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Ano: 2017
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Josiany Fiedler Vieira Stromberg
Organização e Avaliação na
Educação do Campo
1ª Edição
2017
Curitiba, PR
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FICHA CATALOGRÁFICA
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
Apresentação da Disciplina
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A disciplina de Organização e Avaliação na Educação do Campo
apresentará um resumo histórico da educação rural no Brasil e mostrará que
algumas metodologias utilizadas na Revolução Industrial ainda são reproduzidas
em muitas salas de aula.
Algumas abordagens e ferramentas para deixar a aula mais interessante
e de acordo com a realidade do seu aluno serão apresentadas aqui. Por fim, uma
discussão sobre as formas avaliativas e a participação do aluno.
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AULA 1 – CONTEXTOS HISTÓRICOS DO PROCESSO EDUCATIVO
Apresentação da aula 01
1.1 Trabalho
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seu sustento. No contexto histórico o trabalho estava relacionado a degradação
do homem. Quem trabalhava não estava em uma boa posição social, já que nas
sociedades aristocráticas quem trabalhava não era nobre ou a pessoa de
posses, e sim, o escravo e o pobre - ou seja, aqueles que não possuíam recursos
financeiros para pagar os impostos.
Importante
O trabalho é a capacidade do homem em transformar a
natureza para promover a sua subsistência.
Com o passar dos anos, para gerar riqueza, o trabalho passou a ser
fundamental no capitalismo e começou a ser valorizado. Nessa condição o
trabalho passou a enaltecer o homem.
Porém ainda se encontram exemplos na sociedade de que existe
preconceito de classes e gêneros nesse âmbito. Os subempregos e atividades
de baixa remuneração ainda são temas que permeiam a discussão do trabalho
como algo negativo. As profissões de gari, coveiro e empregada doméstica, por
exemplo, são atividades que ainda possuem esse preconceito perante a
sociedade, mas deve-se levar em consideração que é a partir do trabalho que
se produz riquezas.
Para o teórico Karl Marx, a sociedade vive em uma luta de classes. Antes
do surgimento das indústrias, as pessoas aptas ao trabalho participavam de
todas as etapas do processo daquele bem ou serviço. Imagine, por exemplo,
uma costureira confeccionando um vestido. A profissional comprava a matéria-
prima, imaginava e desenhava o produto (vestido), cortava o tecido, costurava,
fazia os arremates e depois dava um destino final a ele: venda, presente, doação,
etc. Com a Revolução Industrial a mesma costureira foi trabalhar em uma fábrica
e lá ela passou a ter uma atividade específica, ou seja, não decide mais qual
produto vai costurar, como ele será e nem seu destino.
Dessa forma se transformou em um processo não criativo, limitado, no
qual a pessoa apenas faz parte de um processo e não da criação inteira.
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Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
No livro “O Capital” (1867), Marx aprofunda
e sistematiza a crítica das formas de
sociabilidade que caracterizam o mundo
moderno. Os homens dominam a natureza
e criam novas e complexas formas de
sociabilidade.
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palavras, ao apresentar a educação como necessidade, fica reduzida
a uma simples pulsão natural, perdendo seu caráter de acontecimento
cultural em que intervém o pensamento, a linguagem, a inteligência, os
saberes. A educação deixa de ser, assim, um assunto da cultura para
ser um serviço desprovido de política e de história, reduzindo seu papel
à aquisição de competências de aprendizagem. (Martínez Boom apud
LIBÂNEO, 1999)
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acolhimento social para os pobres, e reflita um pouco mais
sobre o dualismo na educação.
Disponível em: http://migre.me/tocKC
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Como pode ser observado, foi com base nas reivindicações dos
trabalhadores que direitos, como licença maternidade, foram conquistados.
Também pode-se afirmar que o direito à educação e ao trabalho é uma garantia
do Estado ao trabalhador. Ou seja, o governo tem que ofertar o trabalho ao
brasileiro e, por meio da educação, possibilitar e qualificar a empregabilidade.
No entanto, quando se pensa em educação no campo e no ensino rural
percebe-se que são reproduzidos dois conceitos apresentados: preconceito e a
repetição do ensino.
