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DE SEGURANÇA E HIGIENE
OCUPACIONAIS
Orientador: Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)
Coorientador: Professor Doutor André Duarte Lucena (Universidade Federal do Semi-ário)
Arguente: Professor Doutor Filipe Conceição (Faculdade de Desporto da Universidade do Porto)
Presidente do Júri: Professor Doutor João Santos Baptista (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)
___________________________________ 2019
AGRADECIMENTOS
Para celebrar, mais uma conquista nesta aventura que foi largar tudo e viver sozinha em Portugal,
gostaria de expressar o meu profundo agradecimento as pessoas que contribuíram direta ou
indiretamente para a realização desta conquista.
Em primeiro lugar agradeço a DEUS! Sem ele, jamais teria imaginado e conseguido chegar até
aqui.
À minha MÃE, Mísia Fernandes dos Santos, que é mãe e pai, por facultar-me todas as condições
para a realização do mestrado, pelo apoio emocional e pela força que me transmitiu de forma
incondicional.
À minha orientadora Professora Doutora Joana Cristina Cardoso Guedes e ao meu coorientador
Professor Doutor André Duarte Lucena que sempre se mostraram disponíveis para ajudar e
orientar a estruturar da dissertação, por acreditarem em mim e sempre dar-me força e incentivo
nos momentos mais difíceis.
Ao professor Doutor João Baptista um agradecimento pela atenção e apoio providenciado durante
toda esta etapa.
Às trabalhadoras do setor da limpeza, laboratório e escritório pela disponibilidade para fazer as
medições e responder aos questionários.
Às minhas amigas Ana e Florbela, que sempre me apoiaram e transmitiram força para terminar o
mestrado. Ao meu namorado Marco Gonçalves por todo o amor, apoio, paciência e alegria que me
transmite.
E por fim, mas jamais em último, aquelas pessoas que vou levar deste mestrado no coração Carol,
Beatriz, Ana, Joana Duarte, Raquel, Jaqueline, Alexandre.
I
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
RESUMO
A avaliação ergonómica compreende-se em aplicar metodologias e técnicas, para avaliar de forma
quantitativa e qualitativa, os riscos ergonómicos tendo em conta fatores individuais, cognitivos e
organizacionais, para melhor perceção das condições de trabalho.
A dor, desconforto e as lesões músculo-esqueléticas relacionadas com trabalho (LMERT)
envolvem uma grande parte de problemas de saúde relacionados com o trabalho e constituem-se
como um problema mundial. Estes problemas são diagnosticados e confirmados através da
aplicação de métodos e técnicas, as quais podem diferenciar-se quanto à abordagem, complexidade
dos dados e uso de instrumentos, consegue-se constatações diretas em contexto laboral.
Com o objetivo avaliar a dor, desconforto e o risco à lesão músculo-esquelética na atividade de
limpeza profissional, técnico de laboratório e atividade de escritório ao computador, através da
aplicação de diferentes técnicas.
Realizou-se uma avaliação ergonómica a 32 trabalhadoras com aplicação de dois métodos
convencionais, o Questionário Nórdico (prevalência de sintomas músculo-esqueléticos) e o
método REBA (Rapid Body Assessment), e um método alternativo, a técnica de actigrafia através
do equipamento ActiGraph wGT3X-BT para identificar os riscos ergonómicos a que os
trabalhadores estão expostos.
A análise ergonómica baseou-se nas posturas e movimentos adotados que a participante exercer
nas suas atividades. Como resultados as mesmas relataram dor e desconforto através do
questionário nórdico, e as regiões afetas foram: região lombar, ombros, pernas e pés nas três
atividades.
Recorrendo ao método de observação o REBA, observou-se que as trabalhadoras em todas as
atividades adotam posturas inadequadas com repetibilidade dos movimentos, flexão e torção da
coluna em trabalho dinâmico e estático.
A utilização da técnica de actigrafia com equipamento actigraph, permitiu constatar que há indício
de que a sintomatologia de dor e desconforto e o risco de desenvolvimento de LMERT relatado
pelo questionário nórdico e observado pelo método REBA está relacionada com a movimentação
medida pelo equipamento na zona onde houve maior incidência, na qual foi, região lombar.
A implementação de medidas que visem eliminar ou minimizar a dor e o desconforto, e
posteriormente o risco desenvolver lesões músculo-esqueléticas são cada vez mais importantes no
mundo atual. Tendo em conta a complexidade e a variabilidade das tarefas desenvolvidas, é
recomendável que tais decisões sejam precedida de um estudo mais aprofundado com recurso a
metodologias de avaliação de risco mais precisas, como é, por exemplo, o caso daquelas que
recorrem a instrumentos de monitorização constante dos trabalhadores. Futuros trabalhos de
investigação que permitam dar resposta às questões que foram surgindo ao longo do presente
estudo poderão revelar-se, igualmente, interessantes.
Palavras chave – Avaliação ergonômica, Lesões músculo-esqueléticas, Avaliação postural,
Movimentos repetitivos, Actígrafo.
III
ABSTRACT
Ergonomic assessment consists of applying methodologies and techniques to quantitatively and
qualitatively assess ergonomic risks taking into account individual, cognitive and organizational
factors for better understanding of working conditions.
Pain, discomfort, and work-related musculoskeletal injuries (LMERT) involve a large proportion
of work-related health problems and constitute a worldwide problem. These problems are
diagnosed and confirmed through the application of methods and techniques, which can differ in
terms of approach, data complexity and use of instruments. Direct findings can be obtained in the
workplace.
In order to evaluate the pain, discomfort and the risk of musculoskeletal injury in the professional
cleaning activity, laboratory technician and office activity to the computer, through the application
of different techniques.
An ergonomic evaluation was performed on 32 female workers using two conventional methods,
the Nordic Questionnaire (prevalence of musculoskeletal symptoms) and the REBA (Rapid Body
Assessment) method, and an alternative method, the actigraphy technique using the Actigraphy
equipment (GT3X-BT) to identify ergonomic hazards which workers are exposed.
The ergonomic analysis was based on the adopted postures and movements that the participant
exerts in her activities.
As results they reported pain and discomfort through the Nordic questionnaire, and the affected
regions were: lumbar region, shoulders, legs and feet in the three activities.
Using the REBA observation method, it was observed that the workers in all activities adopt
inappropriate postures with repeatability of movements, flexion and twisting of the spine in
dynamic and static work.
The use of actigraphy technique with actigraphy equipment showed that there is evidence that the
symptoms of pain and discomfort and the risk of Musculoskeletal injuries reported by the Nordic
questionnaire and observed by the REBA method are related to the movement measured by the
equipment in the area where there was greater incidence, in which it was, lumbar region.
The implementation of measures to eliminate or minimize pain and discomfort, and subsequently
the risk of developing musculoskeletal injuries, is becoming increasingly important in today's
world. Given the complexity and variability of the tasks undertaken, it is recommended that such
decisions be preceded by further study using more accurate risk assessment methodologies, such
as those using monitoring tools on workers. Future research to address the questions that have
arisen throughout this study may also be of interest.
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2 Fundamentação do trabalho ...................................................................................................... 5
2.1 O que é a Ergonomia? ...................................................................................................... 5
2.2 Posturas de trabalho .......................................................................................................... 8
2.2.1 Posição corporal no trabalho ....................................................................................... 8
2.3 Fatores intrínsecos a dor e desconforto ao risco as LMERT .......................................... 10
2.3.1 Lesões Músculo-esqueléticas Relacionadas com Trabalho (LMERT) ..................... 12
2.3.2 Exemplos de LMERT................................................................................................ 12
2.3.3 Método direito técnica de actigrafia .......................................................................... 15
2.4 Enquadramento Legal e Normativo ................................................................................ 18
2.5 Conhecimento Científico ................................................................................................ 20
2.5.1 Estratégia de Pesquisa ............................................................................................... 20
2.5.2 Critérios de Triagem.................................................................................................. 22
2.5.3 Critérios de elegibilidade .......................................................................................... 23
2.5.4 Resultados Gerais ...................................................................................................... 24
2.6 Objetivos da Dissertação ................................................................................................ 30
2.6.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 30
2.6.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 30
3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................... 31
3.1 Metodologia geral ........................................................................................................... 31
3.2 Postos de trabalho analisados ......................................................................................... 32
3.2.1 Limpeza profissional ................................................................................................. 32
3.2.2 Técnica de laboratório ............................................................................................... 34
3.2.3 Trabalho de escritório ao computador ....................................................................... 35
3.3 Materiais ......................................................................................................................... 36
3.4 Métodos de análise e avaliação postural ao risco de LMERT ........................................ 36
3.4.1 Questionário nórdico (NMQ) .................................................................................... 37
3.4.2 Método REBA (Rapid entire body assessment) ........................................................ 38
3.4.3 Avaliação da postural através dos acelerómetros Actigraph WGT3X-BT ................. 41
4 RESULTADOS e DISCUSSÃO ............................................................................................ 44
4.1 Caraterização da amostra................................................................................................ 44
4.2 Aplicação do questionário nórdico ................................................................................. 48
4.2.1 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de limpeza profissional...................... 48
4.2.2 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de Escritório ...................................... 50
4.2.3 Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de técnica de laboratório ................... 52
4.2.4 Sintomas músculo-esqueléticos nas atividades analisadas nos últimos 7 dias ......... 54
4.3 Análise REBA ................................................................................................................ 55
4.4 Técnica de Actigrafia ..................................................................................................... 61
4.4.1 Verificação da Hipótese 1 ......................................................................................... 61
4.4.2 Verificação da Hipótese 2 ......................................................................................... 63
4.4.3 Verificação da Hipótese 3 ......................................................................................... 65
4.5 Conclusões...................................................................................................................... 66
4.6 Perspetivas Futuras ......................................................................................................... 68
4.7 Recomendações .............................................................................................................. 69
5 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 71
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - O papel da Ergonomia (adaptado de Freitas, 2016) ....................................................... 5
Figura 2 - Objetivos da Ergonomia ................................................................................................. 7
Figura 3 - Principais elementos relativos aos fatores de risco de LMERT (Lesões Músculo-
Esqueléticas relacionadas com Trabalho) ..................................................................................... 10
Figura 4 - Cadeia de eventos originada pelas posturas mantidas (adaptado de Fewster, Gallagher,
& Callaghan, 2017) ....................................................................................................................... 11
Figura 5 - Representação dos eixos do equipamento Actigraph Gt3X+ ....................................... 17
Figura 6 - Primeiro grupo de palavras-chaves .............................................................................. 20
Figura 7 - Segundo grupo de palavras-chaves .............................................................................. 21
Figura 8 - Palavras chaves ............................................................................................................. 21
Figura 9 - Etapas da revisão bibliográfica ..................................................................................... 23
Figura 10 - Metodologia geral ....................................................................................................... 31
Figura 11 - Doze tarefas principais de limpeza nas escolas .......................................................... 32
Figura 12 - Postura adotada ao apanhar o lixo na atividade de limpeza ....................................... 33
Figura 13 - Postura adotada na atividade de laboratório ............................................................... 34
Figura 14 - Posturas adotadas na atividade de escritório .............................................................. 35
Figura 15 - Diagrama de representação das diferentes regiões corporais ..................................... 37
Figura 16- Folha de pontuação REBA [adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)] ............... 39
Figura 17 - Representação dos planos e eixos............................................................................... 42
Figura 18- Percentagem da amostra em cada atividade ................................................................ 44
Figura 19- Percentagem de idade em cada atividade .................................................................... 45
Figura 20- Peso e altura ................................................................................................................. 45
Figura 21 - Índice de massa corporal ............................................................................................ 46
Figura 22 - Escolaridade ............................................................................................................... 46
Figura 23 - Antiguidade na atividade ............................................................................................ 47
Figura 24 - Horas de trabalho ........................................................................................................ 47
Figura 25 - Sintomas nas atividades nos últimos 7 dias ................................................................ 54
Figura 26 – Média das contagens no eixo de Z por períodos de 10 s de cada participante nas suas
atividades . ..................................................................................................................................... 61
Figura 27 – Média das contagens em Z vs intensidade de dor nos últimos 7 dias. ....................... 62
Figura 28 – Mediana das contagens do VM vs intensidade de dor nos últimos 7 dias. ................ 63
VII
Figura 29 – Média do tempo sentado, por períodos de 10 s, de cada participante nas suas atividades.
