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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Resolucao de Actividades -1

Carlitos Felix Lores

Código:708191398

Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Fundamento da Teologia Catolica

Ano de Frequência: 2º Ano

Tete, Abril de 2020

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Nome do estudante: Carlitos Felix Lores Ano de Frequência: 2º Ano

Especializaçao : Lingua Portuguesa Turma: Única

Trabalho de: Fundamento de Teologia Católica I/ Codigo do Estudante: 708191398


FTC201

Dirigido ao Docente: Numero de Paginas :17

Confirmado pelo IED Data de entrega:

Aspectos a considerar na correcção Cotação Cotação

Introduçao 2,0v

Desenvolvimento 5,0v 10v

Fundamentaçao teorica ( definição de conceitos e 5,0v


termos de apresentaçao dos pontos de vista dos
autores).

Interligaçao entre a pratica ( argumentos /contra


argumentos e exemplicação)

Clareza expositiva 2,0v

Citações Bibliograficas( directas e indirectas) 2,0v

Conclusão 2,0v

Referencias Bibliograficas( normas APA) 2,0v

Cotação Total: 20,0v

Assinatura do Docente:

Assinatura do Assistente Pedagógico:

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Recomendacoes Para a melhoria

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Índice
INTRODUCAO...........................................................................................................................................5
CAPITULO – I............................................................................................................................................6
CAPITULO - II...........................................................................................................................................8
CAPITULO III..........................................................................................................................................14
CONCLUSAO..........................................................................................................................................17
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................18

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INTRODUÇÃO
A Teologia Fundamental dirige-se a esse mundo cultural. Ao conhecê-lo, pelo menos de modo
sumário, brotam perguntas à fé que a Teologia Fundamental trabalha. Preferimos analisar
mundos menos estudados: do mito, da magia e da violência, além da conjuntura religiosa
eclesial, como desafios para a Teologia Fundamental. No segundo capítulo, apresentamos o
percurso da Teologia Fundamental tradicional. Desde o início do cristianismo, a fé defrontou-se
com posições adversas, procurando justificar-se de maneira apologética. Na Idade Média, criou-
se clima religioso favorável de maneira que ser cristão no Ocidente tornou-se culturalmente
conatural. A Reforma protestante trouxe para a fé católica romana novo momento de confronto e
justificativa em termos polêmicos. E no Concílio Vaticano I, reforçou-se o método apologético
enfrentando as oposições racionalistas da modernidade. Vários movimentos no interior da Igreja
criaram clima novo na Igreja Católica. A renovação bíblica e teológica do pós-guerra permitiu
novo ponto de partida para a Teologia Fundamental, que estudamos no terceiro capítulo.
Estabelecemos alguns pontos basilares que vieram da Teologia Europeia Conciliar e os
elementos que a Teologia da Libertação trouxe de novo.

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CAPITULO – I
1. 1.Reflectir em torno da fé.

A fé é o ato mais nobre do homem

O Concílio do Vaticano I (1870), para dissipar erros do século XIX, definiu a fé nos seguintes
termos: “A fé… é uma virtude sobrenatural pela qual, prevenidos e auxiliados pela graça de
Deus, cremos como verdadeiro o conteúdo da Revelação, não em virtude da verdade intrínseca
(evidência) das proposições reveladas, vistas a luz natural da razão, mas por causa da autoridade
de Deus, que não se pode enganar nem pode enganar a nós”. (DS, Enquirídio de Definições …
3008 [ 1789 ] )

O Concílio do Vaticano II, em 1965, também se pronunciou: “Ao Deus que revela, deve-se a
obediência da fé, pela qual o homem livremente se entrega todo a Deus, prestando ao Deus
revelador um obséquio pleno do intelecto e da vontade e dando voluntário assentimento à
revelação feita por Ele”. (Constituição Dei Verbum nº 5)

A fé é um ato da inteligência, mas é também uma atitude da inteligência movida pela vontade.
As proposições da fé não podem ser vistas e provadas como as da ciência, mas, pela análise da
inteligência, essas proposições podem ser tidas como aceitáveis. Assim, depois de examinadas as
propostas da fé, a inteligência pode consentir em crer e passar para a nossa vontade a decisão
final: crer ou não crer.

A inteligência pede credenciais para crer, e essa baseia-se na autoridade e credibilidade de quem
ou do que transmite a mensagem.