Para Leite (1999, p. 14) a educação rural no Brasil, por motivos
socioculturais, sempre foi relegada a planos inferiores. “Gente da roça não
carece de estudos. Isso é coisa de gente da cidade”.
Como visto até o momento, a economia brasileira era baseada na
atividade rural, mas com o passar dos anos, com o êxodo rural e com a chegada
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das fábricas na famosa “Revolução Industrial”, foi necessário rever o ensino
profissionalizante no país, mas não foi revisto da mesma forma o ensino no
campo.
Segundo TORRES, as discussões sobre educação no campo, por muito
tempo, tinham como tema central as especificidades geográficas que
culminavam na negação de uma educação de qualidade, “sob a alegação de que
era desnecessário e dispendioso investir recursos na manutenção de escolas
distantes dos centros urbanos e com poucos alunos” (2013, p. 6).
Somente na década de 80, em uma época em que os movimentos sociais
se tornam mais representativos, foi promulgada a Constituição Federal (CF) de
1988, cuja oferta de educação firma‐se como obrigatória e gratuita (Art. 205 e
Art. 208). Ou seja, se assegura o Direito de educação para todos, inclusive para
os povos campesinos.
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educação aos povos do campo, que determina a adequação da educação e do
calendário escolar às peculiaridades da vida rural.
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relações entre o trabalho intelectual e o trabalho industrial, não somente na
escola, mas em toda a vida social. O princípio unitário refletir-se-á, portanto, em
todos os organismos de cultura, transformando-os e dando-lhes um novo
conteúdo” (GRAMSCI, pg. 8).
Em “Cadernos do Cárcere” o autor discorre sobre o papel do Estado na
educação das classes mais baixas da população. O material ainda reflete o
distanciamento entre a teoria ensinada em sala de aula e a realidade. Para
Santos (2009, pg. 3) “contribui decisivamente para aumentar as dificuldades
contemporâneas que estamos vivenciando, interferindo diretamente na escola e
no ensino, possibilitando o contato, cada vez maior, com gravíssimas
consequências educacionais, tais como o enorme número de analfabetos em
nosso país, além de uma altíssima taxa de evasão escolar”.
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Os adultos também estão abandonando as salas de aula por falta de
interesse e tempo. Imagine o dia a dia de um aluno da Educação de Jovens e
Adultos (EJA) que trabalha no corte de cana. Ele levanta todos os dias às 5h da
manhã, passa o dia em uma atividade pesada e cansativa e às 19h inicia aulas
do EJA. Para esse aluno não abandonar os estudos ele deve ser motivado a
continuar.
Importante
Ou seja, o professor precisa ensinar aquilo que o aluno precisa
aprender.
Fonte: http://fsindical.org.br/imprensa/cana-puxa-emprego-na-industria-de-sao-paulo
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preparar o educando para a sociedade pensando nele como alguém com
potencial” (SOUZA, ALTOÉ, SILVA, pg. 34, 2013).
A relação professor-aluno também está presente na escola unitária que
pretende um novo conjunto de relações com o envolvimento da teoria e da
prática no âmbito de toda a vida social.
Para diminuir a evasão a escola precisa passar experiências positivas
para uma pessoa que já tem uma rotina familiar ou de trabalho pesado. Esses
alunos também percebem desorganização e falta de interesse. Portanto, para
que o desempenho seja satisfatório é essencial o comprometimento tanto de
educadores quanto de educandos em todas as etapas e fases da construção do
conhecimento.
Assim, deve-se ouvir as necessidades da comunidade (alunos, futuros
alunos, região, cidade), sendo que temas de influência da sociedade também
devem ser levados em consideração na elaboração de um currículo, o qual por
exemplo deve levar em consideração o contexto econômico daquela região.
Resumo da Aula 01
Atividade de Aprendizagem
Relacione o conceito de trabalho de Karl Marx com a revolução
industrial e explique o impacto na atividade rural.
Apresentação da Aula 02
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Nesta aula será abordada a realidade do campo e seus impactos no
processo de gestão de aprendizagem, bem como os paradigmas que permeiam
esse tema. Explicar-se-á o processo de ensino/aprendizagem desde o
planejamento até a avaliação do aluno. Formas e métodos serão discutidos ao
longo da atividade. Também será conhecido o impacto do currículo oculto no dia
a dia da sala de aula. Esse será o passo inicial para a discussão ao longo da
disciplina sobre o papel da Educação e o ensino no campo.
