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CIENTÍFICA
INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA
Guilherme Siqueira Arinelli
Mayra Moreira da Costa
Debora Meyhofer Ferreira
Andrea Helena Ferreira Braga
Rodrigo Gouvêa Taketani
2024
CASA NOSSA SENHORA DA PAZ – AÇÃO SOCIAL FRANCISCANA, PROVÍNCIA
FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL –
ORDEM DOS FRADES MENORES
PRESIDENTE
Frei Thiago Alexandre Hayakawa, OFM
DIRETOR GERAL
Jorge Apóstolos Siarcos
REITOR
Frei Gilberto Gonçalves Garcia, OFM
VICE-REITOR
Frei Thiago Alexandre Hayakawa, OFM
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO
Adriel de Moura Cabral
PRÓ-REITOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Dilnei Giseli Lorenzi
COORDENADOR DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Franklin Portela Correia
CENTRO DE INOVAÇÃO E SOLUÇÕES EDUCACIONAIS - CISE
Franklin Portela Correia
PROJETO GRÁFICO
Centro de Inovação e Soluções Educacionais - CISE
CAPA
Centro de Inovação e Soluções Educacionais - CISE
DIAGRAMADORA
Andréa Ercília Calegari
INTRODUÇÃO
Trazemos, de nossa história de estudos, diferentes vivências educacionais; porém, uma
coisa é certa: quase 100% de nossa experiência vem do ensino presencial. Significa
que, durante muito tempo, entendemos que a educação apenas era possível dentro do
modelo que coloca professor e alunos em um mesmo espaço e tempo (sala de aula),
a partir do que um conteúdo era ensinado. Mas isto não tem nada de novo, já que há
séculos assim se dá.
Esta Unidade 1 tem o objetivo de apresentar alguns elementos importantes para que
você bem entenda de que modo os componentes curriculares do Núcleo de Formação
Geral estão estruturados, a fim de oferecer uma experiência significativa de aprendiza-
gem, contribuindo, assim, para sua formação profissional.
Depois disso, partiremos para uma breve introdução à história da ciência, tendo em
vista sua distinção, importância, evolução e aplicabilidade. Em seguida, atravessare-
mos o conceito, a importância e a natureza do conhecimento, por uma diferen-
ciação entre: conhecimento por contato, conhecimento por descrição, conhecimento
prático, conhecimento popular, conhecimento científico e conhecimento acadêmico. Por
fim, partiremos para uma breve apresentação da teoria tradicional do conhecimento,
atentando para o critério de justificação, característico do empreendimento científico.
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a melhoria da escrita, aprimorando, desse modo, nossa vida acadêmica e profissional.
Apresentaremos as etapas da leitura científica, evidenciando a necessidade de in-
terpretação adequada de resultados, argumentos e teses de textos científicos, bem
como sua análise crítica em oposição à leitura passiva ou decorada. Abordaremos, 1
além disso, o chamado método cartesiano de pesquisa, tendo em vista a ordenação
eficaz da nossa trajetória de investigação. Esses passos são alicerces fundamentais da
pesquisa científica rigorosa.
O desenvolvimento de competências
A USF adota, como diretriz pedagógica, a educação por competências. Mas, você
sabe o que é a competência, ou quando alguém pode se entender competente?
SAIBA MAIS
A competência trata da maneira como lidamos com as situações que nos aparecem na vida
cotidiana. Neste sentido, é competente aquela pessoa que consegue dar conta das exigên-
cias que as diferentes situações impõem.
Mas, é possível aprender sobre todas as situações que a vida – profissional ou não – vai nos
apresentar? Claro que não; não há um curso sequer que possa dar conta disso.
Quando se fala em desenvolver competências, mais do que uma prática, o que se objetiva
é ensinar um modo de compreender as situações. A pergunta que deve ser feita não é “Eu
aprendi a fazer isso?”, mas sim “Que tipo de raciocínio eu aprendi, a partir deste caso, e que
vai me possibilitar resolver outros (mesmo que não sejam iguais)?”
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Conheça as competências que devem ser desenvolvidas por meio dos estudos que o
componente Iniciação à Pesquisa Científica trará:
IMPORTANTE
Releia as competências apresentadas acima. Não se trata de um ideal construído de forma
aleatória, mas de uma proposta de formação que indica aquilo em que a USF acredita, for-
mando você como profissional. São competências possíveis, mas que apenas podem ser
desenvolvidas se você se aplicar aos estudos e atividades propostos.
SAIBA MAIS
E você, sabe como você aprende?
