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MARIS
TRANSTORNO MENTAL E
AUTISMO
TRANTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO........................................................ 22
Deficiência intelectual............................................................................................................ 30
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 33
Transtornos mentais, de acordo com o CID –10 tem em comum uma etiologia
disfunção cerebral. Disfunção esta que pode ser primária como em doenças, lesões e
Jung (1986) sobre a doença mental salienta que eclode em momento de grande
emoção despertadas por razões, por assim dizer, normais. Para o autor quando a
doença mental surge, vários sintomas aparecem que não podem de modo algum ser
defensivo do ego pode predominar com grande intensidade, que acaba por
possibilidade de que uma criança tenha sido educada com constantes avisos de
cuidados e com repetidas advertências de que deve evitar riscos, que na maioria dos
casos são situações banais de fácil e sadio enfrentamento. Essa criança torna-se mais
propensa a se tornar uma pessoa fóbica com a vigência de defesas que procuram
evitar situações imaginadas como sendo perigosas, tais como; o escuro, espaço
Exemplo usado pelo autor para elucidar o fenômeno diz respeito a educação,
onde aponta que uma criança marcada por intensas e exageradas recomendações,
advertências e até mesmo ameaças com relação à limpeza, terá forte tendência a
unicamente exteriores, como nos exemplos citados, pois uma fobia pode ser resultado
(ZIMERMAN, 2007).
defesa são diferentes tipos de operações em que a defesa pode ser especificada”.
Nesse sentido Laia (2011) no contexto específico de uma abordagem dimensional dos
manifestada por sintomas específicos. Entre essas duas formas de patologia, não há
então unidade real, mas semente, e por intermediário destes dois postulados, um
ser encaradas como autônomas. Para ele, a doença mental pode situar-se em relação
que, “é somente na história que se pode descobrir o único, a priori concreto, onde a
doença mental toma como abertura vazia de sua possibilidade suas figuras
em que a presença secreta faz surgir a angustia, por meio de seus atuais mecanismos
de defesa, por outo lado contra a possível ocorrência de uma angustia atual, dessa
situações análogas.
se pelo olhar do autor que o complexo de édipo não foi vivenciado de forma
classificações.
deuses, tanto positivos quanto negativos. Alguns casos de esquizofrenia, por exemplo
demônios. A depressão, por exemplo, dizia-se que era influenciada pelo demônio do
meio-dia. Como a Igreja tinha bastante influência na sociedade, essas pessoas eram
exorcizadas.
esses comportamentos eram deixadas de lado pela sociedade. Eles eram chamados
de loucos e muitas vezes eram trancados com criminosos para afastar suas
com criminosos comuns, eles eram trancados em asilos e manicômios para serem
mental.
tratamento de doenças mentais. Sigmund Freud, por exemplo, com ajuda de Jean-
Martin Charcot, utilizou inicialmente a hipnose para mostrar que a histeria, doença até
mental.
elaborado por seu professor e mentor Eugene Bleuler, doença até então chamada de
demência precoce.
como ficou conhecida a área de estudos das doenças mentais. Durante a Primeira
isso alguns casos de transtornos mentais passaram a ser classificados como retardos
Statistic Manual).
2000.
sua décima revisão, conhecido por sua sigla CID-10. Ela possui um capítulo exclusivo
para sair em 2013 e o CID-11 para 2015, com mais aproximações entre ambos.
psicologia, o século XX trouxe muitos estigmas às pessoas que traziam tais rótulos.
pessoas não são mais marginalizadas como loucas ou internadas como doentes, mas
Um grupo de sintomas pode ser classificado como uma síndrome. Uma determinada
Vale, porém, ressaltar que esses sistemas de classificação não são recortes
reais da vida. Eles são somente modelos para auxiliar o profissional da área da saúde
e deve ser visto como um mapa, um guia e não o território. Os transtornos e distúrbios
Psicopatologia na atualidade
Cognitivos;
dismórficos;
dissociativa;
personalidade obsessivo-compulsiva.
ou doença física;
transtorno bipolar.
profundo;
2003). A mesma autora afirma ainda que na maior parte das vezes, a criança autista
tem uma aparência típica e ao mesmo tempo com um perfil irregular, como problemas
fundamentais do autismo.
