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DESCRIÇÃO

Apresentação anatômica dos elementos constituintes do sistema genital


feminino e do masculino e suas correlações no contexto clínico e cirúrgico.

PROPÓSITO
Entender aspectos morfofuncionais dos sistemas genitais feminino e
masculino e seus constituintes é importante para que o profissional de
saúde possa reconhecer a estrutura biológica e o funcionamento adequado
desses órgãos e identificar possíveis alterações e patologias relacionadas.
OBJETIVOS

MÓDULO 1

Reconhecer os elementos gerais do sistema genital, o sistema genital


feminino e as mamas

MÓDULO 2

Reconhecer os elementos que compõem o sistema genital masculino

INTRODUÇÃO
Os órgãos reprodutivos masculino e feminino podem ser agrupados por
função. As gônadas - testículos nos homens e ovários nas mulheres -
produzem gametas e secretam hormônios sexuais. Vários ductos
armazenam e transportam os gametas, e as glândulas sexuais acessórias
produzem substâncias que protegem os gametas e facilitam seu movimento.

Além dessas estruturas, existem órgãos de suporte, como o pênis nos


homens e o útero nas mulheres, que auxiliam na liberação de gametas. O
útero também é o local onde fica o embrião e o feto durante a gravidez,
propiciando um ambiente adequado para o crescimento.
Neste conteúdo, iremos estudar sucessivamente os aspectos gerais do
sistema genital, seguidos pelo estudo do sistema genital feminino e, por fim,
o sistema genital masculino.

MÓDULO 1

 Reconhecer os elementos gerais do sistema genital, o sistema


genital feminino e as mamas

GENERALIDADES SOBRE O
SISTEMA GENITAL
O sistema genital masculino produz esperma e os introduz no corpo
feminino. O sistema genital feminino produz óvulos, recebe os
espermatozoides, provê a união desses gametas, abriga o feto, dá à luz e
nutre a prole.

Em ambos os sexos, o sistema genital consiste em órgãos que podem ser


funcionalmente divididos em órgãos sexuais:

PRIMÁRIOS (GÔNADAS)
SECUNDÁRIOS (GENITÁLIA)

PRIMÁRIOS (GÔNADAS)
As gônadas são os órgãos que produzem gametas – os testículos nos
homens e os ovários, nas mulheres.

SECUNDÁRIOS (GENITÁLIA)

Os órgãos sexuais secundários são os demais órgãos que não são gônadas
e, que apesar de não produzirem gametas, são necessários para a
reprodução. No homem, eles constituem um sistema de ductos, glândulas e
o pênis e estão relacionados com o armazenamento, a sobrevivência e o
transporte do gameta. Na mulher, os órgãos secundários são as trompas
uterinas, o útero e a vagina, que possuem função de unir o espermatozoide
com o óvulo e abrigar o embrião/feto.

Anatomicamente, os órgãos reprodutivos são classificados como genitais


externos e internos. A genitália externa está localizada no períneo, a região
em forma de diamante marcada pela sínfise púbica anteriormente, pelo
cóccix posteriormente e pelas tuberosidades isquiáticas lateralmente. A
maioria deles é visível externamente, exceto para as glândulas acessórias
do períneo feminino. A genitália interna está localizada principalmente na
cavidade pélvica, com exceção dos testículos e de alguns ductos
associados contidos no escroto. Veja abaixo a posição da genitália feminina
à esquerda e a masculina à direita:
Imagem: Shutterstock.com

Além da reprodução, o sistema genital é responsável pela produção de


hormônios com a função de diferenciação sexual, de modo que são
fornecidas características físicas distintas entre homens e mulheres. São
chamadas de características sexuais secundárias, por exemplo: a presença
e a quantidade de pelos pubianos e axilares, a presença expressiva de
pelos faciais masculinos, as diferenças na textura e visibilidade dos cabelos
nos membros e tronco, a presença das mamas, as diferenças na massa
muscular total e na quantidade e distribuição da gordura corporal, as
diferenças no tom da voz, entre outras.

Veja na imagem a seguir alguns elementos do sistema genital masculino e


feminino na pelve.

Imagem: Shutterstock.com
 Elementos do sistema genital masculino e feminino na pelve.
Agora que você já conhece as divisões anatômicas gerais do sistema
genital humano, vamos conhecer mais detalhadamente o sistema genital
feminino e as mamas.

O SISTEMA GENITAL FEMININO


Os órgãos internos do sistema genital feminino incluem os ovários
(gônadas), as tubas uterinas (Trompas de Falópio), o útero e a vagina. Os
órgãos externos são chamados coletivamente de vulva e englobam
estruturas como os lábios maiores e menores, o clitóris e outras
estruturas.

 COMENTÁRIO

As glândulas mamárias são consideradas parte do sistema tegumentar e do


sistema reprodutor feminino, mas, pelo seu papel em auxiliar o crescimento
do recém-nascido, serão abordadas ao final do módulo.

Iremos agora estudar ovários, as tubas uterinas, o útero, a vagina e os


demais órgãos.

OVÁRIO
O ovário é um órgão em forma de amêndoa situado em uma depressão da
parede pélvica posterior chamada de fossa ovariana. O ovário mede cerca
de 3cm de comprimento, 1,5cm de largura e 1cm de espessura. O ovário é
responsável pela produção de estrogênio e progesterona, que atuam no
desenvolvimento sexual da mulher e no ciclo menstrual.

Sua cápsula de revestimento é semelhante à do testículo e é chamada de


túnica albugínea. O interior do ovário é dividido em uma medula centralizada
e um córtex externo.

A medula do ovário é um núcleo de tecido conjuntivo fibroso ocupado pelas


principais artérias e veias do ovário. O córtex é o local onde ficam os
folículos ovarianos, cada um dos quais consiste em um óvulo em
desenvolvimento cercado por numerosas células foliculares pequenas.

Imagem: Shutterstock.com
 Estrutura do ovário.
Imagem: Shutterstock.com

O ovário em si não possui um sistema de túbulos. Os óvulos são liberados


um de cada vez, graças ao processo de menstruação. Na infância, os
ovários têm superfície lisa. A partir da idade fértil, eles se tornam mais
ondulados porque os folículos em crescimento de vários estágios produzem
protuberâncias na superfície. Após a menopausa, os ovários encolhem e se
tornam compostos principalmente por tecido cicatricial.

Os ovários e outros órgãos genitais internos são mantidos no lugar por


vários ligamentos de tecido conjuntivo. O polo medial do ovário é fixado ao
útero pelo ligamento ovariano, e seu polo lateral é fixado à parede pélvica
pelo ligamento suspensor do ovário.

A margem anterior do ovário é ancorada por uma prega peritoneal chamada


de mesovário. Esse ligamento se estende a uma lâmina de peritônio
chamada de ligamento largo do útero, que flanqueia o útero e envolve a
tuba uterina em sua margem superior.

O ovário recebe sangue de duas artérias: o ramo ovariano da artéria


uterina, que passa pelo mesovário e se aproxima do polo medial do ovário,
e a artéria ovariana, que passa pelo ligamento suspensor e se aproxima do
polo lateral.

 VOCÊ SABIA

A artéria ovariana é o equivalente feminino da artéria testicular, no homem.


Esse vaso surge da aorta abdominal e descende até a gônada ao longo de
sua parede posterior. As artérias ovariana e uterina se anastomosam ao
longo da margem do ovário e liberam várias pequenas artérias que entram
no ovário.

As veias que drenam o ovário formam um plexo conhecido como plexo


pampiniforme no ligamento largo próximo ao ovário e à tuba uterina. As
veias do plexo geralmente se fundem para formar uma veia ovariana única,
que deixa a pelve menor com a artéria ovariana. A veia ovariana direita sobe
para entrar na veia cava inferior; a veia ovariana esquerda drena para a veia
renal esquerda.

Imagem: Shutterstock.com
 Plexo do nervo uterovaginal.
O suprimento nervoso deriva parcialmente do plexo ovariano, descendo
com os vasos ovarianos, e parcialmente do plexo uterino. As fibras de dor
aferente visceral ascendem retrogradamente com as fibras simpáticas
descendentes do plexo ovariano e dos nervos esplâncnicos lombares para
os corpos celulares nos gânglios sensoriais espinhais de T11 a L1.

As fibras viscerais aferentes seguem as fibras parassimpáticas


retrogradamente por meio dos plexos uterino (pélvico) e hipogástrico inferior
e dos nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos gânglios
sensoriais espinhais de S2 a S4.

 SAIBA MAIS

Os cistos ovarianos são bolsas cheias de líquido dentro ou sobre o ovário.


Esses cistos são relativamente comuns, geralmente, não são cancerosos e,
frequentemente, desaparecem por conta própria. Os cistos cancerosos são
mais prováveis de ocorrer em mulheres acima de 40 anos. Os cistos
ovarianos podem causar: dor, pressão, uma dor surda ou plenitude no
abdômen; dor durante a relação sexual; períodos menstruais atrasados,
dolorosos ou irregulares; início abrupto de dor aguda na parte inferior do
abdômen; e/ou sangramento vaginal. A maioria dos cistos ovarianos não
requer tratamento, mas os maiores (mais de 5cm) podem ser removidos
cirurgicamente.
Imagem: Shutterstock.com
 Um cisto ovariano. Comparação entre um ovário normal e um ovário com
cisto.