Possivelmente, você já ouviu dizer que uma pessoa aprende mais ouvindo, enquanto outra o
faz escrevendo, e ainda outra, lendo e anotando.
Leia ao artigo:
Os quatro estilos de aprendizagem − ou por que alguns leem os manuais e outros não
Dificilmente conseguimos dizer que um profissional é competente sem ter estes elementos
como base sólida. A partir deste entendimento é que este componente curricular é
entendido e proposto com significativa importância para sua formação profissional. A USF
1 entende que ser profissional deve ser mais que ser um fazedor técnico.
SAIBA MAIS
Avalie suas competências, verificando:
01. Conhecimento – você tem os conhecimentos necessários, que possibilitarão uma vivên-
cia profissional humana e responsável consigo, com o outro e com a sociedade?
02. Habilidade – você sabe se utilizar dos conhecimentos para realizar uma prática que seja
eficiente, fazendo bem feito aquilo que se espera de um(a) bom(a) profissional?
03. Atitude – a partir do conteúdo assimilado e da boa prática desenvolvida, você se motiva
a agir de modo eficaz, buscando a melhor em cada situação?
SAIBA MAIS
Conheça mais sobre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, pesquisando em:
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1
Veja que os ODS abarcam diferentes áreas e problemas que a humanidade enfrenta
como um todo. E, considerando-se que a USF objetiva oferecer uma formação integral,
entendemos a importância de que a formação seja ampla e geral, ligada aos problemas e
situações diversas que você como profissional vai enfrentar. Neste sentido, ao longo do
semestre, os ODS serão trazidos nas problematizações dos componentes curriculares.
SAIBA MAIS
Conheça mais sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil, pesquisando
em:
outros. Além disso, nenhum deles conhecia bem nenhum desses países, e, certamente,
haveria ainda outros países extremamente fascinantes ainda não cogitados.
A área que estuda e visa oferecer respostas para questões como a de determinar o
que é ciência, além de outras questões relacionadas aos fundamentos das ciências e
problemas filosóficos resultantes delas, é chamada de filosofia da ciência.
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conhecimento popular pode ser um bom guia sobre um determinado assunto, como, por
exemplo, sobre a cultura de uma determinada comunidade ou sobre como fazer uma
determinada atividade, um quitute, uma arte, uma caminhada, ou se uma planta en-
contrada encontrada em um local específico e em determinada quantidade pode matar 1
quando ingerida, se podemos confiar em pessoas com determinados comportamentos,
o que é essencial de se levar em uma viagem, quais épocas do ano são boas para pes-
car ou plantar, entre tantos outros exemplos.
Por isso, em sentido lato (amplo), também podem ser classificadas como “ciências”. Por
exemplo, história e filosofia são consideradas ciências humanas e ambas estabelecem
critérios de rigor dentro de seus campos: os filósofos estudam princípios de lógica e argu-
mentação, os historiadores seguem métodos de obtenção fidedigna de dados. Todas as
áreas acadêmicas, portanto, praticam a chamada investigação científica nesse sentido.
Fonte: Canvas
1 Quando dizemos que conhecemos algo, podemos nos referir a diversos aspectos. Al-
guém pode dizer, por exemplo, que conhece a Índia. Isso pode significar que essa pes-
soa já foi à Índia, ou que ela conhece com detalhes fatos e tradições sobre a Índia, ou,
ainda, que ela sabe como viver na Índia.
Já o terceiro tipo, o conhecimento prático, caracteriza-se pelo saber fazer algo, isto é,
relaciona-se às aptidões práticas de um sujeito em realizar uma determinada atividade.
Por exemplo: preparar uma receita, andar de bicicleta, dirigir um carro, suturar um corte,
negociar, tocar um instrumento musical, dançar, etc.
- Eu conheço Paris. - Eu sei que Paris está localizada - Eu sei andar de bicicleta.
na França.
Fonte: Canvas
Definição de conhecimento
Suponhamos que alguém diga para você que a Índia é um país do continente ameri-
cano. Você sabe que ela realmente acredita nisso, pois não teria motivos para mentir.
Você verifica então em um mapa a localização continental real da Índia. Você diria
que ela apresenta conhecimento sobre a Índia, no que diz respeito à sua localização
geográfica? Muito provavelmente não. Para saber, não basta crer, essa crença precisa
também ser verdadeira.