2 Paradigmas
Vocabulario
Paradigma - Etimologicamente, este termo tem origem no
grego paradeigma, que significa modelo ou padrão,
correspondendo a algo que vai servir de modelo ou
exemplo a ser seguido em determinada situação. São as
normas orientadoras de um grupo que estabelecem limites
e que determinam como um indivíduo deve agir dentro
desses limites.
O paradigma do rural tradicional tem criado nos últimos anos uma série
de necessidades para os povos que vivem no campo, a exemplo de
muitos acreditarem que somente podem concorrer com o capitalismo
se desenvolver a sua produção com base em um sistema de
informação e de tecnologia, o mesmo utilizado pelas grandes indústrias
agrícolas. Com base nesse sentimento é que muitos trabalhadores
disponibilizam suas terras e sua mão de obra para a produção em larga
escala de alguns produtos para exportação e, quando estes não mais
interessam ao mercado internacional, os empresários retiram os
equipamentos, não pagam nenhum direito aos trabalhadores pela
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utilização das suas terras, deixam o solo completamente esgotado e
as populações mais empobrecidas e com menos esperança de viver
no campo (FERNANDES e MOLINA, s/d, p. 5).
Atividade
Relacione palavras que representam o ensino rural na
concepção da sociedade brasileira. Discuta com seus colegas
sobre o tema e como mudar os paradigmas negativos.
Fonte: http://www.miniweb.com.br/literatura/artigos/jeca_tatu_historia1.html
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O outro é Chico Bento. No histórico dos personagens criados por Maurício
de Souza ele é definido como uma criança que representa a pureza, a
simplicidade e a simpatia que caracterizam as pessoas do interior paulista. É o
típico caipira que anda de pé no chão, usa um chapéu de palha e toca modas de
viola. Mora na Vila Abobrinha, onde adora gastar seu tempo nadando no rio,
pescando, dormindo na rede e brincando com os seus amigos.
A parte “ruim” do personagem é que ele não é muito chegado aos estudos,
porém, além das qualidades já mencionadas, ele tem um carinho enorme pelos
animais do seu sítio, como a galinha Giselda, o porquinho Torresmo e a vaca
Malhada.
Como pôde ser percebido, o paradigma do homem do campo ser
preguiçoso e não ser adepto dos estudos está presente em nossa cultura, mas
pode ser modificado com atitudes e trabalho. Cabe aqui o professor como
referência e disseminador de conhecimento voltado ao interesse do aluno, para
que assim o mesmo consiga resultados pessoais e profissionais que serão
relevantes para todo um grupo, sociedade e país.
Fernandes, Molina (2005, p. 27) dizem que “não basta ter escolas no
campo; queremos ajudar a construir escolas do campo, ou seja, escolas com um
projeto político-pedagógico vinculado às causas, aos desafios, aos sonhos, à
história e à cultura do povo trabalhador do campo”.
2.1 Currículo
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métodos/finalidades, muito menos quanto sua filosofia/ideologia, o que resultou
na massificação desse sistema educacional por todo o país e que sua atuação
foi/é tão eficaz que conseguiu incutir no ideário docente que deveria seguir o
referencial pedagógico defendido pela cultura das elites e que todo
conhecimento popular/social fosse desprezado.
O que o autor pretende enfatizar é que o distanciamento do conteúdo com
a realidade da população faz com que os conteúdos curriculares sejam pobres
do contexto cultural rural, perpetuando assim a exclusão na escola do campo o
seu próprio contexto material.
Essas escolas estão localizadas em áreas afastadas dos centros urbanos,
possuem características próprias e um menor número de alunos. Essas “escolas
isoladas” possuem inúmeras dificuldades, sejam elas físico/estrutural, curricular
ou pedagógicas, que causam consequência no ensino/aprendizagem.
