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Anemômetros

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Anemômetros
Índice
O que é anemômetro …………………………………………………...3

Tipos de anemômetros ………………………………………………...4

Aplicações: Anemômetros para uso em gruas, guindastes


e pórticos (NR18) .…………………………………………………………5

Aplicações: Anemômetros para equipamentos de


elevação de pessoas e trabalho em altura …………………….7

Aplicações: Anemômetros em processos de concretagem


(NBR 14931) ………………………………………………………………….9

Aplicações: Anemômetros na agricultura e em silos de


armazenagem de grãos ……………………………………………….10

Aplicações: Anemômetros na área naval …………………….11

Aplicações: Anemômetros em estaleiros …………………….12

Aplicações: Anemômetros em plataformas ………………...13

Aplicações: Anemômetros em estudos de viabilidade de


parques eólicos …………………………………………………………..14

Anemômetros S&E Instrumentos ………………………………..15


O que é
anemômetro
Anemômetros são instrumentos utilizados para medição de velocidade
do ar (vento). O nome anemômetro origina-se do grego “anemós”, que
significa vento.

HISTÓRIA DOS ANEMÔMETROS


Existem registros que atribuem a
invenção a Leonardo da Vinci, porém
considera-se como o inventor do
primeiro anemômetro o humanista
italiano Leon Battista Alberti em 1450.
Consistia num disco colocado
perpendicularmente à direção do vento,
e através do ângulo de inclinação do
disco era medida a velocidade do vento.
Esse mesmo tipo foi mais tarde
reinventado por Robert Hooke, inglês,
em 1644, muitas vezes também
considerado erroneamente como o
inventor do primeiro anemômetro.
Anemômetro de conchas: ainda hoje
largamente utilizado, foi inventado em
1846 por John Thomas Romney
Robinson.
Anemômetro de tubo: é muitas vezes
atribuído a James Lind (1755), embora
este não tenha sido o primeiro a
desenhá-lo, porque o seu foi
considerado o mais prático e assim o
mais reconhecido.
Anemômetro sônico: inventado pelo
geologista Dr. Andreas Pflitsch, em 1994.

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Tipos de anemômetros

Anemômetro de conchas ou pás/ Anemômetro de Robinson/


Anemômetro estacionário

O que é: É um dos tipos mais comuns e mais utilizados,


composto de um rotor com conchas/ pás que aciona um mecanismo
onde é instalado um sensor ou encoder. A passagem do ar pelas
conchas faz com que estas girem com velocidade proporcional à
velocidade do vento, que é indicada por um equipamento eletrônico.
Os anemômetros de conchas são também denominados
anemômetro estacionário, anemômetro de copos, anemômetro de
pás, anemômetro de torre ou anemômetro industrial.
Vantagens: ideal para baixas e médias velocidades pois é
preciso. Este sistema independe da direção do vento, e por
conseguinte de um dispositivo de alinhamento. São ideais para
processos nos quais o anemômetro necessite estar fixo com leitura
permanente.
Desvantagens: não é ideal para altas velocidades devido ao
esforço mecânico provocado pelos ventos.

Anemômetro de hélice
O que é: Os anemômetros de hélice medem a componente vertical da velocidade do vento. A medição é
realizada através de sua ventoinha (hélice).
Vantagens: dimensões e custos reduzidos (geralmente são modelos portáteis).
Desvantagens: necessita estar alinhado com o vento para medir, não sendo tão preciso. Não é recomendado
para quem precisa realizar a medição de forma permanente.

Anemômetro sônico
O que é: O anemômetro sônico realiza medidas em alta frequência (várias medições por segundo) através de
ondas sonoras, de até três componentes da velocidade do vento (2 horizontais e uma vertical).
Vantagens: ideal para altas velocidades (não possui partes mecânicas em movimento) e indica também a
direção do vento - funciona por ultrassom.
Desvantagens: alto custo de aquisição e elevado consumo de energia.

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Exemplos de aplicações
ANEMÔMETROS PARA USO EM GRUAS, GUINDASTES E PÓRTICOS (norma NR18)

Em alguns equipamentos é obrigatória a utilização de anemômetro para garantir a segurança do trabalho em operações
de movimentação de carga. Para este fim deve ser observada a norma regulamentadora NR18.
A NR 18 estabelece as condições e o meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. Ela estabelece diretrizes de
ordem administrativa, planejamento e organização, com o objetivo de implantar medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos.

