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Processo nº 5134/12

Tribunal Administrativo
de Círculo de Leiria

8/05/2012

Exmo. Senhor Juiz de Direito do


Tribunal Administrativo de Círculo
de Leiria

Associação Ambientalista Bode Verde, pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 11020510, contribuinte fiscal n.º 111227430,
com sede na Rua Castelo Verdinho, n.º 21, 1.º Dto., 1700-535 Tomar, aqui
representada pelo seu presidente António Mata Limpa, com poderes para este
acto.

Vem propor contra

Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 15628012, contribuinte fiscal n.º 231137295,
com sede Rua da Murgueira, n.º 9, 9.º A, Ap. 7585-2610-124 Amadora, aqui
representada pelo seu presidente Carlos Ar Puro, com poderes para este acto.

E contra

Federação Portuguesa de Motonáutica, pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 13290418, contribuinte fiscal n.º 201537435,
com sede na Rua Floresta Brava, n.º 10, 2.º Esq., 2500-876 Lisboa, aqui
representada pelo seu presidente Francisco Curral, com poderes para este acto.

Acção Administrativa Especial

O que faz nos termos e com os fundamentos seguintes:


I – Dos Factos


A Federação Portuguesa de Motonáutica (FPM) requereu à Agência
Portuguesa do Ambiente (APA), em 27 de Janeiro de 2012, autorização para
realizar uma etapa do campeonato mundial de motonáutica na Albufeira de
Castelo de Bode.


O referido campeonato realizar-se-á no dia 16 de Junho de 2012.


A autorização deste projecto foi dispensada de Avaliação de Impacto
Ambiental (AIA), pelo Despacho nº 156/2012, com fundamento na situação de
grave crise económico-financeira que o país atravessa e na consequente
necessidade de promoção de actividades como esta, de forma a incrementar as
receitas geradas na área do turismo.


No dia 20 de Abril de 2012, a APA concedeu a autorização requerida.


Na qual se refere que, em conformidade com o Plano de Ordenamento
da Albufeira de Castelo de Bode, a competição terá lugar no plano de água,
ficando vedada a utilização das zonas de proteção à barragem e respetivos
órgãos de segurança.


São autorizadas actividades lúdicas na zona visada.


No entanto, dado estar em causa um campeonato internacional, não
podemos, sem mais, integrá-lo nessa categoria, tornando-se necessárias
considerações de outra índole.


A prática de desportos náuticos, sobretudo desta dimensão, destrói o
estado ecológico dos recursos hídricos da albufeira e afecta os ecossistemas
aquáticos.

Tornando-se a situação ainda mais alarmante e gravosa pelo facto de a
Albufeira de Castelo de Bode ser considerada uma albufeira de águas públicas
de serviço público.

10º
Bem como o maior reservatório de água nacional.

11º
Abastecendo cerca de 2 milhões de habitantes da área da Grande Lisboa
e dos municípios limítrofes, o que corresponde a cerca de um quinto da
população nacional.
12º
Assim como pelo facto de as albufeiras serem massas de água
permanentes e artificias, pelo que a sua regeneração natural é altamente
condicionada (cfr. doc. 2).

13º
Os motores dos barcos escolhidos para o campeonato em questão,
denonimados estes V24, utilizam gasolina ou gasóleo (cfr. doc. 1).

14º
Que liberta hidrocarboneto, um componente químico constituído por
átomos de carbono e de hidrogénio, causador de poluição das águas.

15º
Para além disso, o movimento das hélices deixa rastos de combustível
nas águas.

16º
Assim, a poluição causada provocará danos significativos na qualidade
das águas (cfr. doc. 2).

17º
Nos peixes que se deslocam perto da superfície, nomeadamente a boga,
o peixe-gato e o achigã (cfr. doc. 2).

18º
Bem como nas lontras, que já constituem um ecossistema na região (cfr.
doc. 3).
19º
Para além de afectar a albufeira enquanto zona balnear, diminuindo a
afluência das pessoas e, consequentemente, as vantagens económicas que
seriam normalmente obtidas com essa actividade.

20º
Tudo isto é consideravelmente agravado se tivermos em conta que, para
além das embarcações de competição, será necessária a presença de barcos de
socorro, para fazer frente a possíveis situações de emergência.

21º
A acrescer ao exposto, uma vez que a circulação das embarcações em
questão provoca níveis de ruído superiores ao limite máximo permitido,
verificar-se-ia, ainda, uma situação de poluição sonora.

22º
Em campeonato anterior, com as mesmas características e dimensão,
realizado em local diverso, mas também este apresentando as mesmas notas
características da Albufeira de Castelo de Bode, ficou provado que os impactos
ambientais despoletados foram enormes (cfr. doc. 5).

23º
Bem como que as receitas foram insignificantemente superiores às
despesas (cfr. doc. 4).

24º
Pelo que se prevê que os custos despoletados pelo campeonato em
causa relativos à limpeza das águas serão manifestamente superiores aos
benefícios que o mesmo trará para a região.

25º
Sendo de considerar ainda que, estando o país num reconhecido e
preocupante período de seca, a Albufeira poderá ter que fazer face a uma
urgência de abastecimento, o que não se compadece com a demora da
despoluição das águas.

