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Curso para Instrutores de Centúria (1994)

Adjunto Jaruã – Mestre Bálsamo


Quarta Aula

(Mestre Bálsamo)
É curioso. Puxa muito! Esse aspecto fluídico é curioso mesmo. É absorvido mesmo, fica
moído. Na realidade o que nós estamos fazendo aqui não é normal, é anormal! Isso aqui
é anormal. Isso aqui é totalmente fora da normalidade, não só em termos.... Em todos os
aspectos! É puxado mesmo!

(Mestre que assistia a aula)


Justamente a Doutrina.

(Mestre Bálsamo)
Claro! A necessidade do planeta, está tudo enquadrado! Eu estava com Beto ali na sala,
ele falou:
“Olha cara, você vai ter que fazer sua emissão e o canto. Vê se você puxa a herança da
Terra para puxar a gente ai!

Mas é como a Tia falou:


“É um mal negócio.”

Mas nós não abrimos mão desse negócio! Então Trino: socorro!

(Emissão e canto do Trino Ajarã)

(Mestre Bálsamo)
Salve Deus!

Assim que o Beto começou a fazer a abertura, lembrando de uns truques da Tia e que a
gente nunca usa. Ela dizia:
“-Quando vocês estiverem sentindo muita vibração, muita atuação, aí você vai num
cantinho da sua casa, você tem o seu Aledá, num lugarzinho, e você faz uma prece, faz
uma concentração, aí depois traz as duas mãos, depois que faz a primeira prece, nesses
dois chacras aqui, descendo aqui nesta altura, e você fecha sua guarda. Você por uns
dois minutos, puxa o ar pelo nariz, soltando pela boca umas três vezes, e nesse simples
gesto você fecha sua guarda.”

Aí você está extremamente desenergizado e não há condições de você recompor a energia.

(Mestre que assistia a aula)


Faz a emissão também ou não?

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(Mestre Bálsamo)
Não.... Aí depende, ela não, não existe necessidade. Se sentir, aí é por iniciativa pessoal.
Se você quiser fazer a emissão antes, se harmonizar, aí depois faz os exercícios, um
minuto mais ou menos.

Está totalmente desenergizado, está sentindo que sua energia está arrebentada. Um mal-
estar, você está sem condições de manipular. Aí, também no mesmo cantinho, você relaxa
bem, faz uma harmonia, faz uma prece, ou abre a emissão, e no sentido inverso, à altura
do plexo, você puxa o ar, prende um pouco e solta pela boca, e fazendo o mesmo
movimento com as mãos. E agora, para recompor a energia, em sentido inverso, e aí, em
vez de puxar pelo nariz, é puxando pela boca e soltando pelo nariz, já é o contrário. E aí,
nesse último movimento, você vai trazendo as mãos, e aí você faz uma pequena pressão,
com o estilo do passe magnético, no sistema espinhal, e solta.

Quer dizer, a gente nunca usa. Quase não se usa. É curioso! Você sente até que sua energia
boa, mas você sente que desagregou o interoceptível. Curioso, não é? A energia não está
bem, ou você pode se sentir totalmente daqui pra baixo.

Mas você vai perceber no transcorrer da jornada, principalmente depois deste ponto
agora, você por exemplo, aí alguém senta e começa a te falar de um problema, você
começa a relaxar, preces ligeiras, você começa a sentir a sua força trabalhando na pessoa.
E você pode sentir um enfraquecimento também, e você manter-se perfeitamente
equilibrado, perfeitamente harmonizado, perfeitamente bem. Como agora, nós estamos
arrebentados, mas estamos muito bem, graças a Deus, não é? Energias, é o próprio ritmo,
quer dizer, associado ao ritmo psíquico, ao nervosismo também, que a gente fica tenso!
Essa movimentação, mil preocupações, é o desgaste também energético, mais o desgaste
do corpo, que acumula tudo, físico, acumula o fator psíquico, quer dizer, o centro nervoso,
mas a cabeça extremamente equilibrada, está muito bem.

Então, naquela relação de energia, é mais fundamentalmente para este sistema. Mas
repentinamente você pode sentir a sua energia bem e tudo mais, e num breve desequilíbrio
você sentir que desagrega todo o seu interoceptível. A energia que precisa e pode ser
desagregada e é construtiva de acordo com o padrão é através do plexo. No relaxamento,
em favor de alguém, no relacionamento direto, mas esta, quando desagrega, aí sim há o
desequilíbrio, e esta já é um pouco mais dolorosa, fica armazenada nesta linha do
interoceptível, que é a linha do comando da vida e da morte. São os dois chacras laterais
aqui e o chacra frontal, é a balança do equilíbrio.

Começou a pesar de um lado, aí vem a sublimação, o fanatismo, a pessoa saindo do


princípio do equilíbrio natural, que é o quatro negativos e três positivos. Ou com ódio,
uma ira, também já é um outro fator, é pesando para um outro lado. Mas, para este tipo
de desagregação, tem que ser a Lei de Auxílio, ou, pela benção de Deus, numa prece, na
sua emissão e canto, ou, também, curiosamente, você concentra-se, novamente neste
mesmo sentido, este aqui já tem que ser entrelaçado, ou também nos sintomas do Apará,
quando ele precisa de um simples reequilíbrio na sua tônica fluídica, ou magnética, etc....

Depois de uma pequena concentração, relaxando, aí o passe que você proporciona no


Apará, você está proporcionando a si mesmo. Mas é preciso uma prece primeiro, uma
harmonização, para sua energia ficar bem. Então você vai usar a sua própria energia no
seu fator. Isso são lições que ela passava.

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É curioso, não é? A gente é “casa de ferreiro, espeto de pau”. A gente nunca usa. Porque
é interessante, porque eu não sei como me lembrei disso agora, isso nunca mais havia
participado da minha memória.

Então, a energia, no plexo, sentiu que está ruim, que está negativada, que está
desarmonizada, está sentindo que está com um mal-estar.... Você pode observar inclusive,
correntes, é uma coisa curiosíssima, tem correntes que nos atinge no plexo, é uma
tremenda dor de barriga, há uma série de reações no plexo dependendo da característica
da corrente que nos atinge. Ela pode provocar uma série de sintomas. Uma dor de cabeça,
e uma dor de cabeça, normalmente, não é que a corrente chegou aqui, ela pode ter chegado
aqui e o reflexo veio imediatamente na cabeça.

Nós não podemos nos esquecer, por exemplo, a relação da alma, a base física da alma, o
corpo, a base física da alma é o sistema cérebro-espinhal. Daí então, essa surpresa, é tão
íntima essa relação alma-corpo, que realmente, às vezes você fica até em dúvida quando
é no corpo e quando é na alma. A não ser quando você passa realmente a ficar atento para
essa relação do sistema nervoso físico, que é imediato! O reflexo é muito rápido no centro
nervoso, e a base física dele é justamente a alma, que dizer, alguém te irrita,
imediatamente a sua reação. Quer dizer, aonde você se irritou? Claro, o fator que sente é
o fator psíquico, mas você vê a imediata reação no centro nervoso. Você imediatamente,
a tendência, quer dizer, os dois obedecem ao mesmo comando, o impulso é simultâneo, é
muito ligado, é muito ágil. Quer dizer, a base física é o sistema nervoso, é o sistema
cérebro-espinhal, é muito rápido, não é? Salve Deus!

Essa intimidade da relação alma-corpo é fantástica, não é doutor? Salve Deus!

Mas então, se eu percebo que eu estou muito vibrado, muito atuado, percebo que eu fui
invadido em minha guarda, tem alguém na minha guarda. Então a Tia ensinava: você abre
o plexo, forma antenas, forma uma breve concentração, busca a sintonia com quem te
rege. Formar antenas é fundamental! Você está buscando de fora, tem que formar, você
quer contato, você está em busca de contato, então esta é a posição. Então você busca, se
energiza, pega nestes dois plexos que estão contidos aqui, você sente eles nesta parte do
dedo. Então por alguns breves momentos você relaxa, puxando o ar pelo nariz, soltando
pela boca, relaxa, descontrai. E esta posição sua, ela fecha a sua guarda.

No caso da energia, a mesma posição anterior, uma prece, uma pequena concentração, aí
você vai tirar a que está impregnada negativamente, que não está bem. Coloca a mão,
puxa o ar profundamente com o nariz, segura um pouquinho, e pela boca você solta,
fazendo o mesmo movimento com o plexo. Puxa novamente pelo nariz, e solta, três vezes.
E agora você vai recompor. Aí inverte, puxando pela boca, trazendo a mão ao plexo, e
soltando levemente pelo nariz. Relaxando, e soltando pelo nariz. Pega novamente, e de
preferência forçando um pouquinho sobre a “espinhela” aqui.

No caso do interoceptível, se você sente a mesma necessidade que você sente quando o
Apará precisa de um passe, e você percebe que precisa, e o Apará também sente sozinho,
quando você percebe que você também precisa de um passe e não há como você recorrer,
então você, uma breve concentração, traz as mãos ao plexo, só que aí você faz três
movimentos, na nuca, curiosamente, você está se proporcionando um passe, relaxa, e você
se deu o seu passe. Salve Deus!

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Essa relação de energia, que você citou naquela hora aí...
“Ah, é só a gente e tudo mais!”

Dependendo da posição que o Beto está. Você pode observar que eu não estou querendo
ficar perto dele (refere-se ao Trino Ajarã) de jeito nenhum, estou sempre colocando
alguém perto de mim. Entenderam como é que é? Pela condição hierárquica prevalece a
dele, e não a minha, então eu quero ele longe de mim! Entenderam como é que é?

Esses pequenos macetes, eu me recordo, eu peguei a Tia uma vez de saia curta, que é
essas coisas gostosas. Tia por exemplo, na convivência diária, uma vez observando, ela
começou a falar com um espírito. Depois eu percebi ela conversando com um espírito
novamente num breve instante entre uma Carta e outra. Quando foi à noite, ela em diálogo
com os Mestres e tudo mais. Os mestres foram eu peguei e falei:
“- Tia, para ai! Se eu observei bem, na parte da manhã, a senhora não estava vendo, mas
a senhora estava ouvindo...”