Grua
Grua é um equipamento utilizado para movimentação de cargas e materiais capaz de movimentar grandes cargas.
Amplamente utilizada no segmento de construção civil.
Também chamada de guindaste universal de torre é um equipamento desenvolvido para auxiliar no transporte de
cargas, tanto na horizontal como na vertical.
Consiste em uma estrutura metálica de grande porte, que pode ter altura de trabalho de até 150 metros ou mais.

Grua Florestal
Equipamento utilizado para transportar toras de madeira, carregadas em caminhões ou carretas, levadas para
processamento em indústrias de carvão vegetal, papel e celulose e para alimentação de caldeiras.

Pórticos
Usados normalmente em portos para descarregar grandes e pequenos contentores ou contêineres, ou embalagens
padrão para transporte de cargas com capacidade de até 20 metros cúbicos. Esse tipo de guindaste pode erguer até 12
contentores (contêineres) de 20 metros cúbicos cada um ou mais em alguns casos.

Guindastes, Guindauto ou Truck Crane


Usados para a movimentação de cargas na construção civil, descarga de maquinário, montagem de estruturas e
movimentação de tanques, silos, entre outras utilidades. São equipamentos montados sobre caminhão convencional (com
chassis alongado) ou concebidos num conjunto que já compreende caminhão e equipamento num só. Tem lança
telescópica.

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Em relação aos anemômetros a norma diz:

18.14.24.1 A grua deve, obrigatoriamente, dispor dos seguintes itens de segurança: (Alterado pela
Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005) a) limitador de momento máximo; b) limitador de carga
máxima para bloqueio do dispositivo de elevação; c) limitador de fim de curso para o carro da lança nas
duas extremidades; d) limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão; e) alarme sonoro
para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como de acionamento automático,
quando o limitador de carga ou momento estiver atuando; f) placas indicativas de carga admissível ao
longo da lança, conforme especificado pelo fabricante; g) luz de obstáculo (lâmpada piloto); h) trava de
segurança no gancho do moitão; i) cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança
e contra-lança; j) limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico; k) ANEMÔMETRO; l)
dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço; m) proteção contra a
incidência de raios solares para a cabine do operador conforme disposto no item 18.2.4 desta NR; n)
limitador de curso para o movimento de translação de gruas instaladas sobre trilhos; o) guarda-corpo,
corrimão e rodapé nas transposições de superfície; p) escadas fixas conforme disposto no item 18.12.5.10
desta NR; q) limitadores de curso para o movimento da lança – item obrigatório para gruas de lança móvel
ou retrátil.

18.14.24.6 É proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que
exponham os trabalhadores a risco. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)
18.14.24.6.1 A grua deve dispor de dispositivo automático com alarme sonoro que indique a
ocorrência de ventos superiores a 42 Km/h. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)
18.14.24.6.2 Deve ser interrompida a operação com a grua quando da ocorrência de ventos com
velocidade superior a 42km/h. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)
18.14.24.6.3 Somente poderá ocorrer trabalho sob condições de ventos com velocidade acima de 42
km/h mediante operação assistida. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)
18.14.24.6.4 Sob nenhuma condição é permitida a operação com gruas quando da ocorrência de
ventos com velocidade superior a 72 Km/h. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005)
18.14.24.17 A implantação e a operacionalização de equipamentos de guindar devem estar previstas
em um documento denominado "Plano de Cargas" que deverá conter, no mínimo, as informações
constantes do Anexo III desta NR - "PLANO DE CARGAS PARA GRUAS".
18.18.4 É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas em caso de
ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias.

Além da medição anemométrica a carga de vento nas movimentações de carga é um item de muita
importância, sendo elemento de risco fundamental que deve ser também considerado nos manuseios de
carga.
A Norma brasileira que trata do assunto é a NBR13129, que deve obrigatoriamente ser consultada.
A Norma ABNT NBR13129 define velocidades máximas de vento com guindaste em operação.
O procedimento de cálculo para velocidade de vento permitida em função da área da carga exposta
é definido por cada fabricante de equipamento. O manual do fabricante deve sempre ser consultado.

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ANEMÔMETROS PARA EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE PESSOAS E
REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA (norma NR12)

A norma regulamentadora NR-12 trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Em seu ANEXO XII
regulamenta sobre EQUIPAMENTOS DE GUINDAR PARA ELEVAÇÃO DE PESSOAS E REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA.

