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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

ALUNO: ELISSAMA VITOR BARRETO – RA: 8076765


CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO – CÍCLO 2

DISCIPLINA: ATUALIDADES EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

PROFESSORA: ANA MARIA TASSINARI

CAMPINA GRANDE
2020
Leia o texto: "Educação Intercultural" e avalie como as diferenças culturais são
trabalhadas na escola e na sala de aula, colocando suas considerações no Portfólio.

No texto “Educação Intercultural” é apresentado um grupo de professores de uma


escola rural no interior do Chile, que possuem ideias divergentes acerca da inclusão de
crianças indígenas da etnia mapuches na escola. As opiniões dos professores refletem as
discussões existentes sobre o tema, algumas opiniões são distorcidas e demonstram uma
completa falta de conhecimento no que se refere a diversidade cultural, outras
demonstram questionamentos sinceros sobre o tema e as vezes desconhecimento real
sobre a melhor forma de trabalhar o multiculturalismo na escola.
O primeiro acredita que a falta de integração é culpa dos povos originários, tendo
em vista a mentalidade separatista que estes possuem em relação ao povo chileno.
Todavia, a integridade que sugere é a anulação das características dos mapuches
visando estabelecer uma unidade baseada no modo de viver dos demais chilenos. Outra
refuta dizendo que cabe a escola preparar as crianças mapuches para que possam
interagir com as duas culturas.
Uma professora chamada Ana questiona que muitas vezes muitas vezes a
diversidade cultural é construída na escola com base em estereótipos que não
contribuem para uma verdadeira valorização de sua cultura. Observamos isso no Brasil
nas comemorações do dia do índio, onde as professoras “fantasiam” seus alunos como
indígenas, perpetuando estereótipos, em vez de se aprofundar sobre a cultura das
diversas etnias dos povos originários.
Estebam, o professor recém chegado é pontual ao dizer que muitos professores
confundem o reconhecer as diferenças com o tratar com diferença. Ainda ressalta que
melhorar a autoestima do aluno mapuches é fundamental para que o mesmo possa
encarar as discriminações que enfrentará na sociedade.
A monitora de religião de origem mapuche deixa claro que ser mapuche não ser
inferior aos outros povos, mas que depende da pessoa, pois muitos são tímidos e isso
afeta a integração com o diferente. A professora Fresia, concorda que de certa forma os
mapuches são avessos ao desconhecido, todavia ela destaca que muito dos problemas de
aprendizagem deste decorre do desconhecimento da língua, e dos conceitos e crenças
que lhes são impostas. Eles possuem uma cultura e uma maneira de aprender que lhe é
própria, cabendo aos órgãos responsáveis e ao professor estabelecer um contato mais
estreito com a cultura dos mesmos para compreender a maneira como aprendem e assim
construir uma metodologia adequada de ensino a essas populações.
Freitas (2012) em seu livro “A diversidade cultural como prática na educação”
sintetiza como a multiculturalidade deve ser pensada no contexto da educação ao dizer:
“A educação é multicultural porque abriga em seus espaços múltiplas culturas, e pode
ser intercultural se houver diálogo, troca e aprendizado entre elas. [...]” (FREITAS,
2012, p. 83), ou seja, a garantia de uma educação multicultural é a possibilidade de
construir uma escola baseada na convivência e no respeito às diferenças. Nesse sentido,
cabe à escola propiciar um ambiente de convivência entre os diferentes que garanta a
possibilidade de expressar-se enquanto diferente, que respeite suas individualidades,
mas que o trate com dignidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUK, Cynthia. EDUCAR NA DIVERSIDADE: material de formação docente. 3.


ed. / edição do material Cynthia Duk. – Brasília: [MEC, SEESP], 2006.

FREITAS, Fátima e Silva. A Diversidade Cultural como Prática na Educação.


(Livro Eletrônico). Curitiba: Editora Intersaberes, 2012

GOMES, Nilma Lino. Educação, Relações Étnico-Raciais e a Lei 10.639/03.


Disponível em: <http://antigo.acordacultura.org.br/artig o-25-08-2011>. Acesso 19 mar
2020

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