Assim, a fé é um ato livre, um gesto voluntário prestado à autoridade de Deus que se revela. É
um ato mais nobre do que os outros, cujo objeto é tão evidente que eles se tornam obrigatórios. O
ato de fé supõe reflexão e decisão consciente e responsável.

Ter fé é algo raro ou difícil para o ser humano. Na vida cotidiana, todo homem, mesmo o ateu,
exercita a fé. Você acredita no médico, no professor que ensina, no padeiro que fez o pão e nele
não colocou veneno etc. Sem esses atos de fé, seria impossível viver.

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Quando um homem e uma mulher se casam, cada um crê no outro. Então, se cremos nas pessoas,
não é contrário à nossa dignidade acreditar, pela fé, na revelação de Deus em plena adesão do
intelecto e da vontade, e entrar, assim, em comunhão íntima com Ele.

2. Apresente um breve historial da teologia, desde a antiguidade ate hoje.

O conceito de teologia aparece pela primeira vez no pensamento grego, através de Platão
(379a.C.). Entretanto, Platão entendia que a teologia era relacionada aos mitos, às lendas, aos
deuses esuas histórias, que eram criticados filosoficamente, desmitificados e interpretados
conforme asnormas da educação política e purificados de toda inconveniência.Então, segundo
Platão, a teologia representa o caminho do mito ao logos.

Apesar de Anaximandro( filósofo que viveu entre 610-09 e 547-46 a.C. e escreveu uma obra Da
Natureza, de que ficou um fragmento textual ) e Heráclito ( filósofo que viveu na Ásia Menor,
Éfeso, era de estirpe real, solitário e desdenhoso (VI e V a.C.) e expôs o seu sistema numa obra
filosófica intitulada Da Natureza) já terem delineado este sentido, concluem que com Platão
havia chegado à perfeição.A função do logos consistia em descobrir a verdade que estava
escondida pelos deuses, utilizando aforma da revelação, alhqeia (verdade, fidedignidade,
confiabilidade, justiça).Aristóteles chama os poetas Hesíodo e Homero de criadores de mitos, e
os filósofos jónicos danatureza, de físicos. Através dessas e outras afirmações de Aristóteles
surgiu a conhecidametafísica parte da filosofia, que com ela muitas vezes se confunde, e que, em
perspectivas e com finalidadesdiversas, apresenta as seguintes características gerais ou algumas
delas: é um corpo deconhecimentos racionais (e não de conhecimentos revelados ou empíricos)
em que se procuradeterminar as regras fundamentais do pensamento (aquelas de que devem
decorrer o conjunto de princípios de qualquer outra ciência, e a certeza e evidência que neles
reconhecemos), e que nos dáa chave do conhecimento do real, tal como este verdadeiramente é
(em oposição à aparência), aqual também é um conceito de teologia. Entretanto, logo a seguir ele
construiu a teologiaontológica, que tem como significado:

O deus (dos filósofos) torna-se fim e meta de uma filosofia primeira que tem por objetivo o
serenquanto ser o que é estudado nas suas relações e causas primeiras até provar que existe um
serabsolutamente primeiro de quem dependem o céu e a Terra.

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CAPITULO - II
I. Discutir o conceito de igreja a partir da sua etmologia.

Igreja, do latim ecclesia, é um templo cristão, é o local da pregação dos ensinamentos de Cristo,
obedecendo os princípios da ética cristã.

Igreja é o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e que celebram as mesmas doutrinas religiosas.

Em sociologia Igreja é um grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade


cujos membros representam da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o mundo
profano. Como grupo, uma igreja abrange uma comunidade dos que creem e, geralmente um
corpo de sacerdotes, hierarquizado ou não. Como instituição, a igreja representa um sistema de
preceitos dogmáicos, ritos e crenças.

Igreja Católica

Igreja Católica ou Igreja Católica Romana, é uma Igreja Cristã, que tem por objetivo pregar o
Evangelho de Jesus Cristo. A estrutura da Igreja foi formada pela Bíblia, pelos ensinamentos e
pela doutrina cristã. Através de uma interação dinâmica entre a Bíblia e a tradição, a Igreja
desenvolveu seus ensinamentoss, crenças e credos, além da litúrgia, sacramentos e festividades,
concedendo aos fiéis a essência da fé cristã.