Segundo a Constituição Federal todo brasileiro tem direito a educação de
qualidade. No entanto, não é esse o retrato do Brasil rural. Escolas sem
infraestrutura, falta de especialização de profissionais e até indisponibilidade de
espaços educacionais são alguns diagnósticos do ensino. A escola é carente,
inferiorizada e para “Jeca Tatu”.
Todos esses fatores contribuem negativamente para a formação do
currículo oculto. Existem três tipos de Currículo: Formal, Real e Oculto.
Fonte: http://especiais.g1.globo.com/educacao/2015/censo-escolar-2014/brasil-
urbano-x-brasil-rural.html
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escrever para trabalhar com a terra. Para Breitenbach (2011, s/p) “o acesso à
educação gerado pela urbanização e pela industrialização passou a ser visto
pelos camponeses como um fator que poderia gerar uma mudança social,
contribuindo massivamente para o êxodo rural”. Mesmo assim, para os que
ficaram no campo o ensino foi deixado de lado.
Segundo a autora, “se antes, com a economia totalmente dependente da
agricultura, era considerada desnecessária, tampouco seria importante agora,
quando a agricultura não era mais a única fonte de renda do país” (Breitenbach,
2011, s/p).
2.2 Planejando
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realidade e com conteúdos prévios. Deve propor a superação da passividade
intelectual dos alunos.
Quanto a Avaliação, conta a participação quando pergunta, questiona e
responde. Ao participar, o aluno deve apresentar a compreensão e a análise dos
conceitos do assunto. Além da forma oral, pode-se avaliar pela forma escrita:
resumo, entrega de questionário, de perguntas e/ou dúvidas, esquema etc.
Há ainda alguns equívocos nos procedimentos ao utilizar a técnica de
ensino:
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Fonte: Fonte: Fonte:
http://migre.me/sNhI8 http://migre.me/sNhTv http://migre.me/sNhXW
Resumo da Aula 02
Atividade de Aprendizagem
Como o trabalho do professor pode modificar o paradigma do
Jeca Tatu e do Chico Bento no ensino rural brasileiro?
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AULA 3 – AVALIANDO
Apresentação da Aula 03
3. TIPOS DE ESTUDOS
3.3 Seminário
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O seminário sempre é precedido de debate e discussão, não pode ser
uma apresentação em forma de monólogo, em que o aluno discorre sobre
um tema sem interrupções e sem questionamentos.
O grupo deve apresentar um estudo integrado, não pode ser uma
apresentação dividida em partes fragmentadas e descontinuas.
A temática apresentada deve ser resultado de uma profunda investigação
e das aprendizagens do grupo, não pode ser uma apresentação de
generalizações, nem leituras de textos já publicados.
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Pedagogia da terra (GADOTTI, 2000) compreende outra dimensão
educativa da proposta pedagógica da educação do campo, contemplando
a relação ser humano/terra; surge dessa combinação um subsídio que
deve ser utilizado na educação do povo que vive no campo, orientando-o
a desempenhar o papel não apenas de proprietário ou trabalhador, e sim
de preservacionista do seu meio.
Atividade
Pesquise sobre a pedagogia do oprimido, do movimento e da
terra para entender um pouco mais sobre o cenário do ensino
rural no Brasil.
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momentos e dados, não apenas provas, inclusive dados percebidos pelos
próprios educandos. O envolvimento dos mesmos no processo de avaliação, da
definição de critérios, possibilita que compreendam seu processo de
aprendizagem e até o que se espera deles”.
Importante
Uma escola rural por sua concepção não é de massa, não é
heterogênea e muito menos dividida em séries e idades. O
ensino rural é para grupos pequenos composto por
camponeses, indígenas etc e ainda multisseriada. Portanto, por
que o ensino deve ser igual? Não deve! Nem a forma de avaliar!
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dificuldades, relação, atitudes), ou seja, a avaliação ocorre de forma unilateral e
subjetiva.
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condições concretas das práticas educativas. Ou seja, é necessário a avaliação
do processo de construção do conhecimento:
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criar novas possibilidades de ensinar e também aprender. “o importante hoje é
encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado e oferecer
alternativas para uma evolução mais segura” (NOVA ESCOLA).
É importante saber que existem uma infinidade de formas, ferramentas e
elementos que colaboram na avaliação, mas todas elas devem estar voltadas a
avaliação formativa.