26º
Por último, importa referir que é certo que os desportos náuticos podem
contribuir para o desenvolvimento local e regional, devido não só devido aos
ganhos económicos directos que conferem, mas também através da projecção
internacional da região de Castelo do Bode que trarão, o que poderá ter efeitos
significativos ao nível do turismo.
27º
Todavia, estas actividades são aptas a introduzir alterações incompatíveis
com a capacidade de suporte das massas de água, tanto no que se refere à
qualidade da água, como no que se refere à fauna e flora dela dependentes (crf.
doc. 2), que se revelam desproporcionais e intoleráveis.

II – Do Direito

A – Do Pedido de Anulação do Acto

1. Por Vício do Acto de Dispensa de Avaliação de Impacto Ambiental

28º
O projecto em causa, em função da sua localização, dimensão e natureza,
é susceptível de provocar um impacto significativo no ambiente, tendo em
conta os critérios estabelecidos no Anexo V, pelo que está sujeito a AIA, sendo
esta, todavia, uma zona de discricionariedade de decisão, decisão esta que tem
de ser conjunta do membro do Governo competente na área do projecto em
razão da matéria e do membro do Governo responsável pela área do ambiente,
nos termos do art. 1º, n.º 5 do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio.

29º
No entanto, por Despacho conjunto do Ministro responsável pela área do
ambiente e do Ministro da tutela, Despacho nº 156/2012, a autorização
requerida foi totalmente dispensada de AIA.

30º
Acontece que esta dispensa só pode ocorrer em circunstâncias
excepcionais e devidamente fundamentadas, o que não se verificou no caso
concreto.

31º
Estas circunstâncias excepcionais podem traduzir-se tanto numa situação
de estado de necessidade como numa situação de urgência.

32º
Ora, no caso em análise, não estamos perante uma situação de estado de
necessidade, nem sequer perante uma situação de urgência, na medida em que
a autorização foi requerida, tal como deveria ter sido, com antecedência face à
data de realização da prova.
33º
Pelo que o juízo da Administração não foi feito em termos adequados
àquilo que corresponde à previsão legal.

34º
Assim sendo, estamos perante um vício do acto de dispensa de AIA, por
não preencher o conceito de circunstâncias excepcionais, sendo um erro de
manifesta apreciação.

2. Por Violação da Lei de Bases do Ambiente

35º
A autorização em causa viola os artigos 2º, n.º 1; 3º, alíneas a) e b); 4º,
alíneas d), e) e n); e 40º, n.º1 da Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 11/87, de 7
de Abril).

3. Por Violação do Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira


de Castelo de Bode

36º
A Resolução de Conselho de Ministros nº 69/2003, de 10 de Maio,
aprovou a revisão do Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo de Bode.

37º
Revisão essa que se encontra ainda em vigor, nos termos dos artigos 34º
e 35º do Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo de
Bode (publicado em anexo à Resolução de Conselho de Ministros nº 69/2003,
de 10 de Maio).

38º
De acordo com o artigo 3º do Regulamento em análise, este Plano é
constituído por diversos elementos, nomeadamente pela planta síntese (alínea
b)).

39º
À luz das várias cartas desta planta, verifica-se que a Albufeira de Castelo
de Bode tem diversas zonas de navegação restrita (cfr. docs. 6, 7 e 8).

40º
Sendo que o artigo 16º dispõe que, nas zonas de navegação restrita, só é
permitida “navegação não condicionada para as embarcações a remos, à vela
ou embarcações motorizadas equipadas com propulsão eléctrica” e “navegação
condicionada para as embarcações de recreio […] desde que propulsionadas a
motor de combustão interna a quatro tempos, as quais poderão navegar à
velocidade máxima de 5 nós”.

41º
Ora, as embarcações que irão ser utilizadas neste campeonato não
podem ser integradas em nenhuma das hipóteses mencionadas.

42º
Pelo que a sua circulação constitui uma violação do Regulamento do
Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo de Bode.

4. Por Violação da Lei da Água

43º
A realização deste campeonato traduzir-se-á, no que agora diz respeito à
Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro), na violação de uma série de
princípios.

44º
No que concerne aos princípios relativos à gestão da água, foram
desrespeitados os princípios da dimensão ambiental da água, da gestão
integrada das águas e dos ecossistemas aquáticos e terrestres associados e
zonas húmidas deles directamente dependentes, da prevenção e da precaução
(respectivamente, alíneas b), d), e) e f) do artigo 3º).

45º
Quanto aos princípios relativos ao planeamento das águas, foram
desrespeitados os princípios da ponderação e da durabilidade
(respectivamente, alíneas b) e d) do artigo 25º).

46º
Por outo lado, verifica-se uma desconsideração do artigo 46º, n.º1, uma
vez que a realização desta actividade carecia de uma licença prévia (artigo 60º,
n.º1, alínea i)) e dos artigos 57º, n.os1 e 2 e 63º, n.º1, alíneas a) e c).

5. Por Violação do Regime Jurídico de Protecção das Albufeiras de Águas


Públicas de Serviço Público
47º
No que ao Regime Jurídico de Protecção das Albufeiras de Águas Públicas
de Serviço Público diz respeito, instituído pelo Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15
de Maio, foram incumpridos os arts. 16º e 18º.