TUBAS UTERINAS
A tuba uterina (trompa de Falópio) é um canal ciliado com cerca de 10cm de
comprimento que vai do ovário ao útero. Na extremidade distal (ovariana),
ela se alarga em um infundíbulo com projeções ciliadas denominadas de
fímbrias; a parte intermediária e mais longa da tuba é a ampola, e o
segmento próximo ao útero é chamado de istmo, por ser mais estreito.
Alguns autores consideram uma quarta porção, denominada de porção
intrauterina da tuba uterina: essa porção é um segmento curto, intramural,
situada na cavidade uterina. A tuba uterina está sustentada pela
mesossalpinge, que é a margem superior do ligamento largo do útero.
A tuba uterina forma uma conexão do meio externo com o peritônio, o que
pode se tornar um caminho para infecções.

Histologicamente, as tubas uterinas são compostas por três camadas:

MUCOSA
MUSCULAR
SEROSA

MUCOSA

A mucosa consiste em epitélio e lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo). O


epitélio contém: células colunares simples ciliadas, que funcionam como
uma cadeia de transporte ciliado que auxilia a mobilização do óvulo
fertilizado (ovócito secundário) dentro da tuba uterina em direção ao útero; e
células não ciliadas, conhecidas também como “células peg”, que possuem
microvilosidades e secretam um fluido que fornece nutrição para o óvulo.

MUSCULAR

A camada média, a muscular, é composta por um anel circular interno


espesso de músculo liso e uma região delgada externa de músculo liso
longitudinal. As contrações peristálticas da musculatura e a ação ciliar da
mucosa ajudam a mover o ovócito em direção ao útero.

SEROSA
A camada mais externa das tubas uterinas é uma membrana serosa.

Após a ovulação, os movimentos das fímbrias formam correntes que varrem


o ovócito secundário ovulado da cavidade peritoneal para a tuba uterina. O
espermatozoide geralmente encontra e fertiliza um ovócito secundário na
ampola da tuba uterina, embora a fertilização na cavidade peritoneal não
seja incomum. A fertilização pode ocorrer até cerca de 24 horas após a
ovulação. Algumas horas após a fertilização, os materiais nucleares do
óvulo haploide e do esperma se unem.

O óvulo fertilizado diploide agora é chamado de zigoto e começa a sofrer


divisões celulares enquanto se move em direção ao útero, aonde chega de
6 a 7 dias após a ovulação. Ovócitos secundários não fertilizados se
desintegram.

As tubas são irrigadas por ramos tubais das artérias ovarianas e uterinas.
As veias tubárias drenam para as veias ovarianas e para o plexo venoso
uterino (uterovaginal). A inervação segue o mesmo padrão da inervação dos
ovários.

Imagem: Shutterstock.com
 Diagrama 3D demonstrando algumas porções dos órgãos internos do
sistema genital feminino.
ÚTERO
O útero é uma câmara muscular espessa que se abre para o teto da vagina
e geralmente se inclina para a frente sobre a bexiga urinária, em uma
posição conhecida como anteflexão. Sua função é abrigar o feto, fornecer-
lhe uma fonte de nutrição (a placenta, composta parcialmente de tecido
uterino) e expelir o feto no final da gestação.

O útero tem um formato semelhante a uma pera e pode ser dividido da


seguinte maneira:

Uma porção em forma de cúpula, chamada de fundo.

Uma porção central afilada, chamada de corpo.

Uma porção inferior estreita, chamada de colo (cérvix), que se abre para a
vagina.

Entre o corpo do útero e o colo do útero, está o istmo, uma região contraída
com cerca de 1cm de comprimento. O interior do corpo do útero é
chamado de cavidade uterina e o interior do colo do útero é chamado
de canal cervical.

O canal cervical se abre na cavidade uterina e na vagina, por meio de seu


orifício interno e externo, respectivamente. O útero mede cerca de 7cm do
colo ao fundo, 4cm de largura em seu ponto mais largo no fundo e 2,5cm de
espessura, mas é um pouco maior em mulheres que estiveram grávidas.

O lúmen do útero é aproximadamente triangular, com seus dois cantos


superiores (cornos) se abrindo para as tubas uterinas. No útero não grávido,
o lúmen não é uma cavidade oca, mas sim, um espaço potencial: as
membranas mucosas das paredes opostas são pressionadas juntas com
pouco espaço entre elas.
O lúmen comunica-se com a vagina por meio de uma passagem estreita
através do colo do útero, chamada de canal cervical. A abertura superior
desse canal para o corpo do útero é o orifício interno, e sua abertura para a
vagina é o seu orifício externo.

Imagem: Shutterstock.com

O canal contém glândulas cervicais que secretam muco, esse muco previne
a disseminação de micróbios da vagina para o útero. Perto da época da
ovulação, o muco torna-se mais fino do que o normal e permite a passagem
mais fácil dos espermatozoides.

Vários ligamentos, que são extensões do peritônio parietal ou cordões


fibromusculares, mantêm o útero em posição. São eles:

LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO


LIGAMENTOS UTEROSSACRAIS
LIGAMENTOS CARDINAIS DO ÚTERO
LIGAMENTOS REDONDOS DO ÚTERO
LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO

É uma dobra dupla de peritônio que prende o útero em cada lado da


cavidade pélvica.

LIGAMENTOS UTEROSSACRAIS

Também são extensões peritoneais e situam-se em ambos os lados do reto


e conectam o útero ao sacro.

LIGAMENTOS CARDINAIS DO ÚTERO

Também são chamados de ligamentos cervicais transversos. Estão


localizados abaixo da base do ligamento largo e se estendem da parede
pélvica ao colo do útero e vagina.

LIGAMENTOS REDONDOS DO ÚTERO

São faixas de tecido conjuntivo fibroso entre as camadas do ligamento


largo. Eles se estendem de um ponto no útero imediatamente inferior às
tubas uterinas até uma porção dos grandes lábios, da vulva. Embora os
ligamentos, normalmente, mantenham a posição antefletida do útero,
também permitem que o corpo uterino se movimente o suficiente para que o
útero fique mal posicionado. Uma inclinação posterior do útero, chamada de
retroflexão, por exemplo, é uma variação da posição normal do útero. Esses
ligamentos preenchem o canal inguinal.

A parede uterina consiste em uma serosa externa denominada de


perimétrio, uma camada muscular média denominada de miométrio e uma
mucosa interna denominada de endométrio.

Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia do útero e órgãos associados.

A camada externa - perimétrio ou serosa é parte do peritônio visceral. É


composta por epitélio escamoso simples e tecido conjuntivo frouxo.
Lateralmente, torna-se o ligamento largo do útero.

Na parte anterior, cobre a bexiga urinária e forma uma escavação rasa, a


escavação vesicouterina. Na parte posterior, cobre o reto e forma uma
escavação profunda entre o útero e o reto, a escavação retouterina,
conhecida também como saco ou bolsa de Douglas - o ponto mais inferior
da cavidade pélvica.

O miométrio, com cerca de 1,25cm de espessura no útero não gravídico,


constitui a maior parte da parede. É composto principalmente de feixes de
músculo liso que se estendem para baixo a partir do fundo e espiralam ao
redor do corpo do útero.
 COMENTÁRIO

Próximo ao colo do útero, o miométrio é menos muscular e mais fibroso; o


colo do útero em si é quase totalmente fibroso (colágeno). A função do
miométrio é produzir as contrações do parto que ajudam a expulsar o feto.
O revestimento interno do útero, ou mucosa, é denominado de endométrio.

O endométrio possui um epitélio colunar simples, glândulas tubulares e um


estroma povoado por leucócitos, macrófagos e outras células. A metade
superficial a dois terços dela, chamada de camada funcional (estrato
funcional), é eliminada em cada período menstrual. A camada mais
profunda, chamada de camada basal (estrato basal), se mantém e gera
uma nova camada funcional para o próximo ciclo. Quando ocorre a
gravidez, o endométrio é o local de fixação do embrião e forma a parte
materna da placenta.

O suprimento de sangue do útero é particularmente importante para o ciclo


menstrual e a gravidez. Uma artéria uterina origina-se de cada uma das
duas artérias ilíacas internas (Direita e esquerda) e viaja por meio do
ligamento largo até o útero. Elas emitem vários ramos que penetram no
miométrio e formam as artérias arqueadas.

Cada artéria arqueada viaja em um círculo ao redor do útero e faz uma


anastomose com a artéria arqueada do outro lado. Ao longo de seu curso,
dá origem a artérias menores que penetram o resto do caminho através do
miométrio, no endométrio, e produzem as artérias espirais (ou espiraladas).
As artérias espirais se enrolam entre as glândulas endometriais em direção
à superfície da mucosa. Elas se contraem e dilatam ritmicamente, tornando
a mucosa alternadamente branca e vermelha devido ao fluxo de sangue.
O sangue que sai do útero é drenado pelas veias uterinas para as veias
ilíacas internas. O extenso suprimento de sangue do útero é essencial para
apoiar o crescimento de um novo estrato funcional após a menstruação,
implantação de um óvulo fertilizado e desenvolvimento da placenta.

 SAIBA MAIS

A endometriose é caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora


do útero. O tecido entra na cavidade pélvica por meio da abertura das tubas
uterinas e pode ser encontrado em qualquer um dos vários locais: nos
ovários, na escavação retouterina, na superfície externa do útero, no cólon
sigmoide, nos linfonodos pélvicos e abdominais, no colo do útero, na parede
abdominal, nos rins e na bexiga.

O tecido endometrial responde às flutuações hormonais, seja dentro ou fora


do útero, assim, a cada ciclo reprodutivo, o tecido se prolifera e então se
decompõe e sangra. Quando isso ocorre fora do útero, pode causar
inflamação, dor, cicatrizes e infertilidade. Os sintomas incluem dor pré-
menstrual ou dor menstrual intensa.

