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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


CAMPUS BELÉM
BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL

LETÍCIA GAMA NASCIMENTO


MARIA LUISA FREITAS RODRIGUES LIMA
SUELLEM GOMES PINTO

UTILIZAÇÃO DA BIORREMEDIAÇÃO PARA A


RECUPERARAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

BELÉM

2021
1 Introdução

A biorremediação é possível por vários mecanismos e combinações com o intuito de


restaurar a qualidade do solo e da água subterrânea. Avaliar o método qual será
utilizado no processo requer, porém, uma série de cuidados para adaptar a melhor
seleção de técnicas para o procedimento de recuperação. Entre esses se podem citar o
conhecimento das características físico-químicas do contaminante, volume vazado,
tempo de vazamento, caracterização geológica e hidrogeológica do local, análise do
meio físico superficial e subterrâneo e extensão da pluma contaminante
(SPILBORGHS, 1997). (MALLMANN, 2019).

A realidade que se vive, atualmente, em se tratando dos recursos naturais, caminha na


busca por remediar muitas agressões desmedidas realizadas pela população. Os
chamados lixos, os subprodutos e os resíduos impactam diretamente o meio urbano e os
ambientes naturais. O não conhecimento dos efeitos destes materiais, que foram sendo
lançados no meio ambiente aliado com a despreocupação ambiental, conduz para a
poluição/contaminação do solo e de todo ecossistema (BRAGA et al., 2002).
(MALLMANN, 2019).

A atividade de extração de recursos minerais, embora imprescindível para o mundo


moderno, gera uma grande variedade de subprodutos e rejeitos que diferem quanto a
seus atributos biológicos, químicos e físicos. A atividade mineradora, particularmente,
promove um forte impacto sobre o ambiente com conseqüências danosas para as
comunidades vegetais e microbianas do solo (Pfleger et al., 1994) de tal maneira que
este ambiente alterado não mais consegue retornar ao seu estado original através de seus
próprios meios naturais. Estes impactos precisam ser minimizados com a adoção de
medidas intervencionistas que visem restabelecer as condições originais de equilíbrio
desses ambientes degradados ou, na medida do possível, as mais próximas. (FILHO,
2004).
As técnicas de biorremediação microbiana utilizam microrganismos, ou compostos que
eles produzem, para diminuir ou extinguir a toxicidade dos contaminantes, buscando,
assim, a recuperação do ambiente (CAUWENBERG; ROOTE, 1998; PEREIRA;
FREITAS, 2012). (MALLMANN, 2019).

A intervenção do homem na paisagem natural, sua intensa atividade por meio de


construção de estradas e barragens, mineração e áreas agrícolas mal manejadas são, em
sua maioria, devastadora, propiciando o surgimento de áreas degradadas. Aliado a isso,
a ocorrência do aumento dessas áreas se dá pela falta de conhecimento e de leis mais
rígidas que protejam o ambiente (Bezerra et al., 2006). (SOARES, 2011).

As atividades industriais atraíram novos problemas devido à eliminação de rejeitos


tóxicos provenientes de subprodutos gerados pelas indústrias. A eliminação desses
produtos é, atualmente, um dos mais importantes assuntos em controle de poluição, o
que tem levado os pesquisadores a buscarem novas técnicas e ferramentas mais
poderosas que visem à remoção desses compostos do ambiente (ANDRADE, 2003).
A recuperação dessas áreas vai depender, dentre outros fatores, de uma microbiota
ativa, já que este é um componente chave na manutenção de um ecossistema em
equilíbrio, em virtude de sua participação na ciclagem de nutrientes e de mudanças
físico-químicas necessárias para a formação de uma camada propícia ao enraizamento e
crescimento das plantas. A população microbiana do solo exerce papel fundamental
para o perfeito funcionamento do sistema solo-planta, especialmente nos ecossistemas
naturais onde a fertilidade do solo depende, quase que inteiramente, dos processos
microbianos (Siqueira et al., 1994). (TRINDADE; GRAZZIOTTI; TÓTOLA, 2000).