....................................................................................................................................................... 64
Figura 30 - Moda do inclinómetro sentado de cada participante nas suas atividades por períodos
de 10 s ........................................................................................................................................... 65
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Setores da Ergonomia (International Ergonomics Association).................................... 7
Tabela 2 - Alguns exemplos de LMERT ...................................................................................... 13
Tabela 3 - Métodos observacionais simples, relacionados com fatores de risco da atividade, para
avaliação de LMERT .................................................................................................................... 14
Tabela 4 - Exemplos de métodos avançados ................................................................................. 14
Tabela 5 - exemplos de métodos direitos ...................................................................................... 15
Tabela 6 - Diplomas da Legislação Portuguesa aplicável á prevenção de LME .......................... 18
Tabela 7 - Diretivas Europeias relativas á prevenção de LMERT ................................................ 19
Tabela 8 - Normas Internacionais ISO relativas aos requisitos ergonómicos ............................... 19
Tabela 9: Síntese da fase de Triagem. ........................................................................................... 24
Tabela 10 - Critérios de Elegibilidade........................................................................................... 24
Tabela 11 - Resumo dos artigos selecionadas para o estudo......................................................... 25
Tabela 12 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo A [adaptado de (Hignett & Mc Atamney,
2000)] ............................................................................................................................................ 40
Tabela 13 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo B(adaptado de (Hignett & Mc Atamney,
2000).............................................................................................................................................. 40
Tabela 14 - Variáveis recolhidas pelo acelerómetro WGT3X-BT ................................................. 41
Tabela 15 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de limpeza profissional....................... 50
Tabela 16 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de escritório ........................................ 52
Tabela 17 - Sintomas músculo-esqueléticos na atividade de técnica de laboratório .................... 53
Tabela 18 - Análise das posturas, método REBA ......................................................................... 57
IX
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
GLOSSÁRIO/SIGLAS/ABREVIATURAS/…
XI
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
PARTE 1
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
1 INTRODUÇÃO
Santos, Solange 3
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
4 Introdução
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
2 FUNDAMENTAÇÃO DO TRABALHO
1
International Ergonomics Association. Data de acesso 11/03/2019, hora: 16:32https://www.iea.cc/whats/index.html
Santos, Solange 5
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Desde 1978 que são produzidos manuscritos relacionados com ergonomia e todo o seu envolvente.
No entanto, a aplicação da ergonomia remonta aos tempos mais longínquos como, por exemplo,
na época da invenção da roda. Assim sendo, o ser humano concentrou-se cada vez mais em tornar
o trabalho mais simples e eficaz. No século XX, a invenção dos computadores e sua utilização
nas empresas, permitiu a interação do homem com várias máquinas. Desde essa altura até à
atualidade, a obrigatoriedade de estar várias horas seguidas perante estes dispositivos dá origem a
várias conquistas mas também origina o desenvolvimento de vários problemas como, por
exemplo, lesões músculo-esqueléticas (Grandjean, 1998).
Até ao presente, a Ergonomia teve uma grande evolução, no entanto, constata-se que em muitos
países não é uma prática generalizada das organizações. Portugal não é exceção, de acordo com a
Base de dados Portugal Contemporâneo (PORDATA) as empresas dependendo da sua dimensão ,
(grandes, médias ou pequenas empresas), adotam uma estratégia diferente quanto a definição de
planos relativamente a Segurança, Higiene e Saúde do trabalho (SHST) (dos Santos, 2009).
As imposições do mundo atual originam muitas exigências ao trabalhador, tanto físicas bem como
psicológicas. É fundamental antecipar e prevenir falhas, imprecisões e defeitos de forma a reduzir
qualquer tipo de risco associado (Pheasant & Haslegrave, 2018).
Por fim, denota-se que um dos grandes objetivos da ergonomia como ciência, é garantir saúde e
segurança através da adaptação dos sistemas ergonómicos (Freitas, 2016).
Uma vez que, a ergonomia interliga vários aspetos de diferentes setores, como caraterísticas
antropométricas das sociedades, e também, os seus aspetos organizacionais, observa-se assim, os
diferentes ramos desta ciência através Tabela 1.
6 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Organização do trabalho
Sistema Acredita na melhoria de sistemas técnico e social, incluindo
Gestão de recursos humanos
organizacional estruturas organizacionais, políticas e seus processos.
Comunicação
Ao referir estes domínios da ergonomia, esta aplica conhecimentos e técnicas no qual deve abordar
todas as implicações físicas, cognitivas, sociais, organizacionais e ambientais. No sentido de
alcançar os objetivos a que a ergonomia se propõe deve-se aplicar os seguintes princípios como
mostra a Figura 2 (Freitas, 2016):
Analisar as
condições laborais
Identificar as
Introduzir medidas
capacidades fisicas
corretivas e
e psíquicas do
preventivas.
trabalhador
Reconhecer e
estimar a
quantidade de
trabalho
Santos, Solange 7
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
O meio de trabalho pode ser classificado sob diversos pontos de vista. A segurança, a saúde e o
conforto são os fatores essenciais para o profissional apresentar um bom desempenho e cumprir
com os seus deveres e responsabilidades profissionais.
Considera-se assim, dois tipos de trabalho seguintes:
• Estático
Trabalho que exige concentração contínua de alguns músculos para
manter uma determinada posição.
A postura é definida como a posição que corpo adota no espaço relacionando-se com a linha do
centro de gravidade, sendo a mais adequada aquela que exigir menor esforço muscular executando
todas as necessidades mecânicas (Barbosa, 2009).
O estudo da postura corporal engloba conceitos que estão particularmente relacionados com o
sistema do controlo postural.
Incorporado neste sistema há dois parâmetros a serem analisados, um que é a orientação postural
e o equilíbrio postural. A orientação postural representa a posição dos segmentos corporais em
relação às próprias divisões corporais e ao meio envolvente. O equilíbrio postural, é demonstrado
por correspondências entre as forças que atuam ao longo do corpo com a finalidade de uma
estabilidade corporal no decorrer das atividades motoras. Constata-se que orientação postural e o
equilíbrio postural são noções distintas, todavia, evidenciam características e qualidades que as
interligam (Masculo & Vidal, 2013).
8 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Santos, Solange 9
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
São inúmeros os fatores de risco que contribuem, para o desenvolvimento de dor, desconforto e
LMERT, entre os quais destacam-se os fatores individuais, movimentação manual de cargas,
posturas estáticas ou inadequadas, vibrações, pausas insuficientes, movimentos repetitivos,
ambiente térmico, fatores organizacionais e os fatores psicossociais. Onde alguns autores agrupam
estes fatores como pode observar-se na Figura 3 (Serranheira, Uva, & Lopes, 2008). É importante
referir que estes elementos contribuem para o aparecimento das LMERT atuam tanto de forma
isolada ou combinada2 .
Figura 3 - Principais elementos relativos aos fatores de risco de LMERT (Lesões Músculo-
Esqueléticas relacionadas com Trabalho)
2
https://osha.europa.eu/pt/themes/musculoskeletal-disorders. Acessado em 24/07/2019
10 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Em todas as profissões existem riscos associados à mecânica do ser humano, tais como a postura,
movimentos repetitivos, forças indevidamente aplicadas e compressão em zonas corporais.
A postura a ser adotada está relacionada com a organização do posto de trabalho, antropometria e
tipo de atividade a desempenhar, esta não pode ser considerada adequada se for forçada ou
demasiado estática.
Por norma, as exigências impostas aos trabalhadores que ultrapassam os limites nos seus postos
de trabalho estão relacionadas com a postura adotada por períodos longos, movimentos repetitivos,
más posturas de trabalho, má movimentação manual de cargas, lesões músculo-esqueléticas,
disposição irregular dos postos de trabalho, segurança e saúde no trabalho.
A postura de pé por longos períodos pode gerar várias ocorrências em cadeia como se apresenta
na Figura 4.
Figura 4 - Cadeia de eventos originada pelas posturas mantidas (adaptado de Fewster, Gallagher, &
Callaghan, 2017)
Santos, Solange 11
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
A repetibilidade dos movimentos pode ser medida de diferentes formas (Frota, 2016). E um
trabalho repetitivo é aquele que têm um tempo de ciclo igual ou inferior a trinta segundos. Onde
implica que ciclicamente os mesmos tecidos e músculos sejam utilizados.
Outros autores referem que, a realização de duas unidades de trabalho por minuto ou quando mais
de cinquenta por cento do ciclo de trabalho envolve um mesmo padrão de movimentos e uma
sequência de etapas que se repete é considerado um trabalho repetitivo (Serranheira et al., 2008).
A força exercida para execução de uma tarefa exerce uma carga mecânica no sistema músculo-
esquelético, principalmente em tarefas de levantar, transportar, empurrar, puxar, e no
manuseamento de objetos.
As características individuais de cada trabalhador, são fatores que devem ser considerados na
avaliação ergonómica, pois são fatores que tem uma grande importância para caraterizar o
trabalhador e enquadrar o mesmo de forma correta. Estas características são: peso, idade, sexo,
altura, características antropométricas, situação de saúde, estilo de vida, doenças, historial clínico,
hábitos de vida não saudáveis (tabagismo, alcoolismo, má alimentação). Para além disso o risco
para o trabalhador é maior quando se verifica a exposição a vários fatores de risco em simultâneo,
como por exemplo, a necessidade de efetuar movimentos manuais repetidos tendo que,
simultaneamente, efetuar força com a mão, gerando LMERT nos membros superiores.
Não obstante, é de mencionar que se encontram reduzidas matérias sobre assuntos
epidemiológicos que concedam a relação das características a avaliar e explorar. (Karwowski &
Marras, 2003).
Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho “as lesões músculo-
esqueléticas são uma das doenças mais comuns relacionadas com o trabalho. Afetam milhões de
trabalhadores europeus, com um custo de milhares de milhões de euros para as entidades
patronais.”
Portanto, as LMERT são lesões que obrigam à paragem do trabalho, causando dor e desconforto
ao mesmo. Esta dor não é só física, mas também psicológica, e estas resultam por posturas adotadas
indevidas, movimentos repetitivos, local de trabalho impróprio e fatores psicossociais como stress
e pressão.
12 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Os métodos ergonómicos para avaliar a exposição física ao risco a LMERT, são procedimentos
que avaliam de forma qualitativa e quantitativa as circunstâncias de trabalho que promovem as
LMERT. A atividade profissional pode ser avaliada tendo em conta a intensidade, a repetibilidade
e o tempo de cada tarefa. Estes métodos podem ser: questionários de autoavaliação, métodos de
observação, métodos observacionais avançados e métodos diretos(J. F. Silva, 2012).
Existem vários questionários de autoavaliação para avaliação de risco a LMERT. Este contém
perguntas, às quais os trabalhadores respondem com descrições relativas à dor e desconforto. Há
outras formas de avaliar os trabalhadores como por exemplo a autoavaliação através de vídeos de
tarefas ou questionários na internet (G. C. David, 2005).
Estes métodos são apelativos uma vez que são acessíveis e de baixo custo, quando comparados,
por exemplo, aos métodos práticos. Tem a vantagem de poder ser utilizado em larga escala, ou
seja, para grandes amostras em curtos períodos. (Bao, Silverstein, Howard, & Spielholz, 2006).
