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INTRODUÇÃO
A Catequese.
O ser humano é um ser dotado de consciência. Isso levou a humanidade,
através da sua história, a compreender a sua realidade e, assim, apreende-la. O
homem começou a analisar o que o rodeava, buscar explicação para os
acontecimentos e fatos, para a sua própria existência e, dessa maneira, a produzir
cultura baseada no conhecimento que adquira.
Isso tudo fez com que o ser humano quisesse também que todo esse
aprendizado fosse passado para as gerações futuras, afim de perpetuar aquilo que
era aprendido, visando uma sociedade melhor e, como consequência, um homem
melhor. Aqui mostraremos essa realidade na sociedade greco-romana, que no início
da cristandade estava se expandindo, tendo como base da sua educação a Paideia.
Essa compreensão é básica para entendermos o início e a expansão do
cristianismo que acabou adquirindo métodos, expressões e condutas desse processo.
Para exemplificar, São Basílio de Cesareia será apresentado como aquele que
se preocupa com o ensino da fé para os mais jovens. Em sua “Carta aos Jovens de
como tirar proveito da Literatura Pagã” queremos mostrar, através do seu método
catequético, a preocupação que a Igreja teve com a perpetuação da fé e de sua
expansão desde os primórdios.
No primeiro capítulo, iremos mostrar a história do Bispo de Cesareia, com a
finalidade de contextualiza-lo e de mostrar como ele era estimado e conhecido por
seus dons de ensino. No segundo, a carta será esmiuçada para que se possa fazer
uma boa comparação com aquilo que a Igreja vê como necessidade da pedagogia
catequética na atualidade, apresentada no capítulo 3. Poderemos ver se, o método
de São Basílio para catequisar a juventude no seu contexto histórico pode servir como
exemplo para os objetivos da Igreja nesse âmbito nos dias de hoje.
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1 BASÍLIO DE CESARÉIA
Este primeiro capítulo, que está subdividido em dois subtítulos, tem como
objetivo situar Basílio de Cesária em seu contexto histórico e, com isso, mostrar a sua
importância para a história da Igreja e para a Teologia.
Basílio está situado é o titulado Pré-Agostiniano, que vai do início da era cristã até o
século IV.
Nesse período, mais exatamente na época que compreende o intervalo do
Concílio de Nicéia em 325 e o de Constantinopla e 381, três homens importantes
viveram nessa região: Basílio de Cesareia, que também é chamado de O Grande,
Gregório de Nissa, seu irmão e Gregório de Nazianzo. Eles fazem parte do grupo dos
Padres Capadócios. Uma de suas marcas, além dos seus escritos, era o fato de terem
uma proveniência aristocrática e, mesmo assim, não usarem de seus privilégios para
se impor. Pelo contrário, “desprezando toda a glória e riqueza do mundo, dedicaram-
se aos necessitados tanto quanto à vida intelectual, à meditação, à oração.”
(FRANGIOTTI, 2012, p. 9)
Juntos, os Capadócios deram contribuições valiosas para a Teologia. Pode-se
elencar aqui “a posição do partido niceno de que Jesus Cristo é da mesma substância
que o Pai se tornara geralmente aceita. (...) [eles] afirmavam a plena partilha de
atributos entre Pai, Filho e Espírito Santo” (IRVIN, 2004, p. 237). Além disso, entre as
questões abordadas pelos Capadócios estava a da plena divindade do Espírito Santo
indo contra as ideias dos pneumatômacos.
influência dessa educação pois sempre foi muito próximo dela, como comprovado
pelas suas cartas, nas quais fala do papel dela como educadora de uma fé ortodoxa
aos netos:
Que prova mais clara poderia ter em favor de nossa fé, que o fato de ter sido
educado por uma avó que era mulher bem-aventurada (...)? Quero falar da
ilustre Macrina, que nos ensinou as palavras do bem-aventurado Gregorio (o
Taumaturgo), todas as que se servia para educar e formar na piedade os
pequeninos que éramos, então (Epist. 104,6; 110,1; 123,3 apud
FRANGIOTTI, 2012, p. 10).
Bento XVI afirma que Basílio nasceu “numa família de santos, ‘verdadeira igreja
doméstica’, que vivia num clima de profunda fé”. (2007, p. 1)
Ao todo são dez irmãos, dentre os quais sua irmã Macrina, a Jovem, Gregório,
bispo de Nissa e Pedro, bispo se Sebástia se destacam. Seus avós paternos sofreram
a perseguição movida pelo imperador Diocleciano por volta de 301 – 303, se
refugiando nas florestas do Ponto por, pelo menos, 7 anos, tendo também todos os
seus bens confiscados.