Imagem: Shutterstock.com
VAGINA
A vagina é um canal fibromuscular tubular de cerca de 10cm de
comprimento. A vagina fica posterior à bexiga urinária e à uretra, a última
projetando-se ao longo da linha média de sua parede anteroinferior. A
vagina fica anterior ao reto, passando entre as margens mediais dos
músculos levantadores do ânus (puborretais).

Possui relações:

Anteriores com o fundo da bexiga urinária e uretra

Laterais com o músculo levantador do ânus, fáscia pélvica e ureteres

Posteriores com o canal anal, reto e a escavação retouterina (saco de


Douglas)

É o receptáculo para o pênis durante a relação sexual e fornece meio de


saída para o fluxo menstrual e passagem para o feto durante o parto.
Situada entre a bexiga urinária e o reto, a vagina é direcionada superior e
posteriormente, onde se liga ao útero.

Um recesso chamado fórnice está presente na fixação da vagina no colo do


útero. É no fórnice que o diafragma contraceptivo, quando inserido
corretamente, deve ser mantido enquanto cobre o colo do útero.

A mucosa da vagina é contínua com a do útero. Histologicamente, consiste


em epitélio escamoso estratificado não queratinizado e tecido conjuntivo
areolar que se encontra em uma série de dobras transversais denominadas
rugas.
A mucosa da vagina contém grandes estoques de glicogênio, cuja
decomposição produz ácidos orgânicos. O ambiente ácido resultante
retarda o crescimento microbiano, mas também é prejudicial aos
espermatozoides. Os componentes alcalinos do sêmen, principalmente das
vesículas seminais, aumentam o pH do fluido na vagina e aumentam a
viabilidade dos espermatozoides.

A túnica muscular é composta por uma camada circular externa e uma


camada longitudinal interna de músculo liso que pode esticar
consideravelmente para acomodar o pênis durante a relação sexual e uma
criança durante o nascimento.

A adventícia, a camada superficial da vagina, consiste em tecido conjuntivo


areolar. Ele ancora a vagina aos órgãos adjacentes, como a uretra e a
bexiga urinária anteriormente e o reto e o canal anal posteriormente.

Uma fina prega de membrana mucosa vascularizada, chamada de hímen,


forma uma borda ao redor e fecha parcialmente a extremidade inferior da
abertura vaginal para a exterior, o orifício vaginal. Após sua ruptura,
geralmente, após a primeira relação sexual, apenas restos do hímen
permanecem. Às vezes, o hímen cobre completamente o orifício, uma
condição chamada hímen imperfurado. A cirurgia pode ser necessária para
abrir o orifício e permitir a descarga do fluxo menstrual.

As artérias que irrigam a parte superior da vagina derivam das artérias


uterinas. As artérias que irrigam as partes média e inferior da vagina
derivam das artérias vaginal e pudenda interna. As veias vaginais formam
plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e dentro da
mucosa vaginal. Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino e
com o plexo venoso uterovaginal e drenam para as veias ilíacas internas
através da veia uterina. Esse plexo também se comunica com os plexos
vesicais e retais.

 ATENÇÃO

Apenas a parte inferior de um quinto a um quarto da vagina é somática em


termos de inervação. A inervação dessa parte da vagina é proveniente do
nervo perineal profundo, um ramo do nervo pudendo, que transmite fibras
aferentes simpáticas e viscerais. Apenas essa parte somaticamente
inervada é sensível ao toque e à temperatura, embora as fibras aferentes
somáticas e viscerais tenham seus corpos celulares nos mesmos (S2-S4)
gânglios espinhais.

A maior parte da vagina (três quartos a quatro quintos superiores) é visceral


em termos de sua inervação. Os nervos para essa parte da vagina e para o
útero são derivados do plexo do nervo uterovaginal, que viaja com a
artéria uterina na junção da base do ligamento largo do útero e da parte
superior do ligamento cervical transverso. O plexo do nervo uterovaginal é
um dos plexos pélvicos que se estendem às vísceras pélvicas do plexo
hipogástrico inferior. Fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e
viscerais passam por esse plexo.
Imagem: Shutterstock.com
 Sistema reprodutor feminino.

VULVA
O termo vulva refere-se aos órgãos genitais externos da mulher. Seus
elementos constituintes são:

MONTE PÚBICO (MONTE DA PUBE)


GRANDES LÁBIOS
PEQUENOS LÁBIOS
VESTÍBULO DA VULVA
CLITÓRIS
MONTE PÚBICO (MONTE DA PUBE)

Consiste em um acúmulo anterior de tecido adiposo que recobre a sínfise


púbica, coberto por pele e pelos púbicos.

GRANDES LÁBIOS

São um par de dobras espessas de pele e tecido adiposo inferior ao monte,


entre as coxas; a fissura entre eles é chamada de rima do pudendo. Os
pelos púbicos crescem nas superfícies laterais dos grandes lábios na
puberdade, mas as superfícies mediais não têm pelos. São homólogos ao
escroto, no homem.

PEQUENOS LÁBIOS

São muito mais finos. Situam-se medialmente aos grandes lábios e, ao


contrário desses, são desprovidos de pelos pubianos e de gordura e têm
poucas glândulas sudoríparas, mas contêm muitas glândulas sebáceas. Os
pequenos lábios são homólogos à uretra esponjosa no homem.

VESTÍBULO DA VULVA

É a área delimitada pelos pequenos lábios, contém os orifícios urinário e


vaginal. Na margem anterior e superior do vestíbulo, os pequenos lábios se
encontram e formam um prepúcio em forma de capuz sobre o clitóris.
CLITÓRIS

É estruturado de maneira muito semelhante ao pênis em muitos aspectos,


mas não tem função urinária. Sua função é inteiramente sensorial, servindo
como centro primário de estimulação sexual. Ao contrário do pênis, é quase
inteiramente interno, não tem corpo esponjoso e não envolve a uretra.

Essencialmente, é formado por um par de corpos cavernosos (tecido erétil


trabeculado) envoltos em tecido conjuntivo. Sua glande projeta-se
ligeiramente do prepúcio. O corpo do clitóris passa internamente, estando
inferior à sínfise púbica. Em sua extremidade interna, os corpos cavernosos
divergem, com um formato semelhante ao da letra “Y”, e formam um par de
crura, que, como as do pênis, prendem o clitóris a cada lado do arco púbico.

Imagem: SVG por Marnanel após Amphis/ wikimedia commons/Domínio


Público
 Estrutura anatômica do clitóris.
 VOCÊ SABIA

A circulação e a inervação do clitóris são basicamente as mesmas do pênis,


ou seja, possuem uma artéria profunda do clitóris e a artéria dorsal do
clitóris. É drenado pela veia dorsal superficial do clitóris e pela veia dorsal
profunda do clitóris. É inervado pelo nervo dorsal do clitóris, possuindo
inúmeras terminações nervosas que fornecem sua função sensorial.

Bem no fundo dos grandes lábios, há um par de tecidos eréteis subcutâneos


chamados de bulbos do vestíbulo. Eles ficam congestionados com sangue
durante a excitação sexual e fazem com que a vagina se aperte um pouco
ao redor do pênis, aumentando a estimulação sexual. São homólogos ao
corpo esponjoso e bulbo do pênis, no homem.

Ao lado da vagina, há um par de glândulas vestibulares maiores (de


Bartholin) que possuem o tamanho de uma ervilha. Possuem dutos curtos
que se abrem para o vestíbulo da vulva ou para a parte inferior da vagina.
Essas glândulas correspondem às glândulas bulbouretrais (de Cowper) no
homem. Elas mantêm a vulva úmida e, durante a excitação sexual,
fornecem a maior parte da lubrificação para a relação sexual. O vestíbulo
também é lubrificado por várias glândulas vestibulares menores.

Um par de glândulas parauretrais (de Skene) se abrem no vestíbulo


próximo ao orifício uretral externo. Essas glândulas podem ejetar fluido, às
vezes em abundância, durante o orgasmo. Surgem da mesma estrutura
embrionária da próstata masculina e seu fluido é semelhante à secreção
prostática.
Imagem: Shutterstock.com
 Genitália externa e interna.

 SAIBA MAIS

Bartolinites são glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) que


geralmente não são palpáveis, mas tornam-se mediante a uma infecção. A
oclusão do ducto da glândula vestibular maior pode predispor o indivíduo à
infecção da glândula vestibular maior. A glândula é o local ou origem da
maioria dos adenocarcinomas vulvares (cânceres). A Bartolinite, inflamação
das glândulas vestibulares maiores, pode resultar de uma série de
organismos patogênicos. As glândulas infectadas podem aumentar até um
diâmetro de 4–5cm e colidir com a parede do reto. A oclusão do ducto da
glândula vestibular sem infecção pode resultar no acúmulo de mucina,
levando à formação de um cisto.
MAMAS
As mamas são duas formações glandulares superficiais mais proeminentes
na parede torácica da mulher. Possuem função de produção e secreção de
leite. As glândulas mamárias constituem um traço característico dos
mamíferos e são destinadas à nutrição, ainda que, na mulher,
desempenhem papel de relevância na sexualidade e na estética.

Esses órgãos são anexos da pele e apresentam simetria apenas em relação


ao plano mediano. Estão presentes tanto no sexo feminino quanto no
masculino, com a mesma origem embrionária e desenvolvimento púbere.
Porém, no homem, esse desenvolvimento é limitado.

No homem adulto, o corpo da mama se limita a um pequeno disco de tecido


glandular atrofiado; somente a aréola e a papila mamária (mamilo) são
comparáveis às da mulher. Contudo, a mama masculina, assim como a da
mulher, pode ser acometida de processos patológicos, inflamatórios e
tumorais.

