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QUEDA DE BRAÇO

Rodrigo Pacheco enquadra


Campos Neto e defende redução
da taxa de juros
O presidente do Senado está na China com a delegação que acompanha o
presidente Lula no país asiático

Rodrigo Pacheco enquadra Campos Neto e defende redução da taxa de juros. Créditos: Agência Brasil

Por Marcelo Hailer Escrito em ECONOMIA em 14/4/2023 · 11:24 hs

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O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) defendeu a redução da taxa de


juros e afirmou que tal medida é essencial para que o Brasil volte a crescer. Pacheco
está na China com a delegação que acompanha o presidente Lula (PT) no país asiático. 

Em entrevista à CNN Brasil, Rodrigo Pacheco destacou que há um clima de


“maturidade” no Senado para o entendimento e para a aprovação do arcabouço fiscal,
que deve ser apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana
que vem. 
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Além disso, o senador mandou um recado para o presidente do Banco Central,


Roberto Campos Neto, e afirmou que a redução da taxa de juros é essencial para o
Brasil voltar a crescer. 

"Eu posso falar muito pelo Senado. Eu considero que no Senado há um ambiente
muito propício de colaboração com o poder executivo, sobretudo porque nesse
momento de crise no Brasil é fundamental que haja uma união dos poderes em torno
de um projeto em comum. Nós precisamos conter a inflação, precisamos valorizar a
nossa moeda e essa semana foi muito proveitosa para isso: houve uma boa valorização
da nossa moeda, uma boa perspectiva em relação a inflação e agora temos um grande
desafio que é a redução da taxa de juros. É fundamental que isso aconteça. Isso é um
sentimento geral do Senado Federal, de que é preciso reduzir a taxa de juros para que
seja possível retomar o crescimento”, disse Pacheco. 

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Em seguida, o presidente do Senado fala dos projetos em comum entre a Casa e o


executivo. "Tendo essa pauta comum, que é uma pauta de interesse do Brasil, o
Senado tem muita maturidade para compreender que nós temos que colaborar com o
executivo nos projetos que sejam interessantes para o Brasil, seja o arcabouço fiscal,
que será encaminhado como Lei Complementar pelo executivo, primeiro à Câmara e
depois ao Senado, seja os outros projetos que nós precisamos fazer para que haja
arrecadação sustentável para que o arcabouço fiscal possa parar de pé e ser bem
sustentado”, afirmou Rodrigo Pacheco. 

A declaração de Pacheco é mais um apoio necessário para o governo federal aprovar o


arcabouço fiscal no Congresso Nacional e enfraquece a posição de Campos Neto, que
tem tido uma postura irredutível no que diz respeito à redução da taxa de juros. 

Campos Neto por um fio


 
Levantamento feito pela jornalista Cynara Menezes, correspondente da Fórum em
Brasília, mostra que a permanência de Campos Neto à frente do BC está por um fio. 
A queda iminente de Roberto Campos Neto é o principal assunto nos corredores do
Congresso Nacional. A aposta é que não há mais espaço para ele permanecer no cargo
já que foi derrotado pelos fatos: a inflação caiu, levou junto o dólar, e a Bolsa subiu.

A euforia do mercado mostra que Lula estava certo e que não há justificativa para
manter a taxa de juros em 13,75%, como insiste Campos Neto, entulho bolsonarista na
presidência do BC. A avaliação que se ouve no Congresso é que, se ele tiver ainda
alguma dignidade e planos futuros para si mesmo, pede para sair imediatamente, já
que não faz sentido ele continuar no cargo após sua posição ter sido flagrantemente
derrotada.

Na terça-feira, 11, a notícia de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) tinha


caído animou os investidores e causou agitação na Bovespa, que subiu 4,29%, indo aos
106.213 pontos. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em 4,9 reais, pela primeira vez
abaixo dos 5 reais após 10 meses, desde junho de 2022. Empresas como a Gol, a Azul,
a Magalu, Hapvida e CVC tiveram disparada de mais de 10% em suas ações.

"Estamos criando um ambiente para uma curva descendente dos juros no país, que
estão desproporcionais. Acabou de sair o IPCA e pela primeira vez desde 2021 tem o
seu índice de inflação acumulado menor que 5%, desacelerou a inflação, o que mostra
o acerto das medidas que vêm sendo tomadas pelo ministro Fernando Haddad", disse
o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que reforçou a pressão
sobre Campos Neto. "A inflação está desacelerando, reforçando o ambiente para
queda de juros no país".

Lula lamenta não poder demitir Campos Neto  


 

Desde que assumiu a presidência da República, Lula tem criticado a gestão de


Campos Neto à frente do BC e a mantençao da taxa de juros no patamar atual. 

Mesmo com as críticas de Lula, a última reunião do  Comitê de Política Monetária


(Copom) do BC decidiu, nesta quarta-feira (22), manter a taxa básica de juros – a Selic –
em 13,75% ao ano. Esta foi a quinta vez consecutiva que o banco mantém o índice.
Desta forma, o nível de juros segue no maior nível desde dezembro de 2016. Lula já
disse que “vai continuar batendo”.

Lula voltou a criticar a postura de Campos Neto à frente do BC, nesta terça (21), e
lamentou não poder demitir o economista, que foi alçado ao posto por Jair Bolsonaro
(PL) e Paulo Guedes após a decretação da autonomia da instituição. 

Indagado se poderia demitir o presidente do BC, Lula lamentou que a decisão tenha
que passar pelo Senado Federal, onde há poucas chances de que o mandato de
Campos Neto seja interrompido. Siga-nos no

"Eu não posso demitir porque ele depende muito do Senado", afirmou Lula. Ele
sinalizou que não mexerá na autonomia do BC e vai esperar 2024 para trocar o
comando da instituição. Campos Neto foi nomeado para a presidência do BC em 2019
e confirmado em 2022 por Bolsonaro, após sanção do projeto que deu autonomia ao
banco e mandato de quatro anos ao presidente e diretores.

TEMAS

Lula Rodrigo Pacheco Campos Neto Banco Central


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