Tendo tudo isso a sua volta, “Basílio parecia destinado, desde o nascimento, a
se tornar um dos mais distintos homens da Igreja, tanto pelos exemplos domésticos
que tinha diante dos olhos, quanto dos talentos que a Providência lhe havia
destinado.” (PLANCHE. apud BASÍLIO, 2012, p. 15)
A sua juventude foi marcada por inúmeras viagens. Logo depois de ter feito os
estudos iniciais na província da Ponte, foi para Constantinopla onde teve lições com
um dos maiores retóricos de seu tempo, Libânio, que logo viu no aluno uma distinção
entre os outros, criando uma estima por ele que durou por toda a vida. Em Antioquia,
teve contato com a Filosofia de Eustácio de Sebástia, Bispo.
Em Atenas ele se aperfeiçoou na clareza da linguagem, adquirindo a
capacidade de escrita tão elogiada pelos mais próximos, como atesta o Excerto de
uma carta de Libânio a São Basílio (apud BASÍLIO, 2012, p. 12 – 13). O santo, ao
escreve uma carta endereçada a seu amigo que, ao recebe-la, tinha em sua
companhia pessoas que ocupavam posições importante no Estado foi adjetivado
como um “escritor de cartas elegantes”. Todos no local ficaram curiosos com o
conteúdo e leram o que Basílio tinha inscrito, levando a cabo a opinião de Libânio.
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1
Excerto da Biblioteca de Fótios, CXLL. apud BASÍLIO, São. Carta aos Jovens sobre a utilidade da literatura pagã.
Tradução de Diogo Chiuso. Campinas; Ecclesiae, 2012, p. 13.
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a vida do cristão. “Por isso, é preciso tirar dos textos dos autores clássicos tudo o que
é conveniente e conforme com a verdade: assim com atitude crítica e aberta de fato
trata-se de um verdadeiro e próprio "discernimento" os jovens crescem em liberdade”.
(BENTO XVI, 2007, p. 3)
O motivo para escrever o texto é orientar os sobrinhos para que eles possam
entender como a Filosofia e a paidéia ateniense podem conduzir o homem a uma
atitude que se assemelha muito a proposta cristã de vida ascética. Assim, o cristão
cresce sabendo diferenciar o que lhe é útil para seguir a Cristo e o que é necessário
abandonar e deixar de lado. (FRANGIOTTI, 2012)
Esse trabalho terá como base esse escrito com o objetivo de entender a
proposta de São Basílio e ver sua atualidade.
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ilustres escritos que eles leem, Basílio adverte para que os jovens não sigam de forma
cega esses doutores profanos, ao contrário, “Deles deve-se absorver o que há de bom
e útil, sempre sabendo aquilo que é preciso rejeitar. Como então podemos fazer essa
distinção? É isto que pretendo ensinar, e é por onde iniciarei esse discurso” (BASÍLIO,
2012, p. 32).
No início do capítulo 2 ele dá aos jovens sua primeira orientação para fazer
essa distinção: “Nós cremos, minhas queridas crianças, que a vida presente não é
nada: tudo aquilo que é limitado às vantagens temporais apresentadas nesta vida são
nada mais do que ilusões que se apresentam a nossos olhos” (BASÍLIO, 2012, p. 33).
Ele afirma que nada do que é considerado grande ou de valor neste mundo pode ser
um bem para os cristãos, porque as “(...) nossas esperanças estão apontadas para
um lugar muito mais distante” (BASÍLIO, 2012, p. 33) e tudo o que condiz para isso,
deve-se “(...) usar de todas as forças para encontrá-los” (BASÍLIO, 2012, p. 33). Mais
do que isso, ele orienta a “(...) nos livrar, sem culpa alguma, daquilo que é desprezível,
de tudo aquilo que pode nos afastar do nosso objetivo último” (BASÍLIO, 2012, p. 33).
Basílio admite que seria necessário explanar de forma mais profunda sobre
essa outra vida de que fala, porém, afirma não ser o objetivo do seu texto e também
conclue que tal conteúdo escapa à capacidade de entendimento dos jovens. Ele se
limita a dizer que “(...) reunindo toda a felicidade que o homem tem desfrutado desde
o início dos tempos, mal se chegaria à menor parte da felicidade que espera a vida
futura” (BASÍLIO, 2012, p. 34). Ele chega a fazer outra analogia para tentar demonstrar
o grande valor dessa outra vida: “(...) assim como a alma é mais preciosa do que o
corpo, a vida futura prevalece sobre a vida presente” (BASÍLIO, 2012, p. 34).
