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DIPLOMACIA (/DIPLOMACIA)

Brasil pede diálogo entre


Venezuela e Guiana para
solucionar disputa na fronteira
‘Solução diplomática e pacífica’, pediu o chanceler
brasileiro Mauro Vieira; falas ocorreram após cúpula em
Brasília

LUCAS ESTANISLAU (HTTPS://OPERAMUNDI.UOL.COM.BR/AUTORES


/10/LUCAS-ESTANISLAU)
Brasil de Fato (//brasildefato.com.br)
 Caracas (Venezuela) (/news?city_id=30)
 23 de nov de 2023 às 18:10

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu nesta quarta-feira


(22/11) que a disputa fronteiriça entre a Venezuela e a Guiana pelo território do
Essequibo seja solucionada através do diálogo.

“O Brasil fez uma exortação, com todos os outros países, para o entendimento, a
solução diplomática e pacífica das controvérsias. Eu tive ocasião de dizer que o
Brasil defende negociações, entendimentos e arbitragem, com recursos a tribunais
internacionais, como a Corte de Haia, sempre que possível”, disse o chanceler.

As declarações ocorreram após uma reunião entre chanceleres e ministros da


Defesa dos países sul-americanos que aconteceu em Brasília.

Representando Caracas, o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, e o vice-


ministro da Defesa, Felix Osorio, estiveram presentes no encontro. Já a Guiana
enviou o primeiro-ministro, Mark Phillips, o segundo na linha de sucessão do
presidente, Irfaan Ali.

Segundo Vieira, “tanto a delegação da Guiana como a da Venezuela expuseram


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suas visões e posições sobre o conflito, sobre a disputa territorial que têm e que é
discutida em um processo bilateral há 120 anos, pelo menos”.

“Acredito que foi um momento importante para que os dois países expusessem
suas posições, que fossem ouvidos por todos e que tenham tido a ocasião de ouvir
essa manifestação do Brasil”, disse o ministro.

Pelas redes sociais, o chanceler venezuelano divulgou trechos de suas falas


durante a cúpula nas quais acusou a Guiana de planejar “agressões bélicas” contra
a Venezuela.

“Alertamos para a posição ofuscada da Guiana de incorporar atores externos, como


os Estados Unidos, na controvérsia territorial do Essequibo, com a presença e ações
militares conjuntas do Comando Sul para ameaçar nosso país e desenhar planos
de agressão bélica contra nossa vontade. Para isso, pretendem instalar bases
militares no território que é objeto da controvérsia e essas ações são simplesmente
inaceitáveis”, disse.

Itamaraty

Chanceler Mauro Vieira manifestou disposição do Brasil em mediar diálogo entre

Venezuela e Guiana em diferendo sobre território do Essequibo


O ministro ainda reiterou a posição de Caracas de se apegar ao Acordo de Genebra
para solucionar a disputa territorial e disse que o governo guianês não poderia
"entregar concessões ilícitas em águas não delimitadas". Já a Guiana não havia se
pronunciado até o fechamento desta matéria.

Disputa pelo Essequibo


A Venezuela e a Guiana vivem uma escalada de tensão pela disputa do território
do Essequibo. Com 160 km², o enclave localizado na fronteira entre os dois países é
objeto de disputa desde o século 19. No entanto, o caso se tornou mais complexo
em 2015, após o descobrimento de enormes reservas marítimas de petróleo na
região.

O governo guianês entregou as concessões de exploração para a multinacional


Exxon Mobil, o que desagradou Caracas, já que a região está em disputa e a
decisão foi tomada unilateralmente.

Em 2018, Georgetown decidiu levar o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ) –


tribunal da ONU localizado em Haia – decisão contestada pela Venezuela, que
reivindica o Acordo de Genebra, assinado em 1966, como o único documento
válido para solucionar a disputa.

Nos últimos meses, os países elevaram o tom após Caracas anunciar a realização
de um referendo para buscar apoio popular a suas reivindicações. A votação está
marcada para o dia 3 de dezembro e perguntará aos eleitores se estão de acordo
em, por exemplo, não reconhecer o CIJ para julgar o caso e criar um novo estado
venezuelano no território em disputa.

A participação das Forças Armadas venezuelanas na campanha do referendo


gerou repúdio do governo guianês, que chegou a dizer em Haia que a votação
representa “uma ameaça existencial” para o país.

Já a Venezuela condena os exercícios militares conjuntos realizados pelos exércitos


da Guiana e dos Estados Unidos na fronteira e as promessas de Washington de
“fortalecer a defesa” do país contra “ameaças transversais”.