O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo
Kanner, em seu artigo “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”. Kanner usa o termo
Relacionados à Saúde) são Critérios Diagnósticos para o Transtorno Autista (DSM IV,
(TGD). Devido ao senso comum na literatura, optou-se pela palavra autismo para se
referir às pessoas com esses transtornos. Pelo uso cotidiano e pela aceitação da
expressão autismo, preferimos optar também por este termo para nos referirmos às
surrealiatas” essa frase ilustra bem o que um autista percebe quando está
Grandim(SACKS, 1995).
aparência de realidade, entre algo que parece e algo que é de fato. Isso demonstra
(BARONCOHEN, 2001). “O autismo como tema toca nas mais profundas questões de
(SACKS, 1995).
anormalidades na postura.
entre as mais aceitas hoje, desperta grande interesse nos pesquisadores da área
autistas. Foram descritas alterações no lobo frontal medial, temporal medial, gânglios
da base e tálamo (DAMÁSIO e MAURER, 1978, apud MOURA et al, 2005). Os artigos
desconhecidas (BOLIVAR et al, 2007; DEVITO et al, 2007; MINSHEW & WILLIAMS,
córtex archicerebelar adjacente (ARIN et al, 1991 apud BAUMAN; KEMPER, 2004).
por serem as células que mais recebem sinapses no SNC, podendo receber até 200
por diversos estudos que, as amígdalas participam ativamente das situações que
evocam o medo em nossas situações diárias, por isso que esta região continua muito
um órgão) dos lobos cerebelares (regiões VI e VII) (PIVEN et al. 1995 apud MOURA
et al, 2005).
Imagens cerebrais são utilizadas em estudos recentes para obter uma ideia
cerebral normal e patológico (ZILBOVICIUS et al, 2006). Essa conjectura faz oposição
ao pensamento de Batista; Bosa (2002, p. 65) em que afirmam que tecnologias, como
pois não é uma atividade 'online' como coloca os autores. Nesses estudos, a pessoa
precisa ficar com a cabeça estagnada dentro de uma máquina, sem possibilitar uma
pode mapear a amígdala como sendo inicialmente maior em crianças, o que não
do cérebro (LAINHART et al, 2006; MINSHEW & WILLIAMS, 2007 apud BAUMAN;
KEMPER, 2004).
Outra causa atual, que pode ajudar a compreender o autismo, refere-se aos
publicações nesta área há cada ano. Em outro estudo, Machado et al. (2000)
lobo frontal, dos lobos temporais, parietais e occipital e a baixa reprodução celular nos
do núcleo da célula também foi obtido como resultado. O estudo trouxe como novidade
septo pelúcido e sua continuidade com o cavum Vergae. Os mesmos estudos ainda
afirmam que no terceiro ventrículo houve uma extensão superior, uma displasia
uma quantidade muito pequena de genes foi identificada e poderá ser reconhecida
fenômeno (MOURA et al, 2005). Mesmo assim, estas evidências apontam para a
Mesmo sendo achados comuns, nesse estudo, não foi encontrada alguma
no entanto, são encontrados não consistentes. O que foi encontrado nesta revisão
realizada, foram estudos que abordam este tema (anormalidade no sistema límbico)
apud BAUMAN; KEMPER, 2004) foi descrito em um estudo com autistas, que anos
na camada I e uma orientação anormal das células piramidais (BAILEY et al, 1998
regiões do córtex, no qual faz oposição aos relatos de Casanova et al. (2002 apud
autores também haviam feito estudos e essa relação com a idade aconteceu com o
mielina (LAINHART et al, 1997; COURCHESNE et al, 2003 apud BAUMAN, KEMPER,
2004).
2000).
diminuição não somente no volume, mas também na ativação dessa região cerebral.
