Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXPRESSO
COMPARTILHE
" # ( )
FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK HEMORIO
EXPRESSO
30%
Foi a queda na doação de sangue em Minas Gerais, durante a pandemia do
novo coronavírus, conforme reportagem do dia 15 de maio de 2020
A epidemia de aids que marcou os anos 1980 por todo o mundo fez com que
diversos governos adotassem medidas drásticas para tentarem controlar a
disseminação da doença, então muito pouco conhecida. Foi nesse contexto
mundial que o Brasil, seguindo outros países, proibiu em 1993 que
homossexuais doassem sangue.
No Brasil, o veto total à doação de sangue por homens que tiveram relações
sexuais com outros homens foi flexibilizado em 2002. A Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) passou a autorizar a doação, desde que a
relação sexual tivesse acontecido há no mínimo 12 meses.
O entendimento contrário
3 MESES
Em meio à pandemia de covid-19, a vigilância sanitária dos Estados Unidos
reduziu de um ano para três meses o período em que homens que tiveram
relações sexuais com outros homens têm de esperar para poderem doar
sangue. Os estoque de sangue do país estão muito reduzidos em razão das
medidas de distanciamento social. Até 2015, a doação de sangue por
homossexuais era totalmente proibida.
1 MÊS
No Irlanda do Norte, o prazo de um ano foi reduzido para 30 dias, também
em razão da pandemia de covid-19. No restante do Reino Unido, a proibição
da doação de sangue por homossexuais foi totalmente revogada em 2011.
SEM RESTRIÇÕES
Em países como Argentina, Chile, Peru, Espanha e Itália, os critérios de
habilitação para doação de sangue não envolvem orientação sexual.
Trinta anos atrás, quando não conhecíamos bem o vírus, podemos entender
por que critérios extremamente rígidos foram adotados. Mas hoje sabemos
como o HIV funciona e como ele é transmitido. Continuar associando o
vírus apenas a homens gays e bissexuais acaba inclusive atrasando a
resposta do poder público contra a doença.
O interessante dessa decisão, assim como das outras, é como ela atua para
descontrair uma leitura patologizante da homossexualidade, da
bissexualidade e da transexualidade. Quando o STF diz que ser trans não é
uma condição demonstrada por laudo médico, como disse em 2018, ou que
ser gay não torna o sangue de um homem menos puro, ele reafirma a
igualdade e a condição humana de quem, por conta de uma epidemia
devastadora e de uma sociedade extremamente conservadora e excludente,
foi sempre lançado às margens do que se considera saudável e do que se
considera “normal”.
VEJA TAMBÉM
A decisão do STF que
EXPRESSO
suspende a permissão à ‘cura gay’
SAIBA MAIS
MAIS RECENTES
EXPRESSO Com novas caras, como fica o perfil do Supremo brasileiro Isabela Cruz
EXPRESSO A obra ‘silenciosa’ de John Cage como hino da pandemia Fredy Alexandrakis
EXPRESSO Como a curadoria coletiva muda a cara dos festivais literários Fredy Alexandrakis
GRÁFICOS
GRÁFICO
EM ALTA
INTERATIVO O seu salário diante da realidade brasileira Gabriel Zanlorenssi, Daniel Mariani e
2
Wellington Freitas
EXPRESSO Que variante é essa? Os nomes dados pela OMS às cepas da covid Fredy
3
Alexandrakis
EXTRA Estilista Virgil Abloh, da Louis Vuitton, morre aos 41 anos Da Redação
5
RECEBER
RECEBER
EXPRESSO
VÍDEO
GRÁFICO
EXTERNO
GRÁFICO
EXPRESSO
ESPECIAL
INTERATIVO
REDES SOCIAIS