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1. Flora e Firmino são ativistas de uma associação que pretende promover os valores da
família tradicional. A Associação está a organizar várias iniciativas para demonstrar que a
legislação que permite a adoção por casais homossexuais é imoral e contrária aos interesses
das crianças. Uma das iniciativas é uma manifestação em frente à Assembleia da República.
Flora e Firmino pretendem que a sua filha Esmeralda, de 16 anos, participe na manifestação.
Esmeralda recusa-se por discordar do objetivo da manifestação, “que considera imoral por
ser atentatório da igualdade”, alegando ser favorável à legislação aprovada. Flora e Firmino
invocam o dever de obediência dos filhos aos pais. Quid iuris?1
2. O Diretor Clínico de um Hospital da Região da Beira Baixa declarou que, “por razões de
profunda convicção humana e ética”, a referida instituição se afirmava, com efeitos imediatos
e nos termos constitucionais e legais, como objetora de consciência relativamente à prática
de quaisquer atos respeitantes à eutanásia. Tendo por base as relações entre o Direito e a
Moral e os contornos jurídicos do direito à objeção de consciência, pronuncie-se
sobre a referida declaração.2
1
Introdução ao Direito – Ano letivo 2022/23
8 do artigo 153.º que “[s]e não for possível a realização de prova por pesquisa de álcool no
ar expirado, o examinando deve ser submetido a colheita de sangue para análise ou, se esta
não for possível por razões médicas, deve ser realizado exame médico, em estabelecimento
oficial de saúde, para diagnosticar o estado de influenciado pelo álcool”. Uma vez verificada
a impossibilidade de recorrer ao exame do teste de ar expirado, a polícia solicitou a B a
realização do exame de álcool no sangue, o que B recusou invocando professar a confissão
religiosa “Testemunhas de Jeová”, cujo credo determina a inviolabilidade do sangue humano.
B invocou o seu direito à objeção de consciência, assente na garantia da liberdade religiosa.
Quid iuris?3