Apesar de as Sagradas Escrituras ensinarem essas verdades, o santo reafirma
que a juventude não permite tal aprofundamento da fé. Para instruí-los, então, ele se
volta a livros que não são completamente contrários a elas e, partindo daí, olhar para
as próprias almas, como se no reflexo de um espelho. Ele demonstra tal método,
novamente, por meio de analogia: “Primeiro devemos aprender a ver o reflexo do sol
nas águas cristalinas e, depois, com a visão fortalecida, olhar diretamente para a luz
pura” (BASÍLIO, 2012, p. 35). Será vantajoso conhecer, segundo ele, as afinidades
entre as ciências sagradas dos livros santos e a dos autores profanos. Vendo as duas
e a elas fazendo comparação, “(...) contribuirá bastante para nos fortalecer no
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conhecimento da verdade” (BASÍLIO, 2012, p. 35). Para reafirmar tal pedagogia, faz
uso de outra analogia:
As árvores têm uma virtude natural de ficar carregadas de frutos numa dada
estação, todavia elas recebem uma espécie de ornamento de folhas que se
agitam em torno de seus ramos. Da mesma forma se dá com a alma: a
verdade é seu fruto essencial, no entanto pode ser enriquecida com
conhecimentos profanos, assim como as folhas realçam a beleza dos frutos.
(BASÍLIO, 2012, p. 35).
para produzir o mel. Do mesmo modo, aqueles que nas suas leituras não procuram
unicamente o prazer poderão extrair coisas muito úteis para o espírito” (BASÍLIO,
2012, p. 38). Ele se utiliza dessa analogia com as abelhas para dizer que elas não
voam em todas ou qualquer flor, mas sim fazem uma boa escolha para adquirir aquilo
que lhes é útil, deixando de lado o resto. O jovem, se for sábio, assim também deve
proceder: desses livros, colher só o que for precioso a fim de conhecer a verdade, o
resto deve ser abandonado.
O objetivo desse caminho é conduzi-los a uma vida bem-aventurada, longe dos
vícios. Ele acredita que, esses passos, apreendidos durante essa idade se fixam a
ponto de não serem mais apagados. Novamente evocando o ensinamento de
Hesíodo, Basílio afirma que o caminho da virtude, “(...) à primeira vista, [parece]
áspero, duro, íngreme, não oferecendo nada mais que suor e cansaço” (BASÍLIO,
2012, p. 39), mas uma vez no topo “(...) percebe-se que ele mesmo é tranquilo, macio,
fácil, mais agradável do que aquele que conduz ao vício, que podemos chegar sem
demora, como diz o poeta [Hesíodo], pois o vício é vizinho da virtude” (BASÍLIO, 2012,
p. 39). Fazendo um contrapondo às riquezas, ele afirma que “a virtude é o único bem
que não nos pode ser tirado, é o único bem que acompanha o homem na vida e
também na morte” (BASÍLIO, 2012, p. 40). Ele se utiliza de inúmeros exemplos,
contemporâneos a eles, passando pela poesia homérica e outros poetas gregos, para
demonstrar aos jovens que essa verdade está contida nos livros pagãos e em poemas
de autores não-cristãos. Todos escrevem sobre a mesma coisa, mas cada um à sua
maneira. Uma vez ouvidos, seus axiomas devem ser incorporados às ações, pois “O
verdadeiro sábio me parece assemelhar-se a um pintor que, pintando as mais belas
figuras de homens virtuosos, vê a si mesmo representado como modelo daqueles
cujos traços pretende retratar” (BASÍLIO, 2012, p. 42). Para motivar ainda mais o
conhecimento e a prática das virtudes, ele traz em seu texto as ações dos antigos,
como Alexandre, Sócrates e Péricles para servirem como exemplos, afirmando ser útil
lembrá-los nos momentos contrários às boas práticas.
Basílio conhece bem a realidade em que os jovens estão inseridos, por isso
insiste em retirar do seu próprio contexto os autores e os exemplos a serem seguidos.
Através desse caminho, ele vai demonstrando que os valores cristãos não são difíceis
de serem aprendidos e, ainda mais, vividos. Em um certo ponto, ao final do capítulo,
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Partindo disso, ele vai discorrendo sobre o cuidado que se deve ter com o
supérfluo, focando prioritariamente àquilo que interessa à alma. Com essa prudência,
afirma ele, outros vícios vão começando a ser abandonados e o autoconhecimento
começa a ser conquistado.
Basílio pede a purificação da alma com o abandono dos prazeres dos sentidos,
abandonando os espetáculos vãos, coisas e pessoas que acendam o fogo da
concupiscência e também as músicas que corrompem os ouvidos. Ele chega a
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serviços das demais, assim, enriquecendo ainda mais essa cultura mundial do
helenismo.
Para eles, a cidade, ou Pólis, tinha muita importância, pois ela era entendida
como sendo a expressão da comunidade onde o homem exercia a sua função como
cidadão. Nela, os jovens passavam por processos que criavam microssociedades,
seja para o treinamento na caça, na corrida, para a guerra, música e literatura para
assim formar e educar o homem grego culturalmente e para a vivência social. Dessa
maneira mostravam a importância que tinha para eles a educação dos jovens e a
tornou uma realidade social.