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Digamos agora que você pergunte para uma terceira pessoa em qual continente a Índia
está localizada. Essa pessoa acredita que pode obter respostas sobre a realidade jogando
dados. Ela lança um dado e conclui pelo resultado que a Índia está situada no continente
asiático. Você diria que ela tem conhecimento sobre a localização da Índia depois disso? 1
Provavelmente também não, afinal ela só acertou por sorte. Não diríamos que ela apre-
senta conhecimento notório de onde fica a Índia. Para saber, não basta ter uma crença
verdadeira, ela também precisa ser justificada. E justificada aqui, significa bem justificada.
Dessa forma, só diríamos que alguém realmente tem conhecimento sobre a localização geográ-
fica da Índia, se ela nos oferecesse uma justificação para sua crença verdadeira, por exemplo,
apresentando um mapa fiável, um livro de geografia, uma pesquisa em um site cientificamente
fundamentado, dentre outros meios de comprovação confiáveis. Isto é, ela teria razões para
acreditar que a Índia é localizada na Ásia, e é um fato que a Índia é um país asiático.
Depois de muito tempo, em 1963, foi oferecido um desafio de peso a teoria clássica do
conhecimento, conhecido como problema de Gettier. Edmund Gettier em seu curto e cé-
lebre artigo “É a crença verdadeira justificada conhecimento?” oferece dois contra-exem-
plos à definição tradicional de conhecimento, onde poderíamos ter crenças verdadeira
justificadas, e ainda assim não as consideraríamos como casos de conhecimento, mos-
trando, desse modo, que a definição clássica pode talvez ser demasiadamente ampla.
SAIBA MAIS
O célebre artigo de Gettier, com tradução para o português de Célia Teixeira, pode ser aces-
sado neste link:
GLOSSÁRIO
Epistemologia: Palavra de origem grega. ἐπιστήμη, epistéme: conhecimento. λόγος, lógos:
1 discurso, estudo. Equivalente à chamada teoria do conhecimento, consiste em estudos acer-
ca do conhecimento em sentido amplo, desde a sua natureza, passando pelos seus tipos,
definição, problemas, e relações com outras disciplinas. É considerada uma das áreas fun-
damentais da filosofia.
Crenças Crenças
Conhecimento
verdadeiras justificadas
Crenças Crenças
Conhecimento
verdadeiras justificadas
Crenças verdadeiras
justificadas que não são
conhecimento
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3. IMPORTÂNCIA DA LEITURA
Depois de refletirem mais um pouco, Júlia, João e Pedro concluíram que era cedo demais
para decidir. A melhor opção seria obter mais conhecimento sobre os países cogitados e 1
outros possíveis destinos, compartilhar essas informações obtidas uns com os outros, dis-
cutir os prós e os contras de cada opção, e, somente depois disso, chegar a um veredito.
SUGESTÃO DE LEITURA
Se a leitura for difícil, não desanime, siga essas regrinhas básicas que visam facilitar a leitura
e o entendimento da obra:
- Utilize linhas verticais nas margens quando os parágrafos forem muito extensos ou quando
quiser ressaltar afirmações já sublinhadas.
- Utilize asteriscos e/ou outros sinais na margem quando desejar colocar uma informação em
evidência.
- Enumere afirmações ou proposições que apresentem uma ordem sequencial; anote suas
dúvidas na própria obra.
O método cartesiano
Figura 04. Retrato de René Descartes O método de Descartes é um ótimo guia para
1
(1596-1650) por Frans Hals pesquisadores iniciantes: partimos do simples ao
complexo, ao invés de avançar etapas e tentarmos
entender textos mais difíceis e complexos, sem o
arcabouço necessário para isso. Não raramente,
precisaremos também reler um texto mais de uma
vez, para de fato compreendê-lo. Assim como em
um percurso de viagem, não podemos pular etapas
do caminho, e precisamos ter paciência e perseve-
rança para chegarmos ao nosso destino da melhor
forma possível. Há muitas tarefas que precisamos
fazer antes das outras, sem perder de vista onde
queremos chegar.
O método de Descartes
1 Aceitar como 2 Dividir as
verdadeiro dificuldades
1 2
somente o que em parcelas
eu conhecer
de forma
evidente
4 3
4 Fazer 3 Ordenar os
pensamentos dos
revisões
objetos mais
completas
simples de conhecer
aos mais
complexos
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É importante salientar que partir do mais simples ao mais complexo não significa partir
do que exige menos esforço. Muitas vezes, para o desenvolvimento pleno de habilidades
básicas, precisaremos nos empenhar com afinco, constância, paciência e dedicação,
entendendo que adquirir esses pré-requisitos leva tempo. 1
Quais conteúdos básicos você precisará dominar agora? Isso dependerá muito da sua
área de pesquisa e tema específico a ser investigado. Durante a graduação, nos di-
EXEMPLO
Se Pedro, João e Júlia decidem ir à Grécia, não faz sentido para eles aprenderem hindi ou
mandarim, dado que o objetivo deles é entender o básico do idioma do país de destino.