CESTA AÉREA: Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução de trabalho em altura. Possui
braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico, podendo,
desde que projetado para este fim, também elevar material por meio de guincho e de lança complementar (JIB).
CESTO ACOPLADO: Caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para elevação de pessoas e execução
de trabalho em altura, com ou sem isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio indispensável para
realização do serviço.
CESTO SUSPENSO: Conjunto formado pelo sistema de suspensão e caçamba ou plataforma suspensa por
equipamento de guindar para utilização em trabalhos em altura.

4.26 O equipamento de guindar utilizado para movimentar pessoas no cesto suspenso deve possuir, no mínimo:
a) ANEMÔMETRO que emita alerta visual e sonoro para o operador do equipamento de guindar quando for detectada a
incidência de vento com velocidade igual ou superior a 35 km/h;
b) indicadores do raio e do ângulo de operação da lança, com dispositivos automáticos de interrupção de movimentos
(dispositivo limitador de momento de carga) que emitam um alerta visual e sonoro automaticamente e impeçam o
movimento de cargas acima da capacidade máxima do guindaste;
c) indicadores de níveis longitudinal e transversal;
d) limitador de altura de subida do moitão que interrompa a ascensão do mesmo ao atingir a altura previamente
ajustada;
e) dispositivo de tração de subida e descida do moitão que impeça a descida da caçamba ou plataforma em queda livre
(banguela);
f) ganchos com identificação e travas de segurança;
g) aterramento elétrico;
h) válvulas hidráulicas em todos os cilindros hidráulicos a fim de evitar movimentos indesejáveis em caso de perda de
pressão no sistema hidráulico, quando utilizado guindastes;
i) controles que devem voltar para a posição neutra quando liberados pelo operador;
j) dispositivo de parada de emergência;
k) dispositivo limitador de velocidade de deslocamento vertical do cesto suspenso de forma a garantir que se mantenha,
no máximo, igual a trinta metros por minuto (30m/min).

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4.27 Em caso de utilização de grua, esta deve possuir, no mínimo:
a) limitador de momento máximo, por meio de sistema de segurança monitorado por interface de
segurança;
b) limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação, por meio de sistema de
segurança monitorado por interface de segurança;
c) limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades, por meio de sistema de
segurança monitorado por interface de segurança;
d) limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão, por meio de sistema de segurança
monitorado por interface de segurança;
e) alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como de
acionamento automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando;
f) placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, conforme especificado pelo fabricante;
g) luz de obstáculo (lâmpada piloto);
h) trava de segurança no gancho do moitão;
i) cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e contra-lança;
j) limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico;
k) ANEMÔMETRO que emita alerta visual e sonoro para o operador do equipamento de guindar quando
for detectada a incidência de vento com velocidade igual ou superior a 35 km/h;
l) dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço;
m) limitador de curso de movimentação de gruas sobre trilhos, por meio de sistema de segurança
monitorado por interface de segurança;
n) limitadores de curso para o movimento da lança - item obrigatório para gruas de lança móvel ou
retrátil;
o) aterramento elétrico;
p) dispositivo de parada de emergência;
q) dispositivo limitador de velocidade de deslocamento vertical do cesto suspenso de forma a garantir
que se mantenha, no máximo, igual a trinta metros por minuto (30m/min).

4.28 É obrigatório, imediatamente antes da movimentação, a realização de:


a) reunião de segurança sobre a operação com os envolvidos, contemplando as atividades que serão
desenvolvidas, o processo de trabalho, os riscos e as medidas de proteção, conforme análise de risco,
consignado num documento a ser arquivado contendo o nome legível e assinatura dos participantes.
6. Toda documentação prevista neste anexo deve permanecer no estabelecimento à disposição dos
Auditores Fiscais do Trabalho, dos representantes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e dos
representantes das Entidades Sindicais representativas da categoria, sendo arquivada por um período mínimo
de 5 (cinco) anos.

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ANEMÔMETROS EM PROCESSOS DE CONCRETAGEM
(norma NBR 14931)

Você sabia que a velocidade do vento impacta fortemente a qualidade do concreto fresco ou endurecido?
As oscilações climáticas extremas, aliadas á baixa umidade do ar e a ação do vento podem ocasionar o
aumento da temperatura no concreto, causando retração plástica com consequente fissuração nas peças.