As mamas estão situadas na face anterossuperior de cada hemitórax,


ventralmente aos músculos da região peitoral (peitoral maior, peitoral menor
e serrátil anterior), podendo estender-se sobre parte do músculo oblíquo
externo. Estão entre as camadas superficial e profunda da tela subcutânea.
Na mulher jovem, são delimitadas pelas margens laterais do osso esterno e
linhas axilares anteriores, geralmente, se estendem da 3ª a 7ª costela,
podendo ocorrer entre a 2ª e a 6ª.

Uma pequena parte da glândula mamária pode se alongar ao longo da


borda inferolateral do músculo peitoral maior até a axila, constituindo um
processo axilar (lateral) da mama (de Spence), que são descobertos com a
hipertrofia mamária menstrual. Dois terços da mama sobrepõem a fáscia
peitoral que cobre o músculo peitoral maior; o outro terço repousa na fáscia
que reveste o músculo serrátil anterior. O espaço criado entre a mama e a
fáscia peitoral é preenchido por tecido conjuntivo frouxo (pequena
quantidade de gordura) que permite à mama um certo grau de movimento, o
espaço retromamário.

As mamas adquirem aspecto morfológico adulto a partir da puberdade. Sua


forma geral é de elevação subcutânea convexa em relação à superfície
torácica, criando assim uma semiesfera cônica com uma saliência variando
na intensidade de cor, a papila mamária.

Sua forma é muito variável, segundo a etnia e o estado fisiológico (idade,


fase do ciclo menstrual e lactação), assim como sua consistência. É firme e
elástica na mulher jovem e nulípara. Com as gestações sucessivas ou no
avançar da idade, tornam-se progressivamente moles e flácidas na mulher
idosa, podendo estar suspensa em forma de pêndulo, fato explicado pela
perda da elasticidade das estruturas de sustentação do estroma.

NULÍPARA
Mulher que nunca teve filhos.

As dimensões das mamas são variáveis e não têm relação com a estatura
da mulher. Na posição ortostática, a mama fica suspensa, tornando-se mais
saliente na base do que na parte superior devido à gravidade, e seu limite
inferior forma um sulco com a parede torácica subjacente – sulco
submamário.
A diferença no volume de ambas as mamas da mesma mulher é frequente e
depende da quantidade de tecido estromal. Seu peso também varia, de 30 a
60g ao nascimento, na mulher jovem em média é de 150 a 200g,
aumentando para 400 ou 500g durante a lactação e/ou após implante de
próteses de silicone. Frequentemente, são assimétricas (anisomastia), a
direita é usualmente maior e mais baixa do que a esquerda.

A maior parte da mama é recoberta por uma pele fina e móvel, onde se nota
por transparência – em alguns indivíduos – a rede venosa superficial; a pele
da mama é continuada, na superfície, pela pele do tórax. O ápice da mama,
por outro lado, é constituído por uma zona arredondada e pigmentada: a
aréola, em cujo centro se encontra a papila mamária. Essas duas formações
também são encontradas no homem.

A aréola é uma região cutânea regularmente circular de 15 a 25mm de


diâmetro. Sua coloração varia de mais clara a mais escura de acordo com o
tom de pele, tornando-se mais escura, principalmente, na gravidez devido a
fatores hormonais. Sua superfície é elevada em certos pontos, o que forma
pequenas saliências denominadas de tubérculos (glândulas) areolares (de
Morgagni). Esses tubérculos são determinados pela presença de glândulas
sebáceas volumosas que se hipertrofiam durante a gravidez, criando os
sinais gravídicos:
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Raphael Amado Oliveira

SINAL DE HUNTER

Escurecimento da cor e aumento do diâmetro


Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Raphael Amado Oliveira

REDE DE HALLER

Ingurgitamento da rede venosa areolar e periareolar


Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Raphael Amado Oliveira

SINAL DE MONTGOMERY

Glândulas sebáceas hipertrofiadas

A papila mamária (mamilo) é uma projeção da aréola, com a pele


enrugada e desprovida de gordura onde se desembocam os ductos
lactíferos dos respectivos lobos da glândula mamária. A papila mamária
situa-se no centro da aréola, um pouco abaixo do centro da mama e
aproximadamente ao nível do 4º espaço intercostal em adultas e do 4º
espaço intervertebral em jovens nulíparas. É cilíndrica ou cônica, varia na
saliência e mede cerca de 10 a 12mm.

A papila é composta, principalmente, de anéis concêntricos de fibras


musculares lisas subjacentes à pele que se inserem na face profunda da
derme. A contração dessas fibras musculares sob efeito da excitação, por
exemplo, tato, frio e emoções, pode tornar a papila rígida, na qual ela se
projeta anteriormente.

A mama está composta de dois elementos histológicos agrupados, o


parênquima e o estroma.

O parênquima apresenta-se como uma massa oval constituída de tecido


glandular e é composto de 15 a 20 lobos piramidais (glândulas mamárias),
cujos ápices estão voltados para a superfície e as bases para a parte
profunda (centro) da mama.

As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas modificadas; sendo


assim, não possuem cápsula ou bainha especial. O conjunto desses lobos
denomina-se corpo da mama, que pode ser palpado e distinguido das áreas
vizinhas pela consistência. Cada lobo apresenta lóbulos com alvéolos
compostos e arranjados como cachos de uvas, essas unidades são
funcionalmente independentes e possuem um ducto excretor: ducto
lactífero.

Imagem: Shutterstock.com

Os ductos lactíferos são tortuosos e se dirigem para a papila mamária;


antes de chegarem a esta, apresentam uma dilatação fusiforme, o seio
lactífero (ampola). Nesse local, a secreção láctea é armazenada no intervalo
entre as lactações. Após o seio, cada ducto lactífero transita de forma
retilínea pela papila mamária para se abrir no ápice, nos poros lactíferos.

O estroma é composto pelo tecido conjuntivo encontrado verticalmente em


toda a face profunda da pele, exceto na aréola e na papila mamária. Esse
tecido envolve cada lobo e o corpo mamário como um todo, da face
profunda à face anterior da mama (pele).

Os arranjos do estroma são formados por feixes (lâminas) fibrosos,


denominados ligamentos suspensores da mama (de Cooper) que delimitam
com a pele as lojas ocupadas por tecido adiposo. Assim, não existe plano
de separação entre a pele e a glândula mamária e/ou camadas contínuas
de tecido adiposo, situadas nas fossas do estroma. Dessa maneira, o
tamanho e a forma da mama estão diretamente relacionados com a
quantidade de tecido adiposo nas fossas do estroma, advindos de fatores
genéticos, étnicos e alimentares.

A mama é suprida por ramos mamários da artéria torácica interna, ramos da


artéria torácica lateral e das primeiras artérias intercostais posteriores. As
veias possuem fluxo semelhante ao das artérias e, ao chegarem à
superfície da mama, formam uma rede subcutânea variável, um círculo
anastomótico ao redor da papila denominado círculo venoso (de Haller).
Desse círculo, emergem veias que se dirigem principalmente para veia
axilar, outra pequena parte destina-se à veia torácica interna e a veias
superficiais do abdômen.

Os vasos linfáticos circundam a aréola e a papila da mama e drenam para


os linfonodos axilares, cervicais profundos e deltopeitorais e para os
linfonodos torácicos internos de ambos os lados.

Os linfonodos axilares agem como uma série de filtros entre a mama e a


circulação venosa.
 SAIBA MAIS

Células carcinomatosas que entram em um vaso linfático, usualmente, têm


de passar através de 2 ou 3 grupos de linfonodos antes de atingir a
circulação venosa. A drenagem linfática da mama é de importância
particular na clínica, devido ao seu papel na propagação de tumores
malignos.

A inervação da mama procede de ramos dos nervos supraclaviculares do


plexo cervical superficial; e outra parte, dos ramos perfurantes do 2º ao 6º
nervo intercostal. Esses nervos trazem até a glândula mamária fibras
sensitivas cutâneas e fibras autônomas vasomotoras e secretoras.

Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia da mama, vista lateral.
ELEMENTOS GERAIS DO SISTEMA
GENITAL, O SISTEMA GENITAL
FEMININO E AS MAMAS
O especialista Elisaldo Mendes Cordeiro apresenta as principais estruturas
do sistema genital e do sistema genital feminino.
VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O CANAL INGUINAL É UMA PASSAGEM EM FORMA DE


TÚNEL, COM SENTIDO POSTEROANTERIOR E SÚPERO-
INFERIOR E LÁTERO-MEDIAL, OU SEJA, DE TRÁS PARA A
FRENTE, DE CIMA PARA BAIXO E DE LATERAL PARA
MEDIAL. NO HOMEM, PERMITE A PASSAGEM DO
TESTÍCULO PARA O ESCROTO. NA MULHER, CONTÉM
QUAL DAS SEGUINTES ESTRUTURAS?

A) Ligamento largo do útero

B) Ligamento uterossacro

C) Perimétrio

D) Ligamentos redondos do útero

E) Ligamento cruzado

2. O ÚTERO POSSUI TRÊS CAMADAS DE CONSTITUIÇÃO.


O PERIMÉTRIO, MIOMÉTRIO E ENDOMÉTRIO. ESSAS
CAMADAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA CONFERIR A
FUNÇÃO DO ÓRGÃO. QUAL CAMADA É ELIMINADA
DURANTE O PERÍODO MENSTRUAL?