6. Por Violação da Lei do Ruído

48º
Nos termos do artigo 2º, nº1, alínea f), o Regulamento Geral do Ruído
tem aplicação no caso sub judice.

49º
Estamos perante uma “actividade ruidosa temporária”, de acordo com o
disposto no artigo 3º, alínea b).
50º
Sendo que a autarquia local tem competência para “promover as
medidas de carácter administrativo e técnico adequadas à prevenção e controlo
da poluição sonora”, à luz do artigo 4º, n.º1.

7. Por Violação do Regulamento para o Licenciamento de Actividades


Diversas

51º
A actividade em análise está sujeita à aplicação do Decreto-Lei n.º
310/2002, de 18 de Dezembro, nos termos do seu artigo 31º, n.º3.

52º
No entanto, não houve, neste caso, licenciamento para a realização de
espectáculos desportivos e de divertimentos públicos ao ar livre, jardins e
demais lugares públicos ao ar livre, conforme o disposto no artigo 1º, alínea f).

53º
Sendo que a realização destes espectáculos carece de licenciamento
municipal, segundo o artigo 2º.

54º
Que compete à Câmara Municipal de Leiria, nos termos do artigo 29º.

55º
Das licenças atribuídas deve constar referência ao objecto, fixação dos
limites horários e outros aspectos referidos no artigo 32º.
56º
Os espectáculos ou actividades que não estejam licenciados podem ser
imediatamente suspensos, oficiosamente ou a pedido de qualquer
interveniente, nos termos do artigo 33º, n.º 2.

57º
Encontrando as sanções previsão no artigo 47º, alínea h).

8. Por Violação do Princípio da Precaução

58º
No caso em análise, verifica-se a existência de uma dúvida fundamentada
sobre a probabilidade séria da actividade em causa vir a gerar danos
irreversíveis para o bem constitucionalmente protegido ambiente.

59º
Isto é, estamos perante uma situação de risco, uma vez que o nexo de
causalidade não está empírica ou cientificamente comprovado.

60º
Pelo que se torna imprescindível uma prevenção alargada.

61º
O que significa que é imperioso fazer funcionar o princípio da precaução.

9. Por Violação do Princípio da Proporcionalidade

62º
Todas as acções humanas implicam um custo para o ambiente.

63º
Pelo que se torna imperativo fazer uma ponderação dos interesses em
causa, um balanço entre custos e benefícios, recorrendo nomeadamente à
terceira vertente do princípio da proporcionalidade – proporcionalidade stricto
sensu/equilíbrio.

64º
Ora, se é certo que um evento desta dimensão irá beneficiar, do ponto
de vista económico, a região, não menos certo é o facto de que também irá
prejudicá-la, desta feita do ponto de vista ambiental, através de factores como
o aumento do lixo produzido, a diminuição da qualidade da água e a destruição
da fauna e da flora, entre outros.

65º
Em último caso, as receitas obtidas com a realização desta prova teriam
que ser utilizadas na reparação dos danos ambientais que esta acarretará.

66º
O que significaria a consignação de todas as receitas a esse fim,
implicando a anulação do lucro, podendo mesmo traduzir-se num prejuízo, se o
custo da referida reparação for superior ao lucro obtido, o que se prevê que irá
acontecer (cfr. doc. 4).

67º
Assim sendo, verifica-se que, à luz do princípio da proporcionalidade, não
é possível justificar a organização desta prova, uma vez que os interesses em
causa (conservação dos valores ambientais e ecológicos, preservação da
qualidade da água e desenvolvimento sustentável do território) prevalecem
indubitavelmente sobre os benefícios que, apenas possivelmente, serão obtidos
com a sua realização.

B. Do Pedido de Abstenção de Conduta

68º
O compeonato em questão só se irá realizar no dia 16 de Junho de 2012.

69º
No entanto, a sua preparação exige a prática de actos que já por si são
susceptíveis de causar os danos referidos até este ponto.

70º
Pelo que já nesta fase nos encontramos face a um risco intolerável de
ocorrência de danos irreversíveis.

71º
E, portanto, perante uma necessidade imperiosa de fazer funcionar o
princípio da precaução.
72º
Assim sendo, a Federação Portuguesa de Motonáutica deve ser
condenada a abster-se de qualquer actuação no âmbito da autorização sub
judice.

Nestes termos e nos melhores de Direito, que V.


Exa. Doutamente suprirá, deve a presente acção
ser julgada procedente por provada e,
consequentemente:
a) proceder à anulação do acto;
b) e à condenação na abstenção de conduta.

Valor: Indeterminável.

Junta: procuração forense, 8 documentos, duplicados legais (de acordo


com o artigo 24º do CPTA e com o artigo 152º CPC) e comprovativo prévio do
pagamento de taxa de justiça inicial.