Apesar de outras evidências serem achadas sobre o hipocampo, neste estudo, não
TRANTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
Tabela A.9.2). Não obstante, a incerteza permanece sobre qual é o melhor lugar para
algumas dessas condições. Embora a inclusão do TDAH sob este grupo seja baseada
2009b).
centrais:
alegado que os subtipos existentes eram clinicamente úteis, mesmo sem uma boa
confiabilidade entre avaliadores e que seus critérios deveriam ter sido melhorados em
sobre autismo construído nas últimas duas décadas teria valor limitado, pois a
mudança nos critérios diagnósticos iria alterar radicalmente esses diagnósticos (Singh
esperado pelo grupo de trabalho, mas sensibilidade variável para diferentes subtipos
de TID: 76% para o transtorno autista, 25% para o transtorno de Asperger, e 28% para
o TID não especificado. A sensibilidade foi menor para os indivíduos com QI acima da
média. A conclusão foi de que o DSM5 produziu critérios de limiar mais rigorosos que
impedindo a sua elegibilidade para serviços, mesmo quando podem se beneficiar com
o tratamento. No entanto, é importante ressaltar que este limite superior pode ajudar
a lidar com a explosão de diagnósticos TID dos últimos anos que pode ser
parcialmente alimentada por critérios com limites menos definidos (King & Bearman,
2009).
Transtornos de aprendizagem
interesse. A conclusão foi unir os subtipos sob uma única categoria, mas para manter
mudança envolveu o critério A, que agora requer apenas um dos seis sintomas
a idade mínima para o diagnóstico que era específico para cada um dos subtipos do
DSM-IV foi alargada: os sintomas devem começar durante os anos em idade escolar,
resposta à intervenção, já está integrado nos requisitos utilizados por muitos sistemas
positivos. No entanto, isto tem sido fortemente criticado por alguns especialistas: as
(Waesche et al, 2011). Este critério tende a ser ignorado para os países em
possivelmente este é o único diagnóstico em medicina que requer como critério uma
faz o oposto em pessoas com baixo QI (Francis et al, 2005). Uma fragilidade dos
a duração dos sintomas no DSM-IV. O DSM-5 agora requer a presença dos sintomas
por pelo menos 6 meses. Não é esperado que isto tenha muito impacto. (Tannock,
2013).
os 18 sintomas centrais.
início da deficiência antes dos 7 anos. Vários estudos não encontraram nenhuma
desenvolvimento neurológico, exige uma idade de início limite. Barkley e Brown (2008)
anos captaria cerca de 95% dos casos em seus estudos. Embora a manifestação de
aceitou esta alteração e requer que os sintomas estejam presentes antes dos 12 anos
de idade.
impulsividade.
2,5 a 3 desvios padrão acima da média, capturando apenas os casos mais extremos
(Hoogmanet al, 2012; Matte et al, 2012). No entanto, para ser cauteloso, o DSM5 só
(Simonoffet al, 2008), e a presença de TDAH em pacientes com TEA está associada
Network, 2005). O quadro A.9.5 resume as principais alterações dos critérios de TDAH
Deficiência intelectual
de QI são menos validas na extremidade inferior da gama de QI; além disso, doenças
todo nos anos recentes) são exemplos de fatores que podem influenciar o diagnóstico
gerais medidos por testes de QI. Os indivíduos com deficiência intelectual deverão ter
abordagem multidimensional visa garantir que o diagnóstico seja feito com base em
1- Leia:
II- Carl Marx sobre a doença mental salienta que eclode em momento
de grande emoção despertadas por razões, por assim dizer, normais.
2- Leia:
“Para os antigos, alguns desses comportamentos eram vistos como
sinais de deuses, tanto positivos quanto negativos.”
Algumas doenças eram vistas como sinais de profetas. É um exemplo:
a) Leucemia
b) Epilepsia
c) Convulsões
d) Esquizofrenia
6- Leia:
9- Leia:
I- A Organização Mundial da Saúde organizou a Classificação
Estatística International de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde,
atualmente em sua décima revisão, conhecido por sua sigla CID-10. Ela
possui um capítulo exclusivo para distúrbios mentais e do comportamento que