Ela ficou calada. E eu falei:


“- Mas na parte da tarde, eu tive a nítida impressão que a senhora via, além de ouvir e
é claro, falar. Mas quando chegou a noite eu não percebi nem uma dessas características
e a senhora estava mudada...”

Ela não estava com a Clarividência ininterruptamente te atendendo. Porque se ela fosse
sempre, se estivesse sempre o equipamento todo dela em ação, ela não suportaria, o
desgaste seria incrível. Então, o conjunto completo dos valores na Clarividência era só
quando era fundamental. Então, em muitas situações ela ouvia e dialogava. E em muitas
situações era dispensado todo o equipamento. Por que? Pela própria bagagem, a sabedoria
em si, o caso competia a ela. E já tinha o caso que ela tinha que ver realmente. Então, a
coisa não era bem assim, era técnico até nisso.

E muitas vezes para dar uma aula, ela sabia muito bem se distribuir com quem estava ao
lado. Porque senão ela era absorvida nos fluídos um pouco mais do que deveria, perfeito?
Então era muito comum, hoje os Adjuntos se falar nisso vão lembrar muito bem, quando
ela, às vezes, fazer uma reunião, ela olhava assim e:
“- Meu filho, vem cá, senta aqui”.

E ninguém entendia. E muitas vezes ele estava num total desequilíbrio, numa vibração
terrível em cima dela, e atrapalhava a sintonia. Então, ela descentralizava ele, e tirava ele
para uma lateral. Ele de frente fixava muito, dava muito dardo. É, desequilíbrio mesmo!
Desequilíbrio! Essas coisas contidas no coração e que gente... Ele sentado aqui, ele
odiando o Kioshi aqui, mas está tudo bem, e tudo mais.... Quer dizer esse jogo aí, a gente
não conhece a pessoa. Mas para ela essa coisa tinha um poder fantástico! Ela era
extremamente sensível! E mediunizada ela também era vulnerável. Então ela fazia esse
jogo, remanejava:
“- Meu filho, senta pra lá um pouquinho.”

Aí ela alterava. Ela também tinha que fazer os seus remanejamentos, os seus conceitos
técnicos para variar as coisas. Quantas vezes, quem se lembra aí:
“- Mário, você quer ir dormir?”,

Lembra disso? Kyoschi? Não é? Em relação a Mário Sassi.

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Quantas vezes:
“Mário, você quer ir dormir?”,
“Ah, eu quero Neiva...”
“Graças a Deus”.

É claro, aquilo não podia acontecer, ele não podia sair. Então, se observarmos a coisa é
muito além do que a gente tem noção. Realmente a gente tem que ter astúcia, tem que ter
sagacidade, quer dizer, é aquilo que nós falamos no nosso primeiro encontro, às vezes
você vai estar, chegar num Templo, tá na hora de sua aula, e você tem um assunto
fundamental pra tratar, e você vai perceber, ou num conjunto de pessoas, de médiuns, ou
ninfas, ou de alguém ao seu lado, ou de alguém na sua frente, de uma situação que você
está sabendo que está acontecendo, ou que o Presidente chegou e te tocou, e você percebe
que não é hora de colocar aquele tema.

Até isso! Até o assunto, muitas vezes ele deverá ser evitado, para não se causar um mal
maior. E você tem que esperar um outro ambiente, um outro instante, para você transmitir
aquilo que é necessário. Ou talvez nem você, mas aquele Presidente ter que cobrir você
numa outra condição. E já não vai te competir, quer dizer, quer dizer, esse jogo, você tem
que estar muito atento.

É curioso, que a Tia quando dizia assim:


“- O psiquiatra, o psicólogo, o parapsicólogo, o psicanalista do futuro, terá que ser
Doutrinador...”

Porque vai estar em evidência não são somente os valores estritamente do fator psíquico
e do corpo, não, estritamente é a transcendência, e se não for pelo transcendente não
haverá solução. Tem que se entender, tem que se ter noção da realidade desobsessiva,
porque mestres, a gente inclusive, nós jaguares inclusive, temos esse hábito, inclusive a
Tia gostava até de alimentar isso:
“Não, nós não gostamos de ler”.

Isso, a gente paga um preço muito alto, porque:


“Não, o jaguar realmente não gosta de ler.”

Vejam a técnica! Não é não gostar de ler, mas ela sempre fez questão de alimentar não
gostar de ler. Por quê? Porque se ela estimula a leitura, você nunca iria ler somente as
coisas daqui. Você passaria a ler as outras coisas lá de fora. Ai você por exemplo, o que
é que ouviu sobre chacras aqui ou se você tem interesse e você sabendo que nós não temos
material suficiente que te informe sobre chacras, qual seria a sua tendência natural? Era
procurar uma obra lá fora, e isso é um tremendo mal.

Aí, por exemplo, alguém que tenha sido maçom, por exemplo, aqui, sabe que lá no
conceito da maçonaria há o ensinamento sobre plexos. Mas aí você chegando aqui, tendo
contato com o Vale, você sabe que se fala sobre plexos, mas até você ter acesso a
determinadas Cartas que comecem a favorecer dentro dessa linha de informação, você
vai perceber que não é assunto de profundidade dentro da sua exigência intelectual. Ela é
assim! A Tia faz um ponto de partida, ela não esmiúça, ela não. Por quê? Porque não é
para esmiuçar. Ela dá a ideia, quer dizer, ela joga mente na sintonia, ela faz somente
registrar esta existência, mas o encontro com esta realidade é através da jornada.

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Curioso! Mas aí você teria isso, você pegaria livros da maçonaria, de Rosacruz, livros
esotéricos, e tudo mais. Quer dizer, então, leituras diversificadas, variadas, elas só têm a
tendência a atrapalhar o médium aqui dentro.

É curioso, porque é tão original o nosso sistema! Vamos por exemplo, pegar como
exemplo duas obras primas do kardecismo: é o Livro dos Médiuns e o Livro dos Espíritos.
Em termos da linha kardecista é uma obra prima de Kardec, em termos de Vale do
Amanhecer, é uma “sangria de açougueiro”. Você quer agredir o nosso Sistema, é ler esse
livro. E para o kardecismo é o primeiro livro que você deve recomendar.

Outra coisa aqui, vamos pegar aqui como exemplo: o Ramatís. É extremamente cultuado,
respeitado no Sistema Esotérico, no Sistema Espírita tradicional, no Sistema Umbandista,
nas Linhas Tradicionais do Espiritismo. Agora, pega Ramatís e vai ler para um jaguar,
você entra em choque imediatamente com Tia Neiva! Dona Vaca que foi um homem... e
depois veio mulher e depois voltou outro homem...

Há uma série de conceitos que arrasam com os princípios dos conceitos trazidos por
alguém que, pela Clarividência, percebeu que não era nada disso!

Então, existem grandes médiuns, fazendo grandes trabalhos, mas que, passíveis de
interferência, então registram uma série de informações totalmente incompatíveis com a
realidade realmente espiritual.

Observa por exemplo a obra de Dante: Céu, Inferno e Purgatório. Ele realmente foi
conduzido, quer dizer, a obra prima, você vê que chegou a um ponto, que na época que
foi divulgado, para o Catolicismo abraça-lo, num período de inquisição, num período em
que se matava na fogueira e ele ter sido abraçado. Por quê? Porque ela foi exatamente
adequada à concepção também tradicional das ideias, e ele foi orientado pelo Clero a
traduzir, a interpretar os aspectos de sua visão. Então ela foi também tornada coerente
com os aspectos tradicionais da Linha Litúrgica daquele tempo. E você percebe, e pega,
e a gente pode pegar como romance e ler com liberdade, você lê, mas você se agride.

Observem que, depois da nossa condição, se alguém voltar a pegar Dante e ler, você vai
se agredir com uma série de coisas. Você vai se irritar com uma série de informações, e
falar: Puxa, mas não tem lógica!

Mas observem que no tempo, é que integra dentro da tradição da Liturgia Católica, ou
mesmo de uma Liturgia por exemplo, eu diria o Protestantismo numa linha assim por
exemplo Luterana, que é um pouco mais livre neste apego, desse acrisolamento no campo
do fanatismo, é fácil absorver as ideias do Paraíso, do Céu, do Inferno.

Mas quando cai dentro de uma realidade de informações que nós já dispomos, que é um
sistema lúcido, um sistema lógico, um sistema claro, sintético, definido, simples, simples!
Porque observem que de tudo que nós recebemos até agora, ele é simples. Ele é tão
simples às vezes que nos conflitua, nós passamos até a discutir:
“- Mas ninguém informa nada a gente aqui? Não tem ninguém que traduz mais coisas?”

Imaginem os Presidentes, quantas cobranças:


“- Puxa, porque você não fala mais coisas?”

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Quanta gente não chega nos Trinos e cobram. Eu sou extremamente cobrado:
“- Por quê que você não fala mais coisas? Por quê que você fica escondendo o ouro?”

Eu sou criticado aqui no Templo-Mãe por Adjuntos Arcanos, vocês mesmos sabem disso:
“- Puxa, você fica com isso ai e não distribui as coisas, porquê que você não mostra
tudo?”

Quer dizer, não é assim! Não é assim! Na linha mediúnica, na linha doutrinária, quando
você realmente é regido por alguém, como todos vocês sabem disso, você não faz o que
quer!

Quantas vezes você vai no Templo e fala assim:


“- Hoje eu vou para o Templo, vou passar numa Mesa, da Mesa eu vou para o Trono, do
Trono eu vou para a Cura...”

Aí você chega no templo, chega no seu Vale lá, no Vale cá, qualquer Vale, e você faz?
Uma “ova” que você faz o que você quer. Você não faz o que você quer. É muito raro
você chegar num Templo e falar assim, você por exemplo partir daqui e falar assim:
“- Eu vou chegar em Ipatinga e vou fazer isso, isso e aquilo, e depois eu vou fazer isso,
isso e aquilo.”

Faz nada! Você nunca faz! Aí você fala assim:


“- Eu vou para o Radar, e eu vou falar hoje esse, esse e esse assunto, eu quero reunir o
meu povo e falar isso, isso e aquilo.”