Os questionários de autoavaliação mais referenciados são:
• Questionário Nórdico Estandardizado (Kuorinka et al., 1987)
• Avaliação do desconforto postural (E Nigel Corlett & Bishop, 1976)
A desvantagem destes métodos é a informação prestada pelos colaboradores que não demonstra
muita exatidão e, por vezes não é fiável (G. C. David, 2005)
Os métodos de observação recorrem aos sensores corporais para obter informações sobre a
atividade profissional e o seu ambiente em redor. Estes são observações simples e avançadas, tais
como, recolha de notas em papel e lápis, filmar ou gravar áudio (Bao et al., 2006).
Tabela 3 descreve um resumo de alguns métodos de análise, que são métodos ergonómicos de
avaliação do risco a LMERT, e têm como objetivos avaliar tarefas com movimentos repetitivos e
posturas forçadas ou inadequadas.
Santos, Solange 13
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Tabela 3 - Métodos observacionais simples, relacionados com fatores de risco da atividade, para
avaliação de LMERT
Método Autor Descrição Segmento
corporal
RULA (Rapid
(McAtamney & Membros
Upper Limb Análise do risco através das posturas adotadas.
Corlett, 1992) superiores
Assessment)
Avalia 6 variáveis da tarefa executada: intensidade do esforço,
Extremidades
(Moore & Garg, duração do esforço por ciclo de trabalho, número de esforços
SI (Strain Index) membros
1995) por minuto, postura da mão/pulso, velocidade de execução e
superiores
duração da tarefa por dia.
OCRA
(Stanton, Hedge, Avalia o risco através das posturas adotadas, a repetibilidade, a
(Occupational Membros
Brookhuis, Salas, & frequência, a força a duração do trabalho, as pausas e outros
Repetitive superiores
Hendrick, 2004) fatores.
Actions)
Coluna,
OWAS (Ovako
(Karhu, Kansi, & Avalia a postura da coluna, membros superiores e inferiores e Membros
Working Posture
Kuorinka, 1977) da força muscular envolvida. superiores e
Analysis System)
inferiores
REBA (Rapid Avaliação do risco através da postura do corpo inteiro
(Hignett & Mc
Entire Body desenvolvido para avaliar posturas de trabalho imprevisíveis. Corpo inteiro
Atamney, 2000)
Assessment) Inclui força envolvida, carga e a pega.
LUBA (Loading Avaliação do risco da carga postural dos membros superiores Tronco e
(Kee &
on the Upper em posturas sentadas e posturas em pé, face ao tempo de membros
Karwowski, 2001)
Body Assessment) manutenção e ao desconforto observado. superiores
Avaliação da frequência dos movimentos da mão/pulso, picos
HAL (Hand Membros
(Latko et al., 1997) de força e outros fatores, em ciclos de trabalho de 4 ou mais
Activity Level) superiores
horas.
KILBOM Avaliação do risco aos movimentos repetitivos dos membros
Membros
(Guidelines (Kilbom, 1994) superiores. Para cada região corporal são indicados os limites de
superiores
for”Practitiones”) frequência de movimentos repetitivos.
Lista de verificação de fatores de risco para determinação de Membros
OSHA Checklist (Silverstein, 1997)
problemas que necessitem de avaliação mais específica. superiores
(Christmansson, Avaliação de risco postural das mãos e braços em tarefas e Membros
HAMA
1994) atividades que requerem o uso de membros superiores. superiores
Cabeça,
(E N Corlett, Modelo para registo de posturas através da colocação de marcas tronco,
Posture
MADELEY, & em gráficos, em forma de alvo, que descrevem o desvio angular membros
Targetting
Manenica, 1979) de cada segmento corporal relativa a postura de referência. superiores e
inferiores.
Lista de verificação que serve para identificar fatores de risco de
LMERT, constituída por questões relacionadas a posturas Identificação
(E N Corlett et al.,
Plibel inadequadas, movimentos de trabalho extenuantes, aspetos de fatores de
1979)
relacionados com ferramentas, com o posto de trabalho, com risco.
fatores ambientais e organizacionais.
Lista que avalia a exposição ao risco de LMERT
QEC (Quick (G. David, Woods, Coluna,
providenciando informação para intervenções ergonómicas.
Exposure Li, & Buckle, Membros
Entre outros são avaliadas as posturas e movimentos repetitivos
Checklist) 2008) superiores.
do posto de trabalho a realizar numa determinada tarefa.
14 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
THE
OBSERVER (Devereux, São sistemas 2-D ou 3-D que registam movimentos do corpo e posturas
1999), adotadas em duas e três dimensões através de filmagem.
VICON
Os métodos diretos equipamentos são colocados diretamente no corpo do trabalhador e assim desta
forma recolher variáveis que caraterizam a exposição a LMERT. Estes métodos são de fácil
utilização, baratos e conseguem fazer uma caracterização minuciosa sobre a postura adotada.
Pode-se observar alguns exemplos de métodos diretos na Tabela 5.
Tabela 5 - exemplos de métodos direitos
Método Referências Descrição
(Chen & DAVID R
Eletromiografia BASSETT, 2005). Realiza e processa sinais mio elétricos para analisar tensão e
(EMG) fadiga muscular
A técnica de actigrafia é utilizada para registar e avaliar atividade física por um longo período.
Esta técnica tem sido usada em várias áreas científicas como: medicina, saúde ocupacional,
Santos, Solange 15
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
O ActiGraph GT3X é um monitor de atividade (ou seja, acelerómetro) usado para avaliar a
atividade física dos seres humanos, e é um dos equipamentos mais utilizado na técnica de
actigrafia, por ser de baixo custo, de fácil utilização, por fazer a monitorização dos movimentos
até 25 dia, mede através da aceleração em três planos ortogonais individuais (VT, AP e médio-
lateral ML) e fornece a contagem de atividade como uma magnitude vetorial composta desses três
eixos (VM3) (ActiGraph, 2014).
16 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Este modelo tem sensores triaxial que permitem detetar as acelerações nos planos vertical (X),
horizontal direita-esquerda (Y) e horizontal frente-trás (Z) como mostra a Figura 5, como também
a inclinação. Este dipositivo permite também verificar se o aparelho está a ser usado ou não. É
possível programar a data/hora de início e fim da recolha tornando-se bastante útil quando
queremos analisar a atividade física ao longo de vários dias, diferenciado as alturas do dia em que
o sujeito, por exemplo, está a dormir (ActiGraph, 2014).
Verifica-se que existem cinco métodos de avaliação. A metodologia a adotar é bastante importante.
Na atualidade, os métodos de observação são os mais utilizados para profissionais com tempo e
recursos limitados.
Santos, Solange 17
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Decreto Regulamentar nº 6/2001, de Lista das Doenças profissionais e seus Ministério do trabalho e da
5 de maio respetivos índices codificados. solidariedade, 2001)
Lei nº 7/2009 de 12 de fevereiro Aprovação a revisão do código do (Assembleia da república,
trabalho. 2009a)
Decreto-Lei nº. 352/2007, de 23 Tabela nacional de incapacidades. Ministério do trabalho e da
fevereiro solidariedade social,
2007b)
Decreto Regulamentar nº 76/2007 Alteração dos capítulos 3º e 4º da lista Ministério do trabalho e da
de 17 de julho das doenças profissionais. solidariedade social,
2007b)
18 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Diretivas Descrição
2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Prescrições mínimas de segurança e saúde em matéria de exposição dos
concelho, de 25 de junho de 2002 trabalhos aos riscos devidos aos agentes físicos (vibrações) ou a tarefa
especifica.
90/269/CEE do concelho, de 29 de maio de Prescrições relativa às condições mínimas de requisitos de segurança para o
1990 manuseamento manual de cargas.
90/270/CEE Prescrições relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde aplicáveis
ao trabalho com equipamento de ecrã.
89/391/CEE, de 12 junho de 1989 Prescrições relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria
da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho.
Existem ainda , as ISO normas criadas pela Organização Internacional de Padronização (ISO), que
tem como objetivo melhorar a qualidade dos produtos e serviços das organizações mundiais, as
mesmas são aplicadas em varias áreas como: qualidade , ambiente, segurança e saúde relacionadas
com segurança e saúde no trabalho como mostra Tabela 8.
ISO 11064-4:2013 Design ergonómico de centros de controlo- parte 4: layout e dimensões de postos de
trabalho.
ISO 11228-3-2007 Movimentação manual- Parte 3: Manipulação de cargas leves a elevadas frequências.
Santos, Solange 19
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
A pesquisa foi desenvolvida através de 5 bases de dados: Academic Search Complete, Scopus,
Science Direct, Pubmed, Web of Science, com base nas palavras-chaves estruturadas.
Está revisão bibliográfica foi direcionada na leitura de artigos que abordam conteúdos relacionados
avaliação ergonómica em contexto real de trabalho, aplicação de técnicas ergonómicas para avaliar
dor e desconforto ao risco a LMERT. Assim as palavras-chaves selecionadas foram agrupadas em
dois grupos como mostram as Figura 6 e Figura 7.
Métodos
Risco Ergonómico
Repetitividde de
movimentos
Normas
20 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Parametros
Quantificação de
movimento
Identificação de
Posição
Associação dos
parametros ao risco
de Lesão músculo-
esqueletica no
trabalho
Figura 7 - Segundo grupo de palavras-chaves
2º Musculoskeletal injuries
3º Posture assessment
4º Repetitive movements
5º Quantification of Movements
6º Actigraphy
Estas combinações formadas, utilizadas nas bases de dados, obtiveram um total de 68977 registos.
Os primeiros dados sem filtros tiveram os seguintes valores (6718 do Scopus, 7949 da Pubmed,
19116 da Science Direct, 2782 da Web of Science, da Academic Search Complete 32409 e registos
identificados noutras fontes).
Santos, Solange 21
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
O critério de triagem foi aplicado em três fases de exclusão. Na primeira fase, foi aplicada através
dos filtros de pesquisa das bases de dados para obtenção de resultados relevantes. O primeiro
critério foi “Date” onde os anos selecionados foram 2014 a 2019. Este período foi definido pois
são interessantes os artigos mais recentes relacionados com as metodologias de análise
ergonómica. O segundo critério foi “Document Type” onde foram selecionados apenas os artigos,
o terceiro critério foi “Source type” onde foram selecionados apenas os jornais e o quarto critério
foi “Language” onde foram escolhidos apenas os artigos em inglês, tendo como resultado 489
artigos. Uma vez que vários destes artigos foram duplicados, foi feita uma segunda exclusão e
obteve-se um total de 189 artigos. A terceira fase de exclusão seguiu as seguintes diretrizes:
a) Foram analisados os títulos e os resumos dos artigos. Caso uma das condições
seguintes não se fizesse cumprir os artigos não eram selecionados.
✓ Estudos que não aplicavam técnicas ergonómicas de autorrelato,
observação e medição de atividade física;
✓ Estudos que não faziam avaliação ergonómica corpo-inteiro;
✓ Estudos que não têm como amostra mulheres;
✓ Estudos que não utilizavam Actígrafo.
b) Os artigos com texto completo foram recorridos, sempre que o título e o resumo
fornecessem informações suficientes.
A partir desta fase, foram selecionados 189 artigos, para determinar se os critérios de seleção foram
cumpridos.
22 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
busca (n = 489)
Santos, Solange 23
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Após a conclusão da primeira fase foram identificados 68977 artigos, depois de aplicar a fase de
exclusão obtive um total de 489 artigos destes 200 eram duplicados, depois de excluir os
duplicados obtive um total de 189 artigos que passaram a fase final. Depois de ler os resumos que
estavam dentro do grupo de palavras-chaves selecionadas, após leitura dos resumos e validação
do grupo de palavras chaves escolhidas foram removidos 98 artigos. Assim aplicado os critérios
de elegibilidade como mostra a tabela
Tabela 10.
