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HOLANDA, F. M. de. 40 anos das relações Brasil- -China: de onde viemos, onde
estamos, para onde vamos. In: Brasil e China: 40 anos de relações diplomáticas:
análises e documentos. Fundação Alexandre Gusmão, 2016. Disponível em:
<https://funag.gov.br/loja/download/1174-brasil-e-china-40-anos.pdf>. Acesso em 06
fev. 2024.
“Brasil e China tornaram-se muito mais importantes um para o outro e são cada vez
mais chamados a desempenhar papéis ampliados em grandes temas da agenda
internacional” (p.35) PARCEIROS COMPLEMENTARES
Antes de 1974: configuração bipolar do pós-II Guerra Mundial
“a percepção chinesa de que o confronto com o mundo capitalista era inevitável” (p.39)
MARCO: Conferência de Bandung, em 1955, Zhou Enlai
PEI: três D´s desenvolvimento, descolonização e desarmamento
“Sob a política do pragmatismo responsável, o governo Geisel (1974-1979) estabeleceu
relações com a China e reconheceu a independência de Angola em 1975 – o Brasil foi o
primeiro país a fazê-lo – e firmou acordo nuclear com a Alemanha” (p.44) –
PRIMEIRO CONTATO
Crise de 2008: “Ao afirmar-se como novo polo de poder mundial, a China, ao lado do
Brasil e de um grupo de países emergentes, saiu da crise de 2008 com peso relativo
fortalecido: foram chamados a assumir responsabilidades ampliadas em grandes temas
da agenda internacional e passaram a desempenhar papéis protagônicos nos mecanismos
de geometria variável – Brics, G20 e Basic – que se constituíram desde então” (p.45-46)
“ Brasil e China preservaram a estabilidade de seus sistemas políticos, consolidaram
seus fundamentos macroeconômicos, implementaram com êxito ambiciosos programas
de inclusão social e alcançaram avanços significativos no campo da ciência, tecnologia
e inovação” (p.46)
“ A reversão, na década de 1980, do célere crescimento da economia brasileira – em
oposição à trajetória que começava a ganhar impulso na economia chinesa – decorreu
de um conjunto de fatores, com destaque para: as duas crises do petróleo, de 1973 e
1979; a consequente crise de balanço de pagamentos, que levou à moratória dos
pagamentos da dívida externa, em 1986, associado a um processo de hiperinflação; a
emergência de um novo paradigma tecnológico, centrado nas tecnologias da
informação, com grande potencial de geração de riqueza, ao qual o Brasil (ao contrário
da China) tardaria a inserir-se; e a um processo de internacionalização das cadeias
produtivas, no qual a China voltaria uma vez mais a passar na nossa frente” (p.47) –
PREPODERÂNCIA CHINESA
“ Na contramão da tendência dominante no plano global, o Brasil eleva sua participação
nas exportações mundiais de produtos agrícolas e reduz a dos produtos do complexo
eletrônico” (p.48) – fornecedora de matérias-primas
“Fortalecido politicamente, Deng Xiaoping manteve o primado do PCC no comando da
vida política do país e implementou reformas econômicas liberalizantes, que resultaram
em vertiginoso crescimento econômico, aumento substancial da participação da China
nos fluxos de comércio internacional e avanços igualmente expressivos no
desenvolvimento autóctone de alta tecnologia, em setores como: tecnologia da
informação; espacial; química fina; equipamentos de precisão; e energias eólica, solar e
nuclear” (p.49) – AVANÇO CHINÊS
“i) “máquinas desligadas” (stalled engines): cenário crítico em que aumentam os riscos
de conflito entre os Estados, os EUA voltam-se para dentro de si mesmo e paralisa-se a
globalização; ii) “fusão”: cenário mais positivo, em que a China e os EUA estabelecerão
uma pauta conducente a uma agenda global de cooperação; iii) gini out of the bottle:
cenário em que explodem as desigualdades entre os países e dentro dos países e em que,
sem desengajar-se completamente, os EUA deixam de ser o global policeman; e iv)
mundo não estatal (non-state world): em função das novas tecnologias, os agentes não
estatais assumem o comando diante dos desafios globais” (p.52) – POSSÍVEIS
CENÁRIOS RELAÇÕES BRASIL-CHINA
Cooperações: Brics, G20, Basic, dos quais são membros comuns, além do Ibas,
Mercosul, Unasul e Organização de Cooperação de Xangai.
ROTA BIOCEÂNICA
“De forma geral, observou-se durante os últimos dez anos o maior dinamismo nas
relações sino-brasileiras, com mudanças qualitativas e quantitativas. Na área econômica,
houve aumento considerável do fluxo de comércio e de investimentos chineses no
Brasil, em um cenário no qual a criação e consolidação do CEBC vêm contribuindo
para o diálogo empresarial junto a diversos setores. Da mesma maneira, no plano
político, foi perceptível o fortalecimento do diálogo bilateral – com a criação de um
maquinário institucional inserido na COSBAN – bem como na esfera global, com a
presença convergente de ambos os países no G-20 e no BRICS” (p.47) - IMP