Fala? Sua avó que você fala! Não tem quem fala! E graças a Deus, esta é a nossa garantia
de que nós não somos donos de nós! Somos donos das nossas coisas, dos nossos valores,
mas quando se fala nesses valores, nós não somos proprietários. Nós não somos donos,
nós não somos donos de nada! A gente não tem nada, e dispõe de tudo! Mas dispõe de
acordo com sua sintonia, de acordo com o que você se dispõe e com a vontade de quem
te rege. Você sabe o seu momento, mas quem sabe do momento de todos nós é quem nos
rege, não é assim?

Então, Tia sempre fez questão, quer dizer, você vê que ela estimulava, e com isso ela
denegriu até a nossa literatura. É, “denegriu” aspas, claro! Não é nesse sentido. Mas ela
própria nunca estimulou a leitura nem das nossas coisas, mesmo sendo nossas coisas
atualizadas, adequadas na linguagem original. É ela! Mas ela também não estimulava.
Para não formar o hábito da leitura diversificada.

Observem bem, que em tudo que ela falou sobre chacras. O que é que ela falou sobre
chacras? Ela falou só sobre esses dois chacras. Ela falou no Interoceptível. A Linha de
Comando da Vida e da Morte, e tal. O que é mais que ela falou? Não existe mais nada
registrado sobre chacras.

Plexos – É o Sistema Coronário, Plexo Físico, Micro Plexo e Macro Plexo. O que mais?
Nada! Por quê? Porque é um assunto complexo, não é para o trato comum entre profanos,
não é para o trato comum de médiuns do próprio Vale! Porque o sentido, as descobertas
realmente desta realidade, será proporcional à jornada individual. Salvo numa
concentração como essa em que o Instrutor, seja ele o Presidente, um Instrutor, um Trino,

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você Instrutor, não importa, num instante de inspiração, e você ter a segurança de ir um
pouco além e proporcionar mais aberturas.

Mas aí ela vem num clima de energização espiritual, de assistência espiritual, de


desenvolvimento espiritual. O quê que nós estamos fazendo aqui? É um
desenvolvimento! Nossos chacras, nossos plexos estão sofrendo todo um
desenvolvimento. O simples fato de um médium falar assim:
“Bom, eu quero começar a participar do desenvolvimento lá no meu Templo, eu quero
achar o Presidente, e tal, e tal...”

Se está na linha dele, ele passa imediatamente. Médicos vêm, e começa todo um sistema
de preparação nos chacras e plexos no desenvolvimento dele, para adequá-lo àquela
função, àquela missão. Isso, é cada Presidente num Templo, é cada Instrutor, cada um
recebe o desenvolvimento compatível com a missão ou função.

A coisa não é simplesmente “eu quero” e ela se operar pela visão intelectual, e eu me
dispor fisicamente, chegar e fazer. Não há possibilidade! Tudo aqui está contido no
sistema espiritual, não físico! Não é o orgânico que tem o comando, mas é o inorgânico,
certo? Salve Deus!

Então, é muito perigoso, por exemplo, o Evangelho. Quando a Tia, lembrem bem que
Tia, numa das aulas dela com Umahã, ela chega a falar assim, naquela simplicidade. Ela
fala assim:
“- Mas eu acredito no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!”

Aí o Mestre Umahã estica o dedo para ela, e fala:


“- Olha, cuidado com o Evangelho!”

Olha que loucura! Quer dizer, isso é chocante!


“- Procure discernir entre o que é importante e o que não é. Inclusive o que já se perdeu
pela tradição e aquilo que ainda é útil pela aplicação...”

Vejam que ele próprio.... Ficou claro, no saber que os quatro Evangelistas, depois que
escreveram os seus originais, e que veio o primeiro livro, aí depois veio o segundo, veio
o terceiro, veio o quarto, veio o quinto, veio o sexto, e aí morreram os Apóstolos, e aí
vieram outros, e vieram outros, e passaram-se o tempo... Esse Evangelho é realmente o
original?

Claro, inclusive Tia na intimidade ensinava:


“- Meus filhos, o sentido essencial da mensagem de Jesus não foi alterado. Os princípios
básicos da Doutrina de Jesus não foram alterados. Mas, a maioria das informações são
totalmente incompatíveis...”

Ela fere inclusive, a lógica, a coerência, o bom senso, etc. etc. E todo mundo sabe disso!
Mesmo que não tenha lido, porque não precisa nem ler para saber. Observamos pela
própria, pela série de decisões que existem, dividindo, denegrindo, e etc. Salve Deus!

Volto a repetir que o que estamos falando aqui sobre o Evangelho, sobre religiões,
jaguares... Salve Deus! Salve Deus! Nós estamos falando aqui. Deus me livre! Deus me
livre! Salve Deus! Estamos falando aqui, Deus me livre! Não vamos falar isso numa aula

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de Templo, não vamos falar isso em meio a visitantes, a uma pessoa estranha, nem a uma
visita em casa.

Isso aqui, isso aqui é para quem já está calejado aqui, na intimidade do lar. Se alguém
disser que eu falei isso é mentira, e se falar que foi eu que gravei eu falo também que não
foi eu não, foi alguém me imitando, eu nem ouvi falar, não é Beto? (Trino Ajarã).

(Trino Ajarã)
Interferência.

(Mestre Bálsamo)
É interferência!
“Que coisa de doido! Não é possível! Eu quero meu advogado!”

Olha, hoje a gente fala com uma naturalidade dessas.... Olha a segurança que a gente está
tratando, não é? Que coisa bacana a gente falar sobre assuntos tão sérios da maneira mais
natural, mais descontraída, mais informal, e já chegou um cafezinho aqui, e daqui um
pouco para um pouquinho, como ontem, aí para tudo numa reunião para comer pão de
queijo! Comer pão de queijo! Só feras reunidas.

Quer dizer, você lembra do Vaticano por exemplo? Obras de não sei quem...
Michelangelo.... Você tem que passar por toda uma estrutura de segurança para chegar,
não é? Quem tem acesso à biblioteca do Vaticano? Nossa Senhora!

Para ter acesso àquela biblioteca? Inclusive é a mais importante do planeta, pela
concepção intelectual do próprio planeta, onde raríssimos têm acesso! Para ter acesso tem
que ter acesso ao Papa, e depois de acesso ao Papa, terá que ser feita uma avaliação para
ver se tem acesso à biblioteca. E você tem que saber o que quer da biblioteca para saber
se é possível ser fornecido. E se for fornecido, há uma mesa especial para a leitura e não
há cópias. A coisa é séria, não é?

Observa-se bem que esses registros da realidade do mundo espiritual, olha a subdivisão
do sistema coronário. Paulo de Tarso falou sobre isso! E tudo são segredos, tudo isso é
secreto lá dentro, nem se falar não fala! Eles têm suas Iniciações, têm a primeira Iniciação,
têm a segunda Iniciação, mas não se fala! Quer dizer, isso é um segredo restrito à Alta
Cúpula. E falar sobre isso agora, principalmente numa nação como o Brasil, onde tem
uma tendência mística com linha africana, com tendência africana, é impossível, isso é
perder adeptos. Não se pode agora reconhecer isso, é impossível! É uma questão política
reconhecer esses aspectos.

Na África, como penetrar na África e combater isso? Mas ela também já não pode entrar
em contradição com o que ela próprio ensinou. Ela vive um problema terrível em sua
concepção teológica, quer dizer, então, olha a seriedade!

Mas nós jaguares, graças a uma mulher, a uma Sacerdotisa, a uma Profetisa, não é? Que
entregou os olhos a Jesus a bem da verdade, a gente trata das coisas mais sérias do planeta
da maneira mais informal, mais descontraída, sem que isso perca em respeito, e não é
tratado para depois nós saímos aí de terno e gravata, bonitões, charmosos, só para sair
discutindo filosofias pelas esquinas ou ruas. Não! É para a aplicação, é para atender

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pessoas, é para atender seres humanos, não é? É para a aplicação direta, quer dizer, é uma
coisa totalmente diferente. Salve Deus!

Oh Cunha, pode ir pôr o seu uniforme! Eu diria inclusive, por exemplo, esse lance aqui,
essa descontração, tai a garrafa térmica passando de mão em mão. Se você falar para
oitenta por cento dos nossos médiuns aqui, eles vão falar:
“- Puxa, mas aquilo lá não é muito sério não...”

Pega um Nelson Cardoso aí, pega mais alguns jaguarzões nossos aqui, e fala:
“- Olha, aí paramos uma reunião temporariamente, de revisão de Centúria, para
Instrutor de Centúria, para comer pão de queijo...”

Ah, mas isso não pega bem de jeito nenhum! Entenderam como é que é? Olha que
sutileza! Aqui, no nosso meio, isso aqui pegaria mal. Quer dizer, só pega bem para quem
está no meio e vive, convive. Quer dizer, não tem fanatismo, não está em meio a
superstições, a essas ideias sublimadas, irreais. Não! É uma coisa caseira realmente. Por
quê? Porque nós somos isso! Esse é o Espírito Espartano, esse é o Espírito Espartano!

E muita gente aqui está de uniforme, e não entendeu nem o Espírito Espartano que existe
dentro do próprio Vale. Salve Deus!

Então, leituras por exemplo, existem livros que são tratados sobre chacras. Eu me recordo
de um de capa vermelha, um dia eu pus debaixo do braço, muito sabidão, e a Tia veio do
Sétimo assim e:
“- Quê que é isso aí?”
“- É um livro sobre chacras”.
“- Em hipótese nenhuma! Eu te afirmo que não tem cinco por cento de verdade”.

A última vez que eu cometi a tolice de passar com obras dessas perto dela, eu cheguei no
“Seu Mário” e observei. Estavam sete volumes de Pastorini. Eram oito, um tinha sido
emprestado para o Lisboa. Aí eu cheguei e falei:
“- Seu Mário, deixa eu dar uma passada de olho nisso aqui”.

Aí ele pegou e falou:


“- Tá, pode pegar e levar”.

Aí eu juntei ele, quando eu passei no Sétimo, ela:


“- Bálsamo, vem cá!”

Aí eu voltei, ela falou:


“- Quê que é isso aí?
“- Isso é uma obra do Pastorini”.

Ela pegou e falou:


“- Em hipótese nenhuma!”.

Aí eu falei:
“- Mas Tia, ele descobriu o Princípio da Individualidade, ele tem um mínimo da
percepção do Evangelho Iniciático.”