Doc. 1: Panfleto da Federação Portuguesa de Motonáutica;


Doc. 2: Parecer Técnico;
Doc. 3: Notícia do Jornal Correio da Manhã;
Doc. 4: Balancete Geral do Campeonato realizado em Vila Franca de Xira,
em 18 de Junho de 2011;
Doc. 5: Notícia do Jornal Vida Ribatejana;
Doc. 6: Planta de Condicionantes – Carta 1;
Doc. 7: Planta de Condicionantes – Carta 2;
Doc. 8: Planta de Condicionantes – Carta 3;

Prova Testemunhal:

1 – Genoveva Cartacho – residente na Av. do Brasil, nº 142, 2º Esq., 1700-333


Tomar.

A Mandatária Judicial,
Dra. Cristalina Pureza do Nascimento
Processo nº 5134/12 – A

Tribunal Administrativo
de Círculo de Leiria

8/05/2012

Exmo. Senhor Juiz de Direito do


Tribunal Administrativo de Círculo
de Leiria

Associação Ambientalista Bode Verde, pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 11020510, contribuinte fiscal n.º 111227430,
com sede na Rua Castelo Verdinho, n.º 21, 1.º Dto., 1700-535 Tomar, aqui
representada pelo seu presidente António Mata Limpa, com poderes para este
acto.

Vem requerer contra

Agência Portuguesa do Ambiente, I.P., pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 15628012, contribuinte fiscal n.º 231137295,
com sede Rua da Murgueira, n.º 9, 9.º A, Ap. 7585-2610-124 Amadora, aqui
representada pelo seu presidente Carlos Ar Puro, com poderes para este acto.

E contra

Federação Portuguesa de Motonáutica, pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 13290418, contribuinte fiscal n.º 201537435,
com sede na Rua Floresta Brava, n.º 10, 2.º Esq., 2500-876 Lisboa, aqui
representada pelo seu presidente Francisco Curral, com poderes para este acto.

Providência Cautelar de Suspensão da Eficácia de Acto Administrativo

Juntamente com a petição inicial do processo principal, que


consubstancia uma acção administrativa especial.

O que faz nos termos e com os fundamentos seguintes:


I – Dos Factos


No dia 20 de Abril de 2012, a Associação Portuguesa do Ambiente
concedeu a autorização requerida pela Federação Portuguesa de Motonáutica
para realizar uma etapa do campeonato mundial de motonáutica na Albufeira
de Castelo de Bode, que se realizará no dia 16 de Junho de 2012.


A autorização deste projecto foi dispensada de Avaliação de Impacto
Ambiental (AIA), pelo Despacho nº 156/2012, com fundamento na situação de
grave crise económico-financeira que o país atravessa e na consequente
necessidade de promoção de actividades como esta, de forma a incrementar as
receitas geradas na área do turismo.


A prática de desportos náuticos, sobretudo desta dimensão, destrói o
estado ecológico dos recursos hídricos da albufeira e afecta os ecossistemas
aquáticos.


Tornando-se a situação ainda mais alarmante e gravosa pelo facto de a
Albufeira de Castelo de Bode ser considerada uma albufeira de águas públicas
de serviço público, bem como o maior reservatório de água nacional.


Os motores dos barcos escolhidos para o campeonato em questão,
denonimados estes V24, utilizam gasolina ou gasóleo (cfr. doc. 1), que liberta
hidrocarboneto, causador de poluição das águas.


Para além disso, o movimento das hélices deixa rastos de combustível
nas águas.


Assim, a poluição causada provocará danos significativos na qualidade
das águas (cfr. doc. 2).


Nos peixes que se deslocam perto da superfície, nomeadamente a boga,
o peixe-gato e o achigã (cfr. doc. 2).

Bem como nas lontras, que já constituem um ecossistema na região (cfr.
doc. 3).

10º
A acrescer ao exposto, uma vez que a circulação das embarcações em
questão provoca níveis de ruído superiores ao limite máximo permitido,
verificar-se-ia, ainda, uma situação de poluição sonora.

11º
Em campeonato anterior, com as mesmas características e dimensão,
realizado em local diverso, mas também este apresentando as mesmas notas
características da Albufeira de Castelo de Bode, ficou provado que os impactos
ambientais despoletados foram enormes (cfr. doc. 5).

II – Do Periculum In Mora

12º
O campeonato em questão só se irá realizar no dia 16 de Junho de 2012.

13º
No entanto, a sua preparação exige a prática de actos que já por si são
susceptíveis de causar os danos referidos até este ponto.

14º
Verifica-se, então, a existência de uma dúvida fundamentada sobre a
probabilidade séria da actividade em causa vir a gerar danos irreversíveis para o
bem constitucionalmente protegido ambiente.

15º
Pelo que já nesta fase nos encontramos face a um risco intolerável de
ocorrência de danos irreversíveis e, portanto, perante uma necessidade
imperiosa de fazer funcionar o princípio da precaução.

16º
Assim sendo, perante os bens em causa e pela necessidade de os
salvaguardar de forma séria e efectiva, a espera por uma decisão em processo
principal, mesmo que esta venha a ser favorável, comprometeria de forma
irreversível o efeito útil dessa sentença, porque aquilo que se tentava evitar e
proteger acabaria por ser efectivamente afectado.
III – Do Fumus Boni Iuris

17º
A autorização sub judice viola inúmeras normas e princípios de diversos
diplomas legais, nomeadamente do Regime Jurídico da Avaliação de Impacto
Ambiental, da Lei de Bases do Ambiente, do Regulamento do Plano de
Ordenamento da Albufeira de Castelo de Bode, da Lei da Água, do Regime
Jurídico de Protecção das Albufeiras de Águas Públicas de Serviço Público, da Lei
do Ruído e do Regulamento para o Licenciamento de Actividades Diversas, bem
como os princípios da precaução e da proporcionalidade.

