo 9.
Neste salmo Lutero destaca o ofício de Cristo, esse ofício de Cristo, segundo
Lutero é duplo: julgar e justificar, matar e vivificar, condenar e salvar. A isto, cabe a
relação entre a primeira e a segunda vinda de Cristo, na primeira Cristo veio como
nosso redentor e justificador, na segunda virá como juiz.
Salmo 13.
Lutero neste Salmo “destaca” aos ímpios e apresenta a forma como estes, ao
quebrarem o primeiro mandamento, quebram todo o resto da lei, pois para Lutero,
todos os demais mandamentos proveem do primeiro, vindo o primeiro a ser o mais
importante.
Salmo 15.
Lutero fala neste salmo sobre os dois tipos de Justiça, com isso, Lutero trata
de explicar as palavras do salmista no versículo 2 “o que anda sem mácula e pratica
a justiça, que fala a verdade em seu coração” desta maneira. Lutero explica que
andar sem mácula é estar justificado, não sem mácula na carne, mas, sem mácula
no espírito. Com “pratica a justiça”, diz Lutero, o salmista se refere à justiça de Deus,
pela qual somos justificados e santos, com isso, o salmista quer esclarecer que não
importa quantas obras façamos, “somente entrará no tabernáculo do senhor aquele
que caminha imaculado e pratica a justiça”, sendo imaculados pela graça de Cristo e
sendo justos apenas por ele, somente assim habitaremos em seu tabernáculo.
Salmo 22.
Para Lutero, este salmo é o principal de todos, pois nele, Jesus Cristo
constitui o centro como nenhum outro, Lutero chega a dizer que este salmo foi
escrito pelo próprio Cristo, e essas palavras o pertencem.
Introdução.
Conteúdo.