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Olhem, eu argumentando!
“- Eu já dei uma noção, eu percebi que esse homem encontrou muita coisa...”

Ela pegou e falou:


“- Mas é uma obra fria e morta! Ele não tem amor, portanto não há envolvimento com a
emanação, não há indução na obra. Ela é fria, puramente intelectual. Ela pode ser muito
boa para Exus...”

Olhem a seriedade do que está sendo falado jaguares! Por falta de amor, por não ter um
sentido original do amor, o princípio da Lei de Auxílio como base de sua jornada, Deus
permitiu a ele toda uma série de visões, mas ele ficou restrito ao campo intelectual, ao
campo filosófico intelectual, sem a atitude daquele mesmo princípio. Então, por isso,
nunca envolveu a obra com calor, que é o sistema da indução. Calor, impregnação,
emanação. Então a obra passava a ser morta, não tinha vida, ou seja, ali não estava contido
o verbo, somente a letra.

Ou como falar, somente falar. Uma porção de coisa bonita, aí sai todo mundo, o quê que
ele falou? Ele falou alguma coisa? Ele não falou nada. Por quê? Porque eram só palavras,
e palavras são palavras. Agora aqui não! Numa concentração como essa, nós estamos
falando, mas estamos sendo instrumento do Verbo, do Verbo Altíssimo, do Verbo Divino,
transmitindo uma realidade doutrinária e espiritual. Aí então ganha vida, vai impregnando
o ambiente, vai tornando calor, vai formando uma indução. Perfeito? Essa é a diferença.

Então a letra, por mais inteligente que seja, somente letras, como palavras são só palavras,
também a letra é somente letra. No caso dela, a importância é que a letra é instrumento
do Verbo! Salve Deus!

Então o cuidado com literaturas, nós temos que ter o cuidado com leituras. Principalmente
o médium, quando ele começa a entrar na Corrente, durante um bom tempo de sua
jornada, ele deveria evitar realmente qualquer tipo de leitura, porque é nociva realmente.
Ele deveria se fixar mais pelo conjunto de instruções por onde ele for passando. Porquê?
Porque tudo obedece a uma Contagem, obedece a um círculo.

Por exemplo, Desenvolvimento, são sete aulas. Essa é a base das sete aulas. Qualquer
tempo que venha a mais aí é só um complemento, não importa! Aí é complemento. Mas
são sete domingos, isto é uma Contagem. Qualquer médium que ingressa, ele está
ingressando numa Contagem. Não importa que varie de Instrutor, vai contar uma
Contagem Espiritual, uma Contagem de informações, aquilo é impregnado, é um ponto
formado.

Aulas para a Iniciação, são três, é um ponto, é uma Cultura, ela é pronta! Elevação, e
assim por diante, como a Centúria, não é? E nesse círculo de Contagens, aí terminamos
com o Sétimo Raio. Passou além disso, aí são as nossas reuniões, aí são as iniciativas do
Trino, aí é a iniciativa do Presidente, aí é a iniciativa das lideranças, nas concentrações,
pelas Cartas que temos, de acordo com a necessidade, de acordo com o momento, de
acordo com o propósito doutrinário.

Mas tudo com base em qual princípio? Podem observar que a linha mestra de informações
que foi passada no Desenvolvimento, quando chega na Iniciação Dharman-Oxinto,
observem que a linha de informações ela continua a mesma. Observem que a linha de

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
informações da Iniciação, é a mesma do Desenvolvimento. Agora, ela vem mais
preenchida, ela vem mais enriquecida, ela vem mais dilatada.

Aí você pega a aula de Elevação de Espadas, que diferença tem? Podem observar que não
tem! Ela é o mesmo sistema de alertas, o mesmo princípio rebatido, agora numa outra
linguagem, numa outra impregnação, numa outra percepção, num outro conjunto de
aberturas do próprio Iniciando, do próprio Iniciante, e do próprio Instrutor inclusive. Você
vai percebendo a diferença de graus e assistência inclusive, em quem transmite, o campo
de energia que se forma, o clima ambiental, a característica energética, a linha de
informação é a mesma, mais enriquecida, mas é sempre o mesmo princípio.

Aí você chega numa Centúria, o quê que nós ouvimos falar numa Centúria? Se
observarmos, todos os princípios básicos estavam contidos no Desenvolvimento, nas
Aulas para Iniciação, nas Aulas para Elevação. É claro! No nível que nós estamos fazendo
já é uma extensão, mas observem que é uma extensão! Somos como um rio que corre
para o mar, um rio que corre para o mar....

Podem observar que a partir do momento que se localizou nesta ponte, tudo que você
recebe, não importa quantos anos passem, você estará sempre numa extensão desta
mesma ponte. Você nunca se perde da origem, você nunca se perde do princípio de
surgimento. Já perceberam? Você não entra para uma Aula de Iniciação e é como se você
estivesse entrando num outro conjunto de valores. Não! Você se sente na extensão. Aí
você vem para a Elevação. Você não está entrando numa coisa dividida, separada da
Iniciação, você está entrando numa outra extensão, certo?

Você não se sente saindo de uma estrada, quer dizer, você está na estrada da Iniciação
Dharman-Oxinto, você não se sente, quando vai para a Elevação, como se estivesse
pegando outra estrada, já perceberam isso? Você percebe que está na mesma estrada, o
caminho é único. Quando ingressa na Centúria não significa também que você saiu para
um outro mundo, para uma outra realidade, para um outro conjunto de valores. Não! Você
nunca sai do conjunto de valores, você está sempre nele, é uma linha, é uma estrada única.

Evolução, progresso, tudo mais, vocês podem observar, o mestre pode chegar aonde quer
que se chegue, se ele se perder de um princípio ele se perde de todos os outros! É
extraordinário isso, é extraordinário!

Aí, se você pensa em literaturas, aí você já vai perceber que por cada um você vai
encontrar um ambiente totalmente numa série de hipóteses, numa série de contradições,
numa série de informações que divergem. Salve Deus!

Mas é muito sério, nós estamos falando num assunto realmente que... Vibração, não é?

Essa vibração é um dos temas, é um dos assuntos básicos desta quarta aula, e até
lembrando aqui, Tia Neiva dizia assim, naquele jeitão brejeiro dela, bem simples:
“- Eu morro de medo de vibração!”

Porque tem um aspecto na vibração que, o aspecto mais perigoso da vibração. É que, por
exemplo, eu te magoo, então eu agora viro e te faço uma ofensa:
“- Ah, vai...”

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Meia hora depois, quinze minutos depois, eu já esqueci do que eu te fiz. Você não! A
gente ofende, a gente magoa, e esquece muito rápido, mas muito rápido! Questão de
minutos às vezes você esquece que magoou. Agora, quem foi magoado.... Esse é o perigo!

E aí, curiosamente, a pessoa consegue passar por cima. Ele é meio educado, civilizado.
Então você o magoou, mas ele passa por cima, na cabeça, e ele continua seu amigo, você
passa perto e ele:
“Como é que é fulano de tal, como é que está? Puxa, que saudade!”

E você:
“Oh, tudo bem! Salve Deus! Vamos tomar um guaranazinho?”

Daqui a pouco você apronta uma outra. Ele voltou a se relacionar com você pela cabeça,
mas está no coração! Aí você apronta uma outra.... Dobra a força! E você, com a mesma
rapidez com que esqueceu que ofendeu da primeira vez, você esquece da segunda. Ele
não! A vibração é dobrada!

Dependendo do nível da mágoa com que a gente tenha o atingido, pode se tornar até
carma! Pode se contrair um carma! Dependendo da condição pode sair uma morte. E é
curioso, todo aquele que fere, que magoa, que ofende, esquece rápido demais. Olhou aqui,
já ofendeu. Ai você fala assim:
“Olha, caiu cinco reais aqui.”

Ele olha e já esqueceu. Pode observar! Absorve! Foi puxado, mas eu estou em outra
sintonia e esquece que magoou e que feriu. E o magoado não! E isso se a gente observar
pegando como exemplo a nós mesmos, quer dizer, se fizermos uma avaliação das vezes
que fomos feridos, magoados, humilhados, e como nós reagimos, como nos
comportamos, nós temos que estar atentos porque transformar isso em lição em relação a
essa realidade convertida para o próximo.

Quando Jesus disse:


“- Não façais aos outros aquilo que não gostaríeis que fizessem a ti”

Aí nós temos realmente um sistema científico chamado Jesus e sua doutrina. Observa que
Ele deu sempre alertas lógicos, inclusive não só para você preservar o seu relacionamento
com as pessoas, mas sobretudo para que você pudesse preservar a sua integridade. A
integridade! Eu não estou falando da integridade moral não! Integridade de equilíbrio,
integridade de realidade, integridade de ajuste, integridade de manutenção, integridade de
conjunto, integridade de vida!

A vibração é extremamente perigosa! E esse tipo de relacionamento, mágoa, ela


realmente pode gerar vibrações terríveis! A mãe por exemplo, é surpreendente! A pessoa
inclusive, quanto mais ela te amar, ou ela te admirar, ou ela gostar de você, se você feri-
la, então a força vem dobrada ou triplicada proporcional ao carinho que essa pessoa tem
por você.

Aí eu te admiro. Quanto mais eu te admiro, numa decepção, quanto mais eu te admiro,


quanto mais eu sinto carinho por você ou você tenha conquistado meu afeto, você me
fere, analisa mestres! Olha o jogo da proporção! Semelhante atrai semelhante. Se você

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passa por um estranho, aí você está num ônibus.... Ou você está num carro e furou o pneu
e vinha um outro carro e você.... Aí o cara passa, passou.... Você pode até falar:
“Oh, filho de uma égua!”

Já passou, foi embora, você não sabia nem quem era.... Se passar novamente por você é
lucro! Mas aí você, o pneu está furado aqui e você está sem macaco. Aí vem um outro
carro também e você tal... E é um conhecido, um cidadão conhecido que você não tem
afinidade e ele não para.
“Oh, filho de uma égua! Eu conheço!”

Está tudo bem! Aí vem um outro carro e é um tremendo companheiro de jornada, um


tremendo cara que você gosta, um cara que você tem carinho, que você inclusive já, até
se sacrificou por ele algumas vezes. E você:
“Oh, é a minha sorte!”

