Você está na página 1de 4

Observatório Ciência Política

Sara Rabaça

Venezuela:

Por meio de um referendo, os venezuelanos aprovaram neste domingo, a anexação de


uma região rica em petróleo, que hoje pertence à Guiana. A área é objeto de uma longa
disputa territorial entre os dois países, alimentada pela recente descoberta de vastos
recursos energéticos. O resultado foi divulgado pelo governo de Nicolás Maduro.

O território foi atribuído ao Reino Unido em 1899 como herança dos Países Baixos,
conforme o Laudo de Paris, resolução considerada fraudulenta pela Venezuela. Em 1966,
no chamado Acordo de Genebra, a diplomacia de Caracas conseguiu que Londres
reconhecesse o direito a discutir a posse da região. O caso nunca foi esquecido pela
Venezuela, mas voltou em força nos últimos anos, após a descoberta de campos vasos de
hidrocarbonetos no litoral de Essequibo pela Exxon-Mobil.

A área em questão, a região densamente florestada de Essequibo, equivale a cerca de dois


terços do território nacional da Guiana.

O referendo deste domingo, perguntou aos eleitores se eles concordavam com a criação de
um estado venezuelano na região de Essequibo, “incorporando esse estado no mapa do
território venezuelano.”

Numa coletiva de imprensa, que anunciou os resultados preliminares da primeira parcela de


votos computados, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela disse que 95% dos
eleitores escolheram o “sim”, pela anexação.

Notícias:
1.
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/o-que-acontece-depois-da-aprovacao-dos-venez
uelanos-para-anexar-parte-da-guiana/

2.
https://www.dn.pt/internacional/venezuelanos-votaram-a-favor-da-anexacao-do-territorio-em-
disputa-com-a-guiana-17444395.html

Brasil, Venezuela e a Guiana

Amorim alerta Maduro que situação com a Guiana pode sair de controle, dizem
interlocutores

O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, disse ao presidente da Venezuela,


Nicolás Maduro, que a situação com a Guiana pode sair de controle, e que o Brasil não
quer a presença de tropas estrangeiras na Amazónia, apurou a CNN.

Amorim, então, alertou Maduro que a situação pode sair rapidamente de controle e que o
Brasil não quer uma guerra na região.

Para o Brasil, a Amazónia é uma área sensível e outros países poderiam se envolver no
conflito em defesa da Guiana como, por exemplo, os Estados Unidos. Além disso, ainda
teria o custo em vidas dos dois lados e existiria o risco de resvalar em território brasileiro.

O Brasil já reforçou a fronteira tripla entre os países. O governo de Lula da Silva, que
mantém boas relações com o de Maduro, enviou diplomatas a Caracas para tentar evitar
que a questão derive em conflito armado, o que, para já, é visto como provável, por
alguns académicos, e inevitável, por outros.

"Tudo o que a nossa região não precisa é de confusão, fomos a Caracas falar com o
Maduro e eu falei duas vezes com o presidente da Guiana e pedi bom senso", disse Lula.

O único acesso da Venezuela para a Guiana por terra é por meio de uma estrada que
passa pelo Brasil. O ministro da Defesa, José Múcio, disse ao analista da CNN Caio
Junqueira que o Brasil não vai permitir o acesso à estrada.

Notícia:
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/amorim-alerta-maduro-que-situacao-com-a-guiana-pod
e-sair-de-controle-dizem-interlocutores/
Ana Clara

Argentina:
- A Argentina não vai juntar-se ao bloco de economias em desenvolvimento BRICS no
próximo ano, como estava previsto, indicou esta quinta-feira um alto responsável da
equipa de transição do Presidente eleito, Javier Milei.

- Javier Milei criticou duramente a China durante a campanha eleitoral e ameaçou


cortar relações diplomáticas com o país, afirmando numa entrevista ao canal
televisivo norte-americano Fox News: “Não vou fazer negócios com nenhum
comunista”.

Vídeo: https://www.instagram.com/reel/Cwio-yUBCzj/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==

- A Argentina foi um dos seis países convidados em agosto a juntar-se ao bloco


composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que passaria a ter 11
Estados. A adesão da Argentina estava agendada para 1 de janeiro de 2024.

- Na altura, o então Presidente, Alberto Fernández, saudou o convite, afirmando que


seria “uma grande oportunidade para fortalecer a nação"e entrada nos BRICS abriria
"um novo cenário" à Argentina.

• Contexto:
O BRICS é uma organização informal entre países de economia emergente, como o
Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China, cujo objetivo principal é a análise dos
meios económico-financeiros, empresariais, académicos de comunicação e, por
vezes, de problemas ou défices socioeconómicos.
Relembramos os países convidados este ano e os países fundadores:
O mapa acima constata a localização dos seis países convidados para se juntar aos BRICS
— Infográfico elaborado a 24 de agosto de 2023, pelo G1.

Notícia:
https://cnnportugal.iol.pt/argentina/milei/argentina-de-milei-recusa-juntar-se-ao-brics/202311
30/6569042ad34e65afa2f82c79

Brasil

COP 28: Brasil Promete Triplicar Produção de Energia Renovável até 2030

- Em 2023, o planeta bateu recordes de temperatura

- Na Conferência das Partes (COP 28), um marco histórico foi atingido quando 118
países, incluindo o Brasil, se comprometeram a triplicar a sua capacidade de
geração de energia renovável até 2030. (Paralelamente, um grupo de 20 nações
também se propôs a triplicar a produção de energia nuclear até 2050. )

- China e Índia fora do acordo, aprovam a iniciativa, mas não assinaram.

Notícia:
https://olhardigital.com.br/2023/12/03/ciencia-e-espaco/na-cop-28-brasil-promete-triplicar-pr
oducao-de-energia-renovavel-ate-2030/

Um dia depois o site do governo brasileiro publica: “Em Dubai, Governo Federal anuncia R$
200 bilhões para o setor de biocombustíveis no Brasil. Os recursos serão aplicados até
2037 e ajudarão a desenvolver áreas como combustível sustentável de aviação, gasóleo
verde, etanol de segunda geração, captura e estucagem de carbono”, pelo Ministro de
Minas e Energia. Além disto, também considerou que a medida representará uma “geração
de emprego e renda e oportunidade para combater a desigualdade, que é o grande
propósito do Governo Federal”.
Por fim, foi ressaltado pelo ministro a realização da COP 30 no Brasil, em 2025.

Notícia:
https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/12/em-dubai-governo-f
ederal-anuncia-r-200-bilhoes-para-o-setor-de-biocombustiveis-no-brasil

Você também pode gostar