Artigo de revisão 10 81
24 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
Computational Methods For Shaopeng Liu1, (2011) EUA ND O objetivo deste estudo foi produzir uma metodologia
Estimating Energy Robert X. Gao1, Acelerómetros e sensores de computacional válida, confiável para estimar o gasto
Expenditure In Human And Patty S. pressão dos pés energético através dos sensores.
Physical Activities Freedson
PhysicalActivity Monitoring Kristin Taraldsena, (2011) Noruega ND Este estudo tem como objetivo fazer revisão sistemática
By Use Of Accelerometer- Sebastien F.M. Acelerómetros a literatura sobre variáveis de atividade física derivadas
Based Body-Worn Sensors In Chastinb, Ingrid I. de sensores durante o monitoramento a longo prazo em
Older Adults: A Systematic Riphagenc, Beatrix idosos saudáveis e em tratamento.
Literature Review Of Current Vereijkend,
Knowledge And Jorunn L.
Applications Helbostada.
Santos, Solange 25
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Individual And Work-Related Oha, Kristel (2014) Estónia Questionário nórdico 415 Objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de dor
Risk Factors For Animägi, Liina (NMQ) músculo-esquelética (NMQ) por região anatômica
Musculoskeletal Pain: A Pääsuke, Mati durante os últimos 12 meses e investigar sua associação
Cross-Sectional Study Among Coggon, David com características pessoais e fatores de risco
Estonian Computer Users Merisalu, Eda relacionados ao trabalho entre trabalhadores de
escritório estonianos usando computadores.
An Ergonomic Assessment Of Mork, Meshel A (2015) Bodymap e REBA Este estudo tem como objetivo fazer uma revisão da
Sample Preparation Job Choi, Sang D ND literatura ergonômica e de segurança indicou uma falta
Tasks In A Chemical de informações de avaliação postural para tarefas de
Laboratory trabalho dentro de um laboratório químico.
Multi-Instrument Assessment Sema Can1, Nevin (2015) Turquia Questionário de avaliação 50- Mulheres Este estudo tem como objetivo avaliar atividade física
Of Physical Activity In Female Gündüz2, Erşan de atividade física (7-d em trabalhadoras de escritório.
Office Workers Arslan3, Elżbieta PAAQ), um multisensor e
Biernat4, Gülfem um pedômetro
Ersöz2, And Bülent
Kilit1
The Influence Of Vessel Tomas Breidahl1, (2015) Dinamarca SenseWear Pro 3 4 Este estudo tem como objetivo, de explorar a relação
Movements On The Michael entre a exposição aos movimentos do navio e os gastos
Energy Expenditure Of Christensen2, energéticos dos pescadores durante várias atividades
Fishermen In Relation To Jørgen Riis físicas a bordo.
Activities And Occupational Jepsen3, Øyvind
Tasks On Board Omland1
Veronesi Index Of Ergonomic Junior, José (2015) ND REE-ARMS e OCRA 139 postos de trabalho Avaliar a confiabilidade da ferramenta REE-ARMS em
Risk For Activities Repetitive Ronaldo Veronesi comparação com a ferramenta OCRA para análise de
Of Members Upper Limbs Pereira, Rodrigo risco ergonômico.
Marçal
Da Silv, Rodiney
Pereira
An Activity Index For Raw Bai, Jiawei (2016) ND acelerômetro triaxial 194- Mulheres Este estudo fornece uma proposta inovadora e
Accelerometry Data And Its Di, Chongzhi (ActiGraph GT3X transparente para simplificar dados de acelerométrica
Comparison With Other Xiao, Luo em bruto amostrados claramente como pode servir
Activity Metrics Evenson, Kelly R como uma alternativa para todos os níveis de
Lacroix, Andrea Z intensidade. A atividade sedentária melhorou
Crainiceanu, amplamente a sensibilidade em sedentarismo e
Ciprian M atividades leves sobre níveis de intensidade e
Buchner, David M intensidade sedentária e ativa demonstram ainda mais
sua vantagem em estudos com adultos.
26 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Differential Actigraphy For M Rabuffetti1,3, P (2016) Itália acelerômetros triaxiail 31 Este estudo tem como objetivo apresenta um novo
Monitoring Meriggi1, C (programáveis método para a actigrafia diferencial, que requer as
Asymmetry In Upper Limb Pagliari1, P eZ430-Chronos, Texas medições sincronizadas de dois acelerômetros triaxial,
Motor Activities Bartolomeo2 Instruments, EUA) (programáveis eZ430-Chronos, Texas Instrumentes,
And M Ferrarin1 EUA) colocados simetricamente em ambos pulsos.
Prevalence And Postural Risk Falaki, S H (2016) Irão Questionário nordico 168 Este estudo foi realizado para determinar a prevalência
Factors Associated With Akbari, H (NMQ) e os fatores de risco posturais associados a distúrbios
Musculoskeletal Disorders Hannani, M osteomusculares entre o pessoal do laboratório médico
Among Medical Laboratory Derakhshan, M em Kashan em 2012
Personnel In Kashan In 2012 Kashani, M M
Redesign The Cleaning Tools Ming-Hsu Wangbi- (2016) OWAS 30 Este estudo fez análise da postura adotadas pelos
From Analysis Of Working Hui Chenwen-Ko EUA trabalhadores através do método OWAS para
Postures At A Cleaning Job Chiou redesenhar as ferramentas de limpeza assistente. eles
Using The Task Analysis And associam comprimento das ferramentas pelas alturas
OWAS Methods dos trabalhadores e o ângulo da ferramenta de limpeza.
Assim a reformulação dos materiais/ferramentas
ajudaria os trabalhadores de limpeza a trabalharem sem
posturas com extensão excessiva, para reduzir a má
postura.
The Importance Of Coelho, C., (2016) Suíça Checklist OSHA, RULA e 1300 O objetivo deste estudo foi fazer avaliação ergonómica
Ergonomics Analysis In Oliveira, P., Maia, Equação NIOSH e implementar condições de trabalho que evitem o
Prevention Of Msds: A Pilot E., Maia, J., & aparecimento de lesões músculo-esqueléticas.
Study Dias-Teixeira
A Study On The Ergonomic Tee, Kian Sek (2017) ND RULA e REBA ND Este artigo pretende revisar as abordagens e
Assessment In The Low, Eugene instrumentos utilizados pelos trabalhos anteriores dos
Workplace. Saim, Hashim pesquisadores na avaliação da ergonomia
Wan Zakaria, Wan
Nurshazwani
Khialdin, Safinaz
Binti Mohd
Isa, Hazlita
Awad, M I
Soon, Chin Fhong
Comparison Of Two Pfister, T., (2017) ND acelerômetros ActiGraph 266 Pesquisa sobre atividade física e comportamento
Accelerometers For Matthews, C. E., GT3X + e ativPAL3 sedentário é a avaliação precisa da exposição no
Measuring Physical Activity Wang, Q., Kopciuk, contexto dos desfechos da doença. Os objetivos
And Sedentary Behaviour K. A., Courneya, primários deste estudo foram avaliar a validade
K., & Friedenreich, convergente e a confiabilidade dos acelerômetros
C ActiGraph GT3X + e ativPAL3.
Santos, Solange 27
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Neck And Upper Extremity Jenny Gremark (2017) ND Questionário nórdico 291- Mulheres Este estudo explora as associações entre condições de
Pain In Sonographers – Simonsen, Anna (NMQ) trabalho e dor músculo-esquelética com base na
Associations With Axmon, Catarina frequência e intensidade da dor no pescoço e nas
Occupational Factors Nordander, extremidades superiores.
Ingerarvidsson
The Effect Of Standing Fewster, Kayla M. (2017) ND EMG 31 Este estudo teve como objetivo avaliar algumas
Interventions On Acute Low- Gallagher, Kaitlin intervenções em pé comumente implementadas, em
Back Postures And Muscle M. diferentes posições em pé (Nível de Solo (controle),
Activation Patterns Callaghan, Jack P. Inclinado, Elevado e Escalonado) por 5 min cada. O uso
de uma superfície elevada mudou a postura da coluna
lombardos participantes de tal forma que os
participantes ficaram em uma postura mais flexionada
da coluna lombar.
Can Exposure Variation Be Letícia (2018) ND Analise de variância de 18- Mulheres Este estudo investigou os efeitos agudos de alterar o
Promoted In The Shoulder Bergamin Januario, medidas repetidas (RM- ritmo de trabalho e implementar dois tipos de pausa
Girdle Muscles By Modifying Pascal Madeleine, ANOVA) durante uma tarefa de montagem. onde os trabalhadores
Work Pace And Inserting Marina Machado realizaram uma tarefa simulada em quatro condições
Pauses During Simulated Cid, Afshin diferentes: 1) lentidão ou 2) ritmo de trabalho rápido
Assembly Work? Samani, Na Beatriz com 3) pausas passivas ou 4) ativas a cada dois minutos.
Oliveira
Comparison Of Work-Related Jeong, Han-Seur (2018) Coreia do Sul Questionário nórdico 293 Este estudo teve como objetivo comparamos a
Musculoskeletal Symptoms Suh, Byung-Seong (NMQ) frequência sintomatologia dos músculo-esqueléticos e
Between Male Cameramen Kim, Soo-Geun avaliação de risco ergonômico entre os dois grupos.
And Male Office Workers Kim, Won-Sool
Lee, Won-Cheol
Son, Kyung-Hun
Nam, Min-Woo
Ergonomic Assessment Of Isler M, Küçük M, (2018) Turquia REBA, OWAS e PLIBEL O objetivo deste estudo é avaliar e comparar os
Working Postures In Clothing Guner M ND trabalhadores do setor de vestuário, através de três
Sector With Scientific métodos diferentes, a fim de determinar as posturas de
Observation Methods trabalho, identificação dos fatores de stress do sistema
músculo-esquelético e as exposições dependendo das
posturas de trabalho.
Long-Term Effects Of Sit- Zhu, W (2018) China biomarcadores 36 O objetivo deste estudo foi avaliar o tempo de espera no
Stand Workstations On Gutierrez, M local de trabalho, com biomarcadores e a produtividade
Workplace Sitting: A Natural Toledo, M J do trabalho durante um redesign do local de trabalho,
Experiment Mullane, S que incluiu a instalação de estações de trabalho seat-
Stella, A P stand.
Diemar, R
Buman, K F
Buman, M P
28 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Work-Related Mohammadipour, (2018) Kerman RULA e ROSA 129- Mulheres, 121- O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de
Musculoskeletal Disorders In F., Pourranjbar, M., homens distúrbios músculo-esqueléticos (DME) e os riscos
Iranian Office Workers: Naderi, S., & Rafie, ergonômicos para os trabalhadores do escritório da
Prevalence And Risk Factors F Universidade de Medicina de Kerman.
Validation of the VitaBit Sit– (2018) Holanda VitaBIt Sit-Stand Tracker ND O objetivo do estudo foi estudar comportamento
Stand Tracker: Berninger, Nathalie sedentário (SB) e suas consequências prejudiciais e se
DetectingSitting, Standing, ten Hoor, Gill pode ser compensado por através de atividade física
and Activity Patterns moderada a excessiva (AF).
Plasqui, Guy
A Comparison Of Physical Buchan, D S (2019) Reino Unido ActiGraph GT3X 55 O objetivo deste estudo foi avaliar a concordância entre
Activity From Actigraph Mcseveney, F várias medidas de atividade usando dados de aceleração
GT3X+ Accelerometers Worn Mclellan, G bruta de acelerômetros usados simultaneamente no
On The Dominant And Non- pulso dominante e não dominante.
Dominant Wrist
Intra-Rater And Inter-Rater Schwartz, Adam H (2019) EUA REBA ND Esta estudo tem como objetivo comprovar a
Reliability Of The Rapid Albin, Thomas J confiabilidade dos relatórios da REBA.