E ele passa e não para! O primeiro passou, você nem conhece, você nem conserva! Vem
um que você percebeu que não tem muita afinidade, ele também não para, você:
“É isso mesmo... é isso mesmo.”

Você já tem ele no seu fator psicológico:


“Realmente nunca deu certo, é melhor não parar mesmo.”

Mas aí vem alguém que você gosta. Alguém que você tem um carinho todo especial, que
você se relaciona bem, que você tem confiança, que você, muitas vezes, quando lembra
dessa pessoa:
“Poxa, se essa pessoa precisar de mim eu faço qualquer negócio por ele.”

Aquilo é “pedra noventa”. Aí ele veio e você... e ele passa direto. Você pode perceber que
você fica arrasado! E você vibra!

Todo aquele amor, aquela vibração, aquele carinho, a transformação é proporcional, é


automático! A intensidade do carinho, do amor, reflete na intensidade da ira. Imaginemos
então o coração da própria mãe! Uma das vibrações mais terríveis obre um filho é a
vibração da mãe. De um pai, um irmão, um companheiro de jornada.... É
extraordinariamente sutil e extremamente importante a gente tratar desse assunto, e esse
assunto ficar realmente dentro da gente, e a gente não descuidar dele!

A fonte vibracional básica é a mente. É a força mental. Embora também haja a fluídica.
Eu gostaria de não falar nela agora, mais na frente num outro assunto, para a gente
conjugar, para a gente entender melhor este assunto. Mas a mente é a base deste aspecto.
E nós temos que cuidar.

Muitos espíritos reencarnam e precisam reencarnar simplesmente por vibrações


contraídas. Só por vibrações contraídas! Aquela Indução por exemplo, aquele mecanismo
original, ele é especificamente para correntes negativas. Então, essas correntes negativas
que chegam ali, são correntes negativas de ciúme, curioso, não é? Correntes negativas de
ciúme, é uma característica da corrente, correntes negativas de inveja, maldade,
discórdia...

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Agora, vamos analisando características de sentimentos predominantes e características
de correntes atuantes. O que é o fator magnético? A importância do fator magnético para
a vida? Observem bem que a Terra é uma gigantesca bola aqui, suspensa no espaço.
Assim é o Sol, assim é a Lua e todos os astros, quer dizer, todo o equilíbrio, de toda essa
estrutura do Universo, é tudo por equilíbrio magnético, todos se sustentando por
condições magnéticas naturais.

A relação magnética de vida e vidas, de corpos, o plasma, é uma característica magnética.


A corrente negativa, quer dizer, uma atuação mental forma-se um campo magnético.
Magnético.... Temos que tomar cuidado com a força magnética! O rádio, é força
magnética.

Vibração! Porque observem bem, ela é terrível! Ela pode atrapalhar o caminho material,
a vida sentimental, ela pode atrapalhar muita coisa! Num campo de quem tem tendências
a muitos amores simultâneos, é extraordinariamente perigoso! A linha da paixão ela
estabelece de maneira muito sutil também um outro campo magnético no plasma, que
arrasa com a vida do indivíduo!

A Tia inclusive dizia que, sorte dele se ele conseguir ir para um Trono, num trabalho, e
ter uma entidade que já é familiar com ele. Que conheça ele na jornada, que o acompanhe
de perto e conheça as pessoas que se localizam dentro do campo, para ela, de maneira
mais direta trabalhar, se ele tiver merecimento... se ele tiver merecimento! Então, pega
um preto velho num Trono assim, que já o conheça! Que sabe de sua vida e de seus
relacionamentos, quer dizer, extraquadro! Porque é humildade! Quando o paciente dá o
nome:
“Salve Deus meu Pai”

Aí o Doutrinador:
“Qual o seu nome e a sua idade.”

Que a pessoa fala o nome e a idade, imediatamente quem está assessorando o preto velho
e tudo mais, já há uma ligação. Então eles imediatamente têm acesso ao quadro, já falam
com a pessoa:
“Olha, o quadro dele e esse, esse e esse.”

Então é pré-estabelecido toda uma noção da realidade daquele indivíduo e ele é trabalhado
em seu quadro atual. Então a entidade ali trabalha dentro da possibilidade, sem ferir a Lei
em nenhum aspecto! Mas a primeira coisa que o preto velho tem que fazer é ter acesso à
realidade cármica do paciente para não interferir no quadro, quer dizer, a coisa é muito
mais séria.

Então aí, vamos pegar o nosso médium que: uma gata ali, uma gata acolá, uma gata para
cá, e tudo mais. Então ele tem uma vida sentimental bem movimentada, daqui a pouco
ele está achatado de problemas vibracionais.

Aí ele chega, a entidade vai trabalhar. Porque vai olhar o quadro, mas vai trabalhar dentro
do quê? Dentro de uma reação de um problema natural de alguém que chega, quer dizer,
no acesso do quadro atual.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Então tem que ser realmente uma entidade amiga, não é? Alguém chegado dele de uma
maneira muito especial, que conheça o acompanhamento dele e, se tiver um jeitinho, aí
vai em cada um, se desloca e faz um trabalho de manipulação daquela concentração, ou
senão ele tem uma jornada que pode durar muito tempo, até ele criar condições de ir
manipulando aquilo. Porque não é somente absorver a corrente, mas há também um prazo
da fonte vibracional.

Muitas vezes aí por exemplo, nos falamos:


“Nós vamos vibrar no Vanderlei.”

Então a gente com amor aqui, tem um carinho por você e vibra com você. Mas nós vamos
atrair e atingi-lo com um benefício dentro de um padrão daquilo que está exterior a você,
dentro de valores benéficos, mas não atingir o seu coração e a sua mente, àquilo que você
está segurando, o que você está segurando não é seu, aí depende de um outro tipo de
prática, já é chegar e:
“Puxa Vanderlei, qual é a sua?”

Já é um trabalho. A gente tem que manipular, aí já tem a coisa do tratamento espiritual,


já tem a coisa do fator psíquico, quer dizer, na relação direta, ou numa comunicação
também de uma entidade que você faz sua escolha e ela chegar e falar:
“- Meu filho, é assim, assim e assado”.

Aí você em si, na sua fonte em distonia, você próprio manipula, transforma e fala:
“Oh, graças a Deus meu Pai, me perdoa!”.

Quer dizer, aí sim, aí é um outro princípio de manipulação. Mas todo este tempo
concentrado, vibrando em você, não vai resolver. Salve Deus!

Não é assim? Então tem uma corrente negativa com você, e a gente vibra e fala:
“- Ah, a gente vai resolver...”

Mas pode ter um cobrador aí ao seu lado, que está te cobrando pela Lei de Causa e Efeito,
certo? Ele vai se ele quiser. Ele pode até vir na força magnética lançada lá pela vibração
e ele não suportar. Não tem estrutura de se aguentar lá e vir, mas chegou aqui, ele é
imediatamente liberado. As próprias entidades, ninguém pode interferir. Então, quem está
fazendo fuzaca, quem está a fim de te perturbar, tudo bem. Ai não tem por onde, mas
dentro da Lei de Causa e Efeito? Intrínseco à Lei? Se a gente puxar aqui imediatamente
os Cavaleiros, quem estiver no governo do trabalho solta imediatamente. Isso é um
problema cármico, não há interferência.

E se o seu problema não é espíritos e nem correntes, mas o seu coração, que espécie de
Contagem que vai te atingir? Porque essa Contagem só você manipula. Essa Contagem
só você se eleva dentro dela, é um outro aspecto, não é? Salve Deus!

A Centúria nasceu em 1976. Pai João orientou Tia e a Tia mandou chamar o Nestor e
falou com ele, falou:
“Olha, você dá um curso, e esse curso é para Instrutores...”

Esse foi o tipo de diálogo da primeira vez. Fazer um curso para Instrutor, um curso
especial para Instrutores. Então, passou as consequentes orientações para ele, ele foi

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
escrevendo, estabeleceu um roteiro, a Tia orientando ali, Pai João dando as dicas, e foi
divulgado, e foi aquele primeiro grupo. Eram uns trinta e poucos que acabou ficando
parece que dezenove, foi a primeira turma consagrada.

E quando terminou este curso, enquanto já na terceira ou quarta aula, o Nestor foi na Tia
e falou:
“Chefe, não era bom criar alguma coisa pra identificar os Instrutores ou não?”

Tinha que arrumar alguma coisa que destacasse o escudo dele, quer dizer, alguma coisa
que identificasse que ele fez este Curso, já que era um Curso Especial. Então esses
radares, eles haviam sido confeccionados em 1975, para identificação do mestre no
mestrado: Mestre Sol Positivo, Mestre Jaguar Positivo, Mestre Luz. Então, há uma série
de identificações, mas depois o próprio Plano Espiritual decidiu por uma outra maneira.
Então a Tia já tinha precipitado e tinha mandado confeccionar, ficaram guardados lá.

No momento que o Nestor estava conversando com a Tia, lembraram do radar. Aí Tia
consultou o chefe, Pai João, e ele concordou. Então foi formada aquela primeira turma,
foi entregue um radar, a identificação daquele que fez a Centúria. O Nestor, até
inocentemente, chegou e falou:
“Bom Tia, já fiz, acabou né?”

Ela falou:
“Não, é para fazer outra...”

E assim outra, outra e outra, e chegamos até aqui. Esta é a origem simples da Centúria.
Com o passar do tempo, é que foram, algumas coisas começaram a ser montadas. Por
exemplo, a preocupação da Tia... Claro, toda a nossa relação é transcendente, quer dizer,
é o nosso passado que nos trouxe a este presente, não é? Somos Consagrados, Iniciados,
numa condição transcendente.

O que deu a base de toda a estrutura que a Tia teve no atualmente foi também sua
transcendência, quer dizer, ela foi Nefertiti, ela foi Pítia, ela foi Cleópatra, e por aí vai.
Quer dizer, Tia sempre foi uma Sacerdotisa importante. Ela sempre teve esta linha,
sempre teve este conjunto de faculdades, e foi isso que resultou na possibilidade dela, em
nosso tempo atual, de realmente dar condições a Pai Seta Branca e Mãe Yara, junto a
Suas Legiões, da edificação desta obra, porque senão não haveria possibilidade. Até uns
cinco anos mais ou menos antes de seu desencarne, ela sempre afirmava:
“Eu não conheço um Clarividente na Terra, e os que conheci através da Clarividência,
enlouqueceram e morreram antes do tempo...”