2. Apresentar a igreja como ministério, tendo em consideracao os pressupostos da


eclesiologia do Vaticano II e a Ecleosiologia da Lumen Gentium.
O que é mistério? Mistério são aquelas realidades que mostram alguma coisa, mas que, ao
mesmo tempo, escondem alguma coisa.

Por isso, é muito oportuna a pergunta do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica: Em que
sentido a igreja é mistério?

está presente e operante. Uma realidade Espiritual, divina. Em outras palavras, há na igreja
aquilo que aparece, aquilo que vemos, aquilo que tocamos, a palavra de Deus lida, os
sacramentos com sinais sensíveis, a prática da caridade, a caridade que vivemos cada dia, as
formas e fórmulas de oração. Mas há também uma realidade que não se vê.

Uma realidade divina.

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Não conseguimos tocar na graça, não conseguimos abarcar a graça. Graça é esta realidade divina
que vai aos corações, que vai às comunidades. Por exemplo, Jesus Cristo disse que, quando duas
ou três pessoas estiverem reunidas em Meu Nome, Ele estaria no meio delas. Então nos reunimos
e acreditamos nesta presença, mas não vemos. Há uma realidade, pois, que aparece, a
comunidade reunida, mas há uma vida que não aparece e é extraordinária.

A presença de Cristo, com razão, nós chamamos a igreja de mistério neste sentido.

Há o que vemos. Há o que sentimos. Há o que apalpamos, mas há também aquilo que só pela fé
nós acreditamos que exista. E como diz mesmo o catecismo, esta realidade que se descobre
unicamente com os olhos da fé.

3. Apresentar a identidade de Maria ,os quatros dogmas a ela ligados , e reflectir em tornos
da verdadeira devoção de Maria.

Eu derramo água sobre uma criança e digo: eu te batizo em nome, do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Amém.

O que as pessoas presentes no batismo veem, este meu gesto de derramar água e dizer estas
palavras, mas aquela realidade que está acontecendo, aquela realidade divina que Deus está
habitando, tomando posse desta criança ou adulto, ela está se tornando templo da Santíssima
Trindade. Isto não vemos, mas acreditamos que é uma verdade. E assim poderia dar uma série de
exemplos sobre a igreja e seu mistério.

Por isso, diante da igreja, que quer muito cuidado, não querer examiná-la a luz da ciência,
Porque aí sim, seria um desastre. E, aliás, não entenderíamos, não seríamos capazes de
compreender. Seria como alguém querer entender o relógio, separar todas as peças, e, no final,
ele tem todas as peças. Dificilmente ele vai dizer isto é um relógio. São peças.

Às vezes a gente quer dissecar a igreja. A igreja exige de nós um ato de fé, fé naquele Deus que a
concebeu, fé em Jesus Cristo que veio instaurá-la, fé no Espírito Santo que age, fé no Espírito
Santo que atua na igreja para que você, pela fé, penetre no mistério da igreja.

s dogmas sobre Maria são verdades de fé declaradas por um Concílio ou por um Papa e nas quais
o fiel católico é obrigado a acreditar e professar.

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Eles foram enunciados em momentos importantes para a história da Igreja e tocam em pontos
sensíveis relativos à doutrina.

I. . Maternidade divina

Cristo é pessoa divina e Maria é a Sua mãe. Foi declarado no Concílio de Éfeso, em 431. Na
época a Igreja vivia uma profunda polêmica interna causada pelos nestorianos, corrente muito
popular entre as comunidades cristãs do Oriente. Segundo eles, Jesus tinha duas naturezas, uma
humana e outra divina, mas pouco ligadas. Maria seria mãe apenas de Cristo como homem. Para
combater esse pensamento, a Igreja outorgou-lhe o título de Theotokos (Teótokos), expressão
grega que significa “Mãe de Deus”.

II. Virgindade perpétua

Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. Foi declarado no segundo Concílio de
Constantinopla, em 553. A virgindade de Maria é uma ideia tradicional, que remonta às origens
do cristianismo, mas gerou bastante polêmica ao longo da história da Igreja. Foi questionada
pelos pagãos, que não compreendiam como uma virgem poderia dar à luz. Já as tendências
gnósticas dentro do cristianismo achavam que Jesus era filho de José.