Entire Body Assessment Gerberich, Susan G
(REBA) Tool
Santos, Solange 29
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
Este estudo tem como objetivo avaliar a dor, desconforto e o risco de lesões músculo-esqueléticas
em atividades sedentárias e dinâmicas, através de métodos convencionais e comparar com
indicadores de um sistema alternativo de avaliação, baseado em dados de actigrafia.
Os objetivos específicos são derivados do objetivo geral do trabalho e são apresentados como:
• Determinar a prevalência de sintomatologia músculo-esquelética através do questionário
nórdico;
• Avaliar os movimentos e execução de tarefas em contexto real através do método REBA;
• Evidenciar a possibilidade de uso da técnica de actigrafia através da recolha dos seus
parâmetros para prever a dor e o desconforto e o risco de lesão músculo-esquelética, através
de indicadores de posição e atividade.
Santos, Solange 30
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
3 MATERIAIS E MÉTODOS
A análise ergonómica foi realizada em contexto real de trabalho, a 32 trabalhadoras das quais 14
funcionárias de limpeza profissional, 4 técnicas de laboratório e 14 funcionárias de escritório, com
a utilização da metodologia apresentada na
Figura 10. Estes postos de trabalho foram escolhidos, pelo fato das tarefas serem variadas e
apresentarem ciclos temporais longos e normalmente adotarem posturas inadequadas ao longo do
dia de trabalho, fatores estes, que são indutores de dor, desconforto e ao risco de LMERT. Dessa
forma, a pesquisa bibliográfica foi uma constante em quase todas etapas da metodologia.
Dado o ciclo de trabalho de cada atividade escolhida e pelo fato de cada trabalhadora efetuar a
função em permanência, foi aplicado o questionário nórdico músculo-esquelético (ANEXO VIIII)
em versão portuguesa para identificar as principais queixas de dores e desconforto das
trabalhadoras, e identificar os potenciais fatores de risco de LMERT na perspetiva das
trabalhadoras. As respostas a este questionário forneceram um suporte às técnicas utilizadas na
análise ergonómica dos postos de trabalho e na escolha das tarefas mais críticas, que seriam alvo
de análise e orientações para o estudo.
Escolha do tema
Observação dos
Revisão bibliográfia
trabalhadores
Recolha de dados
Conclusão e perspetivas
futuras
Santos, Solange 31
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Este estudo representa uma investigação que inclui uma declaração amplamente definida da
vontade do participante fazer parte do projeto e em cooperar com o investigador e os outros
participantes no processo.
Na pesquisa qualitativa, foram considerados os seguintes aspetos éticos: explicação detalhada do
ensaio e registos, o esclarecimento sobre finalidade e objetivos específicos do estudo, garantia da
confidencialidade e anonimato das declarações (através da atribuição de um código de conduta a
cada participante).
32 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
A observação em contexto real de trabalho permitiu constatar fatores que podem influenciar a dor
e desconforto e ao risco de LMERT, na atividade de limpeza profissional que são:
• Movimentos repetitivos ou contínuos;
• Flexão e torção da coluna;
• Posturas inadequadas com os joelhos e braços como mostra a Figura 12;
• Pausas reduzidas;
• Equipamentos de trabalho não ergonómicos;
• Ausência de formação por parte das trabalhadoras.
Santos, Solange 33
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
34 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Santos, Solange 35
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
3.3 Materiais
Para recolha de dados e tratamento dos mesmos foram utilizados os seguintes materiais:
• Máquina fotográfica Canon 700D;
• 3 acelerómetros Actigraph WGT3X-BT e 3 cabos;
• Software ActiLife6 (versão 6.1.2.1; Cary, NC; USA);
• Software Microsoft Excel 2016.
36 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
postural com a utilização do equipamento Actigraph WGT3X-BT por ser um equipamento que
avalia a atividade física por um longo período, por ser barato e de fácil utilização.
O questionário NMQ tem como objetivo identificar as regiões afetadas pela sintomatologia de dor,
desconforto e LME.
Foi utilizada a versão traduzida e validada, para a população portuguesa, que contem questões
individuais (demográficas e antropométricas) como: idade, sexo, peso, altura, estado civil, horas
de trabalho, há quantos anos encontra-se a exercer a atividade e três questões relacionadas com
nove regiões anatómicas, sendo elas, o pescoço, ombros, cotovelos, punhos/mãos, região torácica,
região lombar, ancas/coxas, joelhos, tornozelo/pés.
As questões estão relacionadas com cada área anatómica sendo possível constatar se os
trabalhadores tiveram dores nos últimos 12 meses e nos últimos 7 dias e se procuraram ajuda
médica ou tiveram de se ausentar do trabalho. Para o levantamento do nível de dor, foi solicitado
às trabalhadoras que indicassem o grau de intensidade avaliado numa escala de dor de 0 a 10, e
ainda contém um diagrama para identificar todos os segmentos corporais envolvidos e a sua
respetiva escala de dor como mostra a Figura 15 (Kuorinka et al., 1987)
Santos, Solange 37
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
O método REBA (Rapid Body Assessment) analisa as posturas adotadas nos postos de trabalho
(Hignett & Mc Atamney, 2000).
Este método analisa a postura quanto aos riscos músculo-esqueléticos das tarefas executadas,
baseando-se fundamentalmente em seis princípios:
• Desenvolver uma análise postural aos riscos músculo-esqueléticos em diversas tarefas;
• Os segmentos corporais são divididos e codificados individualmente com referência ao
plano referencial;
• A atividade muscular é regida por um sistema de pontuação e classifica as posturas como:
estáticas, dinâmicas, mudança repentina e instável;
• Considerar a pega na manipulação das cargas;
• Implementa um nível de ação e indicação de urgência de medidas corretivas;
• Utiliza equipamento básico (papel e lápis).
O método REBA é aplicado em seis passos: observação da tarefa, seleção das posturas para
avaliação, atribuição de pontuação às posturas, efetuar o tratamento das pontuações, estabelecer
a pontuação final do REBA e, por último confirmar o nível de ação e a urgência das respetivas
medidas (Hignett & Mc Atamney, 2000).
Selecionadas as posturas para avaliação, os critérios a usar podem ser as posturas repetidas com
mais frequência, as posturas mantidas por mais tempo, as que exigem maior força e atividade
muscular, as posturas identificadas como causadoras de desconforto, as extremas, instáveis e as
posturas complexas que exigem aplicação de força.
O método utiliza uma folha de pontuação, onde são classificados os segmentos corporais para
depois pontuar, de acordo as posturas e os níveis de ação como mostra a Figura 16, a pontuação é
feita por dois grupos A e B, em que:
• Grupo A: tronco, pescoço, pernas;
• Grupo B: braços, antebraço, pulsos.
As pontuações das posturas do grupo B são efetuadas de forma separada para o lado direto e
esquerdo, tal como mostra a Figura 16.
38 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Figura 16- Folha de pontuação REBA [adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)]
As atribuições das pontuações dependem da posição, e deve ser feito o ajuste adicionado ou
subtraindo pontos nos diferentes segmentos corporais dos grupos A e B, utilizados as Tabela 12
e Tabela 13
Santos, Solange 39
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Tabela 12 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo A [adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)]
Tabela 13 - REBA: Pontuações e ajustes para o grupo B(adaptado de (Hignett & Mc Atamney, 2000)
Braço Posição Pontuação Alterações à pontuação
Extensão 20º a flexão 1 +1 de houver adução ou rotação de
20º braço
Extensão > 20º Flexão 2 +1 se elevar o ombro
20º-45º
-1 se apoiado suportando o peso do
Flexão 45º-90º 3 braço
Flexão >90º 4
Antebraço Movimento Pontuação Alterações à pontuação
Flexão 60º-100º 1
Flexão < 60 Flexão >
100º
2
Pulso Movimento Pontuação Alterações à pontuação
Flexão/extensão 0º - 1
15º
+1 se houver desvio ou rotação do
Flexão/extensão 2 pulso
>15º
40 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Neste estudo o equipamento ActiGraph GT3X foi utilizado como uma nova possibilidade para
avaliação ergonómica das posturas adotadas no trabalho ao risco de LMERT.
Foram utilizados os 3 acelerómetros triaxial ActiGraph WGT3X-BT que foi colocado, firmemente
na cintura, sobre a anca (espinal ântero-superior) no lado direto do corpo, no pulso direito e no
tornozelo esquerdo de acordo com as especificações do fabricante.
Os acelerómetros foram previamente programados de acordo com o horário de trabalho, para
efetuarem medições de uma hora e por precaução, foram programados para iniciar cinco minutos
antes e terminar depois do tempo destinado a fazer a medição. Posteriormente, no software
ActiLife, foram selecionados os dados referentes o tempo útil de medição.
A frequência de amostragem deste monitor foi estabelecida em períodos de 30 Hz e 10 épocas para
coletar contagens de atividades do estudo.
O intervalo de recolha (épocas), foi recolhido tendo em conta as caraterísticas das atividades típicas
das trabalhadoras, permitindo num curto espaço de tempo analisar as acelerações realizadas, ou
seja, épocas de 10 segundos. Sendo assim, foram recolhidos, por trabalhadora, 360 momentos de
avaliação (Berninger, ten Hoor, & Plasqui, 2018).
Santos, Solange 41
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Os dados depois de exportados para o Excel foram tratados estatisticamente, foi efetuada uma
análise exploratória dos dados com o intuito de relacionar a sintomatologia de dor e o desconforto
através da atividade física ao risco de LMERT.
Os parâmetros extraídos do equipamento para serem analisados foram:
▪ contagens no plano sagital do eixo transversal (Z) - pois é o eixo que representa a flexão,
extensão e hiperextensão da coluna, como mostra a Figura 17 ;
▪ o inclinómetro sentado - para verificar a prevalência de posição do sistema músculo-
esquelético;
▪ o vetor de magnitude VM - para verificar a magnitude vetorial através da soma dos 3
eixos x, y e z - com estes parâmetros realizou-se uma análise descritiva utilizando os
valores da média, mediana, moda, desvio padrão, variância.
42 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
PARTE 2
Santos, Solange 43
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O foco principal desta dissertação foi a avaliação ergonómica com aplicação de diferentes técnicas.
As avaliações ergonómicas foram realizadas, em contexto real de trabalho. Estas as análises e
observações efetuadas incidiram nos movimentos musculares e nas posturas adotadas, pois
representam a sintomatologia de dor e desconforto e um elevado risco de desenvolver lesões
músculo-esqueléticas.
As técnicas aplicadas foram:
• O NMQ - avalia a prevalência e identificar as regiões afetadas pela sintomatologia de dor,
desconforto e lesões músculo-esqueléticas;
• O método REBA - avalia as posturas imprevisíveis nos postos de trabalho e analisa os
riscos músculo-esqueléticos nas mais variadas tarefas.
• Evidenciou-se estes métodos tradicionais com uma nova possibilidade para análise
postural utilizando os equipamentos Actigraph WGT3X-BT.
Os resultados deste estudo são apresentados em forma de gráficos e figuras com intuito de
sistematizar toda informação obtida.
44% 44%
12%
44 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Neste estudo todos indivíduos são do sexo feminino e são destras, isto é, a mão dominante é a
direita.
A amostra é caraterizada com o mínimo de 22 anos e máximo superior a 50 anos de idade, onde
cerca de 9 voluntárias, representando 31% da amostra tem mais de 50 anos e 25% representam a
atividade de limpeza profissional e a amostra restante é atividade de escritório como mostra Figura
19.
25%
16%
13%
9% 9%
6% 6% 3% 6% 6%
O peso das participantes na atividade de limpeza teve uma média de 73,6 kg, laboratório 75,3 kg
e escritório 59,5 kg. A altura teve como máxima na limpeza 1,61 m, laboratório 1,70 m e escritório
1,59 m como mostra Figura 20.