A) O endométrio

B) A camada basal do endométrio

C) A camada funcional do endométrio


D) O perimétrio

E) A camada funcional do miométrio

GABARITO
1. O canal inguinal é uma passagem em forma de túnel, com sentido
posteroanterior e súpero-inferior e látero-medial, ou seja, de trás para a
frente, de cima para baixo e de lateral para medial. No homem, permite
a passagem do testículo para o escroto. Na mulher, contém qual das
seguintes estruturas?

A alternativa "D " está correta.

Os ligamentos redondos do útero encontram-se no canal inguinal e são


faixas de tecido conjuntivo fibroso entre as camadas do ligamento largo.
Eles se estendem de um ponto no útero imediatamente inferior às tubas
uterinas até uma porção dos grandes lábios, da vulva. Embora os
ligamentos normalmente mantenham a posição antefletida do útero, eles
também permitem que o corpo uterino se movimente o suficiente para que o
útero fique mal posicionado.

2. O útero possui três camadas de constituição. O perimétrio,


miométrio e endométrio. Essas camadas são fundamentais para
conferir a função do órgão. Qual camada é eliminada durante o período
menstrual?

A alternativa "C " está correta.


O endométrio possui um epitélio colunar simples, glândulas tubulares e um
estroma povoado por leucócitos, macrófagos e outras células. A metade
superficial a dois terços dela, chamada de camada funcional (estrato
funcional), é eliminada a cada período menstrual.

MÓDULO 2

 Reconhecer os elementos que compõem o sistema genital


masculino

O SISTEMA GENITAL MASCULINO


Agora, vamos estudar os elementos que compõem o sistema genital
masculino. São eles: bolsa escrotal (escroto); testículos; vias espermáticas;
uretra; glândulas acessórias e pênis.
Imagem: Shutterstock.com
 Esquema ilustrativo do sistema reprodutor masculino.

BOLSA ESCROTAL (ESCROTO)


O escroto é uma bolsa formada por pele, músculo e tecido conjuntivo
fibroso. Está fixado parcialmente na raiz do pênis, no períneo, e contém os
testículos. A pele da bolsa escrotal possui glândulas sebáceas, pelos e uma
rica inervação sensorial. Além disso, possui uma pigmentação um pouco
mais escura do que a pele em outras partes do corpo.

O escroto é dividido em compartimentos direito e esquerdo por um septo


mediano interno, que protege cada testículo de infecções do outro. A
localização do septo é marcada na superfície externa do escroto pela rafe
escrotal, que também se estende anteriormente ao longo do lado ventral do
pênis (rafe peniana) e posteriormente até a margem do ânus (rafe perineal).
O testículo esquerdo é, geralmente, mais baixo do que o direito para que os
dois não sejam comprimidos um contra o outro entre as coxas.

Além dos testículos, o escroto contém também o cordão ou funículo


espermático — um feixe de vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, tecido
conjuntivo fibroso e um ducto pertencente às vias espermáticas denominado
de ducto deferente.

Em alguns mamíferos, os testículos estão na cavidade abdominopélvica, o


que ocorre durante o período embrionário. Porém, à medida que o feto vai
se desenvolvendo, os testículos descem pelo canal inguinal e se acomodam
no escroto por ser um ambiente mais frio: os testículos não podem produzir
espermatozoides na temperatura corporal central de 37°C e, portanto,
devem ser mantidos a cerca de 35°C.

O escroto tem três mecanismos para regular a temperatura dos testículos:

MÚSCULO CREMASTER
TÚNICA DARTOS DO ESCROTO
PLEXO PAMPINIFORME

MÚSCULO CREMASTER

São faixas do músculo oblíquo abdominal interno que envolvem o cordão


espermático. Quando está frio, o cremaster se contrai e puxa os testículos
para mais perto do corpo para mantê-los aquecidos. Quando está quente, o
cremaster relaxa, e os testículos ficam suspensos mais longe do corpo.
TÚNICA DARTOS DO ESCROTO

Camada subcutânea de músculo liso. Ela também se contrai quando frio,


tornando o escroto tenso e enrugado. Essa reação mantém os testículos
contra o corpo (mais quente) e reduz a área de superfície do escroto,
diminuindo, assim, a perda de calor.

PLEXO PAMPINIFORME

Extensa rede de veias do testículo que circunda a artéria testicular no


cordão espermático. O plexo impede que o sangue arterial quente
superaqueça os testículos, o que inibiria a produção de esperma. Ele atua
como um trocador de calor em contracorrente. O sangue que sobe pelo
plexo é relativamente frio (cerca de 35°C) e absorve o calor do sangue mais
quente (37°C) que desce pela artéria testicular. Quando o sangue arterial
atinge o testículo, está 1,5 a 2,5°C mais frio do que quando saiu da
cavidade pélvica.

O escroto recebe sangue das artérias escrotais anteriores, ramos terminais


das artérias pudendas externas (pequenos ramos da artéria femoral), e
suprem a face anterior do escroto. As artérias escrotais posteriores, ramos
terminais dos ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas,
irrigam a parte posterior do escroto. O escroto também recebe ramos das
artérias cremastéricas (ramos das artérias epigástricas inferiores).

As veias escrotais acompanham as artérias, compartilhando os mesmos


nomes, mas drenam majoritariamente para as veias pudendas externas. Os
vasos linfáticos do escroto transportam a linfa para os linfonodos inguinais
superficiais.

Em relação à sua inervação, a face anterior do escroto é suprida por nervos


escrotais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal e do ramo genital do
nervo genitofemoral. A superfície posterior do escroto é suprida por nervos
escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais superficiais do nervo
pudendo e ramo perineal do nervo cutâneo posterior da coxa.

As fibras simpáticas desses nervos auxiliam na termorregulação dos


testículos, estimulando a contração da musculatura lisa da túnica dartos em
resposta ao frio ou estimulando as glândulas sudoríparas escrotais
enquanto inibem a contração do músculo da dartos em resposta ao calor
excessivo.

TESTÍCULOS
Os testículos são as gônadas masculinas — glândulas endócrinas e
exócrinas combinadas que produzem os hormônios sexuais e
espermatozoides.

Cada testículo é oval e ligeiramente achatado, com cerca de 4cm de


comprimento, 3cm de anterior para posterior e 2,5cm da esquerda para a
direita. A superfície de cada testículo é coberta pela camada visceral da
túnica vaginal, exceto onde o testículo se liga ao epidídimo e ao cordão
espermático. A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que envolve
parcialmente o testículo, que representa a parte distal fechada do processo
vaginal embrionário.
A camada visceral da túnica vaginal é aplicada intimamente ao testículo, ao
epidídimo e à parte inferior do ducto deferente. O recesso em forma de
fenda da túnica vaginal, o seio do epidídimo, fica entre o corpo do epidídimo
e a superfície posterolateral do testículo. A camada parietal da túnica
vaginal, adjacente à fáscia espermática interna, é mais extensa do que a
camada visceral e se estende superiormente por uma curta distância na
parte distal do cordão espermático.

A pequena quantidade de líquido na cavidade da túnica vaginal separa as


camadas visceral e parietal, permitindo que o testículo se mova livremente
no escroto. Uma coleção de fluido seroso na túnica vaginal é chamada de
hidrocele e pode ser causada por lesão dos testículos ou inflamação do
epidídimo.

Imagem: Shutterstock.com
 Bolsa escrotal normal e com hidrocele.

Internamente à túnica vaginal, o testículo é circundado por uma cápsula


fibrosa branca composta de tecido conjuntivo denso e irregular, a túnica
albugínea que se estende para dentro e forma septos que dividem o
testículo em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos. Cada
um dos 200-300 lóbulos contém de um a três túbulos firmemente enrolados,
os túbulos seminíferos, onde os espermatozoides são produzidos. O
processo pelo qual os túbulos seminíferos dos testículos produzem
espermatozoides é denominado espermatogênese.

Imagem: Shutterstock.com
 Estrutura do testículo.

Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células:

CÉLULAS ESPERMATOGÊNICAS

Formadoras de espermatozoide.

CÉLULAS DE SUSTENTAÇÃO (CÉLULAS DE


SERTOLI)

Possui várias funções no suporte da espermatogênese.


Nos espaços entre os túbulos seminíferos adjacentes, estão agrupamentos
de células intersticiais ou células de Leydig. Essas células secretam
testosterona, o andrógeno mais prevalente. Um andrógeno é um hormônio
que promove o desenvolvimento das características masculinas. A
testosterona também promove a libido de um homem.

Cada testículo é suprido por uma artéria testicular, que se origina da aorta
abdominal logo abaixo da artéria renal. Essa artéria é longa e delgada, e
desce pela parede abdominal posterior antes de passar pelo canal inguinal
para alcançar o escroto.

O sangue deixa o testículo por meio do plexo pampiniforme, uma rede


venosa bastante densa. Esse plexo converge para formar as veias
testiculares direita e esquerda, após passar pelo canal inguinal. A veia
testicular direita drena na veia cava inferior, e a esquerda drena na veia
renal esquerda. Isso tem um significado clínico: o testículo esquerdo está
mais propenso a sofrer varicoceles (varizes testiculares) do que o direito.

Isso se deve ao fato de que, ao desaguar na veia renal esquerda, a veia


testicular esquerda faz um ângulo de 90°, o que dificulta o retorno venoso.
Do lado direito, isso não ocorre, pois a veia testicular direita desagua na
veia cava inferior por um ângulo agudo.
Imagem: Shutterstock.com
 Varicocele no sistema genital masculino.

Os vasos linfáticos também drenam cada testículo. Eles viajam pelo canal
inguinal com as veias e levam aos linfonodos adjacentes à aorta inferior. A
linfa do pênis e do escroto, entretanto, viaja para os linfonodos adjacentes
às artérias e veias ilíacas e na região inguinal.