18º
Pelo que não é manifesta a falta de fundamentação da pretensão
formulada no processo principal.

IV – Do Pedido

Termos em que se requer:

1. Que seja decretada a suspensão provisória do acto autorizativo;

2. E, consequentemente, que a Federação Portuguesa de Motonáutica seja


inibida de realizar qualquer conduta no âmbito do referido acto.

Valor: Indeterminável.

Junta: procuração forense, 4 documentos, duplicados legais (de acordo


com o artigo 24º do CPTA e com o artigo 152º CPC) e comprovativo prévio do
pagamento de taxa de justiça inicial.

Doc. 1: Panfleto da Federação Portuguesa de Motonáutica;


Doc. 2: Parecer Técnico;
Doc. 3: Notícia do Jornal Correio da Manhã;
Doc. 4: Notícia do Jornal Vida Ribatejana.
Prova Testemunhal:

1 – Genoveva Cartacho – residente na Av. do Brasil, nº 142, 2º Esq., 1700-333


Tomar.

A Mandatária Judicial,
Dra. Cristalina Pureza do Nascimento
PROCURAÇÃO

Associação Ambientalista Bode Verde, pessoa colectiva de direito


privado, portadora do NPC n.º 11020510, contribuinte fiscal n.º
111227430, com sede na Rua Castelo Verdinho, n.º 21, 1.º Dto., 1700-535
Tomar, aqui representada pelo seu presidente António Mata Limpa, com
poderes para este acto, declara conferir poderes forenses, incluindo o de
subscrever, à Dra. Cristalina Pureza do Nascimento, advogada com a
cédula profissional número 1004 e com escritório na Rua Luís de Camões,
número 106, 1º esquerdo, 1700-690 Tomar.

Tomar, 1 de Maio de 2012,

António Mata Limpa

Rua Luís de Camões, número 106, 1º esquerdo, 1700-690 Tomar


Doc. 1

Federação Portuguesa de Motonáutica – UPD


Membro da Union Internationale Motonautique

Campeonato de Motonáutica em Vila Franca de Xira (Zona Ribeirinha)


Categoria V24
18 Junho 2011

Informação das condições de participação

Informamos todos os interessados que para a participação no


campeonato é necessária a verificação das seguintes condições:

 Gosto pelas actividades náuticas;

 Saber nadar;

 Barcos da Categoria V24:


o Tipo: Casco em V com cockpit;
o Comprimento: 24 pés (7.5m);
o Motor: V8 5,7 Litros com 380CV
o Peso: 1.250 Kg;
o Velocidade Max.: 130 Km/h

 Custo: 140€ por barco


70€ por participante

PARTICIPE!
Doc. 2

Parecer Técnico

Nesta análise começamos por sublinhar que o uso humano constitui o


fim último da existência de albufeiras, pelo que a perturbação por ele
provocada é inevitável. Ainda assim, os Estados têm a obrigação de evitar a
deterioração do estado de todas as massas de água, ainda que não naturais,
bem como proteger e melhorar todos os ecossistemas de maneira a atingir um
bom estado ecológico, o mais próximo possível dos ecossistemas naturais.

Sendo certo que as albufeiras são massas de água permanentes e


artificias, as comunidades ecológicas estão sempre dependentes de factores
como o volume e o nível da água e, claro, a sua qualidade. Importa ter em conta
que nestas massas de água a regeneração natural é altamente condicionada,
pelo que muitas das actividades humanas aí desenvolvidas resultam na
degradação da qualidade da água e consequente desequilíbrio das populações
biológicas e cadeias alimentares.

Daqui resulta uma necessária ponderação entre o uso humano e a


necessidade de satisfação dos requisitos mínimos de manutenção da
biodiversidade.

O nosso interesse pela albufeira de Castelo de Bode, em especial,


resultou da existência de exemplares de peixe boga, uma espécie rara e
presentemente ameaçada, e é por isso que desde o ano passado temos vindo a
recolher e analisar amostras de água.

Nesta última análise concluímos que a qualidade da água diminuiu em


relação ao mesmo período do ano passado e que, apesar de não se poder
considerar uma diminuição de risco, pode vir tornar-se caso não sejam desde já
tomadas as medidas adequadas à protecção das águas. É de notar que o país
está a atravessar um prolongado período de seca que, inevitavelmente, tem
vindo a perturbar não só o nível, como a qualidade da água.

Por isto, e por a qualidade da água ser um reflexo indissociável da


biodiversidade ecológica e seu equilíbrio, considerarmos que não é adequada a
realização do campeonato mundial de Motonáutica já que tal actividade, de
dimensões mundiais, poderá contribuir para um aceleramento da degradação
das águas e consequente perigo para as espécies que nelas habitam.