1,7
159,0
75,3
59,5
O índice de Massa Corporal (IMC) de cada participante permitiu relacionar o peso com altura de
cada participante, de forma a classificar, como sendo, baixo do peso quando o IMC estiver na faixa
Santos, Solange 45
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
(0 -18.5), saudável (18.6 - 24.9), peso em excesso (25 - 29.9), obesidade do grau 1 (30 - 34.9),
obesidade de grau 2 (35 - 39.9), e obesidade de grau 3 (+ 40). O IMC é calculado através da divisão
do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros).
28%
22%
13%
9%
6% 6% 6%
3% 3% 3%
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
De acordo com a Tabela 17, verificou-se que na atividade de limpeza há 9% com obesidade de
grau 1, 3% com obesidade de grau 2, 20% com excesso de peso. Na atividade de laboratório 22%
da amostra está com excesso de peso e 3% está com obesidade de grau 2. Na atividade de escritório
13% está em excesso de peso.
Relativamente à escolaridade os dados apontam que na atividade de limpeza profissional a maior
parte tem apenas a 4º classe. Na atividade de escritório e técnica de laboratório a maior parte são
licenciadas como mostra Figura 22.
3 3 3
2
1 1 1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Figura 22 - Escolaridade
46 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Relativamente à amostra avaliada 56% trabalha na atividade entre 1 a 18 anos, 28% trabalha na
atividade à mais de 20 ou 27 anos e 16% trabalha na atividade pelo menos entre 2 a 8 meses como
mostra Figura 23.
0%
Escritorio/ arquivo 0%
0%
9%
Escritorio 25%
9%
3%
Limpeza Profissional 9%
0%
16%
Tec.de laboratorio 22%
6%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
Relativamente ao horário semanal, 28 dos participantes (88%) trabalha 40 horas semanais e apenas
4 na atividade da limpeza (13%) trabalha 35 horas semanais como mostra a Figura 24.
4
Tec.de laboratorio
10 40
Limpeza Profissional
4 35
14
Escritorio
Santos, Solange 47
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
De acordo com o questionário nórdico houve diferenças nos relatos de sintomatologia de dor e
desconforto músculo-esqueléticos das participantes que trabalham na atividade de limpeza
profissional. Relativo a dor e desconforto dos participantes nas diferentes regiões anatómicas nos
últimos 12 meses, foi comum o relato de dor na região lombar (86%), região tornozelo e pés (64%),
ombros (57%). Foi também frequente o relato de sintomas nas regiões das ancas e coxas, joelhos,
punhos e mãos, como mostra a Tabela 15
A prevalência de sintomatologia na região lombar, ombros, punhos e mãos está relacionada com
as posturas inadequadas adotadas pelas trabalhadoras, mau manuseio de cargas e pelo facto de a
maior parte das trabalhadoras nesta atividade terem mais de 50 anos. Segundo a declaração da
OMS sobre o envelhecimento e a capacidade de trabalho, a atividade de limpeza é conjunto de
tarefas que atrai mulheres mais velhas e com pouca qualificação literária, pois partem sempre do
pressuposto que o trabalho de limpeza é uma ocupação de caracter físico.
No entanto, estudos de apontam que trabalhadores mais velhos, que praticam atividade muscular
estática prolongada, uso excessivo de capacidade muscular, movimentos repetitivos, elevação,
transporte, flexão e torção são posturas comuns no trabalho de limpeza, o qual apresenta maior
risco para desenvolver distúrbios músculo-esqueléticos. Comparando este estudo com o presente
trabalho, os trabalhadores relataram desconforto músculo-esquelético em pelo menos uma parte
do corpo devido ao trabalho sendo que, 90% dos participantes deste eram trabalhadores de
limpeza. Das nove partes do corpo questionadas, as mais relatadas foram: mão e punho (41,7%),
ombros (41,1%), região lombar (37,88%) e cotovelo (33,3%).
Neste estudo associa-se também a prevalência de dor no tornozelo e pés, ancas e coxas devido ao
facto de permanecerem em pé ao longo das 8 horas de trabalho com apenas 10 minutos de pausa
para o lanche na parte da manhã e uma hora de almoço na parte da tarde. Apesar de ser uma
atividade dinâmica, a postura em pé determina uma sobrecarga estática sobre os músculos que
pode contribuir para a ocorrência de dores nos membros inferiores (Chang, Wu, Liu, & Hsu
(2012)).
Referente ao relato dos participantes no questionário nórdico, se as mesmas foram impedidas ou
evitaram as suas atividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) nos últimos 12
meses por causa de problemas nas diferentes regiões anatómicas, as mesmas relataram sentir dor,
mas a maioria diz que faz o trabalho mesmo com dor, pois evitam situações de baixa médica devido
á redução de salário, e por medo de serem dispensadas do trabalho devido a idade e a escolaridade,
48 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
e ao facto de ter maior probabilidade de não encontrar outro emprego. Os valores apresentados no
questionário nórdico são referentes apenas quando as mesmas tiveram de baixa, ou hospitalizadas,
devido a sintomatologia nas seguintes regiões lombar (21%), ancas e coxas (14%), joelhos (21%)
e tornozelo e pés (7%) como mostra a Tabela 20.
Regista-se que no geral a trabalhadora de limpeza tem várias sintomatologias em diferentes zonas
do corpo. Implementando pequenas ações como formação durante a atividade profissional e
utilização correta dos equipamentos estas podem melhorar a longo prazo a sua saúde, de forma a
que no futuro a percentagem referente a dor e desconforto tenha uma redução acentuada.
Santos, Solange 49
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Cotovelo 0 0 0 0 0 0
esquerdo
Cotovelo-ambos 0 0 0 0 0 0
Punhos/mão 5 21 0 0 3 21
direto
Punhos/mão 0 0 0 0 0 0
esquerdo
Punhos/mão- 0 0 0 0 0 0
ambos
Região lombar 0 0 0 0 1 7
Ancas/coxas 12 86 3 21 14 10
Joelhos 7 50 2 14 9 64
Tornozelos/pés 7 50 3 21 7 50
50 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Tabela 16. Estes resultados demostram que o trabalhador tem sintomas músculo-esqueléticos pelo
menos num dos membros. Estes sintomas são devidos à posição estática por longos períodos,
repetição contínua dos mesmos movimentos, condições de trabalho e os trabalhadores não terem
noção das técnicas ergonómicas que podem adotar e, assim tornar o seu trabalho mais confortável.
Comparando com o estudo de Choobineh et al. (2011), o mesmo também encontrou o problema
lombar como o mais comum entre os trabalhadores de escritórios, e também prevalência de
sintomatologia músculo-esqueléticas em outras regiões como ombros, pés e tornozelos.
Já o estudo de Oha et,al, (2014) tem resultados semelhantes ao presente estudo , onde registou
prevalência de dor nas regiões do pescoço (51%), lombar (42%), punho e mão (35%) e dor no
ombro (30%). O mesmo associa a prevalência de sintomatogia à idade avançada, exaustão
emocional, pelo trabalho em si e a baixa segurança no trabalho.
As queixas músculo-esqueléticas envolvendo pescoço e membros superiores são comuns entre
trabalhadores ao computador (Wærsted, Hanvold, & Veiersted, 2010). A prevalência de dor
músculo-esquelética nestes trabalhadores varia entre 55% e 69% com dores nas costas (pescoço e
região lombar), 31% a 59% em membros superiores. A dor mais prevalente nestes trabalhadores é
a dor lombar e é mais relatada pelas mulheres (Bragatto, Bevilaqua-Grossi, Regalo, Sousa, &
Chaves, 2016).
Referente ao relato anotado no questionário nórdico se as mesmas foram impedidas ou evitaram
as suas atividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) nos últimos 12 meses por
causa de problemas nas diferentes regiões anatómicas, as mesmas relataram que tiveram dor, mas
fazem o trabalho mesmo com dor. Por isso, os valores apresentados são apenas quando as mesmas
tiveram de baixa ou hospitalizadas devido a sintomatologia na região lombar (21%), joelho (14%),
tornozelo e pés (7%) e pescoço e ombros (7%) como Tabela 16
Santos, Solange 51
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Os participantes que trabalham na atividade de laboratório relataram, mais dor na região lombar
(75%), pescoço (75%) e na região do tornozelo e pés (50%). E foi também frequentemente
reportado sintomas nas regiões do ombro direto, cotovelo direito, punhos e mãos, ancas e coxas e
joelho, com mostra a Tabela 17.
Esta prevalência de dor é generalizada possivelmente ao fato das tarefas típicas como pipetar,
preparação de amostras de frascos para análise e processamento de dados em computador, incluído
trabalho com computador que exigem precisão no controle motor e podem resultar em longos
períodos em posições estáticas, bem como a posição em pé por muito tempo.
Comparando ao estudo de Maulik (2014) que indica que 66,9% dos técnicos sofre algum tipo de
sintoma músculo-esquelético nos últimos 12 meses , e teve como resultado de maior prevalência
relatada na região lombar (44%), joelhos (20,7%), este associa a dor aos fatores de risco e às
posturas inadequadas.
Referente ao relato registado no questionário nórdico, se as mesmas foram impedidas ou evitaram
as suas atividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) nos últimos 12 meses por
causa de problemas nas diferentes regiões anatómicas as mesmas relataram que tiveram dor, mas
fizeram o trabalho mesmo com dor. Por isso os valores apresentados são apenas quando as mesmas
tiveram de baixa ou hospitalizadas devido a sintomatologia na região (25%), ancas/coxas (25%),
tornozelo/pés (25%) e ombro direto (25%).
52 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Partes do corpo N % N % N %
Pescoço 3 75 0 0 0 0
Ombro direito 1 25 1 25 1 25
Ombro 0 0 0 0 0 0
esquerdo
Ombro- ambos 0 0 0 0 1 25
Cotovelo direito 1 25 0 0 0 0
Cotovelo 0 0 0 0 0 0
esquerdo
Cotovelo-ambos 0 0 0 0 0 0
Punhos/mão 1 25 0 0 0 0
direto
Punhos/mão 0 0 0 0 0 0
esquerdo
Punhos/mão- 0 0 0 0 0 0
ambos
Região
Torácica
Região lombar 3 75 1 25 3 75
Ancas/coxas 2 50 1 25 1 25
Joelhos 1 25 0 0 0 0
Tornozelos/pés 2 50 1 25 2 50
Santos, Solange 53
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Os sintomas músculo-esqueléticos nos últimos 7 dias relatados nas atividades como mostra a
Erro! A origem da referência não foi encontrada., foram comuns na região lombar e na região d
os ombros nas atividades analisadas.
A região com maior prevalência de sintomatologia em ambas as atividades foi a região lombar,
onde a atividade de limpeza registou 100% e a atividade de técnica de laboratório 75%. Esta
prevalência permite afirmar que é devido a ambas atividades trabalharem em pé durante as 8 horas
de trabalho e normalmente adotam posturas inadequadas. A atividade de escritório teve 64%,
pode-se associar esta sintomatologia devido o mau design do posto de trabalho e o não empregue
as noções ergonómicas. Também foi comum a sintomatologia na região das ancas e coxas,
tornozelos e pés na atividade de limpeza profissional e técnica de laboratório devido ambas
trabalharem em pé o tempo todo.
54 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Com a seleção das posturas mais significativas tendo em conta a duração da tarefa e a carga
postural procedeu-se á analise REBA para cada postura selecionada. Através do preenchimento do
formulário se a exposição das posturas adotadas nas atividades em estudo.
A atividade de limpeza profissional e técnica de laboratório são trabalhos dinâmicos que requerem
muita atividade muscular, com movimentos repetitivos e com adoção de más posturas mantidas
por muito tempo (Löfqvist, Osvalder, Bligård, & Pinzke, 2015) e a atividade de escritório ao
computador é uma atividade estática que maioria das vezes a permanecesse por longos períodos
na posição sentada.