Os nervos testiculares conduzem às gônadas, fibras segmentos T10 e T11


da medula espinhal. São nervos sensoriais e motores mistos contendo
predominantemente fibras simpáticas, mas também algumas fibras
parassimpáticas. As fibras sensoriais estão relacionadas principalmente com
a dor e as fibras autonômicas são predominantemente vasomotoras, para a
regulação do fluxo sanguíneo.
Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia do testículo e estruturas associadas.

 SAIBA MAIS

Criptorquidia é a condição na qual os testículos não descem para o escroto


é chamada criptorquidia e ocorre em cerca de 3% dos bebês a termo e em
cerca de 30% dos prematuros. O criptorquidismo bilateral não tratado
resulta em esterilidade, porque as células envolvidas nos estágios iniciais da
espermatogênese são destruídas pela temperatura mais alta da cavidade
pélvica.

A chance de câncer testicular é 30–50 vezes maior nos testículos


criptorquídeos. Os testículos de cerca de 80% dos meninos com
criptorquidia descem espontaneamente durante o primeiro ano de vida.
Quando os testículos não descem, a condição pode ser corrigida
cirurgicamente, idealmente antes dos 18 meses de idade.
Imagem: Shutterstock.com
 Criptorquidia. Os locais mais comuns. À direita, os locais de testículo
ectópico.

Varicoceles é uma dilatação anormal das veias testiculares que formam o


plexo pampiniforme, sendo considerada a principal causa de infertilidade
masculina, sua prevalência estimada é de 15% da população geral. Em
adultos, é responsável por infertilidade em 35% e 80% dos homens com
infertilidade primária e secundária, respectivamente.

Sua origem se dá no período pré-puberal e se caracteriza por ser tempo-


dependente, manifestando-se, geralmente, a partir da adolescência. As
teorias etiológicas se baseiam em aumento de pressão venosa,
incompetência ou ausência congênita de válvulas venosas e variação da
drenagem venosa espermática. Sob o ponto de vista clínico, a bilateralidade
é a regra, e não a exceção, embora, por questões anatômicas, a varicocele
seja mais proeminente no lado esquerdo.

Esse fato decorre de a veia gonadal esquerda drenar em um ângulo de 90°


na veia renal esquerda em um percurso 10cm maior que a direita. Essa
sobrecarga pressórica hidrostática, principalmente, em pé, transmite-se
sobre o sistema venoso testicular e progressivamente sobrepõe à
capacidade valvular venosa gerando um fluxo retrógrado. Não obstante,
homens com essa condição também apresentam varizes de membros
inferiores e hemorroidas, denotando o caráter sistêmico da doença venosa.

Imagem: Shutterstock.com
 Varicocele. Um testículo saudável à esquerda e um testículo com
varicocele à direita.

VIAS ESPERMÁTICAS E EPIDÍDIMO

DUCTOS PRESENTES NO TESTÍCULO


Após a formação do espermatozoide e graças à diferença de pressão, os
espermatozoides correm ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, em
seguida, em uma série de ductos muito curtos chamados túbulos retos. Os
túbulos retos, por sua vez, conduzem o espermatozoide a uma rede de
ductos no testículo chamada rete testis . A partir da rete testis , os
espermatozoides movem-se para uma série de ductos, denominados de
ductos eferentes, que os levam para o epidídimo. Lá, eles deságuam em um
único tubo denominado ducto epididimário.
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EPIDÍDIMO
O epidídimo é um órgão em forma de vírgula com cerca de 4cm, situado
superiormente ao testículo. Cada epidídimo consiste principalmente no
ducto epididimário. Os ductos eferentes do testículo unem-se ao ducto
epididimário na porção maior e superior do epidídimo chamada de cabeça.

O corpo do epidídimo é a porção média estreita do epidídimo e a cauda é a


porção inferior, menor. Em sua extremidade distal, a cauda do epidídimo
continua como o ducto deferente.

O ducto epididimário mede cerca de 6m de comprimento se desenrolado


completamente. É revestido por epitélio colunar pseudoestratificado e
circundado por camadas de músculo liso. As superfícies livres das células
colunares contêm estereocílios, que, apesar de seu nome, são
microvilosidades ramificadas (não cílios) longas que aumentam a área de
superfície para a reabsorção de espermatozoides defeituosos.
Imagem: Shutterstock.com
 Epidídimo.

O tecido conjuntivo ao redor da camada muscular liga as alças do ducto


epididimário e transporta vasos sanguíneos e nervos. Funcionalmente, o
epidídimo é o local de maturação do esperma, o processo pelo qual os
espermatozoides adquirem motilidade e a capacidade de fertilizar um óvulo.
Isso ocorre por um período de cerca de 14 dias. O epidídimo também ajuda
a impulsionar os espermatozoides para o ducto deferente durante a
excitação sexual, por meio da contração peristáltica de seu músculo liso.

Além disso, o epidídimo armazena os espermatozoides, que podem


permanecer íntegros por vários meses. Todos os espermatozoides
armazenados que não são ejaculados são eventualmente reabsorvidos.

DUCTO DEFERENTE
Na cauda do epidídimo, o ducto epididimário torna-se menos contorcido e
seu diâmetro aumenta. A partir desse ponto, o ducto é conhecido como
ducto deferente. O ducto deferente, que tem cerca de 45cm de
comprimento, sobe ao longo da borda posterior do epidídimo em conjunto
com o cordão (funículo) espermático e então entra na cavidade pélvica.

Lá, ele dá uma volta no ureter e passa lateral e inferiormente pela superfície
posterior da bexiga urinária. A porção terminal dilatada do ducto deferente é
denominada de ampola. A mucosa do ducto deferente consiste em epitélio
colunar pseudoestratificado e lâmina própria (tecido conjuntivo areolar).

A túnica muscular é composta por três camadas de músculo liso: as


camadas interna e externa são longitudinais e a camada do meio é
circular. Funcionalmente, durante a excitação sexual, o ducto deferente
transporta espermatozoides do epidídimo em direção à uretra por meio de
contrações peristálticas de sua camada muscular.

Como o epidídimo, o ducto deferente também pode armazenar esperma por


vários meses. Todos os espermatozoides armazenados que não são
ejaculados também são eventualmente reabsorvidos.

A artéria para o ducto deferente geralmente surge da artéria vesical superior


(às vezes, inferior) e se anastomosa com a artéria testicular, posterior ao
testículo. As veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular via
plexo pampiniforme.
Imagem: Shutterstock.com
 Esquema demonstrando a trajetória do ducto deferente.

FUNÍCULO ESPERMÁTICO
O cordão (funículo) espermático é uma estrutura de suporte do sistema
reprodutor masculino que sobe para fora do escroto. Trata-se de um
conjunto de estruturas envelopadas por fáscia: o ducto deferente, a artéria
testicular, as veias que drenam os testículos e transportam a testosterona
para a circulação (plexo pampiniforme), os nervos que alcançam o
testículo, os vasos linfáticos e o músculo cremaster.

O cordão espermático e o nervo ilioinguinal passam pelo canal inguinal,


uma passagem oblíqua na parede abdominal. O canal, que tem cerca de 4–
5cm de comprimento, origina-se no anel inguinal profundo (abdominal), uma
abertura em forma de fenda na aponeurose do músculo transverso do
abdômen. O canal termina no anel inguinal superficial (subcutâneo), uma
abertura (triangular) na aponeurose do músculo oblíquo externo. Nas
mulheres, o ligamento redondo do útero e o nervo ilioinguinal passam pelo
canal inguinal.

Imagem: Shutterstock.com

DUCTOS EJACULATÓRIOS
Os ductos ejaculatórios são tubos delgados que surgem pela união dos
ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Os ductos
ejaculatórios (aproximadamente 2,5cm de comprimento) surgem próximo ao
colo da bexiga e correm juntos conforme passam anteroinferiormente pela
parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático.

Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por


minúsculas aberturas em forma de fenda na abertura do utrículo prostático.
Embora os ductos ejaculatórios atravessem a próstata, as secreções
prostáticas não se juntam ao fluido seminal até que os ductos ejaculatórios
tenham terminado na uretra prostática.

URETRA
A uretra é um tubo que possui diferenças significativas entre homens e
mulheres. Uma dessas diferenças inclui o fato de a uretra masculina
pertencer tanto ao sistema genital quanto ao sistema urinário e, nas
mulheres, a uretra é exclusiva do sistema urinário. Sabendo disso, iremos
agora descrever a uretra masculina.

A uretra masculina tem cerca de 15 a 20cm de comprimento e três porções:

URETRA PROSTÁTICA
Começa na bexiga e passa por cerca de 2,5cm através da próstata. Durante
o orgasmo, recebe sêmen das glândulas reprodutivas.

PORÇÃO MEMBRANOSA
É uma porção curta (0,5cm) de parede fina onde a uretra passa através do
assoalho muscular da cavidade pélvica.

PORÇÃO ESPONJOSA
A porção esponjosa da uretra (uretra peniana) tem cerca de 15cm de
comprimento e passa pelo corpo esponjoso do pênis até o orifício uretral
externo. Nessa porção, a uretra se dilata e forma uma região chamada de
fossa navicular.
Alguns autores consideram a presença de uma porção anterior à prostática,
denominada de uretra pré-prostática ou intramural.

Imagem: Shutterstock.com
 A uretra masculina. Note o tamanho da uretra e sua trajetória.