III. Imaculada Conceição

Maria foi totalmente isenta de pecado, inclusive quando concebida por seus pais, Santa Ana e
São Joaquim. Todo o resto da humanidade, desde os nossos primeiros pais, nasceu com pecado
original – daí, aliás, a necessidade da Salvação. Proclamado pelo Papa Pio IX em 1854, o dogma
da Imaculada Conceição teve como pano de fundo a luta que na época a Igreja travava contra o
racionalismo enviesado e exacerbado. Essa corrente, com ares de “científica”, negava a
possibilidade de forças sobrenaturais agirem no mundo. O dogma da Imaculada realça
justamente a intervenção direta de Deus no mundo ao preservar Maria do pecado original.Nas
aparições de Lourdes, a própria Nossa Senhora confirmou essa verdade de fé: confira neste
artigo.E, em outro caso impressionante, durante um exorcismo na Itália em 1823, dois sacerdotes
dominicanos fizeram o diabo reconhecer esse mesmo dogma 30 anos antes de que ele fosse
promulgado! Confira aqui.

IV. . Assunção

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Após a morte, Maria subiu ao Céu em corpo e alma. Depois de Cristo, ela foi a única criatura que
teve esta distinção. Foi declarado por Pio XII no pós-guerra, em 1950. Após a maciça
mortandade da Segunda Guerra, o dogma fala da santidade da vida e da dignidade dos corpos
humanos, ao lembrar que eles também estão destinados à Ressurreição.

4. Reflectir em torno dos sacramentos na igreja: definir sacramentos, e classificar os


sacramentos. De acordo com a sua divisão.

Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, por meio
dos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis sob os quais os sacramentos são
celebrados significam e realizam as graças próprias de cada sacramento. Produzem frutos
naqueles que os recebem com as disposições exigidas. O Espírito Santo prepara para a recepção
dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé, daqueles que acolhem nos corações. O
fruto da vida sacramental é ao mesmo tempo pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é para
cada fiel, uma vida para Deus em Cristo Jesus; por outro, é a para a Igreja crescimento na
caridade e em sua missão de testemunho.

Os sacramentos da nova lei foram instituídos por Cristo e são sete: o Batismo, a Confirmação, a
Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. Os sete sacramentos
atingem todas as etapas e todos os momentos importantes da vida cristã: dão à vida de fé dos
cristãos origem e crescimento, cura e missão. Nisto existe certa semelhança entre as etapas da
vida natural e as da vida espiritual.

Desde seu nascimento, quando Cristo entra na história humana, ele é visto como um sinal
sacramental. A estrutura sacramental da história é recapitulada nos sacramentos da Igreja que
celebram o mistério pascal de Cristo. A sacramentalidade de Cristo pode ser vista de diversas
maneiras:

Cristo é sacramento pelo seu ser, por sua própria verdade ontológica, por sua presença entre os
homens como filho de Deus; Cristo é sacramento pela sua atuação, pela totalidade de sua ação
messiânica e salvadora que se manifesta ao longo de sua vida em suas palavras, atitudes e gestos:
“Quem me viu, viu o pai” (Jo 14,9); Cristo é sacramento por seus atos privilegiados, ou seja, atos
nos quais se revela de maneira especial o seu poder salvador, a presença de Deus nele.

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Os Sacramentos de Iniciação Cristã

Pelos sacramentos de iniciação cristã – batismo, confirmação e eucaristia – são lançados todos os
fundamentos da vida cristã, os fiéis renascidos pelo batismo, são fortalecidos pelo sacramento da
confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Os ritos visíveis sob
os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada
sacramento.

Os Sacramentos de Iniciação Cristã

Pelos sacramentos de iniciação cristã – batismo, confirmação e eucaristia – são lançados todos os
fundamentos da vida cristã, os fiéis renascidos pelo batismo, são fortalecidos pelo sacramento da
confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Os ritos visíveis sob
os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada
sacramento.

O Sacramento do Batismo

O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo, a porta da vida no Espírito. O rito
essencial do Batismo consiste em mergulhar na água a pessoa ou derramar água sobre a cabeça,
invocando a Santíssima Trindade, isto é, realiza este nascimento a partir da água e do Espírito. O
fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que comporta:

a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais;

o nascimento para a vida nova, pelo qual o homem se torna filho de Deus pela regeneração;
membro de Cristo, templo do Espírito Santo;

É incorporado à Igreja, corpo de Cristo, e se torna participante do sacerdócio de Cristo;

O Baptismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, de sua pertença a Cristo, que
consagra o batizado ao culto da religião.