Até mesmo o cálculo da taxa de evaporação leva em conta a velocidade do ar, a umidade do ar e a
temperatura no local da concretagem. Esse cálculo é importantíssimo para prever futuras fissuras.

Após a concretagem da estrutura de concreto deve-se garantir que não haja perda de água de amassamento.
Os responsáveis técnicos devem definir processos e técnicas que mantenham a superfície destas úmidas ou
protegidas quimicamente, para que a ação do vento e a temperatura ambiente não venham a secá-la. Este
processo é denominado “cura do concreto”.

A falta de controle dessas variáveis pode acarretar uma série de problemas, pois o concreto é afetado em
todas as suas fases de preparo e aplicação. A cura é acelerada, a água é evaporada com maior velocidade, o
abatimento é reduzido e as fissuras podem aparecer com maior facilidade.

A Norma – NBR 14931, item 9.3.3 – estabelece condições limites para a velocidade do vento e umidade relativa
do ar. Se a temperatura for maior ou igual a 35°C, a umidade for maior ou igual a 50% e a velocidade do vento
for maior ou igual a 30 m/s, medidas devem ser tomadas para manter a consistência e reduzir a temperatura
do concreto.

Caso a temperatura seja superior a 40°C ou a velocidade do vento esteja acima dos 60m/s, a concretagem
deverá ser suspensa, salvo disposições em contrário, estabelecidas no projeto ou definidas pelo responsável
técnico pela obra em andamento.

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ANEMÔMETROS NA AGRICULTURA E EM SILOS DE ARMAZENAGEM DE GRÃOS

O vento excessivo é um grande problema nas áreas rurais pois influencia diretamente no crescimento das culturas. Sendo assim se faz
necessário o monitoramento da velocidade e da direção do vento por parte do produtor.
O vento pode, por exemplo, influenciar na proporção das raízes, na maior largura e espessura das folhas, na redução da altura das
plantas e até mesmo na quebra das mesmas.
A velocidade e a direção do vento também interferem diretamente na distribuição da irrigação e dos defensivos agrícolas, fazendo
com que partes da lavoura recebam mais irrigação e defensivos agrícolas que outras.
Dentre os malefícios do vento para a lavoura podemos destacar: os ventos secos e quentes causam o murchamento das plantas em
locais onde o clima já é árido; o efeito mecânico dos ventos sobre as plantas é prejudicial, pois a folha tem sua capacidade de
fotossíntese reduzida quando é danificada; os danos mecânicos são irreversíveis nas plantas e reduzem a capacidade de fotossíntese;
o desfolhamento de plantas e ferimentos nas folhas favorecem a entrada de doenças.
Como benefícios ressalta-se que o vento é um importante agente polinizador. Os ventos mais fortes fornecem maior suprimento de
CO2 para as plantas, favorecendo a fotossíntese.

Em relação a instalação existem algumas normas a serem seguidas como sua localização, a padronização dos horários de observação
e também a calibração e aferição dos instrumentos utilizados.
O local deve estar longe de instalações elétricas. O anemômetro deverá ser instalado a 2 a 5 metros de altura em relação do solo. Não
deve haver barreiras que possam vir a mudar as características do vento e da radiação solar. Caso haja alguma barreira, deve-se
manter uma distancia de 10 vezes a altura do obstáculo.
O solo deve ser de vegetação rasteira ou gramado. O local onde será instalada a estação meteorológica deverá ser plano para evitar o
acumulo de água. Estar distante de lagos, lagoas ou qualquer tipo de curso d´água para não haver interferência na medição da
umidade relativa do ar.

A medição do vento permite também que sejam detectados os lugares onde há presença de ventos mais fortes, assim sendo, o
anemômetro também é utilizado como instrumento de estudo para a verificação de áreas onde não será necessária a instalação de
quebra ventos, evitando assim gastos desnecessários com o plantio em áreas onde haverá pouca produtividade.
As lavouras localizadas em regiões montanhosas devem ter cuidados especiais com a direção e a velocidade do vento, principalmente
as plantações de café e uva que geralmente são localizadas em grandes altitudes.
Monitorar o vento e demais variáveis meteorológicas é de grande importância para uma melhor tomada de decisão no campo.

Os registros dessas variáveis fornecem dados para um planejamento agrícola mais eficaz.

