Orientações: o aluno deverá efetuar uma petição inicial (pode ser
realizada em dupla), na condição de advogado do autor (João), simulando a realidade fática narrada na estória que segue abaixo. A petição deverá conter todos os requisitos estipulados no CPC/CLT (como, por exemplo, endereçamento, qualificação das partes, causa de pedir, fundamentação jurídica, pedidos, requerimentos, valor da causa e nome do advogado). Os dados, tais como documentação e endereços, podem ser fictícios ou também pode deixar em branco. Segue a narrativa:
João da Cunha, morador de Palmas – TO, foi contratado pela empresa
Construtora Tomara que Cai Ltda, na função de Fiscal de Obras, também em Palmas. O início da relação contratual trabalhista, com vínculo empregatício, se deu em 13 de janeiro de 2013. O serviço de João consistir em zelar pelo correto desenvolvimento das edificações de prédios de apartamentos que a empresa construía na cidade. Portanto, ele era obrigado a subir em prédios em construção, e verificar se os demais funcionários (pedreiros, serventes, engenheiros e oficiais de construção) estavam bem desempenhando as suas funções. O contrato de trabalho foi rescindido pela empresa no dia 15 de fevereiro de 2024, sem que João tivesse recebido aviso prévio. O Seu salário nominal era de R$ 9.000,00 mensais, mais 20% a título de adicional de periculosidade. Sua carga horária contratual era de 44h/semanais, e sempre, desde o início, desenvolvia essa jornada de segunda a sexta feira. Contudo, além dessa jornada, em janeiro de 2022, o empregador passou a exigir de João que ele também trabalhasse nos sábados, das 8h às 12h, e assim a sua jornada semanal passou a ser de 48h. Ele nada recebeu a título de pagamento pela sobrejornada. A empresa, estando em dificuldades financeiras, queria demitir João por Justa Causa, mas não tinha motivos para isso. Assim, o gerente da empresa inventou uma estória, no sentido de que João teria assediado sexualmente uma colega de trabalho, e a rescisão foi feita por culpa de João (Justa Causa). Nada, porém, foi comprovado contra João. Essa estória causou enorme repercussão na empresa e abalou gravemente a João. Quando da demissão, não lhe foi pago valor algum atinente às verbas rescisórias. Não recebeu o correspondente às suas últimas férias, e nem às férias proporcionais. 0 13º salário de 2023 e proporcional de 2024 também restou inadimplido em sua totalidade. Os valores do FGTS, referentes ao ano de 2022 em diante não foram depositados na conta vinculado de João. Não recebeu adicional de periculosidade desde início do ano de 2022. Também não lhe foi paga a multa rescisória. Inconformado com a situação, João contratou, em 20 de março de 2024, teu escritório de advocacia para buscar garantir os seus direitos trabalhistas. Na condição de advogado, elabore a petição inicial com o objetivo de atender às justas pretensões e expectativas de João.