Níveis de leitura
Na obra Como ler livros: o guia clássico da leitura inteligente (1972), escrito por Morti-
mer Adler e Charles Van Doren, encontramos um ótimo guia para o direcionamento da
leitura acadêmica especializada. Ainda que limitado à ótica clássica ocidental e euro-
centrada, se tivermos em mente essas considerações e com as devidas atualizações, o
trabalho de Adler e Doren pode auxiliar sobremaneira o processo de leitura especializa-
da, principalmente através da distinção entre níveis de leitura.
São eles: o nível de leitura elementar, o nível de leitura inspecional, o nível de leitu-
ra analítica, e o nível de leitura sintópica. Eles são cumulativos, isso significa que o
último nível englobará todos os antecedentes, sem anulá-los.
Leitura Elementar
Também chamada de leitura básica ou inicial, a leitura elementar consiste no primeiro
nível de leitura dos indivíduos. Corresponde, desse modo, à alfabetização e capacidade
de decodificar símbolos através da formação e compreensão primária do significado de
palavras e frases. A pergunta-chave deste nível é: o que diz a frase?
Consiste em uma fase de leitura mais instrumental e menos ativa. Embora devamos
considerar os trabalhos de grandes educadores, como Paulo Freire, demonstrando que
mesmo o processo de alfabetização não precisa ser passivo e alienado da realidade.
Mesmo assim, nesta fase, os leitores iniciantes ainda não dominam outras habilidades
que proporcionarão uma maior capacidade crítica. Todos os leitores, do iniciante ao
mais experiente, precisam dominar este nível elementar de leitura.
EXEMPLO
Mesmo leitores experientes podem vir a se encontrar somente no nível elementar de leitura,
quando, por exemplo, estiverem aprendendo um novo idioma.
Leitura Inspecional
A leitura inspecional, também, chamada de pré-leitura, consiste em folhear a obra (ou
passar as páginas de um texto digitalizado) de forma sistemática, observando a parte mais
superficial do livro (ou de outros tipos de obras) em um curto período de tempo. Tratar-se-á
de um primeiro contato interessado com a obra e não apenas um folhear mecânico, desinte-
ressado. Lemos as informações básicas, os sumários, resumos, prefácios, etc. Nesta fase,
podemos ter de dedicar ainda algum tempo substancial para a aquisição de informações
adicionais, como o contexto histórico da obra ou demais dados que possam ser relevantes
para esse primeiro contato. Além disso, também realizamos uma leitura rápida, sem apro-
fundamento, afim de ter uma visão geral da obra. Podemos aplicar técnicas de leitura dinâ-
mica, mas mesmo aqueles que não têm domínio de tais técnicas, não terão dificuldades em
realizar esta fase. Ela não consiste em ler apenas algumas partes selecionadas, mas antes
em uma familiarização geral e superficial com toda obra, em um curto período de tempo.
Este nível envolverá mais de uma pergunta-chave, entre elas: qual o tipo e gênero da obra?
Sobre qual assunto trata? Quais são as informações básicas? Qual é a sua estrutura?
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Leitura Analítica
Ao contrário da leitura inspecional, a leitura analítica, consiste na melhor leitura pos-
sível em um período ilimitado de tempo. Este tempo, poderá variar, dependendo da 1
obra, do contexto, e do arcabouço do leitor, mas nunca se limitará a uma leitura rápida e
superficial. Nesta etapa, será demandada a capacidade interpretativa adequada e revi-
sões elaboradas por parte do leitor. Trata-se de uma atividade complexa, na qual o leitor
Leitura Sintópica
A leitura sintópica, também chamada de leitura de controle, consiste no nível de leitura
mais complexo de todos. Aqui vamos além da obra em causa e a relacionamos a outras
obras. Por isso, ela nos exige a leitura de vários livros e diferentes tipos de textos cien-
tíficos ou acadêmicos. Essa relação não consiste na mera comparação, mas no desen-
volvimento de uma análise mais completa, que irá além daquelas contidas nas próprias
obras lidas. É também nesse nível que nossa capacidade de leitura ativa e crítica pode
alcançar sua plenitude. Ela permite uma ampliação de perspectiva, na medida em que
consideramos distintos trabalhos, argumentos e teses, muitas vezes contrárias, seme-
lhantes, complementares, ou distintas em determinados aspectos. Consideramos ainda
como pertencente a esta fase a discussão com pares, que torna nossa pesquisa ainda
mais dinâmica e qualificada, através da troca de argumentos, informações e aprendiza-
gens. Grupos de estudos e de discussão podem fazer toda a diferença neste nível e na
pesquisa dos estudantes em geral.
