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História, Licenciatura

Disciplina: Atualidades em Educação e Diversidade


Tutor: Raquel Daffre de Arroxellas RA: 8086696
Aluno(a): Lienaldo Oliveira Santos Turma:
Unidade:

Como são trabalhadas as diferenças culturais na escola e sala de aula

A partir do texto de referência “Educação Intercultural” é possível perceber qual


o tratamento e visão de mundo de um grupo de professores em relação a
temática da educação e ensino dos mapuches. Um dos professores coloca a
ideia de que o papel do professor é eliminar as atitudes discriminatórias que os
mapuches se colocam frente aos chilenos oferecendo-lhes as mesmas
condições de acesso ao saber no intuito de combater uma mentalidade
separatista. Aqui o professor tem razão quando tenta acabar com a
discriminação e com a divisão entre os povos, buscando uma tentativa de
igualdade, entretanto é perigosa a ideia de tentar igualar sem entender que os
povos indígenas no geral tem direito a uma educação intercultural, bilíngue,
multilíngue, comunitária e específica, o que deve ser observado com bastante
cuidado. É um pouco do que a professora Fresia chama atenção quando diz que
é necessário aprofundar a própria cultura, convidando o mapuche a conhecer
tanto a cultura chilena quanto respeitando a sua própria identidade (no caso
abertura a duas culturas). O que acaba sendo uma ideia interessante porque é
um convite ao diálogo de culturas, nas quais interagimos e trocamos
experiências sem perdemos a essência, a originalidade. A professora Ana vai
dizer que tudo isso é clichê e que na prática as crianças não fazem essas
separações, o que é perigoso visto que desde cedo é possível perceber no
ambiente escolar atitudes discriminatórias, bullying e estereótipos que são
reproduzidos no cotidiano. O professor Esteban traz uma reflexão pertinente ao
pedir que não se confunda reconhecer a diferença com o tratar diferente, cada
cultura tem o seu valor e essa deve ser fortalecida. E aqui vale ressaltar que as
comparações geralmente resultam em desigualdades, nas quais são criadas
hierarquias e onde uma pessoa para se afirmar menospreza a outra. E o texto
traz algo importante dito por Fresia quando afirma que aprendeu com o “homem
da montanha”, uma sabedoria do respeito a natureza e realmente a educação
precisa dessa troca de saberes, o professor não é o detentor do conhecimento
que transmitirá a sua cultura e sua visão de mundo como verdade absoluta, mas
o mediador que também aprende com seus alunos e mergulha em sua cultura e
se enriquece.

A educação intercultural é um desafio, é preciso preparo e formação humana


para o professor, para a escola, qualificando-se para o relacionamento com a
diversidade em seu amplo sentido (cultural, sexual, religioso, entre outros) e
como ressalta Fresia é também papel do Estado e de seus órgãos com políticas
públicas que atendam essa temática e aqui vale complementar o pensamento da
professora dizendo que a própria sociedade precisa se abrir para a tolerância, a
compreensão e o respeito às diferenças e a diversidade, visto que a escola
requer essa interação, mas como diz Esteban é também para além desses
muros que o diferente será colocado em xeque.

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