O Batismo constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos, os batizados são


chamados a professar diante dos homens a fé que pela igreja receberam de Deus, e participar da

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atividade apostólica e missionária do povo de Deus. A entrada na vida cristã dá acesso à
verdadeira liberdade.

O Sacramento da Confirmação

Juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos


“sacramentos da iniciação cristã”, os fiéis têm a obrigação de receber esse sacramento, pois sem
a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Batismo é sem dúvida válido e eficaz, mas a
iniciação cristã permanece inacabada.

A confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para


enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo,
tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associar-nos à sua missão e ajudar-nos a dar
testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada das obras.

No costume latino a confirmação se dá na “a idade da razão”, às vezes se fala da Confirmação


como o “sacramento da maturidade cristã”, mas nem por isso se deve confundir a idade adulta da
fé, com a idade do crescimento natural. A preparação deve conduzir o cristão a uma união mais
intima com Cristo, a uma familiaridade mais intensa com o Espírito Santo, para assumir as
responsabilidades apostólicas, por isso, a catequese deve se empenhar em despertar a pertença à
Igreja de Jesus Cristo.

Para receber a Confirmação é necessário recorrer ao sacramento da Penitência para ser


purificado em vista do dom do Espírito Santo, convém que os candidatos procurem a ajuda
espiritual de um padrinho ou de uma madrinha. Portanto a Confirmação, como o Batismo,
imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou caráter indelével; a razão pela qual só se pode
receber este sacramento uma vez na vida.

O Sacramento da Eucaristia

Tendo amado os seus, o Senhor amou-os até o fim. Sabendo que chegara à hora de partir deste
mundo para voltar ao Pai, durante a última ceia lavou os pés de seus discípulos e deu-lhes o
mandamento do amor. A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da igreja, é o memorial da
páscoa de Cristo, isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo,
obra tornada presente pela ação litúrgica.

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Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os
quais é invocada a benção do Espírito Santo, e o sacerdote pronuncia as palavras da consagração
dita por Jesus durante a última ceia. Por meio da consagração opera-se a transubstanciação do
pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo.

A Celebração Eucarística é o memorial da páscoa de Cristo, obra de salvação realizada pela


Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, a Celebração Eucarística compreende a proclamação da
Palavra de Deus, a ação de graças a Deus Pai por todos os seus benefícios, pelo dom de seu
Filho, a consagração do pão e do vinho e a participação no banquete litúrgico pela recepção do
Corpo e do Sangue do Senhor. A igreja recomenda aos fiéis que recebam a Santa Comunhão
quando participam da celebração da Eucaristia; impõe-lhes a obrigação de comungar pelo menos
uma vez por ano.

Quem quer receber a Cristo na comunhão Eucarística deve estar em estado de graça. Receber a
Eucaristia traz como fruto principal a união íntima com Cristo, separa-nos do pecado e fortalece
a caridade.

CAPITULO III
1. Discutir o conceito de homem (ser humano).

Entende-se por homem a todo ser humano do sexo masculino, em oposição àqueles de sexo
feminino classificados com o termo mulher. Dentro da categoria homem pode ser
considerado o menino, adolescente e adulto. Com frequência, o termo homem é utilizado
também para se referir à humanidade em geral ou ao indivíduo em sociedade, sem distinção
de sexo nem de idade.

2. Apresentar Jesus Cristo como protótipo do ser humano.


3. Discutir a questão do homem como dignidade da pessoa humana.

Muitos usam a expressão dignidade da pessoa humana para defender direitos fundamentais,
mas sem alcançar o âmago do conceito e seus respectivos contornos. Por conta disto,
inúmeras vezes a utilização da expressão acaba ocorrendo em contextos diametralmente
opostos aos escopos constitucionais para justificar o direito à vida, à liberdade, à saúde e
assim por diante. O mencionado paradoxo nos leva a compreender o porquê da necessidade

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em se fazer algumas reflexões sobre realidades e sofismas[1] na fixação de um conceito
uníssono e coerente quanto à expressão “dignidade da pessoa humana”, o qual possa servir
como base sólida em prol da defesa dos direitos es-senciais do ser humano, sob pena de
deixá-los sem qualquer amparo efetivo e, por conseguinte, sem garantia de respeito.