Esta posição exige um esforço muscular dorsal para manter essa posição do peso do corpo que é
suportado pela a anca junto ao quadril (Dul & Weerdmeester, 2000). As posturas adotadas na
atividade de limpeza, laboratório e escritório ao computador são posturas representativas devido
ao tempo e a frequência com que estas são adotadas.
É por esta razão que análise REBA foi feita em dois grupos: A (tronco, pescoço, pernas) e B
(braços, antebraço, pulsos), sendo a pontuação atribuída consoante a posição descrita com os dados
obtidos, e através do software REBA (Employee Assessment Worksheet). Assim sendo, procedeu-
se a análise REBA para as tarefas selecionadas e através do preenchimento do formulário avaliou-
se a exposição das trabalhadoras ao risco de lesões músculo-esqueléticas.
Análise REBA foi feita para o score A e para score B e por fim o score total. Nota-se pelas imagens
da Tabela 18 que as trabalhadoras em todas as atividades adotam más posturas com a região
lombar, as mesmas relataram dor através do questionário nórdico nesta região. Vários estudos
mostram que a região mais afetada é a região lombar (Mohammadipour, Pourranjbar, Naderi, &
Rafie, 2018).
A aplicação do método REBA permitiu constatar que as trabalhadoras adotam posturas menos
corretas nas suas atividades, na maioria das posturas o tronco apresentou inclinação e em alguns
casos, com rotação ou flexão lateral do mesmo, o pescoço também apresentou flexão. Na maioria
das posturas adotadas na atividade de limpeza, as posturas foram superiores a 60º e com rotação
ou flexão lateral e nas pernas verificou-se que o peso sobre as mesmas se encontrava distribuído
unilateralmente.
A prevalência de queixas nos ombros no ensaios realizados pode estar associada com o nível de
exigência imposto na atividade, nomeadamente : manipulação de objetos no segmentos proximal
do membro superior, dado que numa jornada de trabalho, quando elevam os braços para limpar os
vidros, limpar o chão , a espremer a esfregona, a limpara a sanita, no escritório a digitar , a trabalhar
com o rato, no laboratório a pipetar e a limpar a loiça do laboratório.
Por observação, durante a execução de movimento nas atividades, o tempo de ciclo da atividade
de limpeza era inferior a 30 segundos, o que sustenta o fator repetibilidade. Segundo este fator
Santos, Solange 55
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Esta relação é também reforçada por uma investigação realizados por (Riihimaki et al., 1989 citado por
BRUCE, 1997), que suporta a ideia de que a idade é um fator de risco para sintomatologia na coluna cervical
e ombros em carpinteiros, operadores de máquinas e trabalhadores sedentários.
O tempo no posto de trabalho poderá revelar-se como um fator. Vários estudos têm encontrado
evidencias sobre o efeito de exposição prolongada à mesma atividade na ocorrência de problemas
músculo-esqueléticos (Anderson & Gaardboe, 1993; Viikari Junkara et al., 2001 citado por
Brandão, 2003). Ohlsson et al., (1995) citado por Brandrâo (2003). Os conteúdos destes estudos
registaram um risco elevado de dor na coluna cervical e nos ombros em operadores relativamente
jovens, devido ao longo tempo de exposição.
No que toca ao peso, 63% das pessoas que participaram no estudo apresentam peso elevado. Tendo
em conta o IMC, podemos considerar os trabalhadores da limpeza como uma classe profissional
com problema de excesso peso (OMS, 2004). É importante, em trabalho futuros, investigar as
causas.
Em suma, a saúde ocupacional nessa classe profissional depende da interligação de diversos
fatores, nomeadamente: individuais (incluindo comportamento), organizacionais (condições de
trabalho) e estruturais (situação socioeconómica na relação trabalho e saúde).
Os resultados obtidos por meio do REBA como mostra a Tabela 18 mostram que nenhuma postura
assumida nas atividades estudadas obteve pontuação de 1 ou 2, ou seja, não houve nenhuma
postura que fosse plenamente aceitável caso fosse mantida por longos períodos. Desta forma, todas
as posturas relataram resultados que merecem investigação. As intervenções que serão propostas
visam, assim, minimizar as inadequações correspondentes às más posturas e ao posto de trabalho.
56 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
P1 13 Muito alto 4 Nota-se que o tronco tem uma ligeira inclinação de 20º-60º quando
analisado pelo método. O pescoço tem uma inclinação de 20º,
pernas tem uma postura instável, joelhos tem uma inclinação de
30º-60º.
Santos, Solange 57
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
P4 13 Muito alto 4 Elevação de braços e mãos e com rotação dos mesmos de 40-90º
Antebraço esta a 100º
Posição instáveis
58 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnica
Santos, Solange 59
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
P8 10 Muito alta 4 Nota-se que o tronco tem uma ligeira inclinação de 20º-60º quando
analisado pelo método. O pescoço tem uma inclinação de 0-20º,
pernas tem uma postura instável, joelhos tem uma inclinação de
30º-60º devido a cadeira ser maior que a trabalhadora, a mesma
não consegue por os pés ao chão.
60 Fundamentação do trabalho
Avaliação Ergonómica de Postos de Trabalho com Aplicação de Diferentes Técnicas
A técnica de actigrafia foi utilizada para verificar a intensidade dos movimentos realizados pelas
participantes e quantificá-los de forma a relacionar estes resultados com avaliação do questionário
nórdico e com o método REBA. Através do questionário nórdico houve relato de dor e desconforto
na região lombar nas três atividades. As atividades observadas e avaliação das posturas de acordo
ao método REBA, permitiram verificar que há posturas inadequadas nas 3 atividades: limpeza
profissional (LP), técnica de laboratório (TL), escritório (ES).
Sendo que a dor e o desconforto esta relacionado com os movimentos bruscos e posturas
inadequadas executadas pelo sistema músculo-esquelético, foi colocado na zona do tronco um
actigracph em todas as participantes para monitorizar e quantificar os movimentos na região
lombar.
Em estatística, a média é definida como o valor onde se encontra o ponto central da amostra.
Foi calculada a média das contagens em 30 Hz de 10 em 10 s numa hora no eixo de z para cada
participante na zona do tronco, para saber em média quantas contagens cada participante faz na
sua atividade e se há diferenças significativas entre elas.
Figura 26 – Média das contagens no eixo de Z por períodos de 10 s de cada participante nas suas
atividades .
Santos, Solange 33
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Pode-se observar na Figura 27 que existe diferenças significativas nos movimentos reproduzidos
em cada atividade.
A Figura 27 mostra a associação das médias dos movimentos executados no eixo z em relação ao
relato feito através do questionário nórdico. Pode-se constatar que as trabalhadoras da limpeza que
relataram intensidade de dor elevada, com valor máximo (10), na região lombar em média os
movimentos no eixo de z são excessivos. Estes movimentos elevados também foram observados
pelo método REBA e verificou-se frequência constante de mudança de posição com a região
lombar com flexão e torção lombar mais de 60º. Constata-se que há indício de que esta
sintomatologia de dor e desconforto na zona lombar está relacionada com a movimentação do
eixo transversal devido aos valores representados nesta região através do equipamento, mas esta
sintomatologia de dor pode estar relacionada ao estilo de vida de cada trabalhadora, historial
clínico, medidas antropométricas e o design do posto de trabalho.
A Figura 27 mostra que as trabalhadoras de escritório não apresentam sintoma são as que
apresentam menos movimentos. Mesmo assim, existiu nesta atividade intensidade de dor e
desconforto elevadas com médias de contagem no eixo de z baixas. Esta sintomatologia de dor e
desconforto pode estar relacionada com os elementos observados que representam posturas menos
adequadas, elementos estes como: cadeiras não reguláveis, pois, o cuidado com a sintomatologia
da dor e desconforto começa na hora de escolher o equipamento de design ergonómico escritório.
Por exemplo, a cadeira ideal deve ter opções para regular o assento, braços e encosto. Assim é
possível que ela se adapte a diversos usuários, de acordo com as medidas antropométricas de cada
um. Além disso, deve-se levar em consideração o conforto ao sentar-se, pois é nela que se passa a
maior parte do dia. Outra das causas que leva à dor e desconforto é o monitor mal posicionado,
rato longe, pés não apoiados no chão, posição estática que as mesmas adotam e pelo design do
posto de trabalho, ao estilo de vida de cada trabalhadora, historial clínico, medidas
antropométricas.
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0
MEDIANA DAS CONTAGENS DO VM (30 HZ)
A Figura 28 mostra a interseção, da intensidade da dor e desconforto nos últimos 7 dias com a
mediana do vetor de magnitude (VM) de cada participante nas suas diferentes atividades. Denota-
se, que são as senhoras de limpeza que exercem mais atividade. Existe uma correlação, que é, aos
valores do vetor magnitude entre 100 e 500, a intensidade de dor está entre valores de 7 e 10.
Santos, Solange 63
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Perante valores de magnitude entre 50 e 100 registados pelas técnicas de laboratório, estas revelam
o mesmo valor de intensidade de dor, sendo este 5.
MÉ D I A D O I N CLI N Ó ME T RO SE N TA D O D E CA DA PA RT I CI PA N T E
NA S SUA S AT I VI DA DES
LP TL ES
INTENSIADE DE DOR NOS ULTIMOS 7 DIAS
12
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
MÉDIA DAS CONTAGENS DO INCLINOMETRO (30 HZ)
Figura 29 – Média do tempo sentado, por períodos de 10 s, de cada participante nas suas atividades.
M O D A D O I N C L I N O M ET RO S E N T A D O D E C A D A
P A R T I C I P AN T E N A S S U A S A T I V I D A D E S
LP TL ES
INTENSIADE DE DOR NOS ULTIMOS 7 DIAS
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 30 - Moda do inclinómetro sentado de cada participante nas suas atividades por
períodos de 10 s
Santos, Solange 65
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
4.5 Conclusões
O presente estudo constituiu uma avaliação ergonómica com aplicação de diferentes técnicas a 32
trabalhadoras no contexto da limpeza profissional, técnica de laboratório e serviço de escritório ao
computador. Constitui também na caraterização da amostra e prevalência de sintomas músculo-
esqueléticos.
De acordo com a revisão da literatura, os objetivos propostos e a metodologia adotada neste estudo,
conclui-se que há uma elevada prevalência de sintomas músculo-esqueléticos nas três atividades
avaliadas, sendo as principais zonas afetadas as costas, os ombros, pernas e pés.
A amostra utilizada neste estudo evidenciou uma elevada exposição à carga física de trabalho que
inclui posições desconfortáveis do tronco, posição elevada dos braços, permanência na posição
sentado e em pé.
A exposição a elevada carga física pode ser reflexo das más posições adotadas nas três atividades
desempenhadas na profissão na limpeza profissional, quando as trabalhadoras de limpeza estão a
apanhar o lixo, a lavar a casa de banho ou a limpar os vidros. Já a técnica de laboratório quando
está a pipetar, a lavar a loiça do laboratório na máquina, e a trabalhadora de escritório quando está
na posição estática por longos períodos ao computador e tenta arranjar posição para se sentir
confortável.
As características destes trabalhos por si só implicam fator de risco para LMERT em trabalhadores
destas áreas.
Constatou-se que as profissionais da limpeza relataram mais queixas em comparação com o resto
da amostra.
Os dados obtidos revelaram que os participantes reportaram mais sintomas músculo-esqueléticos
nos últimos 7 dias. Conclui-se que a posição dos braços, pescoço e das ancas constitui menor risco
de LMERT para estas zonas corporais.