A utilização de anemômetros em silos de armazenagem de grãos também é de fundamental importância.


Além do esforço para aumentar a produção de alimento é necessário conceder condições para uma armazenagem segura dos grãos;
para tal, é conveniente que os grãos estejam secos e, quando preciso, sejam ventilados durante o armazenamento. Nesses
procedimentos, o ar é forçado por um ventilador, a escoar através da massa de grãos.
O uso adequado da aeração em uma massa de grãos armazenada é de fundamental importância para se manter a qualidade do
produto.
O sucesso dos processos de secagem e aeração depende da uniformidade de distribuição do ar no interior da massa de grãos que, por
sua vez, depende da resistência que o produto oferece à passagem do fluido.
Com o uso de anemômetros é possível realizar estudos para prever a distribuição do ar nos silos e determinar as zonas onde ocorre
baixa velocidade do ar.

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ANEMÔMETROS NA ÁREA NAVAL

O anemômetro possui um importante papel na operação dos portos em todo o mundo.

Os anemômetros estão presentes na estação meteorológica que geralmente fica dentro das dependências do porto e
que conta também com sensores, termômetros, barômetro e higrômetro. A estação meteorológica fornece dados das
condições climáticas para prever possíveis alterações.

Os registros meteorológicos servirão de diretriz para que sejam tomadas decisões assertivas caso alguma ocorrência no
terminal esteja ligada ao clima. Assim sendo, os equipamentos da estação devem emitir um sinal de alerta em caso de
risco.

Os anemômetros também estão presentes nos Portainers (super guindastes) que realizam movimentos precisos no
carregamento e descarregamento dos navios de contêiners. Os anemômetros instalados nos Portainers emitem sinal
sonoro na ocorrência de rajadas e ventos fortes. Caso o vento chegue a 72km/h o equipamento deve ser travado, sendo
proibida sua operação.

Os portos oferecem áreas abrigadas de vento e correnteza, com condição ideal para a atracação e demais operações do
navio. Se as condições climáticas não são favoráveis as atividades de navegação, atracação, realização de manobras e
zarpar devem ser suspensas.

Caso ocorra, por exemplo, fortes fluxos de vento, com rajadas que chegam a atingir 60 km/h (32 nós - vento 7 da escala
Beaufort), deverá ser feita a interrupção da operação de carga e descarga no terminal. Os guindastes / portêiners devem
ser ancorados e caso seja possível, devem ser escorados para evitar quedas, danos e acidentes envolvendo operadores
portuários.

No caso de vento muito forte acima de 72 km/h (39 nós - vento 8 da escala Beaufort) a desatracação dos navios do píer
deve ser realizada. Isso se faz necessário pois mesmo as embarcações atracadas podem sofrer com ventos fortes e
outras alterações climáticas, vindo a colidir com equipamentos ou com outras embarcações.

Os ventos também influenciam a maré: as ondas aumentam em tamanho e o nível do mar também aumenta.

Alterações climáticas dificultam a navegabilidade. Até mesmo as manobras não podem ocorrer com ventos acima de 25
nós de velocidade. E não são apenas navios de grande porte que sofrem com ventos fortes - a capitânia dos portos
determina que balsas e embarcações de pesca e recreio suspendam a travessia quando os ventos atingem 21 nós
(39km/h).

As medidas acima são necessárias para a segurança de todos, evitando que embarcações venham a encalhar ou até
mesmo naufragar. Neste cenário o anemômetro se faz necessário para prevenir imprevistos e para que a segurança, a
pontualidade e a produtividade do porto não sejam muito afetadas.

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ANEMÔMETROS EM ESTALEIROS
(CONSTRUÇÃO OU REFORMA NAVAL)
norma NR34

Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas desenvolvidas no âmbito das
instalações empregadas para este fim ou nas próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas,
plataformas fixas ou flutuantes, dentre outros.
Os estaleiros brasileiros trabalham para diferentes segmentos de mercado. Os principais segmentos são:
● Offshore: segmento com maior volume de demanda, com plataformas de produção, sondas de perfuração e navios de
apoio.
● Petroleiros e navios de transporte: construídos para transportar petróleo e seus derivados.
● Graneleiros: navios para transporte de minérios e grãos
● Embarcações militares: Navios patrulha e submarinos
● Navios fluviais: transporte de produtos em hidrovias
● Construção náutica: embarcações de esporte e lazer
● Reparação naval: docagem e manutenção
● E outros.
A norma regulamentadora de segurança neste setor é a NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL.
A movimentação de carga é parte importante no processo de construção e reparação naval. Portanto a norma especifica a
obrigatoriedade de existir um anemômetro no local e a checagem dos equipamentos antes do início dos trabalhos.
Inspeção, Manutenção e Certificação de Equipamentos
34.10.4 Antes de iniciar a jornada de trabalho, o operador deve inspecionar e registrar em lista de verificação (checklist), no
mínimo, os seguintes itens:
I. freios;
II. embreagens;
III. controles;
IV. mecanismos da lança;
V. anemômetro;
VI. mecanismo de deslocamento;
VII. dispositivos de segurança de peso e curso;
VIII. níveis de lubrificantes, combustível e fluido refrigerante;
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IX. instrumentos de controle no painel;
X. cabos de alimentação dos equipamentos;
XI. sinal sonoro e luminoso;
XII. eletroímã

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ANEMÔMETROS EM PLATAFORMAS
DE PETRÓLEO – norma NR37

A Norma Regulamentadora - NR37 estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no
trabalho a bordo de plataformas de petróleo.

Nas plataformas de petróleo é comum o uso de guindastes. O operador do guindaste, também chamado de
guindasteiro, é responsável por operar e avaliar as condições de funcionamento das máquinas e equipamentos de
elevação, realizando a verificação do painel de instrumentos de medição, cabos, grampos, fonte de alimentação e dos
diversos equipamentos de segurança.
O operador de guindaste que atua em alto mar corre alguns riscos específicos. O primeiro é o constante movimento das
embarcações, que torna difícil a tarefa de manter o guindaste centralizado em relação à carga, ocasionando em um
movimento de pêndulo que pode gerar graves acidentes. O rompimento do cabo de aço e de outros componentes
também tem riscos maiores de acontecer, devido à redução da vida útil dos materiais com o efeito da maresia.

A norma NR37 especifica:


37.20.3.9 O guindaste deve dispor de dispositivo automático, com alarme sonoro para alertar sobre a velocidade do
vento.
37.20.3.10 É proibida a movimentação de cargas com guindaste nos seguintes casos:
a) iluminação deficiente;
b) condições climáticas adversas ou outras desfavoráveis que exponham os trabalhadores a riscos;
c) inobservância das limitações do equipamento, conforme manual do fabricante ou fornecedor.
37.20.3.10.1 Além do exigido no subitem 37.20.3.10, a operadora da instalação deve cumprir o disposto na Tabela 2
para efetuar a movimentação de carga.

Tabela 2 - Condições para operação do guindaste em função da velocidade do vento.

0 a 38 km/h - Permitidas todas as operações de movimentação de cargas.

39 a 49km/h - Acionamento de alarme sonoro a partir de 39 km/h;


- Operações ordinárias de movimentação de cargas devem ser interrompidas;
- Permitidas apenas as operações assistidas, inclusive entre a plataforma e embarcações, com observação contínua das
condições climáticas.

50 a 61 km/h - Permitidas apenas as operações assistidas e realizadas somente dentro da própria plataforma, com
observação contínua das condições climáticas.

Acima de 61 km/h - Todas as operações devem ser interrompidas.

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ANEMÔMETROS EM ESTUDOS DE VIABILIDADE DE PARQUES EÓLICOS

Um parque eólico é considerado como viável a partir do estudo dos parâmetros: economia, aspecto técnico e
ambiental. A análise inicial para implantação de um parque eólico começa com a analise dos dados de vento, como:
velocidade, frequência e direção. Após o estudo do vento caso se obtenha resultados satisfatórios é iniciada a
escolha dos aerogeradores que serão utilizados.
Fazendo uso de softwares é possível determinar a viabilidade de um parque eólico a partir de dados de medição
dos ventos.

A NOTA TÉCNICA DEA 08/14 DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA DISPÕE:


Instruções para as medições anemométricas e climatológicas em parques eólicos
2.1 Cada parque eólico vencedor do leilão, independentemente da potência instalada ou área ocupada,
deverá instalar, dentro da área do parque, uma estação para medição e registro de dados anemométricos e
climatológicos que deverão ser enviados à EPE conforme descrito nesta Nota Técnica.
2.10 A estação de medição deve conter, além do registrador de medições (“data logger”),
pelo menos os seguintes medidores:
03 (três) anemômetros de concha;
02 (dois) medidores de direção dos ventos (“wind vanes”);
01 (um) medidor de umidade do ar;
01 (um) medidor de pressão barométrica; e
01 (um) termômetro.