Ingo Sarlet[3] define da seguinte forma:

(…) por dignidade da pessoa humana a qualidade intrín-seca e distintiva de cada ser
humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da
comunidade, implicando, neste sentido, um comple-xo de direitos e deveres fundamentais
que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degra-dante e
desumano, como venham a lhe garantir as condi-ções existenciais mínimas para uma
vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corres-ponsável
nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humano.

Ainda sobre dignidade da pessoa humana afirma Gustavo Tepedino[4]:

Com efeito, a escolha da dignidade da pessoa humana como fundamento da República,


associada ao objetivo fundamental de erradicação da pobreza e da marginalização, e de
redução das desigualdades sociais, juntamente com a previsão do § 2º do art. 5º no
sentido da não ex-clusão de quaisquer direitos e garantias, mesmo que não expressos,
desde que decorrentes dos princípios adotados pelo texto maior, configuram uma
verdadeira cláusula geral de tutela e promoção da pessoa humana, tomada como valor
máximo pelo ordenamento .

Aquilo que porventura não tenha um preço, pode ser trocado ou pode ser substituído por
qualquer outra coisa equivalente e relativa, enquanto aquilo que não é um valor relativo é
superior a qualquer preço. Trata-se de um valor interno e não admite ser substituto por
algo equivalente. Isso é o que tem uma dignidade.

De outro lado, a filosofia kantiana mostra que o homem, como ser racional, existe como
fim em si, não simplesmente como meio; enquanto os seres desprovidos de razão têm um
valor relativo e condicionado (ao de meios), eis porque são chamados de “coisas”; ao
contrário, os seres racionais são chamados de pessoas, porque sua natureza já os designa
como fim em si, ou seja, como algo que não pode ser empregado simplesmente como

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meio e consequentemente limita na mesma proporção o nosso arbítrio, por ser um objeto
de respeito. E assim se revela como um valor absoluto, porque a natureza racional existe
como fim em si mesmo. Desta forma, o ser humano, por ser detentor do fim em si
mesmo, tem sua dignidade como algo superior a todos os demais direitos ou garantias
que possam ser ou vir a ser expressos.

CONCLUSAO
A Teologia é Fundamental trabalha principalmente a compreensão da revelação de Deus,
iniciada no Antigo Testamento e que alcançou a plenitude em Jesus Cristo. Assim, no quinto
capítulo, depois de compreender o conceito de revelação nos dois Testamentos, aproximamo-nos
da interpretação que a Igreja Católica deu, conforme os questionamentos do momento histórico,
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no Concílio Vaticano I e no Concílio Vaticano II. A diferença entre as duas leituras revela-nos a
importância da interpretação, provocada pelos interrogantes culturais de determinada situação. A
problemática da revelação uniu-se a três questões importantes que ocupam o sexto capítulo. Ela
consubstanciou-se nas Escrituras que foram lidas, meditadas, pregadas e interpretadas ao longo
dos séculos, formando verdadeira Tradição. Nesse processo, o Magistério da Igreja cumpriu e
cumpre papel relevante. Cabe, então, refletir sobre a relação entre essas três realidades teológicas
– Escritura, Tradição e Magistério –, levando em consideração as divergências que surgiram
depois da Reforma.

BIBLIOGRAFIA
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Instrução sobre a vocação do teólogo. São
Paulo: Paulinas, 1990.

DICIONÁRIO de conceitos fundamentais de teologia. São Paulo: Paulus, 1993. JOÃO PAULO
II. Fides et ratio. 9ª ed. São Paulo: Paulinas, 2006.

LIBANIO, J. B.; MURAD, A. Introdução à teologia: perfil, enfoques, tarefas. 8. ed. São Paulo:
Loyola, 2011.

17
MURAD, A.; GOMES, P. R.; RIBEIRO, S. A casa da teologia: introdução ecumênica à ciência
da fé. São Paulo/São Leopoldo: Paulinas/Sinodal, 2010.

ZILLES, Urbano. História da teologia cristã. Porto Alegre: Letra&Vida, 2014.

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