Torna-se evidente que a postura irracional adotada pelos participantes nas suas atividades, por
longos períodos, acentuada flexão anterior do tronco, posição elevada dos braços sem suporte,
elevada carga estática e dinâmica muscular e articular, repetibilidade de movimentos, são fatores
que podem causar desconforto, dor e lesões no sistema músculo-esquelético e nervoso.
É necessário consciencializar os participantes a racionalizar os movimentos de acordo com os
princípios de ergonomia para providenciar uma elevada performance e diminuir o risco de lesão.
Após este estudo é possível perceber o impacto de dor e desconforto ao risco que as LMERT
podem ter na saúde ocupacional e a importância de identificar os fatores de risco a que a profissão
está exposta.
Por outro lado, os fatores de risco para LMERT não são apenas biomecânicos razão pela qual seria
também interessante explorar os fatores psicossociais e organizacionais implicados nestas
atividades de forma a identificar os vários riscos envolvidos e criar estratégias para melhorar a
saúde ocupacional.
Este estudo recomenda uma intervenção ergonómica, complementada com a formação adequada
para as trabalhadoras quanto à educação em saúde ocupacional sobre mudanças posturais mais
adequadas, implementação e atualização dos padrões para recomendar e reduzir o risco de lesões
músculo-esqueléticas.
Com a técnica de actigrafia foi possível monitorizar e quantificar os movimentos que não são
registados e avaliados através de fotografias e vídeos, associando com a avaliação de
sintomatologia de dor através do questionário NMQ e o método REBA para prever o risco de lesão
músculo-esquelética e recuperação física durante um período de atividade contínua.
A combinação dos métodos tradicionais, com a técnica de actigrafia consegue-se obter uma maior
precisão de dados e redução de erros. No sentido de obter uma informação mais fidedigna.
Com este estudo explorativo conclui-se que há indícios que a técnica de actigrafia no futuro poderá
vir a ser utilizada na gestão e prevenção de dor e desconforto dos profissionais de trabalho de
forma a reduzir o risco de lesões músculo-esqueléticas obtendo dados destes profissionais em
tempo real.
Santos, Solange 67
Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais
Outra perspetiva seria fazer uma avaliação com uma amostra de pelo menos 150 trabalhadoras da
atividade de limpeza, pois ao fazer os questionários constatou-se que todos fatores apontados pelos
autores, como os fatores individuais (situação de saúde, Patologias, Hábito de vida não saudáveis
(tabagismo, alcoolismo, má alimentação) e fatores organizacionais e psicossociais (ritmo intenso
de trabalho, monotonia das atividades e ausência de controlo, pressão temporal e ausência de
repouso, relação entre colegas, avaliação de desempenho, exigências de produtividade, trabalhos
por objetivos e insatisfação profissional), para melhorar as condições de trabalho.
Relativamente a técnica de actigrafia, seria importante fazer medições mais curtas e com outro
tipo de métodos diretos, para comparar a quantificação dos movimentos e das posturas adotadas
através de ângulos, incluindo também ensaios clínicos padronizados para explorar o uso do tempo
de permanência em pé ou sentado na composição corporal, bem como, estratégias de prevenção
da obesidade visto que uma parte da amostra deste estudo tem o índice de massa corporal elevado.
4.7 Recomendações
Mesmo que não seja possível alcançar soluções ideais relativamente à dor e desconforto e ao risco
das LMERT, poder-se-á atuar de forma mais eficaz do que se realiza atualmente.
Diante dos fatos, algumas recomendações são oportunas de serem sugeridas, visando o bem-estar
dos funcionários entre elas:
✓ Realizar alternância das tarefas, para não causar ritmos intensos e stress;
Santos, Solange 69
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74 Bibliografia
APÊNDICES
APÊNDICE I- Prevalência de sintomatologia na atividade de escritório ao computador
Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões Não Sim
ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxas Joelho Tornozelo/pé 0 1
ES 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 3 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 Prevalência de sintomatologia nos últimos 12
ES 4 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 meses nas seguintes regiões
ES 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 57%
ES 6 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1
ES 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 43%
ES 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 29% 29%
ES 9 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 21% 21% 21%
ES 10 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 14%
7% 7%
ES 11 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0% 0% 0% 0% 0%
ES 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 13 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1
ES 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
4 3 1 3 0 0 0 3 1 0 0 8 2 6 4
% 29% 21% 7% 21% 21% 7% 57% 14% 43% 29%
Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de problemas nas seguintes regiões
Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais
ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho D Punho E Punho A Torax Lombar Ancas/coxas Joelho Tornozelo/pé
(trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de
ES 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
problemas nas seguintes regiões
ES 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 3 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0
21%
ES 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
ES 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
ES 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14%
ES 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7% 7% 7% 7%
ES 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
ES 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
ES 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
ES 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 2 1
% 7% 7% 7% 21% 14% 7%
1
APÊNDICE II- Prevalência de sintomatologia na atividade de limpeza profissional
Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões Não Sim
ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pés 0 1
LP1 1 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1
LP2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas Quantas pessoas sentem dores nas determinandas
LP3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 seguintes regiões partes do corpo
LP4 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0
LP5 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 86%
LP6 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 12
64%
LP7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57%
50% 50% 9
LP8 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8
36% 7 7
LP9 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 21% 5
14% 14%
LP10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0% 0% 0% 0% 0% 0% 3 2 0 2 0 0 0 0 0
LP11 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1
LP12 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1
LP13 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1
LP14 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1
3 2 0 8 2 0 0 5 0 0 0 12 7 7 9
% 21% 14% 57% 14% 36% 86% 50% 50% 64%
Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de problemas nas seguintes regiões Durante os 12 meses teve de evitar as
ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pés suas ctividades normais (trabalho,
LP1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0
LP2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 serviço doméstico ou passatempo)
LP3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 por causa de problemas nas
LP4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
LP5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 seguintes regiões
LP6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
LP7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
21% 21%
LP8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
LP9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14%
LP10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 7%
LP11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0
LP12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
LP13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1
LP14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 3 1
% 21% 14% 21% 7%
1 0 0 5 2 0 0 3 0 0 1 14 9 7 9
7% 36% 14% 21% 7% 100% 64% 50% 64%
2
APÊNDICE II- Prevalência de sintomatologia na atividade de laboratório
Prevalência de sintomatologia nos últimos 12 meses nas seguintes regiões Não Sim Prevalência de sintomatologia nos
ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho/mãos D Punho/mãos E Punho/ mãosA Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pé 0 1
LP1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 últimos 12 meses nas seguintes
LP2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 regiões
LP3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
75% 75%
LP4 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1
50%
Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de problemas nas seguintes regiões
ID pescoço ombro direito ombro esquerdo ombro -ambos cotovelo D Cotovelo E Cotovelo A Punho D Punho E Punho A Torax Lombar Ancas/coxasJoelho Tornozelo/pé
LP1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1
LP2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Durante os 12 meses teve de evitar as suas ctividades normais
LP3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (trabalho, serviço doméstico ou passatempo) por causa de
LP4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 problemas nas seguintes regiões
25% 25% 25% 25%
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1
25% 25% 25% 25%
4
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
3
ANEXOS I- Avaliação da postura segundo o REBA para P1
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
2 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 3
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 5 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
3
3 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 5
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 8 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 0
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part,
Unacceptable: +3
=
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 5
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 8 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 10 + 3 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 13
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
1
ANEXO II- Avaliação da postura segundo o REBA para P2
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
2 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 3
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 3 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
3
3 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 5
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 6 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 1
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 1 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part,
Unacceptable: +3
=
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 6
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 7 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 9 + 3 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 12
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
2
ANEXO III- Avaliação da postura segundo o REBA para P3
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
3 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 1
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 5 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
3
4 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 3
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 9 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 0
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part,
Unacceptable: +3
=
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 3
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 9 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 9 + 3 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 12
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
3
ANEXO IV- Avaliação da postura segundo o REBA para P4
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
2 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 6
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 4 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
2
2 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 9
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 6 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 0
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 9
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 6 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 10 + 3 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 13
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
4
ANEXO V- Avaliação da postura segundo o REBA para P5
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
2 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 6
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 4 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
2
2 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 9
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 6 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 0
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 9
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 6 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 10 + 3 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 13
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
5
ANEXO VI- Avaliação da postura segundo o REBA para P6
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
3 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 4
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 4 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
3
4 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 7
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 9 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 1
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 8
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 9 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 11 + 2 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 13
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
Task Name Limpeza Profissional Reviewer Solange dos Santos Date: 18/03/2019
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
6
ANEXO VII- Avaliação da postura segundo o REBA para P7
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
2 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 6
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 2 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
3
1 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 9
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 3 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 0
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 9
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 3 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 7 + 2 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 9
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
7
ANEXO VIII- Avaliação da postura segundo o REBA para P8
REBA Employee Assessment Worksheet Permission granted by Dr Lynn McAnatomany to convert the paper based format to an Excel spreadsheet version.
A. Neck, Trunk and Leg Analysis SCORES B: Arms and Wrist Analysis
Step 1: Locate Neck Position Neck Step 7: Locate Upper Arm Position:
Table A 1 2 3
Legs
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 5 3 3 5 6
2 2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
Trunk Posture
Step 1a Adjust…. Neck Score 3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
Score
If neck is twisted: +1 4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9 Step 7a: Adjust….
If neck is side bending: +1 5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9 If shoulder is raised: +1 6
If Upper Arm is abducted: +1 Upper Arm Score
Step 2: Locate Trunk Position Lower Arm If arm is supported or leaning: -1
Table B 1 2
Wrist
1 2 3 1 2 3 Step 8: Locate Lower Arm Position:
1 1 2 2 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
Step 2a: Adjust…. Upper Arm 3 3 4 5 4 5 5 2
If trunk is twisted: +1 2 Score 4 4 5 5 5 6 7 Lower Arm Score
If trunk is side bending: +1 Trunk Score 5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
Step 3: Legs Step 9: Locate Wrist Position:
Table C
Score A (score
form table A
+load/force
Score B, (table B value + coupling score)
3
1 score)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Wrist Score
Leg Score 1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7 Step 9a: Adjust……
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8 If wrist is bent from midline or twisted: Add +1
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8 Step 10: Look-up Posture Score in Table B: 9
Step 4: Look-up Posture Score in Table A 4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 Using values from steps 7-9 above, locate score in Table B Posture Score B
Using values from steps 1-3 above, locate score in 3 5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9 Step 11: Add Coupling Score +
Table A Posture Score A 6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10 Well fitted handles and mid range power grip, good: +0
+ 7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11 Acceptable but not ideal hold or coupling 0
Step 5: Add Force/Load Score 8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11 acceptable with another body part, fair: +1 Coupling Score
If Load < 5kgs: +0 0 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12 Hand hold not acceptable but possible poor: +2
If Load is 5 to 10kgs +1 Force/Load Score 10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 No handles, awkward, unsafe with any body part, =
If load >22lbs +2 11 11 11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 Unacceptable: +3
Adjust: If shock or rapid build up of force:add +1 = 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 Step 12: Score B, Find column in Table C
Step 6: Score A, Find Row in Table C Add values from steps 10 & 11 to obtain 9
Add values from steps 4 & 5 to obtain Score A. 3 Score B> Find Column in Table C and match with Score A in Score B
Find row in Table C. Score A 7 + 3 row from step 6 to obtain Table C score.
Table C Score Activity Score Step 13: Activity Score
Scoring: +1 1 or more body parts are held longer than a minute (static)
1 = Negligible risk +1 Repeated small range actions (more than 4x per minute)
2 or 3 = low risk, change may be needed +1 Action causes rapid large range change in postures or unstable base
4 to 7 = medium risk, further investigation, change soon
8 to 10 = high risk, investigate & implement change 10
11+ = very high risk, implement change Final REBA Score
This tool is provided without warranty. The author has automated the paper verion of this tool for applying the concepts provided in REBA .
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ANEXO VIIII- Questionário nórdico