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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FACECON


DISCIPLINA: ESTADO E ECONOMIA
PROFESSOR: JOSE RAIMUNDO BARRETO TRINDADE
ALUNOS: KLEIBER SILVA, MARCUS COSTA

RESENHA: O Estado-Nação na época da globalização

Um Estado forte é de extrema importância para o desenvolvimento de indústria e de


instituições, responsáveis pela manutenção do modo de produção na formação de um
estado-nação. Foi assim que as principais nações que possuem grande influência
mundial se desenvolveram, seja no incentivo à indústria nascente, taxas nas
importações, incentivo a práticas mercantilistas que favorecem a nação entre outros
pontos. Por outro lado, o contexto histórico de outros países não permitiu o
desenvolvimento dos mesmos no mesmo ritmo que as nações dominantes, grande parte
por intervenções de países com interesses imperialistas. Foi assim com diversos países
da américa latina, principalmente Cuba que mantinha acordos com a antiga União
Soviética durante a guerra fria, teve que sobreviver à embargo econômico, financeiro e
comercial.

Diante diversas lutas para reconhecimento da soberania nacional e emancipação de


países da américa latina, surgiram diversas barreiras impostas por países imperialistas
com maior influência mundial no contexto do século XX. Os países que mais sofreram
foram os de projetos socialistas como a já citada Cuba. Já países com projetos
capitalistas obtinham facilidades para se consolidar. Com o fim da união soviética, o
capitalismo se intensifica de forma quase hegemônica em diversos países, porém com
suas singularidades, passa-se a valorizar mais as palavras como “produtividade”,
“mercado”, “competitividade”, fazendo assim com que o estado se reestrutura-se, se
adequando aos interesses do agora dominante capitalismo. Surgindo instituições que
tornam possível e justificam o capitalismo como aceito.

Dentre as diversas instituições que tornam tudo isso funcional, tem as mídias com um
papel social importante no controle social, através da disseminação da ideologia
dominante, tornando aceitável e comum a subordinação das classes dominadas às
classes dominantes capitalistas. Os projetos deixam de ser de soberania nacional e se
tornam de âmbito mundial com o neoliberalismo, reduzindo assim sua responsabilidade
social, dando espaço aos interesses da acumulação e disseminação dessas ideias num
nível global.

Os países dominantes nesse modo de produção, escondem a real forma pela qual
enriqueceram e se desenvolveram, sempre vendem capitalismo com estado tendo
mínima intervenção aos países emergentes como o processo que levou até a riqueza
desses países, porém a maioria deles tem histórias de protecionismo, nacionalismo e
soberania nacional no comercio. Eles se desenvolvem com práticas de um estado forte e
“chutam a escada” logo em seguida vendem a narrativa de estado mínimo aos países
emergentes, essa relação quase sempre é desfavorável aos países emergentes que
precisam vender muitas vezes produtos primários, tendo que comprar os produtos
processados e tecnologia desses países já consolidados.

É necessário compreender a globalização como um processo político-econômico,


sociocultural e geohistórico que se consolida pós guerra fria e com a derrocada da União
soviética, permitindo assim a expansão exacerbada do capitalismo. Com isso o Estado-
nação muda de lugar e o estado em si tende a ser mínimo nesse modo de produção,
transformando a economia nacional em província do capitalismo global.

REFERÊNCIAS

IANNI, Octavio. O Estado-Nação na época da globalização. In: Econômica: Revista da


Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, v. 1, n. 1, p.
105-118, jun. 1999

CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: A estratégia do desenvolvimento em


perspectiva histórica. São paulo: Editora Unesp, 2004.

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