A uretra prostática possui orifícios correspondentes à abertura dos dois


ductos ejaculatórios, que levam espermatozoide e outros componentes do
sêmen. Essa região é denominada de colículo seminal (verumontanum ).
No colículo seminal, também é observada a presença do utrículo prostático,
um orifício de fundo cego, correspondente ao útero na mulher. A uretra
prostática é frequentemente alvo de obstrução em casos de hiperplasia
prostática benigna, prejudicando o fluxo de urina.
Imagem: Shutterstock.com
 Corte coronal demonstrando algumas estruturas relacionadas à uretra.

Note, na imagem a seguir, os dois orifícios dos ductos ejaculatórios e o


utrículo prostático. Essa região é conhecida como colículo seminal. As
glândulas bulbouretrais estão presentes perto do esfíncter externo da uretra.

Imagem: Shutterstock.com
 Corte destacando a uretra prostática e as camadas da bexiga.

A uretra esponjosa recebe o produto das glândulas bulbouretrais (de


Cowper), que visa neutralizar a sua acidez e prepará-la para a passagem
dos espermatozoides. A uretra esponjosa possui diversos orifícios que
correspondem aos ductos das glândulas uretrais (de Littré), que secretam
muco e impedem possíveis lesões na mucosa causadas pelo pH ácido da
urina.

A mucosa tem um epitélio de transição na região próxima à bexiga, um


epitélio escamoso estratificado próximo ao orifício externo e, entre ambos,
áreas de epitélio colunar estratificado e pseudoestratificado na uretra
masculina e apenas pseudoestratificado na uretra feminina.

O músculo detrusor de urina da bexiga urinária é mais grosso na região


próxima à uretra para formar o esfíncter uretral interno, que comprime a
uretra e retém a urina na bexiga. Esse esfíncter é composto de músculo liso
e está sob controle involuntário.

Após passar pelo assoalho pélvico, a uretra é circundada por um esfíncter


uretral externo do músculo esquelético, que fornece controle voluntário
sobre a eliminação da urina.

GLÂNDULAS ACESSÓRIAS
Para a formação completa do sêmen, o sistema reprodutor masculino conta
com uma série de glândulas acessórias que secretam substâncias que
propiciam um meio que fornece energia e auxilia na motilidade do
espermatozoide.
O homem apresenta exclusivamente a próstata, as vesículas seminais e
as glândulas bulbouretrais. Já o sistema reprodutor feminino conta com a
presença das glândulas vestibulares maiores e menores.

VESÍCULAS SEMINAIS
As vesículas seminais são glândulas alongadas (aproximadamente 5cm de
comprimento, mas, às vezes, muito mais curtas) que ficam entre o fundo da
bexiga e o reto. As vesículas seminais estão situadas obliquamente acima
da próstata e não armazenam espermatozoides.

Elas secretam um fluido alcalino espesso composto por frutose (uma fonte
de energia para os espermatozoides) e um agente coagulante que se
mistura com os espermatozoides à medida que passam para os dutos
ejaculatórios e a uretra.

A natureza alcalina do líquido seminal ajuda a neutralizar o ambiente ácido


da uretra masculina e do trato reprodutivo feminino que inativaria e mataria
os espermatozoides. O líquido secretado pelas vesículas seminais constitui
normalmente cerca de 60% do volume do sêmen.

As extremidades superiores das glândulas seminais são cobertas com


peritônio e situam-se posteriormente aos ureteres, onde o peritônio da
escavação retovesical os separa do reto.

As extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente


relacionadas ao reto e são separadas dele apenas pelo septo retovesical
(fáscia de Denonvilliers). Os ductos das vesículas seminais se juntam aos
ductos deferentes para formar os ductos ejaculatórios.
As artérias para as glândulas seminais surgem das artérias vesical inferior e
retal média. As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes.

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PRÓSTATA
A próstata é a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino.
Possui aproximadamente 3cm de comprimento, 4cm de largura e 2cm de
tamanho no sentido anteroposterior. É firme e do tamanho de uma noz e
circunda a uretra prostática. Possui uma parte glandular, que constitui
aproximadamente dois terços da próstata; e uma parte fibromuscular, que
constitui o terço remanescente.

A próstata é envelopada por uma cápsula fibrosa da próstata, densa e


neurovascular, incorporando os plexos prostáticos das veias e nervos.
Esses elementos também são circundados pela camada visceral da fáscia
pélvica, formando uma bainha prostática fibrosa delgada anteriormente,
contínua anterolateralmente com os ligamentos puboprostáticos e densa
posteriormente onde se funde com o septo retovesical.

A próstata contém:

Uma base, relacionada ao colo da bexiga urinária.

Um ápice, que está em contato com a fáscia da porção do esfíncter


uretral.

Uma superfície anterior, separada da sínfise púbica por gordura


retroperitoneal no espaço retropúbico (de Retzius).

Uma superfície posterior, relacionada com a ampola do reto.

Superfícies inferolaterais, que mantêm relação com o músculo


levantador do ânus.

Um istmo, conhecido na literatura como lobo anterior da próstata, que


se situa anteriormente à uretra.

Lobos direito e esquerdo, separados anteriormente pelo istmo e


posteriormente por um centro, raso sulco longitudinal. Cada um pode
ser subdividido com propósitos descritivos em quatro lóbulos indistintos,
definidos por sua relação com a uretra e os dutos ejaculatórios, e —
embora menos aparente - pelo arranjo dos ductos e tecido conjuntivo.
São eles:

Um lóbulo inferoposterior, palpado durante o exame de toque retal.


Um lóbulo inferolateral, formando a maior parte do lobo direito ou
esquerdo.

Um lóbulo superomedial, profundo ao lóbulo inferoposterior.

Um lóbulo anteromedial, profundo ao lóbulo inferolateral.

Clinicamente, a próstata é dividida em zonas periféricas e centrais


(internas). A zona central corresponde ao lobo médio.

Os ductos prostáticos (de 20 a 30) se abrem profundamente nos seios


prostáticos que se situam em cada lado do colículo seminal na parede
posterior da uretra prostática. O líquido prostático, um fluido fino e leitoso,
fornece aproximadamente 20% do volume do sêmen (uma mistura de
secreções produzidas por testículos, glândulas seminais, próstata e
glândulas bulbouretrais que fornecem o veículo pelo qual os
espermatozoides são transportados) e desempenha um papel na ativação
dos espermatozoides.

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 A próstata e suas zonas.

GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
Trata-se de um par de glândulas emparelhadas, também conhecidas como
glândulas de Cowper. As glândulas bulbouretrais possuem
aproximadamente o tamanho de uma ervilha.

Estão localizadas na parte inferior da próstata em cada lado da porção


membranosa da uretra, dentro dos músculos profundos do períneo, e seus
ductos se abrem na uretra esponjosa. Durante a excitação sexual, as
glândulas bulbouretrais secretam um fluido alcalino na uretra que protege os
espermatozoides neutralizando os ácidos da urina na uretra.

 COMENTÁRIO

Elas também secretam muco que lubrifica a extremidade do pênis e o


revestimento da uretra, diminuindo o número de espermatozoides
danificados durante a ejaculação. Alguns indivíduos liberam uma ou duas
gotas desse muco durante a excitação sexual e a ereção, porém esse fluído
não contém espermatozoides.

PÊNIS
O pênis é o órgão da cópula masculino e, por meio da uretra, fornece uma
saída comum para a urina e o sêmen, que contém espermatozoides. O
pênis consiste em raiz, corpo e glande.

É composto por três corpos cilíndricos de tecido erétil: os corpos cavernosos


emparelhados dorsalmente e um único corpo esponjoso, situado
ventralmente. Na posição anatômica, o pênis está ereto; quando está
flácido, seu dorso é direcionado anteriormente.

Cada corpo cavernoso possui uma cobertura fibrosa externa ou cápsula, a


túnica albugínea. Superficial à cobertura externa está a fáscia profunda do
pênis (fáscia de Buck), a continuação da fáscia perineal profunda que forma
uma forte cobertura membranosa para os corpos cavernosos e esponjosos,
unindo-os. O corpo esponjoso contém a uretra esponjosa.

Os corpos cavernosos se fundem no plano mediano, exceto posteriormente,


onde se separam para formar as raízes do pênis. Internamente, o tecido
cavernoso dos corpos é separado (geralmente de forma incompleta) pelo
septo peniano.

A raiz do pênis, a parte anexada, consiste na crura, formada pelos corpos


cavernosos, e contém o músculo isquiocavernoso e o bulbo do corpo
esponjoso, que contém o músculo bulboesponjoso.

A raiz está localizada na bolsa perineal superficial, entre a membrana


perineal superiormente e a fáscia perineal profunda inferiormente. A crura e
o bulbo do pênis consistem em tecido erétil. Cada crura é anexada à parte
inferior da superfície interna do ramo do ísquio correspondente,
anteriormente à tuberosidade do ísquio. A parte posterior alargada do bulbo
do pênis é penetrada superiormente pela uretra, continuando de sua parte
intermediária.

O corpo do pênis é a parte pendular livre que fica suspensa na sínfise


púbica. Exceto por algumas fibras do bulboesponjoso perto da raiz do pênis
e do ísquio cavernoso que envolvem a crura, o corpo do pênis não tem
músculos.

Distalmente, o corpo esponjoso se expande para formar a glande do pênis.


A margem da glande se projeta além das extremidades dos corpos
cavernosos para formar a coroa da glande. A coroa sobressai de uma
constrição com sulcos oblíquos, o colo da glande, que separa a glande do
corpo do pênis. A abertura em forma de fenda da uretra esponjosa, o orifício
uretral externo (meato), fica perto da ponta da glande do pênis.