2 Hipóteses

2.1. O tratamento microbiano ajuda a descontaminar o solo, minimizando os problemas


presentes nas áreas degradadas.
2.2. O desenvolvimento de espécies vegetais depende diretamente do restabelecimento
das propriedades físico-químicas de solos contaminados.
2.3. Qualquer área degradada, após o tratamento correto, torna-se saudável para o
plantio.

3 Objetivo geral
O presente trabalho tem como objetivo apresentar que, mesmo sendo um processo lento
e que pode durar anos, assim como qualquer outro nessa área; a remediação microbiana
é importante pois, também, expande o conhecimento científico sobre a contaminação
dos solos e responde hipóteses criadas no mundo todo e, que são necessárias para
diversos campos do estudo das áreas degradadas. Além de apresentar como os
microrganismos podem auxiliar na descontaminação do solo e a revegetação de áreas
corrompidas por processos antrópicos que não visam, de fato, o crescimento
sustentável:

3.1 Objetivos específicos

3.1.1 mostrar a implantação da biorremediação como opção para reabilitação de áreas


contaminadas;

3.1.2 expor técnicas de tratamento microbiano aplicáveis na descontaminação de áreas


afetadas por resíduos e, assim, minimizar os problemas causados por essa
contaminação;

3.1.3 avaliar o potencial de reabilitação do solo degradado de uma área de extração;

3.1.4 contribuir para o desenvolvimento de soluções biotecnológicas para recuperação


de solos.

3.1.5. Expor os principais motivos e consequências que afetam a estrutura do solo e a


função dos microrganismos na recuperação de áreas afetadas.

4 Materiais e métodos
Para a realização desse pré-projeto, a documentação indireta está sendo utilizada,a qual
consiste no levantamento de todos os dados possíveis sobre o assunto a ser
pesquisado,sendo esta feita por meio da pesquisa bibliográfica, pois de acordo com
Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o
procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do
estado da arte sobre determinado tema.”Em relação as fontes de pesquisa,estão sendo
usadas fontes de pesquisa primária,portanto, os conceitos e informações de
dissertações,artigos e projetos de estudo em curso encontram-se aproveitadas.

5 Referências bibliográficas

SOARES, IA et al. FUNGOS NA BIORREMEDIAÇÃO DE ÁREAS


DEGRADADAS. Arq. Inst. Biol. , São Paulo, v. 78, n. 2, pág. 341-350, junho de
2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
16572011000200341&lng=en&nrm=iso. Acesso em 22 de fevereiro de 2021.
MALLMANN, Viviane et al. As vantagens da biorremediação na qualidade
ambiental. Ensaios e Cienc., Mato Grosso do Sul, ano 1, v. 23, pág. 12-15, 2019.
Disponível em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/ensaioeciencia/article/view/
7007. Acesso em 21 de fevereiro de 2021.
FILHO, Paulo Furtado Mendes. Potencial de reabilitação do solo de uma área
degradada, através da revegetação e do manejo microbiano. 2004. 105 f. Tese
(Doutorado em agronomia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível
em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-18112004-151027/publico/
paulo.pdf. Acesso em: 22 fev. 2021.
PEREIRA, Aline Ramalho Brandão; FREITAS, Diogo Anônio França. Uso de
Microorganismos Para a Biorremediação de Ambientes Impactados. Revista eletrônica
em gestão, educação e tecnologia ambiental, [s. l.], v. 6, n. 6, p. 975-1006, 2012.
Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reget/article/viewFile/4818/2993. Acesso em:
22 fev. 2021.
TRINDADE, A.V.; GRAZZIOTTI, P.H.; TÓTOLA, M.R. Utilização de características
microbiológicas na avaliação de degradação ou recupearção de uma área sob mineração
de ferro. Revista Brasileira de Ciência do Solo, [s. l.], p. 684-688, 2000. Disponível
em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
06832000000300022&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 22 fev. 2021.

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