30 de Abril de 2012,

Genoveva Cartacho
______________
Bióloga licenciada na Faculdade de
Ciências da Universidade de Lisboa
Doc. 3

Notícia de 15 de Abril de 2012

Lontras em Portugal!

Ao contrário do que possa pensar-se, as


duas lontras do Oceanário de Lisboa,
"Eusébio" e "Amália", não são as únicas de
Portugal. Existem milhares nos rios do país
e, ao inverso de outras espécies europeias, a
"portuguesa" não está em perigo de extinção.
E só não as vemos porque... elas são
preguiçosas e passam o dia a dormir!

Um biólogo marinho, Élio Vicente, diz


que a lontra terrestre ou de água doce (a
existente em Portugal) está bem e recomenda-se, acrescentando que "As pessoas apenas
não têm contacto com estes animais porque são muito furtivos e solitários, caçando de
noite e dormindo de dia". E quando aparecem, são confundidos com o furão ou a
doninha, mais populares. O certo é que a espécie existe, numa proporção de um animal
por cada quilómetro de curso de água, em 80% do território rural português. Um peso
demográfico difícil de preservar, nas palavras do zoólogo Pedro Beja, que entre 1987 e
1994 estudou animais solitários ao longo da costa alentejana. Uma população razoável,
como a que habita em Portugal, "pode ser drasticamente reduzida em dez anos", devido
a causas que muitas vezes não são imediatamente detetadas.
Foi o que aconteceu no centro e leste da Europa, na segunda metade do século
passado, quando os metais pesados e, sobretudo, as altas concentrações poluentes de
PCB (substância usada no fabrico de plásticos) provocaram o quase desaparecimento da
espécie. O ambiente razoavelmente preservado em muitos riachos e os ventos não
poluídos do Atlântico contribuem para que aquela espécie tão frágil não esteja em
extinção em Portugal.

A acção directa do homem, através da caça ou da tentativa de domesticação, parece


não constituir risco para aquele mamífero. Já a acção indirecta, como a poluição, pode
ser bem mais perigosa, diz Pedro Beja.

Neste contexto, foi em Castelo de Bode que os habitantes foram surpreendidos por
lontras de água doce ou terrestres. “Tenho 70 anos, vivo aqui desde que nasci, e lontras
só vi no Oceanário! Nunca na minha terra!”, testemunhou Maria Albertina.

Segundo um dos especialistas, “Graças às condições climatéricas, à fauna e ao solo –


acreditamos que tal seja a explicação para as lontras se sentirem atraídas por esta
barragem”.

Espera-se que o trabalho dos especialistas não seja em vão e que esta espécie não se
extinga... Por acção humana!

Eusébio Foca
Doc. 4

Balancete Geral do Campeonato realizado em Vila Franca de Xira


18 Junho 2011

RECEITAS DESPESAS
Publicidade 20.000,00 Custos com o pessoal 40.000,00
Participantes 22.500,00 Transporte 15.500,00
Subsídios à exploração 60.000,00 Deslocação e estada 4.000,00
Despesas de representação 25.000,00
Rendas e alugueres 10.000,00
Combustível 5.500,00
__________ ____________
SOMA 102.500,00 SOMA 100.000,00

DIRECÇÃO CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE José Sampaio PRESIDENTE António Serra

TESOUREIRO Manuel Veríssimo SECRETÁRIO Carlos Mota


Doc. 5

Notícia de dia 25 de Junho de 2011

No passado dia 18 de Junho realizou-se, nas margens do Rio Tejo, o


Campeonato Mundial de Motonáutica. Participantes de todo o mundo
deslocaram-se a Vila Franca de Xira para a realização deste evento, com
expectativas de uma grande afluência turística. E a verdade é que se
verificou… Mas de forma negativa e principalmente ao nível ambiental!

Poucas horas após o início do campeonato, já a GNR registava várias


chamadas de queixosos, devido ao ruído que o evento e os próprios
barcos provocavam. Durante o campeonato, registaram-se cinco feridos
que necessitaram de apoio médico no Hospital da região, com ferimentos
graves e queimaduras de terceiro grau. Perante estes imprevistos,
contactada a organização do evento desportivo e a Federação Nacional de
Motonáutica, estas não teceram qualquer comentário, mas sabe-se que as
regras gerais de segurança não foram todas cumpridas, uma vez que
testemunhos relataram ao jornal que nem gradeamentos de segurança
existiam entre o Jardim Municipal e as margens do Rio Tejo, onde as
corridas se estavam a realizar.

Como se tudo isto não fosse suficiente, os maiores danos


verificaram-se após o campeonato e ao nível ambiental. Devido à forte
afluência turística, foram encontrados resíduos poluentes em toda a zona
envolvente, acabando por se dissolver no rio. Consequentemente,
encontraram-se peixes mortos nas margens do rio onde o referido evento
se realizou. É de registar que uma das espécies de peixes em causa é o
nosso querido sável, um peixe de região em vias de extinção, e o qual até
tem direito a uma feira regional chamada Feira do Sável, que traz turistas
de todo o país amantes deste peixe de rio.
Relatado o episódio, é de questionar o silêncio da Câmara
Municipal. Será que os benefícios económicos que o turismo trouxe à
região justificam estes impactos ambientais tão devastadores para os
recursos da nossa região?