Para eles, falhar nesse processo seria, ao mesmo tempo, trair a Deus que confiou à
sua Igreja essa mensagem e também ao homem que necessita dela para a sua
salvação.
Aqui podemos, novamente, trazer São Basílio e sua carta aos jovens como
exemplo. O Santo foi muito feliz ao perceber o contexto em que eles se apresentavam,
a literatura e mestres com quem tinham contato e fazer de tudo isso uma maneira de
leva-los próximo de Deus e das verdades da fé, bem como começar a construir neles
uma crítica mais apurada daquilo que deve ser retido ou ignorado, tendo em vista a
salvação.
Em 1977, o Papa Paulo VI convocou um Sínodo dos Bispos que teve como
tema “A Catequese no nosso tempo, especialmente para as crianças e jovens”. Viram
que “era necessário examinar, sempre à luz da palavra de Deus, os sinais dos tempos,
com o fim de renovar a catequese e de insistir na sua importância no conjunto da ação
pastoral” (SINODO DOS BISPOS, 1978, p. 3 – 4).
Os bispos compreendem de maneira clara que é necessário não afastar a
catequese da realidade, principalmente considerando os jovens. “A fé cristã, por meio
da catequese, há de encarar-se nas culturas. A verdadeira ‘encarnação’ da fé por meio
da catequese supõe não só o processo de ‘dar’, mas também o de ‘receber’” (SÍNIDO
DOS BISPOS, 1978, p. 8). Eles observam que a ação catequética se torna cada vez
mais complexa, tendo em vista a grande transformação que os nossos tempos sofrem.
e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a
catequese, em todas as suas etapas e momentos” (nº 164). Para ele, não há nada
mais sólido a ser dado na catequese do que esse conteúdo Kerigmático.
Sobre uma catequese mistagógica, ele afirma que os encontros devem conter
elementos litúrgicos, de profundo sentido e que também ocorra uma inserção na
vivência comunitária. Para Francisco, isso ainda não foi explorado como deveria,
principalmente pelos manuais. É na catequese o lugar do anúncio da Palavra e nela
deve se centrar, mas nunca deixando de lado a necessidade de uma “ambientação
adequada e duma motivação atraente, do uso de símbolos eloquentes, da sua
inserção num amplo processo de crescimento e da integração de todas as dimensões
da pessoa num caminho comunitário de escuta e resposta” (nº 166).
Por fim, para ele, outro dado importante é a beleza, pois “Anunciar Cristo
significa mostrar que crer n’Ele e segui-Lo não é algo apenas verdadeiro e justo, mas
também belo, capaz de cumular a vida dum novo esplendor e duma alegria profunda,
mesmo no meio das provações” (nº 167).
Com tudo isso, salienta, é essencial indicar uma verdadeira proposta de vida,
que possa gerar maturidade, realização, sermos mensageiros dos bens mais altos,
arautos do bem e da beleza que se mostram em uma vida baseada na fidelidade ao
Evangelho. Essa é a base da carta de São Basílio, que tem como objetivo principal
formar os jovens da fé para leva-los às atitudes virtuosas. “Como a virtude é o caminho
para a vida bem-aventurada que pretendemos, devemos nos concentrar nos poetas,
escritores e, sobretudo, nos filósofos que a celebram em inúmeras de suas obras”
(BASÍLIO, 2012, p. 39).
Fazer com que os jovens olhassem para o mundo, para a cultura e para a vida
e percebessem que é necessário, em meio a tudo isso, correr atrás dos bens que não
perecem e que levam à vida eterna é uma das centralidades da orientação de São
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Basílio aos jovens. Podemos perceber que, mesmo sendo um Santo da época da
Patrística, sua forma de orientar, nesse caso especificamente os jovens, é
perfeitamente convergente com o que a Igreja vem pedindo para a catequese atual,
claro, salvo elementos de contextualização histórica. A metodologia, as preocupações
centrais, a percepção do público a quem estava se dirigindo, as analogias, a
pedagogia, tudo isso mostra a sua atualidade.
Todos esses elementos pode servir como base para novos manuais de
catequese, porém, isso pode ser um trabalho para futuras pesquisas e
aprofundamentos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BASILIO, São. Carta aos jovens sobre a utilidade da literatura pagã. Tradução de
Diogo Chiuso. Campinas: Ecclesiae, 2012.
JAEGER, Werner. Cristianismo primitivo e Paideia grega. 1º ed. Lisboa: edições 70.
JAEGER, Werner W. Paideia: a formação do homem grego. 6º ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2013.
JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica “Catechesi Tradendae”. Roma: Libreria Editrice
Vaicana, 1979.
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