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o professor passa a ter conhecimento tanto da gramática do aluno quanto da
aprendizagem de formas geométricas, só para citar exemplos.
b) Após uma atividade: os alunos fazem registros sobre o que fizeram,
aprenderam (ou não) e perceberam durante a realização da atividade ou
bloco de atividades. Esses registros podem ser individuais, coletivos ou
feitos em grupos. Nesse momento é possível avaliar a didática do professor.
c) Ao término de um assunto: realizar um fechamento do conteúdo e solicitar
uma apresentação dos alunos como mecanismo para verificar os conceitos
que foram compreendidos ou equívocos que ainda permanecem e devem
ser sanados.
Resumo da Aula 03
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre os diferenciais da linha construtivista de ensino
para o trabalho do professor.
AULA 4 – PROVA
Apresentação da Aula 04
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4 A PROVA
A elaboração da avaliação pela prova deve ser muito bem realizada para
não gerar questionamentos dúbios que permitam inúmeras respostas. O
professor não pode produzir esse material focando na memorização do
conhecimento do aluno, pois o que é memorizado talvez não tenha sido
aprendido. “No processo de avaliação da aprendizagem, nesse contexto, há
perguntas que apelam apenas para uma memorização mecânica, sem
contextualização ou significado. Elas são aprendidas por força da repetição”
(NOLAÇO, 2009).
Um exemplo de questões onde é necessário a repetição do que o aluno
aprendeu, ou seja, a memorização: “Cite o nome de todas as capitanias
hereditárias e seus respectivos donatários”.
A sugestão é a elaboração do conteúdo com foco na linha construtivista
com base em (NOLAÇO, 2009), que aborda:
Contextualização: O aluno deveria buscar apoio no enunciado da
mesma. Elaborar um contexto não é apenas inventar uma história, ou mesmo
colocar um bom texto ligado ao assunto tratado na questão. É preciso que o
aluno tenha que buscar dados no texto e, a partir deles, responder à questão,
com as palavras do aluno.
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para provocar uma resposta, também de forma escrita e com argumentação, que
leve o aluno a escrever, exercitando-se na lógica e na correção do texto.
Uso de questões operatórias e não apenas transcritórias: As questões
operatórias são aquelas que exigem do aluno operações mentais mais ou menos
complexas ao responder, pois estabelece relações significativas num universo
simbólico de informações. Já as questões transcritórias são aquelas onde a
resposta depende de uma simples transcrição de informações, muitas vezes
aprendidas através da memorização e normalmente sem muito significado para
o aluno em seu contexto do dia a dia.
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veja o conteúdo, se está no nível de entendimento de seus alunos,
principalmente a linguagem, e observe também o tipo textual.
A fonte padrão para as avaliações é: Times New Roman ou Arial, tamanho
12. Somente no caso de turmas de alfabetização use o tamanho 14 e
caixa alta.
Fonte: http://posgraduando.com/dicas-para-elaborar-uma-boa-avaliacao/
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Para Melhem (2002, p. 29), é importante levar em consideração algumas
falhas constantes que esses exames denunciam na prática cotidiana da sala de
aula, tais como stress dos alunos nas semanas de prova. A escolha aleatória
das questões cujo conteúdo pode não ser aquele que o aluno domina e/ou
lembra, o grande uso de "colas”, e principalmente, o uso exclusivo das
provas/exames sem a preocupação por parte do educador de acompanhar o
raciocínio do aprendiz, como ele constrói seu conhecimento e onde há falhas
nesse processo.
Fonte: https://pt.slideshare.net/edlauvasantos/instrumentos-e-critrios-de-avaliao8
Importante
A tensão emocional é gerada pela importância atribuída à
avaliação, que pode se tornar um processo traumático. Não
passar no exame ou tirar notas baixas remete ao fracasso, a
uma “inferioridade” oposta aos alunos de nota alta, exaltados
como exemplos.
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examinador e examinado e as próprias reações dos alunos, como bloqueios na
hora de responder.