Joaquim Campino
Vialonga Sesmarias Cercadas
Cabeça de Carvalho Bairradinha
1107 Arrancoeira
Aveleira Pisão Cimeiro

530-1
1108 Brejo Fundeiro

Torrão Bodegão
Bairrada Macieira

530-3
Vimeiro
Pelinos Pisão Fundeiro
530-3
OLALHAS
1299
Conheira

Cabecinha
Montes
530-2

Aboboreira Cimeira Alqueidão


Água das Casas
Cabeço da Moura Milreu
531-1
2
Poço Redondo
593 540
Amêndoa

Fonte de D. João 531-1 Poço Redodndo 1109 Vale de Açor


Matagosinha

1110
Matagosa

Chão das Maias Maxial de Além


Balancho 593
1208 Portela Selada

Maxial
1239 Codes

Brescôvo

Portela
Barreiras

530
Salgueira
1205
1111 Cabeça Ruiva Fontes
548
Colmeal
SERRA
Silveira
2
548
Vales
JUNCEIRA Amieira

1206
Espinheiro
Monte Novo 531

Outeiro SANTIAGO DE MONTALEGRE


Corredoura Bairradas
Pederneira
531
Carril 531
1116
Quinta do Filipe Vale de Tábuas 548
114-1 Vale da Bairrada
Pai de Aviz
Carvalhal 1115 531
Carrapatoso
Figueira Redonda Eira do Chão

Castelo Novo
Caramouchel
Pai Cabeça Amoreira
548
1206
Portela Senteiras
Sobral Basto 1206-1
1114 PLANO DE ORDENAMENTO DA
Alqueidãozinho
Vila Nova Atalaia ALBUFEIRA DE CASTELO DO BODE
Pero Calvo
1207

Carril
Planta de Condicionantes
SOUTO 1207

02
Pinheiro
1114
1209
546-1
Carvalhal
Vendas
Levegada Vale do Vime 546-1
Portelinha 1463 Vale do Roxo

2
Bioucas
533 carta 1
Cartaxa Outeiro do Forno

Maxieira Brunheta

S. PEDRO DE TOMAR
Cabeça Gorda
0 2 Km
1 : 25 000

Ribeira da Brunheta N
Vale da Laje Carregal Reserva Agrícola Nacional (RAN)
Casalinho
Reserva Ecológica Nacional (REN)
Boca da Mata
Alvrangel 545 Domínio Hídrico
Bairros Zona Reservada da Albufeira
1117 358
Carreira do Mato Património Classificado
Fontainhas 1117
Infraestruturas destinadas ao Abastecimento Público
S. Simão Captação Superficial
Contraste
Captação Subterrânea
358
Infraestruturas Eléctricas e Telecomunicações
Vale Manso
Feixe Hertziano
Castelo do Bode Rede Eléctrica

Infraestruturas Rodoviárias

Estradas nacionais

Estradas regionais
2
ALDEIA DO MATO Marcos Geodésicos
MARTINCHEL 358 544

358-2

Limite da área de intervenção


Giesteira Medroa
Curvas de nível

Linhas de água

Limites concelhios
Sentieiras Áreas Urbanas / Áreas Turísticas
Alminha Velha
Equipamentos

Alagoa Estradas municipais

544
FONTE: Cartografia 1:25000 proveniente do IGeoE
Corujeira Cardiga Fundeira
Corte de Ordem

Outeiro de S. Pedro

Martimbraz

Moinhos da Ribeira
BECO
Quinta do
Telhado DORNES
Vale serrão Valongo
534-1
Caniçal
Castanheiro Grande
520 238
Casal Ascenso Antunes
520-1 Orgueira

1081 1081-1 Casalinho Ereira


Casal do Zote PALHAIS 534-1 Castanheiro
521 Peralfaia Rio Cimeiro Pequeno

520

S. Jordão Cagida

Lameirancha

Menexas
Carril Frazoeira

Cardal Grande
Cardal Pequeno

1081
520

1062 521 PAIO MENDES


238
2
Fonte da Figueira 1063

Vilar do Ruivo
Trisio
Barrada
Monte Novo
AREIAS
Courelas

Aldeia dos Gagos


Vale de Lameiras
Fernandaires Lagoa Cimeira
Porto da Romã Aldeia
1064 534
Ereira Relva do Boi
Lagoa Fundeira

Penas Alvas Encharia


520-3 Rio Fundeiro
520-2
348
Besteiras
Bela Vista
520-2 Camarinha Fouto

238
Ponte do Tabuado Vales

Martinela
FUNDADA
Abrunheiro Grande
ÁGUAS BELAS 1297
Seada

PIAS
1065 Varela Outeiros Alcamim
Outeiro dos Pereiros PLANO DE ORDENAMENTO DA
ALBUFEIRA DE CASTELO DO BODE

Panascal
Casal da Pombeira
Planta de Condicionantes
348 FERREIRA DO ZÊZERE
Raposeira Orgueira
carta 2
Rubária
Amial
Venda de Serra
Carvalhal
Zaboeira
02
Telheiro de Baixo
Pombeira
1067