Não há estrutura, os raríssimos que surgiram não há estrutura. Para os senhores terem
uma ideia por exemplo, um médium que seja vidente de uma seita de doutrina, que ele
venha no Vale, ele vê dentro dos limites do alcance da vidência, mas até muito menos da
possibilidade da própria vidência, por ausência de estrutura psicológica para ver
realmente o que se passa.

E observemos que mesmo o médium que chega com tendência a visões, etc., no nosso
sistema, a partir do Desenvolvimento ele vai se localizando, a tendência dele é diminuir
o gabarito de percepção. Ele vai chegando até um ponto de perder realmente totalmente.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Porque o próprio fato de desenvolvermos somente essas duas mediunidades com duas
características diferentes que é o Doutrinador e o Apará, é justamente para facilitar ao
médium a se localizar em termos de equilíbrio.

Analisemos que o indivíduo sem ver nada, sem ser um sonhador, de sonhar sempre, de
ver ou ouvir espíritos nem nada, quer dizer, a gente de maneira lúcida, como um ser
humano comum, normal, o quanto a vida é um desafio ininterrupto! A gente se situar,
discernir, se localizar, saber definir, saber decidir, observem que a gente tem sempre
dúvidas.

Porque, a partir do momento que a gente acorda até a hora de dormir, estamos como diz
Tia na Carta Aberta nº 4:
A todo instante o ser humano encarnado na Terra, está a todo instante entre as
solicitações de duas potências: sentimento e razão. Para acabar este conflito é preciso
que a luz se faça em nós...

E observem mestres, que nós estamos aqui, depois de não sei quantas Consagrações, não
sabemos quantas Iniciações, já somos macacos velhos nesta jornada, e ainda não temos
gabarito de tomar uma decisão.

Observem quantos problemas nós temos no nosso lar, no nosso trabalho, na nossa vida
profissional, quantas vezes alguém:
“Escuta, vamos ali?”
“Será que eu vou ou não vou?”

Não é? Quantas vezes por dia nós estamos indecisos! Olhem a dificuldade! Quer dizer,
como seres humanos comuns, racionais, a dificuldade que temos.

Agora imaginem quem começa a ouvir espíritos, ver espíritos, e sonha todo dia e lembra
de tudo que sonha. Quer dizer, como é que fica a capacidade desta pessoa para se situar
com equilíbrio? Se quem não vê, quem não ouve, a dificuldade que já tem para conservar
o equilíbrio, para manter o equilíbrio, para definir, para decidir, para discernir valores, e
quem vive dentro?

Daí o fato de, na nossa Doutrina, não se desenvolver estas outras características de
mediunidades. Porque tem um outro fator, no seu próprio gabarito, que é oferecido ao
médium, ele passa por todo um processo de aberturas, proporcional às Iniciações e
Consagrações, que o tornam cada vez mais receptivo também a influências. Aumenta o
seu potencial como receptor, aumenta o gabarito como manipulador, aumenta o seu
gabarito como emissor, mas tudo isso se traduz também por um aumento na sensibilidade!
E se ele passa a ver, a ouvir e tudo mais?

Então o sistema, ele em si ele já é nativo, ele é o sistema original, onde o médium já com
tendências, que ele tem até na herança a mediunidade de determinadas aberturas, o
sistema, ele molda, ele compensa, ou descompensa.

Porque principalmente agora, quer dizer, proporcional ao Milênio, observem pelos


noticiários falados e escritos, a cada dia que se passa estão aumentando os problemas da
Terra. Cada vez mais aumentando a intensidade das correntes, e nós temos que ficar cada
vez menos vulneráveis.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Como não tem jeito de anular a sensibilidade para o que nós precisamos, então nós
aumentamos é o gabarito no campo da preparação psíquica, não é? Mas para isso é preciso
que o médium não entre nesses desenvolvimentos que vêm a atrapalhar.

Então imaginemos no caso dela, que via, ouvia, tinha acesso ao passado, ao presente, ao
presente! Porque você pode estar aqui, e chegar para mim e falar:
“Bálsamo, estou com um problema tão sério, eu acho que está me acontecendo isso, isso
e aquilo.”

E você não está no presente de sua realidade. Você está numa ideia deformada da sua
mentalidade achando que tem um problema, e que na grande verdade está longe de estar
contido nisso que você está me falando.

Agora, ela tinha acesso a esse presente da sua realidade, ou seja, a realidade do problema
manifestado. E noventa por cento dos pacientes que chegam e falam que estão sentindo
um problema, normalmente não é aquele problema que ele está falando. Ele está dizendo
o problema que ele acha que ele está tendo.
“Oh Bálsamo, eu estou com uma dor de cabeça tão grande, eu acho que eu comi um
negócio hoje que provocou essa dor de cabeça.”

Quer dizer, ele está dizendo que está com dor de cabeça, e acha que está com dor de
cabeça por causa de uma coisa que ele acha que comeu.

Agora, a Tia, quando ele chegava na Tia para falar isso:


“Oh Tia, eu estou assim e assado, eu acho que é porque... eu acho, porque eu acho que
eu acho... “

E tudo mais. E ela olhava, e ela sabia qual era a razão do problema. No seu presente!
Então vejam, é o presente da sua realidade, como você pode estar vivendo um problema
nesse momento, e não é o seu presente, é o seu passado.

Essa é a diferença da Clarividente. Então, ela tinha acesso ao seu quadro do passado, quer
dizer, a relação imediata, o efeito que você está sentindo agora era com relação ao
passado, e ela tinha projeção do futuro. Isso é fantástico!

E vocês observem, uma mulher simples, agora vejam o volume de valores, informações,
problemas, situações, circunstâncias, sendo um ser humano comum, normal, etc.

Então, para realmente para ser conduzida à sua missão até quando Deus permitiu sem ter
chegado à loucura, mestres, isso foi um dos maiores místicos dela como pessoa humana!
Foi caminhar a missão, conduzir a missão, sem perder a razão. Um dos maiores desafios
que se apresentaram no princípio para a Clarividente Neiva Chaves Zelaya, era conduzir
a missão até onde necessário sem perder a razão, porque ela estava sempre passiva de
enlouquecer também.

Então observem que foi necessário realmente também muito equilíbrio, muito pé no chão,
cabeça em cima do pescoço, e muita dor, e muita dor... A dor inclusive, nos últimos anos
da vida dela foi fundamental para mantê-la entre nós. Agora imaginem a dor que passou!

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Aquela mangueirinha, aquela mangueirinha chegou a provocar câncer no nariz, ela vivia
com um câncer ativo no nariz, ininterruptamente cobrando, corroendo. Quer dizer, não
tinha um movimento para o narizinho. Aquilo, tudo quanto é movimento, qualquer
movimento ele ampliava a dor, estava esbarrando na carne ferida! Eu até inclusive me
lembro de uma vez, que ela, o psicólogo... Salve Deus!
“Meu psicólogo é Pai Joaquim das Almas...”

Ela dizia, não é? E era tão desconcertante, inclusive quem “desarmava” ela nas
reclamações dela era Pai Joaquim, ela dizia que toda vez que ela ia reclamar alguma coisa,
é claro, certamente que a gente reclama mesmo, não é?

E ela mesma dizia:


“Carma pesado é que chia...”

Tem vez que você “engole”, você não deixa mostrar para ninguém, você nunca mostra os
problemas que você tem, você está sempre:
“Não, tudo bem.”

Mas tem hora que você... não é? É, carma pesado é que chia mesmo. Mas tem hora que
não tem condições, você desabafa, você quebra o copo, você manda todo mundo para um
monte de lugar, mas aquele instante é o carma pesado, tem hora que o peso é grande
demais, e é natural.

Como a queda. Quem é que cai? Cai quem anda! Não é? Cair é privilégio de quem
caminha, de quem busca. Pois é. Aí, teve um dia lá que ela reclamou mesmo, incorporou
mesmo, de raiva:
“Eu não aguento mais, não é possível, eu fui abandonada...”

Então, aquele instante mesmo, não é? Da mulher mesmo. Aí chega Pai Joaquim. Ela
contando, e Pai Joaquim:
“O quê que foi?”

Ela falou:
“Ah meu Pai, não é possível, olha a minha vida, a minha jornada, e agora eu fico aqui
presa por uma mangueira de oxigênio! Minha vida na dependência de uma mangueira
de oxigênio!”

Aí Pai Joaquim falou assim:


“Minha filha, e quem não é?”

É claro! Quem não é? Se cortar essa mangueirinha de oxigênio que está dentro de nós
aqui morre, não é? Olha a sutileza! Aí ele desconsertou ela, e ela começou a rir e falou:
“Tá certo meu Pai, tá bom.”

Era só uma mangueira a mais. Olha, é fantástico isso, não é?


“Ah meu Pai, eu não aguento mais, minha vida, minha jornada, o tanto de coisa que eu
tenho que fazer e agora eu estou aqui presa numa mangueira...”

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
E curiosamente, sempre alguém esquecia e pisava na mangueira, faltava ar, porque a
mangueira ia para lá, e ela:
“Olha minha mangueira aí!”.

Quer dizer, era aquele drama danado, não é? E Pai Joaquim para a Tia:
“E quem não é?”

Claro, todo mundo, todo mundo. Ela começou foi a rir, falou:
“É, não tem jeito não, todo jeito que eu tento, Pai Joaquim corta... “

Mas é magnífico isso, esses aspectos, não é?

Jaguares, em termos da Centúria, essa quarta aula, tem um assunto que é fundamental, e
uma história que é fundamental, que a Tia sempre pedia que se contasse, como no
exemplo daquela história da cadeira de rodas. Eu não sei se vocês acham que seria bom
escrever aquele episódio da cadeira de rodas, para vocês ficarem por escrito. O quê que
vocês acham? Era bom será escrever? O episódio da cadeira de rodas?