SAIBA MAIS
No canal do youtube Três Vias – Estudos Clássicos, encontramos uma resenha completa
da obra Como ler livros: o guia clássico da leitura inteligente (1972) de Adler e Van Doren.
Método SQ3R
O método SQ3R (também chamado de técnica SQ3R), foi criado pelo psicólogo edu-
cacional Francis Pleasant Robinson, em 1946. Ele consiste em um método de estudo e
leitura, que, assim como os apresentados anteriormente, é divido em fases ou etapas, au-
xiliando, desse modo, os estudantes na obtenção de um melhor aproveitamento durante
seu processo de pesquisa. A sigla SQ3R vem das seguintes palavras da língua inglesa:
S: Survey (levantamento)
Q: Question (pergunta)
1
3 R: Read (leitura), Recite (repetição), Review (revisão)
Levantamento (Survey)
Na fase de pesquisa, você vai fazer uma análise de todo o material que precisa estudar.
A ideia é ter uma visão geral do conteúdo. Essa etapa não deve tomar muito do seu
tempo, não é esse o objetivo. Aqui você não se aprofundará em ponto algum. Mas,
compreenderá melhor a estrutura do texto, como ele foi formulado e está dividido. Faça
um panorama dos elementos estruturais e essenciais do texto, como:
` Títulos;
` Capítulos;
` Exercícios;
` Figuras;
` Legendas;
` Gráficos;
` Termos destacados;
Pergunta (Question)
Nesta fase, o elemento central é o questionamento. Formule perguntas relevantes tanto
para o seu entendimento do texto, como para a compreensão da sua importância, das
suas relações, contexto e demais características pertinentes:
` Qual a principal ideia do texto?
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Leitura (Read)
Aqui, ao contrário da primeira etapa do método, a leitura precisa ser atenta e será
mais demorada. Faça uma análise robusta e completa. Atente-se aos detalhes. Essa é 1
uma fase de aprofundamento.
` Grife palavras-chave;
` Responda os exercícios;
Repetição (Recite)
Você pode sim ler os trechos mais importantes em voz alta, fazendo comentários ou
elaborando perguntas e respostas com suas próprias palavras. Utilizamos, assim, o
chamado aprendizado quádruplo: ver, escrever, falar e ouvir. Crie nesta fase:
` Mapas mentais;
` Resumos;
` Flash cards;
` Quadros comparativos;
` Fluxogramas.
Revisão (Review)
A etapa final do Método SQ3R é a de revisão. Nela você vai rever o que foi feito até
agora. Você não vai ler todo o livro ou apostila novamente, mas, sim, o material criado
a partir das fases anteriores. Reveja os grifos, os mapas mentais, os resumos, etc. Aqui
também é hora de testar seus conhecimentos e a efetividade do método na sua preparação:
` O conteúdo está claro para mim?
1
S EXAMINAR
S
Survey
Q PERGUNTAR
Q
Question
R LER
R
Read
R RECITAR
R
Recite
R REVISAR
R
Review
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Instrumentos de divulgação científica: artigos científicos, teses,
dissertações e monografias
Há diversos tipos de trabalhos acadêmicos e publicações científicas. Abaixo listamos 1
os principais, tendo sobretudo como base a norma 14724 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) (2001):
De acordo com a ABNT (2011), um trabalho acadêmico, que vise ser apresentado a
uma banca institucional examinadora, como uma monografia, dissertação, tese entre
outros, deve ser estruturado em uma parte externa e uma parte interna. A parte inter-
na, por sua vez, é dividida em elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos
pós-textuais. Há elementos obrigatórios para qualquer produção, enquanto outros são
opcionais. Vejamos uma breve descrição de cada um deles:
Folha de rosto: deve conter nome do autor, título, subtítulo (quando houver), número do vo-
lume (quando houver mais de um), tipo de trabalho (tese, dissertação, monografia, ou outros),
objetivo (relatório ou grau pretendido), nome da instituição, área de concentração, nome do(a)
orientador(a) e coorientador (quando houver), local, ano de entrega e dados de catalogação.
Folha de aprovação: deve conter nome do autor, título, subtítulo (quando houver), número
do volume (quando houver mais de um), tipo de trabalho (tese, dissertação, monografia, ou
outros), objetivo (relatório ou grau pretendido), nome da instituição, área de concentração
e data de aprovação. Deve conter ainda os nomes, titulação e respectivas assinaturas dos
membros da banca examinadora.
