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Anatomia Do Sistema Urinário
Anatomia Do Sistema Urinário
PROPÓSITO
Entender os aspectos morfofuncionais do sistema urinário e seus
constituintes como um elemento fundamental para o profissional da área de
saúde.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
O metabolismo gera uma variedade de produtos residuais (escórias
nitrogenadas) que, além de desnecessários para o organismo, ainda podem
se tornar tóxicos caso se acumulem. O corpo conta com a presença de
alguns mecanismos especializados em remover esses resíduos, como, por
exemplo, a respiração, digestão e até o suor (uremia). No entanto, o sistema
urinário é o principal meio de excreção de resíduos nocivos.
Pela realização dessas tarefas, os rins têm uma relação fisiológica muito
parecida com a dos sistemas endócrino, circulatório e respiratório. Neste
conteúdo, estudaremos a composição anatômica do sistema urinário.
MÓDULO 1
GENERALIDADES SOBRE O
SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário tem como principal função remover os resíduos
metabólicos (escórias nitrogenadas) do sangue e eliminá-los na urina. Esse
sistema é composto por seis órgãos principais:
DOIS RINS
DOIS URETERES
BEXIGA URINÁRIA
URETRA
Todas essas funções são realizadas pelos rins. Eles constituem, desse
modo, os principais órgãos do sistema urinário. Os demais que compõem
esse sistema possuem somente o papel de armazenar e conduzir a urina,
não tendo relação direta com os processos metabólicos citados acima.
SAIBA MAIS
O tratamento utilizado mediante perda de função renal é a diálise, que
busca fazer o papel do rim de filtrar o sangue.
RINS
CONCEITOS E PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
O rim é um órgão que contém cerca de um milhão de unidades
morfofuncionais chamadas de néfrons. Na comparação com objetos de uso
pessoal, ele tem o tamanho aproximado de uma barra de sabonete.
Imagem: Shutterstock.com
SAIBA MAIS
O rim direito está um pouco mais para baixo que o esquerdo por causa de
sua relação com o fígado. Apesar da semelhança de ambos em tamanho e
forma, o rim esquerdo é um órgão mais longo e delgado que o direito e está
mais próximo da linha média do corpo.
Por sua topografia vertebral, os rins têm uma proximidade com os nervos
ílio-hipogástrico e ílio-inguinal (T12 e L1) do plexo lombar.
ATENÇÃO
NERVOS RENAIS
VASOS SANGUÍNEOS
VASOS LINFÁTICOS
URETER
EXEMPLO
SAIBA MAIS
UMA MEDULA
Localizada internamente, está voltada para o seio.
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Extensões do córtex denominadas colunas renais projetam-se em direção
ao seio e dividem a medula de 9 a 12 pirâmides renais. Cada pirâmide é
cônica, com uma base larga voltada para o córtex. No ápice da pirâmide
renal, encontra-se a papila renal.
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Por fim, os maiores se unem e formam uma estrutura dilatada denominada
pelve renal. Já o ureter é uma continuação tubular da pelve renal, que
drena a urina para a bexiga urinária.
PELVE
Do grego pielo. Vem daí a expressão “sistema coletor pielocalicial”.
Dentro do rim, a artéria renal se divide em várias artérias, as quais, por sua
vez, suprem cinco diferentes segmentos (áreas) do rim.
SUPERIOR
ANTEROSSUPERIOR
ANTEROINFERIOR
INFERIOR
Uma pirâmide renal, parte da coluna renal em cada lado da pirâmide renal.
O córtex renal na base dessa pirâmide (como já vimos anteriormente).
1
Na base das pirâmides renais, as artérias interlobares (conhecidas como
artérias arqueadas) formam um arco entre a medula renal e o córtex. As
divisões dessas artérias produzem uma série de artérias radiadas corticais
que se irradiam para fora e entram no córtex renal.