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GUERRA ISRAEL X PALESTINA (/GUERRA-ISRAEL-X-PALESTINA)

‘Nos aproximamos do maior


número de mortes civis na história
da Palestina’, alerta escritor
Rashid Khalidi fala à Opera Mundi, sobre o discurso
norte-americano em torno de Israel e da Palestina

GERCYANE OLIVEIRA (HTTPS://OPERAMUNDI.UOL.COM.BR/AUTORES


/8076/GERCYANE-OLIVEIRA)
 São Paulo (Brasil) (/news?city_id=1)
 23 de nov de 2023 às 17:30

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A guerra em Gaza está prestes a ultrapassar o número de mortes de 1948, ano da
Nakba. Naquele mesmo ano da Catástrofe, nasceu em Nova York o historiador e
escritor palestino-americano Rashid Khalidi, que tem a mesma idade que a luta do
seu povo.

Em 1899, seu tataravô Yusuf Diya al Khalidi, então prefeito de Jerusalém, escreveu a
um dos pais do sionismo, Theodor Herlz, para avisá-lo de que os palestinos não
aceitariam ser expulsos. O intelectual que hoje ocupa o lugar de Edward Said,
dedicou sua carreira a estudar o que descreve como o “projeto colonial” israelense.
Khalidi é professor de estudos árabes na Universidade Columbia.
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Autor, entre outros livros, de The Hundred Years’ War on Palestine: A History of
Settler Colonialism and Resistance, 1917-2017 (Metropolitan Books), Khalidi
escreveu uma biografia na qual não fala da ideia de um país que é o seu – mas não
existe como Estado fora do coração de milhões de refugiados e exilados que
continuam com as chaves das suas casas guardadas. Também publicou mais de
80 artigos sobre história e política do Médio Oriente, incluindo peças no The New
York Times, Boston Globe, Los Angeles Times, Chicago Tribune, entre outros.

Nesta entrevista a Opera Mundi, o escritou fala sobre o cada vez mais assustador
número de vítimas da ofensiva israelense a Gaza e sobre a postura do governo de
Joe Biden, que tem comandado um fluxo aberto de armas e apoio a Israel.

Anadolu

Ofensiva de Israel já matou mais de 14 mil pessoas em Gaza desde o início da ofensiva

atual, em 7 de outubro

Opera Mundi – Há muitos anos, você analisa cuidadosamente o contexto Israel


e Palestina. Com a guerra atual, o que você acredita que mudou na opinião
pública a respeito de Israel?

Rashid Khalidi: Depois de um período de empatia em relação a Israel após a


revelação do alto número de vítimas civis durante as primeiras semanas da guerra,
a opinião pública global mudou de forma decisiva à luz da matança de Israel de
talvez 15 mil pessoas (com milhares de outras desaparecidas, provavelmente
mortas e enterradas sob os escombros). Cerca de 70% das vítimas são crianças,
mulheres e idosos, e isso é evidente para o mundo, apesar de ter sido ocultado por
grande parte da mídia ocidental dominante.

Analisando a cobertura midiática atual, acredita que há uma fissura na


representação idílica de Israel com uma aproximação de uma representação
mais realista dos palestinos?

Houve uma certa mudança, mas ela ocorreu principalmente na mídia não
convencional e nas redes sociais. Ainda há uma forte pressão de cima para baixo
em grande parte da mídia para continuar a apresentar uma imagem focada na
imagem a favor de Israel.

A crescente brutalidade dos ataques israelenses, juntamente com a crescente


dependência de Israel da extrema direita nos Estados Unidos, desencadearam
uma perda significativa de apoio dos setores progressistas. A era de
impunidade de Israel pode estar chegando ao fim?

Há uma mudança significativa nos círculos progressistas e em alguns círculos


intelectuais favoráveis ao apoio aos direitos dos palestinos, como é evidenciado na
base do Partido Democrata, que se opôs fortemente ao governo Biden que apoiou
a guerra de Israel em Gaza. Israel agora está começando a ser visto de forma
negativa pela maioria dos americanos. Entretanto, a narrativa palestina ainda não é
bem conhecida nos Estados Unidos, e há muitos estereótipos negativos. Esses
estereótipos foram reforçados por uma propaganda implacável de atrocidades que
ganhou grande repercussão durante os primeiros dias da guerra, em resposta ao
que provavelmente constituiu o maior número de mortes de civis (cerca de 800)
na história de Israel (o maior número anterior foi de pouco mais de 700 nos quatro
anos da segunda intifada). O fato de estarmos nos aproximando do maior número
de mortes de civis na história da Palestina (o maior número anterior foi de cerca de
20 mil em 1948) provavelmente passará despercebido pela grande mídia.

O senhor acredita que uma oscilação da relação Estados Unidos e Israel está
próxima?

Há uma pequena chance disso acontecer enquanto as lideranças de ambos os


partidos políticos dos Estados Unidos, todo o establishment da política externa, o
empresariado e a mídia forem resolutamente pró-Israel, não importa o que eles
façam. Qualquer mudança de base levará muito tempo para afetar esse poderoso

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