Resumo na língua vernácula: apresentação clara e concisa dos principais pontos do traba-
lho, oferecendo uma visão geral do seu conteúdo.
Sumário: lista enumerada das partes textuais e pós-textuais do trabalho (introdução, con-
clusão, capítulos, seções, subseções, referências, entre os outros elementos que o compu-
serem), seguindo a paginação e a ordem de apresentação.
Listas de ilustrações: lista ordenada de ilustrações, com respectivos nomes, títulos e nú-
meros das páginas em se encontram no trabalho.
Lista de tabelas: lista ordenada de tabelas, com respectivos nomes e números das páginas
em que se encontram no trabalho.
Lista de abreviatura e siglas: lista em ordem alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas
no trabalho, com as respectivas palavras correspondentes.
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Conclusão: apresenta as conclusões da pesquisa.
Referências: lista ordenada das fontes utilizadas como referência no trabalho, contendo 1
suas identificações individuais de acordo com as normas da ABNT.
Índice: lista de palavras, frases ou expressões, que remete às informações contidas no trabalho.
Exemplos:
Quadro 01. Exemplos de frases que expressam ou não expressam proposições
Interpretação de argumentos
Após identificarmos o argumento que pretendemos analisar, sua interpretação envolverá
1 três etapas básicas: 1) identificação do problema; 2) identificação de premissas e con-
clusão; 3) estruturação do argumento na forma canônica. Vejamos cada uma delas.
EXEMPLO
Em filosofia da religião e teologia, tanto os argumentos a favor da existência do Deus teísta,
quanto os argumentos contrários à existência do Deus teísta pretendem responder a questão
de saber se Deus existe.
GLOSSÁRIO
Falácias: argumentos que parecem ser cogentes, mas não são. Um argumento falacioso
pode, desse modo: a) parecer ser um argumento válido, mas não ser; b) parecer ter premis-
sas verdadeiras, mas não ter; ou c) parecer ter premissas mais plausíveis que a conclusão,
mas não ter.
EXEMPLO
Um dia, Júlia e Pedro discutiam sobre a existência de sentido na vida, e Júlia apresentou o
seguinte argumento:
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“Eu não acho que há um sentido na nossa vida, por mais que eu tente, às vezes, e não estou
dizendo que não vale a pena viver. Eu amo a vida! Mas se há sentido na vida, como pode
haver tanto absurdo no mundo?”
1
A estruturação do argumento de Júlia na forma canônica seria o seguinte:
Logo,
Análise Argumentativa
A análise lógica de argumentos consiste em três fases cumulativas: análise de valida-
de, análise de solidez e análise de cogência.
Um argumento ser válido é uma condição necessária para que ele seja um bom argu-
mento, mas não suficiente. O seguinte argumento, por exemplo, é válido:
Não basta um argumento ser válido para ser um bom argumento, ele também precisa
ser sólido. Um argumento sólido é um argumento válido com todas as premissas
verdadeiras. Na fase de análise de solidez, questionamos a verdade das premissas de
um argumento. Isso cabe tanto para os argumentos que estão sendo desenvolvidos por
nós, quanto para os argumentos elaborados por outros sob a nossa análise. Há evidên-
cias ou justificativas suficientes para garantia da verdade das premissas? Houve uma
coleta de dados rigorosa? Há de fato conexão causal entre os eventos ou apenas uma
correlação probabilística? Foram usados instrumentos de medição adequados?
Assim, podemos sempre questionar a verdade das premissas dos argumentos contidos
em um texto, considerando-as como conclusões de outros argumentos sustentados por
premissas adicionais. Somente axiomas ou postulados não necessitam de premissas
1 adicionais para se sustentarem, já que não exigem demonstração, mas não podemos
considerar o que quisermos como axiomas. Além disso, seria impossível, em grande
parte dos trabalhos, oferecer justificativas para todas as premissas pressupostas. Por
isso, geralmente podemos parar naquelas que são amplamente aceitas, pouco questio-
náveis ou inquestionáveis, como no caso dos axiomas, de evidência fatual suficiente ou
na aplicação de uma regra de acordo com um determinado sistema lógico ou matemá-
tico. A própria investigação sobre o quão questionável ou importante é uma premissa
consiste em uma parte crucial da investigação científica.