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Os capilares glomerulares, então, se reúnem para formar uma arteríola
eferente. Essa arteríola carrega o sangue para fora do glomérulo. Os
capilares glomerulares são únicos entre os capilares do corpo, pois estão
posicionados entre duas arteríolas em vez de ficarem entre uma arteríola e
uma vênula.
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Estendendo-se ao longo de algumas arteríolas eferentes, longos capilares
em forma de alça (chamados de vasos retos) suprem as porções tubulares
do néfron na medula renal. Os capilares peritubulares se reúnem
eventualmente para formar veias irradiadas corticais, as quais também
recebem sangue dos vasos retos.
ATENÇÃO
A veia renal esquerda, mais longa, cruza a linha média, que é anterior à
aorta abdominal e posterior à artéria mesentérica superior. Ela pode ser
comprimida por essa pinça aortomesentérica ou por um aneurisma em
qualquer um desses dois vasos.
Inervação simpática
Inervação parassimpática
NÉFRON
Os néfrons são as unidades morfofuncionais dos rins. Cada néfron consiste
em duas partes:
Na ordem em que o fluido passa por eles, o túbulo renal consiste em:
Órgãos adjacentes
Sua fáscia
SAIBA MAIS
Desidratação
Desequilíbrios de pH
EXEMPLO
GABARITO
MÓDULO 2
Identificar os elementos de armazenamento e condução do sistema
urinário
URETERES
CONCEITOS E PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
A pelve renal leva a urina para o ureter, um tubo musculomembranoso
retroperitoneal que se estende até a vesícula urinária (bexiga). O ponto de
união entre essa pelve e o ureter é conhecido como junção ureteropélvica,
enquanto o de entrada do ureter na bexiga urinária é denominado junção
ureterovesical.
Na junção ureteropélvica.
Na junção ureterovesical.
Nessas regiões, sua luz torna-se mais estreita. Cálculos renais ainda podem
causar obstrução com mais facilidade.
Os ureteres passam em uma posição posterior em relação à bexiga e
entram nela por baixo, penetrando obliquamente por sua parede muscular e
abrindo-se em seu assoalho. Uma pequena aba da mucosa da bexiga atua
como uma válvula na abertura de cada ureter para impedir que a urina
retorne para ele quando a bexiga se contrai. O ureter possui três camadas:
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O epitélio de transição reveste o trato urinário, começando nos cálices
menores dos rins e se estendendo por ureteres, bexiga urinária e parte da
uretra.
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As células na próxima camada superficial após a muscular interna têm
arranjo circular, enquanto a terceira e mais externa camada no ureter inferior
é novamente longitudinal. Ondas peristálticas de contração na musculatura
conduzem a urina da pelve renal para a bexiga.
Imagem: Shutterstock.com
Ilustração da trajetória do ureter. Note a relação dele com os vasos
ilíacos comuns e sua entrada na bexiga urinária.
Porção superior
Parte inferior
DICA
Os vasos linfáticos que drenam a parte superior de cada ureter vão para os
linfonodos lombares. Na porção média, a drenagem é feita para os
linfonodos associados aos vasos ilíacos comuns. Já na parte inferior de
cada ureter, a linfa drena para os linfonodos associados aos vasos ilíacos
externos e internos.
Renal
Aórtico
Hipogástrico superior
Hipogástrico inferior
A região púbica.
EXEMPLO
Obstrução.
Refluxo vesicoureteral.
VESÍCULA URINÁRIA
CONCEITOS E PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
A vesícula urinária (bexiga) é o elemento mais anterior das vísceras
pélvicas. Embora esteja inteiramente situado na cavidade pélvica quando
vazia, ela se expande superiormente para a cavidade abdominal ao ficar
cheia.
Um ápice.
Uma base.
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
Anatomia da bexiga urinária.
Obturadores internos
Longitudinal interna
Circular média
Longitudinal externa
ATENÇÃO
Com isso, os receptores de estiramento em sua parede transmitem
impulsos nervosos para a medula espinal.
Esses impulsos se propagam para o centro de micção nos segmentos S2 e
S3 da medula espinal sacral, disparando um reflexo espinal denominado
reflexo de micção.