 COMENTÁRIO

A pele do pênis é fina, com pigmentação escura em relação à pele


adjacente e conectada à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. No
colo da glande, a pele e a fáscia do pênis são prolongadas como uma
camada dupla de pele, o prepúcio, que em homens não circuncidados
cobre a glande do pênis de forma variável. O frênulo do prepúcio é uma
prega mediana que passa da camada profunda do prepúcio até a superfície
uretral da glande.

O pênis possui uma condensação fascial que surge da superfície anterior da


sínfise púbica, chamada de ligamento suspensor do pênis. Esse ligamento
passa inferiormente e se divide para formar uma fixação na fáscia profunda
do pênis na junção de sua raiz e corpo. As fibras do ligamento suspensor
são curtas e tensas, ancorando os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica.

O pênis possui uma condensação de colágeno e fibras elásticas do tecido


subcutâneo que desce na linha média da linha alba anterior à sínfise púbica,
denominada de ligamento fundiforme do pênis. Esse ligamento se divide
para envolver o pênis e, em seguida, se une inferiormente com a túnica
dartos, formando o septo escrotal. As fibras do ligamento fundiforme são
relativamente longas e frouxas e ficam superficiais (anteriores) ao ligamento
suspensor.

Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia interna do pênis e demais órgãos do sistema genital
masculino.

O pênis é suprido principalmente por ramos das artérias pudendas internas:

ARTÉRIA DORSAL DO PÊNIS


ARTÉRIAS PROFUNDAS DO PÊNIS
ARTÉRIAS PARA O BULBO DO PÊNIS
Ainda, os ramos superficial e profundo das artérias pudendas externas
vascularizam a pele do pênis.

 ATENÇÃO
As artérias profundas do pênis são os principais vasos que suprem os
espaços cavernosos no tecido erétil dos corpos cavernosos e estão
envolvidas na ereção do pênis. Eles emitem vários ramos que se abrem
diretamente para os espaços cavernosos. Quando o pênis está flácido,
essas artérias se enrolam, restringindo o fluxo sanguíneo; esses vasos são
chamados de artérias helicinas ou helicinais do pênis.

O sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se


junta à veia dorsal profunda do pênis na fáscia profunda. Essa veia passa
entre as lâminas do ligamento suspensor do pênis, inferior ao ligamento
púbico inferior e anterior à membrana perineal, para entrar na pelve, onde
drena para o plexo venoso prostático. O sangue da pele e do tecido
subcutâneo do pênis é drenado para a veia dorsal superficial do pênis (pode
ser mais de uma), que drena para a veia pudenda externa superficial.

Em relação à sua inervação, os nervos derivam dos segmentos de S2 a S4


da medula espinal e dos gânglios espinais, passando pelos nervos
esplâncnico e pudendo, respectivamente. A inervação sensorial e simpática
é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do
nervo pudendo, que surge no canal pudendo (de Alcock) e passa
anteriormente para a bolsa perineal profunda. Em seguida, segue para o
dorso do pênis, onde passa lateralmente à artéria dorsal, suprindo a pele e
a glande do pênis.

O pênis é ricamente inervado por uma vasta quantidade de terminações


nervosas sensoriais, especialmente a glande.

Ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele na raiz do pênis. Os nervos


cavernosos surgem de corpos celulares no plexo hipogástrico inferior, onde
recebem os nervos esplâncnicos pélvicos pré-ganglionares (S2-S4) e
inervam as artérias helicinas do tecido erétil.
Mediante estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfativa, entre outras), as
fibras parassimpáticas da porção sacral da medula espinhal iniciam e
mantêm uma ereção, ou seja, o aumento e o enrijecimento do pênis. As
fibras parassimpáticas estimulam a produção e liberam óxido nítrico.

O óxido nítrico faz com que o músculo liso nas paredes das arteríolas que
fornecem o tecido erétil relaxe, permitindo que esses vasos sanguíneos se
dilatem. Isso, por sua vez, faz com que grandes quantidades de sangue
entrem no tecido erétil do pênis. O óxido nítrico também faz com que o
músculo liso dentro do tecido erétil relaxe, resultando no alargamento das
cavernas dos corpos cavernosos. A combinação de aumento do fluxo
sanguíneo e alargamento desses espaços resulta em uma ereção. Esse
aumento comprime as veias que drenam o pênis, mantendo a ereção.

ELEMENTOS DO SISTEMA
GENITAL MASCULINO
O especialista Elisaldo Mendes Cordeiro apresenta as principais estruturas
do sistema genital e do sistema genital masculino.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. OS TESTÍCULOS SÃO ALVOS DE VARICOCELE, ISTO É,


VARIZES NAS VEIAS QUE COMPÕEM O PLEXO
PAMPINIFORME. ESSAS VARIZES TENDEM A OCORRER
COM MAIS FREQUÊNCIA NO LADO ESQUERDO DO QUE
NO DIREITO. A VEIA TESTICULAR ESQUERDA E VEIA
TESTICULAR DIREITA DESAGUAM, RESPECTIVAMENTE:

A) Ambas na veia cava inferior

B) Na veia renal esquerda e na veia cava inferior

C) Na veia renal esquerda e na veia renal direita

D) Na veia porta e na veia esplênica


E) Na artéria renal esquerda e veia cava superior

2. O TECIDO ERÉTIL DO PÊNIS, EM ESPECIAL OS


CORPOS CAVERNOSOS, POSSUEM ARTÉRIAS
HELICINAS, QUE, POR SUA VEZ, SÃO INERVADAS POR
RAMOS:

A) Cavernosos, provenientes do plexo hipogástrico inferior.

B) Penianos, provenientes do plexo hipogástrico inferior.

C) Dorsais do pênis, ramos do nervo pudendo.

D) Do nervo ilionguinal, que surge do plexo lombossacro.

E) Cavernosos, provenientes do plexo hipogástrico pudendo.

GABARITO
1. Os testículos são alvos de varicocele, isto é, varizes nas veias que
compõem o plexo pampiniforme. Essas varizes tendem a ocorrer com
mais frequência no lado esquerdo do que no direito. A veia testicular
esquerda e veia testicular direita desaguam, respectivamente:

A alternativa "B " está correta.

A veia testicular esquerda desagua na veia renal esquerda, enquanto a veia


testicular direita desagua na veia cava inferior. Ao desaguar na veia renal
esquerda, a veia testicular esquerda faz um ângulo de 90°, o que dificulta o
retorno venoso, por isso o testículo esquerdo fica mais propenso a ser alvo
de varicocele.
2. O tecido erétil do pênis, em especial os corpos cavernosos,
possuem artérias helicinas, que, por sua vez, são inervadas por ramos:

A alternativa "A " está correta.

Os nervos cavernosos surgem de fibras provenientes de S2-S4 que correm


em direção ao plexo hipogástrico inferior. Ao chegarem aos corpos
cavernosos, inervam as artérias helicinas, fundamentais para o fenômeno
de ereção.

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os sistemas genitais masculino e feminino são conhecidos também como
sistemas reprodutores, visto que essa é a principal função desse conjunto
de órgãos. Vimos que o sistema genital é responsável pelas características
sexuais secundárias, isto é, existem diferenças significativas entre os
homens e as mulheres.

De modo geral, os sistemas genitais masculino e feminino podem ser


subdivididos em órgãos internos e externos. Estudamos, primeiramente, a
arquitetura do sistema genital feminino e seus órgãos constituintes e,
posteriormente, pudemos compreender os elementos que compõem o
sistema genital masculino.
Ao longo do material, ressaltamos diferenças e homologias entre esses
órgãos, visto que derivam de estruturas embrionárias semelhantes, apesar
de não necessariamente desempenharem a mesma função.

Um elemento especial, a uretra, foi estudado no sistema genital do homem,


pois, além de permitir a passagem de urina, permite a passagem de sêmen,
um meio que contém o espermatozoide e auxilia essa célula a alcançar e
fecundar o ovócito, na tuba uterina. Por fim, estudamos os aspectos clínicos
de diversos órgãos do sistema genital, tanto do feminino quanto do
masculino.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e
segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.

GARDNER, E.; GRAY, D. J.; O'RAHILLY, R. R. Anatomia - Estudo Regional


do Corpo Humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
GOSS, C. M. Gray Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1977.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

LATARJET, M.; LIARD, A. R. Anatomía Humana. 4. ed. Madrid: Editorial


Medica Pan-Americana, 2011.

SALADIN, K. S. Human Anatomy. 5. ed. New York: McGraw Hill, 2017.

TESTUT, L.; JACOB, O. Tratado de Anatomía Topográfica con


aplicaciones médicoquirúrgicas. 8. ed. Madrid: Salvat, 1952.

TESTUT, L.; LATARJET, A. Tratado de Anatomía Humana. 9. ed.


Barcelona: Salvat, 1958.

EXPLORE+
Para aprofundar os seus conhecimentos no assunto estudado neste
conteúdo:

Assista ao vídeo Um jeito divertido de entender a fecundação ,


disponível no YouTube, e aprenda mais sobre o funcionamento dos
sistemas genitais feminino e masculino.

Entenda como o sistema genital feminino responde ao estímulo


hormonal assistindo ao vídeo Ciclo menstrual , disponível no YouTube.

Leia o artigo disponível no site Scielo intitulado Genitália Ambígua:


Diagnóstico Diferencial e Conduta , de Damiani e outros colaboradores,
a respeito da referida doença e com detalhes sobre o desenvolvimento
embrionário do sistema genital.

CONTEUDISTA
Marcio Antonio Babinski

 CURRÍCULO LATTES

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