Esse eu não sei, eu acho que ele está escrito. Esse episódio da cruz, e tem outro episódio
também, que ela dizia que era a História do Doutrinador, que depois eu vou contar ela,
que é fundamental também contar ela numa das aulas. Mas, essa do homem que escolheu
a cruz, é curioso, porque uma coisa que nós mais temos o hábito de reclamar, quer dizer,
toda hora você fala:
“Puxa, mas eu não mereço isso, não tem lógica o que está me acontecendo, isso é... como
é que deixaram isso acontecer comigo?”

Então, você está sempre questionando os acontecimentos de sua vida. Quando são
negativos a gente está sempre colocando em “xeque”, colocando em dúvida a Justiça
Divina. Tem uma porção de coisas que nos acontecem durante o mês, durante o ano, etc.,
que a gente fala:
“Não, logo comigo! Eu não merecia isso! Tá errado!”

Não é? Então Tia, em sua sabedoria, ela sintetizava este aspecto com a história do homem
que escolheu a cruz. Então tinha aquele ponto que cada um chegava e a entidade
responsável falava:
“Eis a sua Cruz”.

O cara pegava sua cruz, botava nas costas e seguia a jornada. Aí chega um desses. Aí o
responsável:
“Essa é a sua cruz”.

E ele:
“Não, essa não. Muito grande!”
“Mas essa é a sua cruz!”.
“Não! Muito pesada, muito grande, e essa cruz não é minha!”

Quer dizer, não houve jeito. Deus em sua sabedoria divina:


“Então deixe que ele escolha a sua cruz”.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
E ele escolheu. A pequenininha, leve, ajeitadinha, do jeitinho que ele achava que era a
cruz ideal. Puxou na cacunda a cruz e rapou o pé. E nisso ele foi passando por todos
aqueles que levavam a sua cruz, a sua cruz de fato, não é? E ele passou todo mundo e se
perdeu de vista na estrada.

Repentinamente, num determinado ponto da jornada, ele chega diante de um abismo que
não havia como ultrapassar. De tudo quanto é jeito que se pensou, em dar volta, não tinha
jeito, não tinha jeito, não havia como ultrapassar aquilo. Pensou de tudo quanto foi jeito.
Só restou a ele desconsoladamente sentar ao lado da cruz que ele achava que era certa, e
não tinha saída.

Passado algum tempo depois, foram chegando cada um daqueles que carregavam sua cruz
de fato. Chegaram diante do abismo e todos perceberam que a cruz dava exatamente a
medida de fazer dela uma ponte, e tinha condições, peso suficiente para suportar que cada
um passasse por cima.

Então eles iam chegando, colocando a cruz, fazia uma ponte, passava por cima, chegavam
do outro lado arrastava a cruz, jogava na cacunda e ia embora. E assim todos,
curiosamente, todas as cruzes deram exatamente para ultrapassar aquele abismo. E
aquele... não preciso dizer. Salve Deus!

Teve que retornar para buscar a dele. Não tem saída, não é? Alguma pergunta?

Tem um tema inclusive que está diferente, embora o roteiro aqui do Templo-Mãe, eu
estou conservando esse mesmo, mas tem esse item 6 que eu não me preocupei em dar
esse assunto, porque na época, quando acabou de ser lavrado esse trabalho, logo surgiu a
ideia dos primeiros Instrutores de Centúria. Isso aqui que o Beto (Trino Ajarã) está
fazendo com vocês aqui, foi ele quem deu o primeiro impulso também na época, já foi
interesse dele.

Vocês vão perceber inclusive que alguns que participaram daquela vez: a Lúcia, o Dias,
o André Luis... vão perceber que já está a assinatura do Trino Arakén, na época o
Executivo da Corrente, e do Trino Ajarã, e só dos dois. Mesmo na época quando o “Seu
Mário” (Trino Tumuchy), o Michel atuante, mas é tão direcionado, tão na Linha de
Arakén, e pelo fato de ir para Instrutores dos Templos, então a Tia recomendou que tinha
que ter... Tia não, Pai João! Que houvesse a assinatura do Trino Ajarã, um aval do Trino
Ajarã.

E há o item número 6 por exemplo, que na época, então muitos Centuriões, quer dizer, o
Presidente conta com pouquíssimos, então cada Centurião é mais uma arma, mais uma
arma mesmo! Mas têm as infinitas armas que se perdem. Lá no Templo não! Ele é
observado em seu equilíbrio, ele é uma esperança do corpo mediúnico, é uma esperança
do Presidente, quer dizer, ele é totalmente especial realmente lá fora. Nenhum Centurião
lá fora é mais um na multidão realmente, não é? Compete só a ele realmente querer ser
útil, porque faltar oportunidades não faltam.

Então no item 6 eu procurei desenvolver um tema que é o seguinte:


Desenvolvimento:
Aparás: Descontrair – Esclarecer – Harmonizar – Sintonizar – Abrir – Assistir
individualmente – Interpretar as situações – Encerrar – Passe Magnético.

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É uma síntese das posições básicas de orientação para o Instrutor.
Doutrinadores: Descontrair – Harmonizar – Sintonizar – Abrir – Esclarecer – Encerrar.

Não tem como sair desses princípios. Nele está contida a razão.
Aparás, repito: Descontrair – Esclarecer – Harmonizar – Sintonizar – Abrir – Assistir
individualmente – Interpretar as situações – Encerrar – Passe Magnético.

É claro que lá será de acordo com o Presidente. Automaticamente cada um que seja
convidado ou que se disponha a participar, ele vai passar por todo um ajuste junto ao
templo, por todo um conjunto de esclarecimentos. E isso aqui é muito inspirativo também.
Salve Deus!

Voltando de maneira assim sintética, na primeira aula, essa Doutrina do Amanhecer que
é uma Doutrina Universal... Universal porque é a Doutrina de Jesus. Então é uma
Doutrina que não é privilégio de seitas, doutrinas ou religiões. Ela não é privativa de
mentalidades intelectuais cultas ou não. Ela não é privativa de castas. Não é privativa de
uma ou outra Nação, de um ou outro Estado. Ela não é privativa de uma ou outra vida,
mas ela vem em função de todas as vidas na vida, portanto, é isso que a coloca na condição
de Universal.

Todos os nossos trabalhos são realizados com técnicas de manipulação de energias...


Todos os nossos trabalhos são realizados com técnicas de manipulação de energias. E o
propósito básico da Doutrina Do Amanhecer é a Cura Desobsessiva.

Não utilizamos nenhum tipo de subterfúgio para o atendimento, já que é uma ciência de
manipulação. Então é perfeitamente dispensável recomendações como medicamentos,
como chás e etc., pois está todo o trabalho centralizado na energia. O único remédio
recomendado é a água fluidificada. Claro, todos sabem, mas os senhores não vão poder
deixar de bater nisso. Não recomendar chás, não recomendar quantidade de vezes de
voltar.

O ponto de partida para o paciente se encaminhar a um setor de trabalho é o trabalho de


Tronos. Dali vem a orientação para os setores que ele deva ou não passar. E para aqueles
que são espertos, não deixem de contar a história do episódio do rapaz da cadeira de rodas,
porque é extremamente ilustrativo.

Quando às vezes me pergunto na minha intimidade assim:


A Tia fez tudo que queria?

Eu mesmo falo:
Ela fez tudo que precisava.

E além ainda do que precisava, dentro das necessidades do próprio planeta. Mas ela
deixou de fazer muita coisa que queria. Dá para perceber que ela tinha muito mais coisas
para fazer. Por ela! Não é por nós, que a gente acha! Ela queria ainda contar uma série de
pequenas histórias, de acontecimentos, de historinhas pequenas, curtas, precisas, que ela
acompanhou nestes muitos anos de relacionamento com o Mestre Amanto,
principalmente Amanto. Amanto, eu até brincava, dizia assim:
“Amanto foi seu Bufalo Bill”

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Quer dizer, Amanto era um batedor, era aquele que a levou para os Planos. Mas não era
só ele, teve outras entidades, que inclusive comumente não se fala. Uma Doutora Elvécia,
Dantora, Calaça. Calaça a gente fala Mãe Calaça, não é? Que é uma Sacerdotisa também,
uma Sacerdotisa. Mas, outros também a levaram.

Mas Amanto prevaleceu sempre, parece que na aura dele essa responsabilidade direta de
conduzi-la, e tudo mais. Houve sempre muita afinidade entre os dois, e até a própria
condição de Amanto como estudioso. Amanto sempre foi um estudioso e até uma coisa
que facultava o relacionamento com ela, porque Amanto, ele voltou para Terra em ação
assim nesses últimos trezentos anos por causa da Tia. Ele voltou na sintonia dela, mais
especificamente por causa dela. Mas, ele desencarnou a aproximadamente uns trezentos
anos em sua última passagem na Terra.

Então nossas Cartas por exemplo, a grande maioria das Cartas, já não foi nem ela e nem
Umahã. Foi ele. É curioso isso, não é? As características. E ele se apresentava na
roupagem de um Inca, de um Maya, não é? Salve Deus!

(Pergunta de um mestre)
Salve Deus mestre Bálsamo, nesse conceito da leitura, voltando um pouquinho atrás,
naquilo que não se pode dizer, que pode ser dito só aqui, na sua pessoa, na sua
personalidade, o senhor se intimidaria de conhecer mais em outros livros?

(Mestre Bálsamo)
Em hipótese nenhuma, porque nós temos que, durante um tempo, até que o médium esteja
pronto para ler outras coisas. Sua preocupação não é que ele não leia mais, mas que
durante um período ele não leia nada, a não ser que sejam nossas coisas, até que ele
aprenda a discernir sobre ler.

Então, foi muito boa sua colocação, porque por exemplo, eu me lembro que, em 1981,
1982 não sei, eu já tinha passado na memória aquelas coisas, e um dia eu ia também nas
mesmas circunstâncias, ela falou:
“Bálsamo, pode ler o que você quiser...”

Eu falei:
“Não estou muito interessado em ler agora não...”

Ela virou e falou:


“Justamente por isso!”

Por exemplo, eu tenho livros inclusive, que não é nem possível mostrar. Um pouco mais
além, o que fazia parte do acervo particular dela, onde buscava referências, estão também
comigo, não é? E algumas fontes de pesquisa que ela queria também, normalmente eu
trazia.