1065
Telheiro de Cima
348

Vale do Velido
348 348

Salgueiral
0 2 Km
Portela de Nexebra 1 : 25 000
Lamaceiros 1071
Regueiras
N
1068
238 Maxial
Portimha Reserva Agrícola Nacional (RAN)
Estevais
Reserva Ecológica Nacional (REN)
Pajeres Domínio Hídrico
238
Zona Reservada da Albufeira

Água de Todo o Ano Património Classificado


Trutas
Pegados Infraestruturas destinadas ao Abastecimento Público
Penedinho
Maxieira
Vale de Sanchos Captação Superficial
529 630 Ribeira Captação Subterrânea

Infraestruturas Eléctricas e Telecomunicações


Tanoeiros
Feixe Hertziano

Rede Eléctrica

Infraestruturas Rodoviárias
Mourolinho
Estradas nacionais
1079 Estradas regionais
Castanheira
Casais
Marcos Geodésicos
IGREJA NOVA Vale da Figueira
DO SOBRAL
Vilar

Sobral Vale de Figueira


Serrada Nova Vale de Idanha

Carvalhais

Couço do Meio Limite da área de intervenção


Valadas
Casal da Bica Curvas de nível
Couço dos Pinheiros
Malhada
Pardielas Linhas de água

Ganados Limites concelhios


530 Áreas Urbanas / Áreas Turísticas

Equipamentos
Couço Fundeiro
1108 Estradas municipais
Cardal Aderneira
Dejusta Lameira Pequena
Aveleira
Vialonga FONTE: Cartografia 1:25000 proveniente do IGeoE
1143
Casalinho Seixo

Cabaços Casal dos Ferreiros


517 Nogueirinha
Jarda

1109 Várzea Casais da Arega Vale do Rio


Aldeia Fundeira
Vale Dianteiro
1142
Casais Fundeiros Cabeço da Sr. 21/64 das Preces
237 Mourisco
Casal de Alge Mosteiro 2
Amarelos
Portela Corisco 237

Poeiro
Cabreira Castanheira Fonte Fria Sapeira
Fonte Fria

517
AREGA CASTELO 531
237

Rib. 21/64 de Freire


PLANO DE ORDENAMENTO DA
Alqueidão
1109 Carvalhos
Casais
ALBUFEIRA DE CASTELO DO BODE
Melgaz
Matos do Outeiro
Roda de S.# 21/64 Apolónia carta 3
1142 Almegue
Planta de Condicionantes
Alqueidão de Pussos 1145 Alqueidão

02
Bispos

Braçais Porto do Carro 531


Cova da Eira
Outeiro
Braçais Vale do Prado Pampilha
Carvalhal de Pussos
517
Foz de Alge Portela da Lameira

Caequeijal

Sambado
CERNACHE DO BONJARDIM
237
Brejo da Correia
Lameira
0 2 Km
1 : 25 000

Pégudas N
517

Reserva Agrícola Nacional (RAN)


Póvoa
Reserva Ecológica Nacional (REN)
Cabouços
Domínio Hídrico
238 Zona Reservada da Albufeira

Património Classificado

Infraestruturas destinadas ao Abastecimento Público

Captação Superficial
Cabaços Vale Bom Ramal da Quintã Captação Subterrânea

Infraestruturas Eléctricas e Telecomunicações


Porto dos Fusos Alcobia Feixe Hertziano
Várzea de Pedro Mouro
Janalvo Rede Eléctrica

Infraestruturas Rodoviárias

Estradas nacionais
Casal da Madalena Estradas regionais
Brejo Cimeiro
Marcos Geodésicos
Lameirão Casalinho de Santana
520 Ribeira de Brás

Portela do Brás Porto Carro Calvaria

Ventoso 1146

Calvaria
Carraminheira Mendeira Cascabaço
238

Sr. 21/64 da Orada Horta Nova Quintã Limite da área de intervenção


Granja Curvas de nível
Madroeira
Linhas de água

Limites concelhios
Cruz dos Louriceira
Outeiro Canastreiros Fonte Seca Áreas Urbanas / Áreas Turísticas
do Marco
534 Equipamentos
Carvalhal de S. Bento Ventoso Cimeiro Estradas municipais
Cruz dos
Canastreiros Alqueidão de Santo Amaro Escudeiros

FONTE: Cartografia 1:25000 proveniente do IGeoE


Ral Souto
* * Multibanco * *
-----------------------------------------------------------------------
N. CAIXA: 0019/0575/01 TRANSACÇÃO: 009915
CONTA:
000428137500102 08-05-2012 10:04
MULTIBANCO: ******* 9154 12
ID: 645560DD52
-------------------------------------------------------------------------
PAGAMENTO DAS CUSTAS JUDICIÁRIAS
N. MOVIMENTO CARTÃO: 420
REFERÊNCIA: 674 465 576 659 465
MONTANTE:
102,00 EUROS
----------------------------------------------------------------------
MONTEPIO
AFORRO PRÉMIO 2010 - LIGUE JÁ 808 756 756
------------------------------------------------------------------------
MULTIBANCO NUM MINUTO VOCÊ E O SEU BANCO

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