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Miguel Júnior⃰
A concepção de Frijof Capra é que uma situação de crise tem que ser
entendida desde um ponto de vista de transformação, visto que a crise e a mudança
caminham juntos. Aliás, este ponto de vista remonta à actualidade e era entendido
desse mesmo jeito na Antiguidade Clássica. Isso significa tão-somente
transformação. Este processo pressupõe acima de tudo transformações culturais,
que são consideradas como “etapas essenciais ao desenvolvimento das civilizações”.
Mas o crescimento está intimamente associado à perspectiva de “resposta-desafio”.
Aliás, as civilizações entram em colapso por falta de flexibilidade e devido à ausência
de respostas adequadas.
⃰Historiador.
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Quais são as questões que ele procurou valorizar? Ele abarcou sobretudo a
concepção de Pitirim Sorokin sobre a “síntese da história ocidental” que repousa
sobre a “ascensão e declínio cíclicos de três sistemas fundamentais de valores,
subjacentes a todas as manifestações culturais”. Os três sistemas de valores são o
“ideacional”, o “idealístico” e o “sensualista”. Nessa perspectiva, ele aponta que o
⃰Historiador.
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Apesar de esse facto ser igual aos demais que tiveram lugar noutros períodos
históricos, a verdade é que a presente crise possui traços muito peculiares e que a
distinguem das demais crises, nomeadamente o seu ritmo, a sua amplitude e a sua
envolvência do ponto de vista da globalidade. Aliás, Frijof situa a crise ao nível dos
sistemas planetários porque ela congrega o indivíduo, a sociedade, a civilização e o
ecossistema. Aqui está identificada a crise, mas esta exige, por sua vez, que se tenham
em conta outras questões.
⃰Historiador.
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⃰Historiador.