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SEU NOME
Laís Catarine Umbelino dos Santos
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“Quando será que a palavra epistemologia apareceu em nossas vidas pela primeira vez?”
Essa pergunta, feita por Késia, Érika e Maria Laura, ecoou em mim durante meu
Mestrado, levando-me a refletir sobre meu encontro com conceitos e construções teórico-
epistemológicas na psicologia. Durante minha graduação, os debates epistemológicos que
permeiam a construção da psicologia como ciência e profissão me conduziram a
caminhos de incerteza e abertura, em vez de conceitos rígidos e fechados em si mesmos.
Inspiradas nos estudos contracoloniais e nos diálogos com feministas negras e
decoloniais, Késia Rocha, Érika Oliveira e Maria Bleinroth (2022) propõem uma
compreensão da epistemologia como "versões de verdades que a gente vai tendo acesso e
vai se conectando ou então, que vão se enredando" (p. 15), o que requer um processo de
desaprendizagem.
A prática da desaprendizagem envolve questionar os elementos que sustentam a ideia
tradicional que circunscreve os conceitos de epistemologia. Ao entender o campo
epistemológico como o campo discursivo da construção do conhecimento, compartilho
da compreensão das autoras, que consideram a produção do conhecimento como um
espaço de disputas.
Os estudos feministas contracoloniais buscam legitimar formas diversas de produção de
conhecimento, criticando e desafiando o modo tradicional de fazer ciência e pesquisa.
Dessa forma, visam repensar noções previamente estabelecidas, como a “concepção de
conhecimento como algo sem chão - neutro, que cabe a todas as pessoas - universal e
como algo imparcial e racional” (Rocha, Oliveira & Beinroth, 2022, p. 15).
Ancoradas nesses estudos e modos de pensar, a epistemologia aqui parte da ideia de
aprender e ensinar através das experiências e territorialidades, considerando o saber
advindo da vivência também como ferramenta de reconfiguração do saber.