GLOSSÁRIO
Axiomas: também chamados de postulados, axiomas são proposições que não exigem demon-
stração, isto é, são postuladas como verdadeiras, ou, ao menos, inquestionáveis no contexto
de uma determinada teoria. Por exemplo, os axiomas da geometria euclidiana são distintos dos
axiomas das geometrias não euclidianas, mas em todos os casos são inquestionáveis dentro
do sistema teórico que compõe. A partir dos axiomas de uma determinada teoria, derivamos os
seus teoremas. Algumas vezes, os axiomas de um sistema teórico não são explícitos ou con-
sensuais, existindo trabalhos cujo objetivo é definí-los e fazê-los claros ou explícitos.
Esta etapa da análise permite, portanto, a construção de uma argumentação sólida, for-
temente fundamentada, bem como uma análise da solidez dos argumentos defendidos
nas obras pesquisadas.
EXEMPLO
Considere o seguinte argumento oferecido por Júlia contrário à existência de Deus:
Logo,
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Pedro não concorda com Júlia, mas não pode dizer que o argumento de Júlia é inválido, pois é im-
possível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. Tampouco pode argumentar que as
premissas são menos plausíveis que a conclusão. Na verdade, para ele, elas parecem muito mais
palusíveis do que a conclusão. Resta, neste caso, oferecer argumentos a favor de teses contrárias 1
às premissas do argumento de Júlia, questionando, desse modo, a solidez do argumento. Ele
poderá portanto, oferecer tanto um argumento defendendo que a existência de Deus é compatível
com a existência de mal no mundo, ou um argumento a favor de que não há de fato mal no mundo.
Capa
Parte externa
Lombada
Folha de rosto
Errata
Folha de aprovação
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Elementos
Resumo na língua vernácula
pré-textuais
Resumo em língua estrangeira
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
Lista de abreviaturas e siglas
Parte interna Lista de símbolos
Sumário
Introdução
Elementos
Desenvolvimento
textuais
Conclusão
Referências
Glossário
Elementos
Apêndice
pós-textuais
Anexo
Índice
Obrigatório Opcional
1 CONCLUSÃO
Júlia, Pedro e João decidiram trabalhar em equipe, dividindo o trabalho de investigação
entre eles. Enquanto Júlia pesquisava sobre os possíveis destinos nas redes sociais,
Pedro verificava vídeos em plataformas de transmissão, e João, por sua vez, preferiu
consultar amigos e agências de viagens pessoalmente. Decidiram também que, depois
de suas pesquisas individuais, se reuniriam novamente para analisar os argumentos
desenvolvidos por eles com base nos materiais e fontes consultadas.
LINKS:
No site do Instituto Pró-livro temos acesso aos dados das pesquisas Retratos da Leitura, com
indicadores dos hábitos de leitura dos brasileiros desde 2001:
https://www.prolivro.org.br/
Além deste e outros projetos, o Instituto também oferece, através da Plataforma Pró-Livro,
um mapeamento de ações de fomento à leitura realizadas em território nacional:
http://plataforma.prolivro.org.br/sobre-plataforma.php
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ITEM 4. Técnicas para a leitura e a redação científica
No seguinte link temos acesso ao clássico e excelente Guia de falácias, de Stephen Downes:
https://criticanarede.com/falacias.html
1
CURIOSIDADE
O ator que interpretou Josué no filme Central do Brasil, Vinícius de Oliveira, conheceu o dire-
tor Walter Salles enquanto trabalhava como engraxate e oferecia seus serviços a ele, na fila
de uma lanchonete. Walter Salles, então, o convidou para participar da seleção de elenco do
filme e Vinícius foi o escolhido entre 1.500 candidatos. Desde então, ele matém uma carreira
sólida como ator, participando de diversos filmes e produções televisivas.
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA. Título original: “Twelve Angry Men”. Direção: Sidney
Lumet. Produção/Distribuição: Fox/MGM. Elenco: Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley, E.G.
Marshall, JackWarden, Martin Balsam, John Fiedler, Jack Klugman, Edward Binns, Joseph
Sweeney, George Voskovec, Robert Webber. EUA. 1957. Drama. DVD. 96 min.
1 O clássico Doze Homens e uma Sentença é um ótimo filme para exemplificar a importância
da justificação e análise argumentativa. O filme conta a história de um julgamento em um
tribunal de Nova Iorque, onde a maioria dos jurados não está disposta a ponderar rigoro-
samente sobre suas crenças, com exceção de um deles. Teve três indicações ao Oscar e
ganhou um Leão de Ouro no Festival de Berlim. Há uma versão mais recente (1997) dirigida
por William Friedkin.