PORTARIA No 102, DE 22 DE MARÇO DE 2016.


O MINISTRO DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo
único, incisos II e IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12, § 4o, do Decreto no 5.163, de 30 de
julho de 2004, e o que consta do Processo no 48000.000061/2014-15, resolve:
I - para usina eólica, a certificação de medições anemométricas e de estimativa da produção de energia
elétrica associada ao empreendimento, emitida por certificador independente;
§ 3o A partir de 2017, será exigida, no ato do Cadastramento, a apresentação de histórico de medições
contínuas da velocidade e da direção dos ventos, em duas alturas distintas, sendo a altura mínima de cinquenta
metros, por período não inferior a trinta e seis meses consecutivos, realizadas no local do parque eólico,
integralizadas a cada dez minutos e com índice de perda de dados inferior a dez por cento.

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Anemômetros S&E

CONHEÇA A S&E
Fabricamos 4 modelos de anemômetros estacionários:

A S&E Instrumentos é fabricante AN-1C = Anemômetro digital estacionário tipo pás/ conchas com unidade eletrônica
nacional de anemômetros e de remota para instalação em painel. Possui 2 presets de velocidade, saída analógica (pode ser
usado com Datalogger) e dimensões 48x48x96mm. A unidade sensora é composta por 3 pás de
outros instrumentos para
alumínio, eixo em aço inoxidável, encoder de alta resolução e resistência para suportar ventos de
medição, controle e automação até 150km/h.
industrial. AN-2C = O anemômetro AN-2 é um anemômetro de baixo custo e foi desenvolvido para
atender as normas de segurança NR18 e NR12. Ideal para uso em equipamentos como gruas,
guindastes, cestos suspensos, pórticos e outros. A unidade sinalizadora possui indicação sonora e
Fundada em 1981, além da visual por lâmpadas led e 2 relés saída SPDT. A unidade sensora possui 3 pás de alumínio, eixo em
experiência possui como aço inox e encoder de alta resolução e resistência.
AN-3C = O anemômetro Wireless AN3 estacionário opera via rádio transmissor, sendo
diferenciais a precisão e a ideal para utilização em guindastes telescópicos/ Truck Crane e gruas por não utilizar fios. É o
durabilidade de seus produtos. modelo mais completo com diversas funcionalidades. Possui unidade medidora com display OLED,
duas saídas a relés programáveis com aviso sonoro, saída analógica 4 a 20mA ou 0 a 20mA e saída
serial RS-485 com protocolo Modbus. A unidade sensora possui 3 pás de alumínio, eixo em aço
A S&E é líder de mercado e a inox e encoder de alta resolução e resistência.
maior fabricante de anemômetros AN-4A = Para aplicações que não necessitem indicar a velocidade no local da medição.
Com saída analógica isolada em opções de tensão ou corrente proporcional a velocidade do vento.
estacionários do Brasil.
O sinal pode ser enviado para dataloggers, CLPs ou indicador de sinal de processo. Possui 3 pás de
alumínio, eixo em aço inox e encoder de alta resolução. Alimentação 12 ou 24Vdc.
Fornecemos anemômetros para as AN-5A = Para plataformas de trabalho em altura PTA/ PEMT. De fácil instalação e
operação, pois acompanha suporte de fixação, célula solar e bateria recarregável. Possui 3 pás de
maiores e melhores empresas do alumínio, eixo em aço inox e encoder de alta resolução. Fabricado com vedações especiais para
país nos segmentos de construção, ficar exposto ao tempo. Com alarme visual e sonoro para atender as normas NR12 e NR35.

elevação de carga, trabalho em


Além dos anemômetro fornecemos diversos suportes para facilitar a instalação do
altura, agrícola, naval, energia, anemômetro e certificado de calibração rastreável. Todos os produtos possuem 2 anos de
petroquímica, vidrarias e outros. garantia e assistência técnica de fábrica.

Para obter mais informações acesse: https://anemometro.ind.br

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E-book Anemômetros
Para maiores informações sobre os anemômetros fabricados pela S&E acesse:

anemometro.ind.br

(11) 5522-3877 / Whatsapp: (11) 99234-1725 16


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