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GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ

Carlos Massa Ratinho Júnior

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


Roni Miranda Vieira

DIRETOR DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


Claudio Aparecido de Oliveira

COORDENADOR DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS


Marcelo Gasparin

Produção de Conteúdo
Andrea da Silva Castagini Padilha
Cleiton Rosa
Roberto Carlos Rodrigues

Validação de Conteúdo
Cleiton Rosa
Darice Alessandra Deckmann Zanardini

Imagens/Blender
Roberto Carlos Rodrigues

Revisão Textual
Kellen Pricila dos Santos Cochinski

Projeto Gráfico e Diagramação


Edna do Rocio Becker

Apoio Técnico
Equipe UFMS

2024
Introdução 2
SUMÁRIO
Objetivos desta aula 2

Roteiro da aula 4

1. Contextualização 4

2. Conteúdo 5

Referências 12
AULA

02 Alimentador automático
para pets - I
Introdução
No módulo anterior, foi proposta a
construção de um alimentador de pet
automatizado, que funciona como um

Imagem gerada com IA


recipiente que armazena a ração e, em
determinados momentos do dia, acio-
na automaticamente um servomotor
que permite a saída de ração na tigela
do bichinho de estimação.
Agora, você retomará a ideia desse
projeto, deixando-o mais sofisticado ao
adicionar novos componentes, como o
LED RGB e o sensor ultrassônico. Eles
serão fundamentais para avisar quan-
do o alimentador estiver vazio ou com
pouca ração, e, dessa forma, ajudar os
donos de pets a se organizarem, não
deixando o animal sem comida.
Para tanto, você e seus colegas te-
rão essa e a próxima aula para respon-
der a esse instigante desafio e ampliar
seus conhecimentos sobre os compo-
nentes e aplicações com a robótica.

Objetivos desta Aula


• Rever o que é um servomotor;
• Compreender o funcionamento do
sensor ultrassônico;
• Compreender o funcionamento do
LED RGB;
• Inserir no protótipo um sensor ul-
trassônico e um LED RGB;
• Prototipar um alimentador auto-
mático para cães, com aviso de
que está com pouca ração no ali-
mentador.

Robótica Primeiros Passos Módulo 3 2


AULA

02 Alimentador automático
para pets - I
Lista de Materiais
• 01 servomotor;
• 01 placa Arduino Uno R3;
• 01 sensor ultrassônico;
• 01 LED RGB;
• 01 garrafa PET;
• 01 fita isolante;
• 01 resistor de 220 Ω;
• 07 jumpers macho-fêmea;
• 03 jumpers macho-macho;
• Pedaços pequenos de papelão, madeira fina ou plástico;
• Computador;
• Software mBlock.

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AULA

02 Alimentador automático
para pets - I
ROTEIRO DA AULA

1. Contextualização
No módulo anterior, do servomotor, mas será saros ou outros animais
foi proposta a constru- necessário adequações ao invés do bichinho de
ção de um alimentador para a conexão do sen- estimação. Além disso,
automático para pets sor ultrassônico e LED auxilia a condicionar o
(aulas 14 e 15) que orga- RGB. animal aos horários em
nizaria os momentos de As vantagens de que terá ração disponí-
disponibilizar ração aos criar esse protótipo é vel (prevenindo a obesi-
animais de estimação. viabilizar a ração para dade) e avisa aos donos
Apesar de muito prático, os Pets de forma segura, quando é necessário re-
esse protótipo não avisa sem que fique ao ar livre por o alimento para seu
aos donos quando a ra- e à disposição de pás- Pet.
ção está acabando. Para
minimizar essa situação,
propomos nesta aula a
inserção do sensor de
distância ultrassônico,
que verificará a quan-
tidade de ração dispo-
nível no alimentador,
avisando (com o aciona-
mento do LED RGB) que
a ração está acabando e
que precisa ser reposta
no alimentador.
Retorne à aula 14 do
Módulo 2, para relem-
brar como construir o
alimentador com garra-
fa PET. Você poderá utili-
zar outros materiais que
acomodem a ração e
possam ser personaliza-
dos para inserir os com-
ponentes do kit robó-
tico. Lembre-se de que
pode utilizar as bases do
alimentador com a parte Fonte: Pixabay, 2023

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AULA

02 Alimentador automático
para pets - I
2. Conteúdo
Antes de construir o alimentador automático com o sensor de distância
ultrassônico e o LED RGB, vamos conhecer esses componentes?
O sensor de distância ultrassônico é um componente que usa um tipo
específico de ondas sonoras para determinar a que distância as coisas estão.
Essas ondas são chamadas de ondas sonoras ultrassônicas, ou seja, as que
possuem frequência superior às que podemos ouvir (até 20.000Hz). É a acús-
tica ou ondulatória, área da física que estuda o comportamento dessas e de
outras ondas sonoras.
Há animais que conseguem detectar posição e distância de objetos pela
emissão de ondas ultrassônicas (acima de 20.000Hz), pela ecolocalização ou
biossonar. É o caso dos golfinhos e dos morcegos. Eles têm esse sentido (ou
capacidade biológica) que permite a eles localizarem objetos e obstáculos no
ambiente. Eles conseguem analisar o tempo gasto para as ondas ultrassônicas
que encontram o obstáculo e retornam na forma de eco, e assim sabem a
distância que estão do objeto.
Os cachorros podem captar sons na faixa de 50.000 Hz, já os morcegos os
percebem entre 100.00 Hz a 200.000Hz. 1 O morcego emite sons (pela boca
e narinas) que se propagam no ambiente e, quando encontram um obstáculo,
retorna para o morcego como um eco, e é assim que ele consegue voar no
escuro sem se bater em pedras, árvores e outros objetos que estejam no seu
caminho. O sensor ultrassônico funciona com a mesma premissa.