Esta é uma excelente introdução à teoria do conhecimento. Ela é indicada aos estudantes
de nível superior, mas também será uma leitura gratificante para o público em geral. Através
do uso de exemplos do cotidiano, em especial do cinema, O’Brein apresenta uma das áreas
mais vastas da filosofia de forma leve e interessante, ainda que rigorosa.
FREIRE, P. A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam (1981). São Paulo:
Cortez Editora, 2021.
Neste livro temos acesso a uma parte do pensamento, filosofia e prática de um dos principais
educadores do mundo. Paulo Freire salienta, nesta obra, a importância da leitura nas nossas
vidas, mostrando como a leitura crítica, ativa e dinâmica concede-nos maior liberdade e ca-
pacidade de criação frente à realidade.
Esta é uma ótima obra para o aprendizado da arte da argumentação. Seu estudo e leitura é
recomendada aos estudantes de todas as áreas de conhecimento. Com ela, aprendemos a
analisar, elaborar e redigir textos argumentativos de forma rigorosa e completa. O livro abran-
ge distintos tipos de argumentos, cobrindo diversos casos e particularidades que possam
surgir ao longo de uma investigação científica.
CASOS DE APLICAÇÃO:
Com o advento da internet e o uso massificado de redes sociais para envio e obtenção de in-
formações, as chamadas fake news, que estiveram de um modo ou de outro sempre presentes
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na cultura humana, tomaram proporções alarmantes e catastróficas. Afim de diminuir o efeito
da disseminação de crenças sem fundamento, principalmente em tempos de epidemia, foram
criados diversos recursos para checagem de notícias, tanto por parte de pesquisadores dentro
da academia, com a criação de programas de computador, entre outros recursos de pesquisa 1
e verificação, como por orgãos governamentais (como, por exemplo o site do governo do Esta-
do de São Paulo: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/sem-fake-news/), e também por
agências de notícias (como podemos encontrar, por exemplo, no site de notícias “g1”: https://
Fonte: Adaptado de FAILLA, Z. (org.). Retratos da leitura no Brasil 5. Rio de Janeiro: Editora Sextante,
p. 222, 2021.
Este gráfico evidencia como o hábito de leitura está correlacionado a um leque mais amplo
de diferentes atividades praticadas em tempo livre pelos entrevistados do projeto Retratos da
Leitura, mostrando como a leitura tem implicações diretas na qualidade de vida das pessoas
1 e como a falta dela limita as possibilidades de ações dos indivíduos.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou nesta quinta-feira (23) dois vídeos atacando
o jornalista Marco Antonio Villa, comentarista da jovemPan e colunista de ISTOÉ. Na gravação, o
ministro não cita diretamente o nome de Villa, mas o acusa de espalhar mentiras e o chama de "boca
de esgoto". Weintraub diz que o alvo de suas críticas foi demitido e recontratado da jovemPan, como
ocorreu com Villa no ano passado, e cita uma frase dita por Villa após seu afastamento da rádio.
"O que você pode esperar de uma pessoa que ninguém quer sentar perto dela, todo mundo quer
distância. Será que é só essa coisa carregada ou tem a fama de mau hálito também? Se for mau hálito,
eu não vou lá enquanto ele estiver", afirma o ministro.
"Mas para as próximas pessoas que quiserem passar pelo suplício de uma entrevista, assim tenta
usar um 'produtinho' aí, que talvez melhore. Não sei se vai ser o suficiente, ô boca de esgoto",
sugeriu Weintraub mostrando a embalagem de um enxaguante bucal. "Se não conseguir, aqui ó, água
sanitária", conclui.
Fonte: WEINTRAUB ataca Marco Antonio Villa: “Boca de esgoto”. Isto é, São Paulo, 23 de jan. de 2020. Disponível
em: <https://istoe.com.br/weintraub-ataca-marco-antonio-villa-boca-de-esgoto/>. Acesso em: 13 de abr. de 2022.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARDER, M., DOREN, C. Como ler livros: o guia clássico da leitura inteligente (1972). Tradução de
Edward Wolff e Pedro Sette-Câmara. São Paulo: Editora É Realizações, p. 39, 2010. 1
DESCARTES, R. Discurso sobre o método (1637). Tradução de Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes,
2001.
GETTIER, E. É a Crença Verdadeira Justificada Conhecimento? In Crítica, 2005. Tradução de Célia Tei-
xeira. Disponível em: http://www.criticanarede.com/html/epi_gettier.html. Acesso em: 19 fev. 2022.
O’BRIEN, D. Introdução à Teoria do Conhecimento. Tradução de Pedro Serras Pereira. Lisboa: Gradiva,
Junho de 2013.