Com as provas de múltipla escolha, privilegia-se uma resposta correta,
maniqueísta, em detrimento do confronto de ideias, explicação das hipóteses
levantadas, ampliação do conhecimento argumenta que as perguntas "objetivas"
são importantes componentes das provas, pois só elas conseguiriam cobrir a
extensão da matéria, enquanto as discursivas serviriam para verificar a
profundidade do conhecimento.
Outro modelo de avaliação é a Qualitativa: Esse modelo de avaliação
leva em consideração o domínio dos conceitos e solicita que o aluno apresente
dados e informações sobre o que é solicitado. Neste tipo de avaliação, ao invés
de solicitar a reprodução ou a definição de conceitos, o professor precisa
elaborar situações onde os conceitos possam ser aplicados. Aqui o professor
precisa ter em mente quais elementos e competências que devem ser avaliadas
e qual tipo de questão irá compor a avaliação, podendo ser: questões de
resposta estruturada, objetivas, associativas ou dissertativas.
As questões de resposta estruturada ou objetivas são aquelas,
geralmente, de múltipla escolha, compostos por uma pergunta ou frase
incompleta.
Já as questões associativas são aquelas que os alunos associam dois
termos dentro de um critério. A associação deve ser apresentada com clareza;
colunas com número diferente de itens para que a questão não seja respondida
por exclusão e estabelecer um número mínimo e máximo nos conjuntos. Nesse
tipo de questão é possível verificar se os estudantes absorveram grande
quantidade de informações, porém serve basicamente para medir a
memorização dessas informações.
Para Nunes "As práticas pedagógicas estão mais diversificadas. Contudo,
na hora de avaliar, os professores dão para o aluno uma folha com questões que
não têm nenhuma relação com as atividades que ele está habituado a fazer”.
4.1 As Regras
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1- Selecionar os conteúdos para avaliar o que foi ensinado.
2- Construir uma matriz da avaliação para assegurar o equilíbrio entre os
conteúdos e objetivos.
3- Selecionar tipos de perguntas para diversificar os modos de perguntar e ter
em conta os diferentes níveis cognitivos.
Claras – Não podem suscitar dúvidas sobre a informação que se quer obter.
Significativas – Pergunta-se somente o que é relevante.
Cognitivamente diferenciadas – Devem ser elaboradas para diferentes
níveis cognitivos.
Representativas – Devem submeter-se integralmente aos assuntos
trabalhados.
Não encadeadas entre si – Não devem depender da resposta dada à
pergunta anterior.
MELHEM (2002, p. 29) afirma que a avaliação teria que ser meio para,
contido no próprio processo, apoiar a aprendizagem. “Faz-se necessário
desmistificar a concepção da avaliação como prêmio e castigo, como a seleção
dos bons e dos ruins, como construção de uma hierarquia fixa entre alunos”.
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Fonte: http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/como-fazer-uma-prova-
nota-10.html
39
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/como-fazer-uma-prova-
nota-10.html
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posições políticas, vieses e representações, que informam os critérios através
dos quais será julgada uma realidade.
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Já a avaliação formativa tem como função, durante o processo de ensino,
a recuperação do processo que é flexível. O objetivo é reorientar tanto o
professor quanto o aluno.
A avaliação somativa tem função classificatória. Ela ocorre ao final do
processo e verifica o rendimento.
Resumo da Aula 04
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Atividade de Aprendizagem
Discorras sobre a citação de Nunes: "As práticas pedagógicas
estão mais diversificadas. Contudo, na hora de avaliar, os
professores dão para o aluno uma folha com questões que não
têm nenhuma relação com as atividades que ele está habituado
a fazer”.
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Resumo da Disciplina
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REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 15. edição. São Paulo: Cortez, 1999.
45
LUCKESI. C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9.ed. São Paulo:
Cortez, 1999.
46
RAMOS, Marise Nogueira; MOREIRA, Telma Maria; SANTOS, Clarice
Aparecida. Referências para uma política nacional de educação do campo:
caderno de subsídios. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica,
Grupo Permanente de Trabalho de Educação do Campo, 2005.
47
VAZ, Gessiana Künzle Tristão e SOUZA, Maria Antônia de. Escola do campo,
trabalho pedagógico e relação com a comunidade. IX Congresso Nacional
de Educação. EDUCERE III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia.
48