1 Fonte: Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisi-


ca/o-infrasom-ultrasom.htm Acesso dia 22/01/2024.

Robótica Primeiros Passos Módulo 3 5


AULA

02 Alimentador automático
para pets - I

Você sabia ?

O conhecimento acerca das ondas ultrassônicas, ou do sensor ultrassônico, é


utilizado em diversas áreas, como medicina (aparelhos de ultrassom), odonto-
logia e na área industrial.

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O sensor ultrassônico envia ondas estão manobrando. Na robótica, esse
sonoras ultrassônicas (alta frequência, sensor é utilizado, por exemplo, para
acima de 20.000Hz, que viajam no ar, desviar robôs de obstáculos, acionar
líquidos e sólidos). Essas ondas viajam alarmes ou portas de microcontrola-
pelo ar, ricocheteiam em objetos em dor, entre outros.
seu caminho e depois retornam ao O sensor pode medir distâncias
sensor. Um dos fatores que determina que variam de 2cm a 20 metros. O
a distância é o tempo que a onda de- modelo de sensor de distância do kit é
mora para retornar ao sensor. o HC-SR04, possui dois alto-falantes,
O sensor ultrassônico é um dis- um é responsável por emitir o pulso
positivo muito utilizado na indústria ultrassônico (Trig) e o outro em captar
para medição de distância e detec- o retorno deste pulso (Echo), além de
ção de objetos. É comum utilizar esse quatro pinos utilizados na medição da
componente em projetos que permi- distância, sendo eles: VCC, Trig, Echo
tem avisar motoristas de que o carro e GND, como mostra a figura 1.
pode colidir em algum objeto quando
Figura 01 – Sensor de distância ultrassônico HC-SR04

Fonte: SEED/DTI/CTE 2023

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O funcionamento do sensor ocorre da seguinte maneira: o pulso ultras-
sônico é ativado através do pino Trig e percorre uma determinada trajetória
até encontrar um obstáculo. Quando esse pulso bate em um obstáculo, o pul-
so ultrassônico é refletido e volta ao sensor, onde a leitura é realizada através
do pino Echo. Com base no tempo percorrido pelo pulso até o obstáculo e
desse ao sensor, é possível calcular a distância entre um e outro.
Figura 02 - Funcionamento do sensor de distância ultrassônico

Fonte: SEED/DTI/CTE, 2023


Nesse protótipo, o sensor vai emitir o pulso até o nível em que está a
ração no alimentador automático. Conforme a ração for sendo consumida,
maior será o espaço vazio no alimentador. Assim, o tempo que o pulso ultras-
sônico demora para bater no obstáculo (ração) vai ficando cada vez maior.

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LED RGB
Outro componente novo que você vai usar nesse projeto é o LED
RGB, que é super versátil. Ele difere dos LEDs comuns, por ter 4 ter-
minais (perninhas), além de que, fazendo jus ao nome RGB, ele tem a
capacidade de emitir luzes de cores diferentes, mais de 16 milhões de
cores diferentes. E isso, porque esse LED é um modelo composto por
três LEDs encapsulados em sua estrutura. Cada um com um mate-
rial semicondutor que emite uma cor e, pela programação, é possível
combinar esses três LEDs encapsulados e ter cores como amarelo, la-
ranja, vermelho, azul, verde e roxo, por exemplo.

Figura 03 – Estrutura física do LED RGB modelos ânodo


comum e cátodo comum.

Outra característi-
ca desse componen-
te é que ele possui
dois modelos: âno-
do comum e cáto-
do comum. Perceba
que esse LED tem um
terminal mais longo
que os demais, como
apresenta a figura a
seguir:

Fonte: SEED/DTI/CTE, 2022

Robótica Primeiros Passos Módulo 3 9


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02 Alimentador automático
para pets - I
Para saber se no seu kit de Robótica
você tem um LED RGB cátodo ou ânodo,
você precisará fazer um teste com uma
bateria de 3V CR2032. No modelo âno-
do, o terminal (ou pino) mais comprido
corresponde ao polo positivo. Se você
colocar a bateria moeda com o lado liso
em contato ao terminal mais longo (polo
positivo do LED) e o lado rugoso (polo
negativo) em um dos terminais curtos, o
LED acenderá.
Caso não ocorra, você tem em mãos
um modelo cátodo. No modelo cátodo, o
terminal (ou pino) mais comprido corres-
ponde ao polo negativo. Para averiguar, coloque a bateria com o lado rugoso
(polo negativo) encostado no terminal mais comprido (polo negativo do LED)
e o lado liso (polo positivo) encostado em um dos pinos curtos do LED e ele
acenderá.
A seguir, tem-se a representação gráfica dos dois tipos de LED RGB.
Figura 04- Representação gráfica, para diagrama de circuito elétrico, do LED RGB

