E SOCIEDADE POLO DE NOVA XAVANTINA EDUCAÇÃO E DIREITO DOS POVOS INDÍGENAS
LIMA, Maria Margarida de Andrade. Identidades, Diferenças e Diversidade: entre discursos
e práticas educacionais. In: ANDRADE, Juliana Alves de; SILVA, Tarcísio Augusto Alves da; (orgs). O ensino da temática Indígena: Sudsídios didáticos para o estudo das sociodiversidade indígenas. Recife, Edições Rascunhos, 2016. P. 99-109.
Ana Cláudia de Oliveira
Fernanda da Silva Lima Simone Aparecida do Nascimento Kelly Cristina Baracho Sousa
O texto explora contribuições para a elaboração de práticas pedagógicas que atendam a
legislação educacional, não somente isso, mas também que atenda as demandas sociais, históricas e educacionais que promovam um posicionamento mais ativo no que se refere a ao (re) conhecimento da multiplicidade étnica da nossa sociedade, ou seja, uma práxis além da valorização e preservação de elemento que compõe suas diferenças. Para isso, o estudo recomenda a materialização de um projeto de educação intercultural com o propósito de transformar a atuação nas escolas. Nesse contexto, o artigo vai colocar a escola como um espaço privilegiado de práticas educativas plurais a partir de uma leitura positiva da escola, ou seja, a partir do que existe na realidade escolar e não a partir do que falta, a chamada leitura negativa. Na continuidade do texto e do cenário escolar, o texto vai explorar a prática pedagógica indissociada do contexto cultural da sociedade. Por sua vez, a escola é o ambiente que propicia a disponibilidade de variadas manifestações culturais. Dessa forma, as relações culturais na escola são forjadas em um ambiente de conflito, não relações pacíficas como defendido pelo mito da democracia racial. Aqui, adentramos outra problemática, a formação inicial e continuada dos professores para a diversidade das relações étinico-raciais e sua atuação no cotidiano escolar. Essa atuação vai de encontro à uma identidade homogeneizada, ao ponto também que o autor defende que ao compartilhar a mesma identidade, não faria sentido reafirmá-la, ou seja, não há que se falar em identidade sem diversidade. O entendimento da criação identitária parte muitas vezes das estratégias pedagógicas que auxiliam a exploração das práticas de discriminação. A escola, enquanto espaço privilegiado de convivência de crianças de diversas origens sociais e culturais, contribui com um espaço de troca, diálogo e produções de conhecimentos com o intuito não só de reconhecimento, mas também em uma postura ativa de conhecimento, aceitação, respeito e valorização das diferenças, tornando o estudante, inclusive, protagonistas de seu próprio percurso educacional. Por fim, conclui-se que os conceitos de pluralidade cultural, diferença, diversidade e alteridade estão presentes no contexto educacional.