Agora, por exemplo, Nefertiti, ela foi ela. Então ela via um quadro no Plano Espiritual.
Mas a coisa não é assim, mesmo com ela não era assim. Aí mostravam para ela e falavam:
“É isso, é isso, é isso... “

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Não, não! Não era assim! Competia a ela também o senso de pesquisa, de busca, buscar
referências, um acontecimento com o filho, ela via o quadro:
“Meu Deus, foi em Esparta!”

Eram nuances demais, valores demais. E repentinamente ela falava:


Olha, escuta, o quê que tem falando sobre Esparta?”

Então, eu encontrava para ela uma coisa mais séria, uma coisa a nível de debate,
universitário assim. Trazia e ela falava:
“Lê aí para mim. “

Aí você lia e ela localizava, ela se fixava:


“Não, eu já tenho o que preciso.”

Aí quando ela saia do corpo ela ia definida, perfeito? Agora, por exemplo o Evangelho.
Eu tenho o Evangelho, eu tenho o dever de conhecer o Evangelho, eu tenho o dever.
Agora, eu tenho ele constantemente comigo, escondido. Eu nunca deixo ninguém ver, na
minha mesa, livros de outros autores, para não dar a ideia. Eu sempre leio escondido. A
mim eu não posso me dar esse luxo.

Eu vivo falando, vivo ensinando, mas eu leio também, porque vivo lendo. Mas assim, eu
pego, tem uma coisa na sintonia, aí eu pego e vou, repentinamente dou uma lida e fecho,
sem fixar.

Evangelho. Mateus, Lucas, Paulo de Tarso entre os Coríntios. Dou uma lidinha. Quando
eu pego o Evangelho para ler, eu pego o Livro de Cartas, ou um conjunto de Cartas, e
normalmente coloco do meu lado. Não se perder do sentido original.

A linguagem original única neste Planeta, é a linguagem da Clarividente Neiva. A


linguagem adequada, ajustada, atualizada para o entendimento do homem no Ciclo do
Milênio que vivemos está contido nela, e não lá. Mas às vezes eu preciso citar: Não façais
aos outros.... Quer dizer, é a Escritura e o Evangelho, mas com o sentido do nosso
Sistema.

Porquê, meu irmão e meu mestre, se os senhores observarem, o Evangelho que eu estou
trazendo aqui não é o Evangelho, Evangelho.... Eu estou apresentando para os senhores
aqui o Evangelho Iniciático. Eu estou exprimindo Jesus pela tradição do Evangelho
conhecido, e estou dando o sentido que transcende a concepção daquilo que está contido
na letra. Então, o que transcende a aparência, é o Sistema Iniciático.

A porta de acesso do Sistema Iniciático é o comportamento Evangélico. Só se entra no


Sistema Iniciático pela Conduta Evangélica. Eu estou transmitindo o Evangelho
Iniciático, em Cristo Jesus! E não o Evangelho da tradição. Observem que tudo que nós
temos citado é no bojo de Tia, da Doutrina, dentro de um sistema de impregnação,
emanação, dentro de uma cultura, e ele sempre justificado, sempre explicado, sempre
além da aparência, tendo nele a base, mas não nele. É nele sem ele, é nele fora dele, é nele
com ele, mas nele além dele, está certo? Porquê?

Porque aí é o Evangelho do Cristo Redivivo, falamos aqui agora no Caminheiro da Vida


Eterna, não no Jesus Crucificado, estacionado, estático numa cruz, vertendo sangue e tal.

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Não! Falamos no Cristo Iluminado, o Cristo que Caminha, a razão de toda essa obra, o
responsável pelo Ciclo de dois mil anos que vivemos, é o Verbo Manifesto. Nós não
cultivamos Jesus na cruz, mas o Caminheiro.

Inclusive, às vezes eu fico incomodado com o gravador, porque tem coisas assim, eu fico
às vezes com temores de falar certas coisas, porque se observarmos o que falamos aqui
de religiões, e falamos de maneira franca, direta, é extremamente agressivo, se você
observar, uma das coisas que se prima pela nossa Doutrina, é que não há a menor
possibilidade de alguém nos agredir ou tirar, ou entrar em contradição com a gente. Mas
se alguém tem acesso a uma fita como essa e ouve, nós oferecemos uma porta aberta para
nos agredir. E a Doutrina em si não oferece a menor possibilidade de que nos agridam,
perfeito?

Daí eu tenho preocupação com o nível de franqueza com que estamos tratando. Porque
tratamos de assuntos da maneira mais clara, que estão contidos na realidade, não é no
aspecto do julgamento, mas de uma realidade. Só que, para enxergar esta realidade, só
quem também está transcendendo a si mesmo em propósito, em motivos, etc.

Mas a própria tradição repele o que falamos, não é? Então, conduzir assuntos dessa
natureza, tem que ser com extremo cuidado, e sempre revelando a nossa posição com
carinho. O que não precisamos nunca falar de maneira que denigra, etc.

Agora não, somos Instrutores e estamos tratando de nossa realidade, é a percepção que
dispomos de uma realidade do Planeta. Esse planeta é sem solução. Não, não há solução!
“Ah porque esse Presidente....”

Não, não! O jaguar não! Jaguar não! E olha, por esse lance anterior não houve nada não,
e não haverá depois, nem depois, nem depois. Não, nós estamos fazendo uma coisa de
realidade, não nos compete julgar o Presidente, os governadores, não, não!

Sabemos que tudo está dentro de um planejamento cármico. Nós somos, temos a realidade
da visão espiritual, então não há hipocrisia. Nós não temos o direito da hipocrisia ou do
julgamento, ser partidários:
“Ah, porque o partido vai resolver....”

Não! Ninguém resolve nada! Não vai resolver nada! Não há possibilidade de solução!
Como é que vai se resolver uma coisa que não se soluciona? Quem tem resposta para os
problemas? Ninguém tem!

Então, é uma questão de lógica. Agora, é o momento de cada um procurar desenvolver


em si mesmo suas possibilidades de vivência, de sobrevivência junto àqueles que ama e
os quais necessitam dele. Uma questão de localização individual e pessoal. Não é a
hipocrisia do poeta que:
“Ah, eu tenho a solução do mundo!”

Não, ninguém tem a solução do planeta! Não! É uma questão de realidade, já é hora de
encarar os fatos.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Agora, é claro, você nunca poderá transmitir isso, porque nem Jesus falou de sua morte,
nem a Clarividente falou:
“Vou morrer tal dia.”

Então, também nossa mensagem tem que ser de esperança. Então eu estou falando nesta
linguagem, porque eu estou falando com a gente, mas nunca ninguém vai me ouvir
falando isso aqui no Templo. Nunca dando uma aula de Centúria que eu falasse nesses
termos. Se acontecer de eu vir realmente, confirmar que eu dou o Curso de Sétimo Raio
o ano que vem, ninguém vai ouvir esse tipo de expressão.

Agora, se os Adjuntos um dia oferecessem possibilidade de a gente sentar e conversar


aqui, ia ser muito além do que se imagina. Porque inclusive aqui seria muito mais do que
se sonha, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo! Seria muito mais do que se pensa,
principalmente em termos de trato aqui. Porque o Templo já é diferente, tem um outro
Templo que eu não tenho a ousadia de dizer aquilo, porque já também não compete aqui,
não é? Salve Deus!

O Radar de Centúria. Os aspectos por exemplo, são tão mínimos, você veja que até o Sol
em si, ele contraria até a concepção do Sol da tradição do nosso conhecimento, não é? A
cabeça do Jaguar são as cores básicas, as cores fundamentais, a Seta, como lá na Pira, ela
simboliza a circulação da corrente sanguínea. A taça é o ciclo também do sangue, é o
ciclo do ectoplasma, não é? Mas, eu sei que é bonito, e muito importante.

(Mestre que assistia a aula)


Como se trata de manipulação de energia na aula, eu queria saber se tem um limite de
pessoas, a partir de quantas pessoas para receber a aula de Centúria, ou pode ser a partir
de um, dois, três...

(Mestre Bálsamo)
Não, nunca se estabeleceu limites não. Eu, se marcar uma Centúria aqui num Templo,
chegar lá e tiver só um mestre eu vou dar o curso inteiro, completo. Se eu souber antes eu
não vou não, eu falo:
“Deixa juntar um pouco mais pra fazer valer o investimento.”

Mas se eu chegar lá e tiver só um sentado lá, aí eu dou o curso completo! Agora se você
falar:
“Bálsamo, você podia fazer um curso lá (..) você pode ir lá?”
“Aonde que é?”
“É lá em Vila Velha.”
“Como é que é lá?”
“Eu não sei, só tem um médium lá fazendo o curso”
“Não, não vou não!”

Mas se você chegar lá e perceber que é só um e eu já cheguei lá, eu dou o curso completo.
Vou dar a aula inteira como se fossem milhares. Não que preocupe a quantidade, mas é
que é a lógica, não é? A compensação, porque realmente há custos, há gastos, é um
investimento em todos os aspectos. Onde o custo, onde o investimento mais insignificante
é o financeiro, mas, porém, é um custo. O mais insignificante é o financeiro, porém é
custo.

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(Mestre faz uma pergunta)
(...) porque vai chegar um momento na transição do planeta em que o jaguar poderá fazer
cura muito maior do que está sendo feito hoje, independentemente do carma.

(Mestre Bálsamo)
Jaguar, pelo que eu concebo em termos do sistema, há uma precisão muito grande. A
gente por exemplo, a gente costuma separar, quando a gente fala merecimento por
exemplo, de necessidade. E pelo que aprendi, que nós aprendemos aqui. Ninguém tem
um merecimento sem necessidade. É tudo tão preciso.

Então, quando Jesus confirmou, e os Apóstolos inspiradamente abriram o Novo


Testamento com aquela expressão:
“Eu não vim destruir as Leis, porém edificá-las e dar-lhes cumprimento”

E a partir deste instante então, ninguém transgrida. Você veja que, imagine o Pai, esse
gigantesco sistema que ele dispõe, mas se a Clarividente falhasse, toda a missão estaria
sob risco. Então, eu acredito que Lei é Lei, não é?

Bom Jaguares, da minha parte, dentro dos assuntos que foram desenvolvidos, a cota
acabou.

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