Fonte: SEED/DTI/CTE, 2022

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02 Alimentador automático
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Portanto, a ligação do LED RGB, no Arduino, considera que:
• No modelo ânodo comum, o pino maior corresponde ao polo positivo, e
deve ser ligado à protoboard na linha positiva.
• No modelo cátodo comum, o pino maior corresponde ao polo negativo,
e deve ser ligado à protoboard na linha negativa ou à porta GND do Ar-
duino.
Nas conexões, assim como para os LEDs monocromáticos, o LED RGB pre-
cisa de resistores para limitação do valor da corrente presente no circuito, sem
risco de danos ao componente, por isso você utilizará nesse projeto o resistor
de 220 Ω.

Você sabia ?

Imagem gerada com IA


LED RGB tem esse nome porque pos-
sibilita a emissão de um amplo espectro
de luz visível através das cores primárias
vermelho, verde e azul (por isso seu nome
RGB, a partir do inglês red, green e blue).

Para Saber Mais...


RGB é um sistema de cores utilizado em dispositivos eletrônicos, telas, monitores
e design, no qual, por meio da combinação do vermelho, do verde e do azul, possi-
bilita a geração de variadas tonalidades.

Robótica Primeiros Passos Módulo 3 11


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para pets - I
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,
2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_
EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 12 jul. 2022.

Blog FilipeFlop – Os servosmotores. Disponível em: https://www.filipeflop.


com/blog/video-controle-de-servo-motor-sem-biblioteca/. Acesso em: 27 de set.
de 2022.

CIÊNCIA HOJE; Percepções sonoras. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/


coluna/percepcoes-sonoras/ Acesso em: 19 dez. 2023.

EPUSP - LABORATÓRIO DIGITAL. Controle de um Servomotor. 2014. Color.


Disponível em: https://www2.pcs.usp.br/~labdig/pdffiles_2014/controle-servo-se-
mestral.pdf. Acesso em: 27 set. 2022

KHAN ACADEMY. Física. Ondas mecânicas e sonoras. Disponível em: https://


pt.khanacademy.org/science/physics/mechanical-waves-and-sound/sound-topic/v/
ultrasound-medical-imaging. Acesso dia 22/01/2024.

MAKEBLOCK. mBlock. Programação em blocos. Disponível em: https://ide.


mblock.cc/. Acesso em: 27 de set. de 2022.

National Geographic Brasil. Veja como funciona a ecolocalização. Disponível


em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2021/02/veja-como-funciona-
-a-ecolocalizacao-o-sonar-inerente-da-natureza Acesso em: 19 dez. 2023.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS)
FACULDADE DE COMPUTAÇÃO (FACOM)

PROFESSORES
• Amaury Antônio de Castro Junior
• Anderson Corrêa de Lima
• Glauder Guimarães Ghinozzi
• Graziela Santos de Araújo
• Said Sadique Adi

ESTUDANTES
• Filipe de Andrade Machado - Ciência da Computação
• Gabriel Alves Massuda Duarte - Engenharia de Computaçã
• José Augusto Lajo Vieira Vital - Ciência da Computação
• Lorena Valente Cavalheiro - Engenharia de Computação
• Matheus Kazumi Silva Miyashiro - Engenharia de Computação
• Nathalia dos Santos Melo - Engenharia de Software
• Yan Arruda Cunha - Engenharia de Computação
• Thiago Ferronatto - Ciência da Computação
• Vitor Hugo dos Santos Duarte - Engenharia de Computação
• Wilker Sebastian Afonso Pereira - Ciência da Computação
DIRETORIA DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO (DTI)

COORDENAÇÃO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS (CTE)

EQUIPE ROBÓTICA PARANÁ


• Ailton Lopes
• Andrea da Silva Castagini Padilha
• Cleiton Rosa
• Darice Alessandra Deckmann Zanardini
• Edgar Cavalli Junior
• Edna do Rocio Becker
• José Feuser Meurer
• Kellen Pricila dos Santos Cochinski
• Marcelo Gasparin
• Michele Serpe Fernandes
• Michelle dos Santos
• Roberto Carlos Rodrigues

Os materiais, aulas e projetos da “Robótica Paraná”, foram produzidos pela Coor-


denação de Tecnologias Educacionais (CTE), da Diretoria de Tecnologia e Inovação
(DTI), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), com o objetivo de
subsidiar as práticas docentes com os estudantes por meio da Robótica.
Este material foi produzido para uso didático-pedagógico exclusivo em sala de aula.

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DTI - DIRETORIA DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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