ATENÇÃO
ESTRESSE
A incontinência de estresse (esforço) é o tipo mais comum de incontinência
em mulheres jovens e de meia-idade, sendo o resultado da fraqueza dos
músculos profundos do assoalho pélvico. Com isso, qualquer estresse físico
que aumente a pressão abdominal causa o vazamento de urina da bexiga
urinária.
URGÊNCIA
Mais comum em pessoas idosas, a incontinência de urgência é
caracterizada por uma urgência abrupta e intensa de urinar seguida por uma
perda involuntária de urina.
TRANSBORDAMENTO
A incontinência por transbordamento refere-se ao vazamento involuntário de
pequenas quantidades de urina causado por algum tipo de bloqueio ou por
contrações fracas da musculatura da bexiga urinária. Quando o fluxo de
urina é bloqueado, a bexiga urinária fica cheia demais. Com isso, a pressão
interna aumenta até que pequenas quantidades dela comecem a sair.
Por conta de uma próstata aumentada, de pedras nos rins ou quando os
músculos da bexiga urinária não podem mais se contrair.
FUNCIONAL
A incontinência funcional é o extravasamento de urina resultante da
incapacidade de chegar a tempo ao banheiro. Isso resulta de algumas
condições de saúde.
URETRA
CONCEITOS E PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
Última porção da parte de condução do sistema urinário, a uretra é um tubo
que possui diferenças significativas entre homens e mulheres.
Uretra masculina
URETRA PROSTÁTICA
É constituída por uma porção curta (0,5cm) de parede fina por onde a uretra
passa através do assoalho muscular da cavidade pélvica.
Uretra feminina
Na mulher, a uretra tem de 3 a 4cm de comprimento e está ligada à parede
anterior da vagina por um tecido conjuntivo fibroso. Sua abertura, o orifício
uretral externo, fica entre o orifício vaginal e o clitóris.
A uretra masculina participa tanto do sistema reprodutor (pois permite a
passagem de sêmen) quanto do urinário (uma vez que possibilita a
passagem de urina). A feminina, por sua vez, tem função relacionada
somente ao sistema urinário.
Imagem: Shutterstock.com
Corte destacando a uretra prostática e as camadas da bexiga.
Tipo coronal
Tipo peniano-escrotal
Com 10% dos casos, ele é assim chamado pelo fato de que a uretra termina
ali ― e não há conduto urinário na porção distal peniana. Os restantes são
uretrais e ficam transformados numa banda fibrosa que origina uma curva
em flexão. O tipo peniano-escrotal é um caso de solução difícil, precisando
de dois ou três tempos operatórios.
Tipo perineal
Seus casos são graves: neles, o pênis apresenta uma forma amorfa.
A) Artérias renais
B) Aorta
C) Artérias gonadais
GABARITO
Os ureteres são uma fonte de nutrição arterial na sua porção superior por
ramos das artérias renais. Sua parte média recebe ramos da aorta
abdominal, das artérias gonadais e das artérias ilíacas comuns; a inferior,
das artérias ilíacas internas. Dessa maneira, as artérias vesicais inferiores
não existem na mulher, sendo substituídas pelas vaginais inferiores
responsáveis por nutrir a vesícula urinária ― e não o ureter.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos neste conteúdo que o sistema urinário, além de produzir urina e,
como consequência disso, expulsar resíduos metabólicos, participa, graças
às inúmeras funções do rim, de processos essenciais para a homeostase. O
rim, afinal, é capaz de regular a osmolaridade, a pressão sanguínea e os
níveis de glicose via gliconeogênese, além de, entre tantas outras funções,
produzir hormônios.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e
segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.
EXPLORE+
Busque no YouTube as seguintes animações em vídeo:
a) Com narração em inglês e legenda em português, esta animação
detalha o processo de formação de urina, com ênfase na estrutura do
néfron:
CONTEUDISTA
Marcio Antonio Babinski
CURRÍCULO LATTES