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INSTITUTO SANTA MARIA MAZZARELLO

O Ateneu
Raul Pompeia

Roteiro do Jornal
Televisivo para a disciplina
de literatura sob a
orientação da professora
Fátima Lima.
Recife
Setembro/2020

INSTITUTO SANTA MARIA MAZZARELLO

O ATENEU
Raul Pompeia

Equipe: Casimiro de Abreu


Série: 2º Ano “A”
Alunos:
Ana Beatriz Pereira Brandão
Ana Júlia de Oliveira Fernandes
Ana Rute Tavares de Lima
Beatriz Pereira de Souza Soriano
Maria Eunice Patrícia Carneiro Leão

Recife
Setembro/2020

ÍNDICE

1 –Introdução.................................................................................................................04
2 – Apresentação da obra..............................................................................................05
2.1 – Título da obra........................................................................................................06
2.2 – Ano de publicação.................................................................................................07
2.3 – Perfil biográfico do autor.....................................................................................08
2.4 – Enredo....................................................................................................................10
3 – Roteiro do Jornal........................................................................................................11
4 – Conclusão.................................................................................................................18
5 – Anexos.......................................................................................................................19
6 – Bibliografia...............................................................................................................22
7 – Relatório...................................................................................................................23
1. INTRODUÇÃO

O realismo é um estilo literário que sucede o período das famosas novelas


românticas e busca representar a sociedade e as relações entre os indivíduos da forma
mais realista possível, como sugere o nome do movimento.
Visando uma maior imersão de seus alunos nos ideais realistas, tal qual entender
como o contexto social influenciará o campo literário, foi sugerido pela professora de
língua portuguesa e literatura Fátima Lima a elaboração de um jornal televisivo.
Este irá conter notícias que, no período de lançamento da obra, se fizeram
marcantes para a sociedade. O grupo Casimiro de Abreu ficou responsável pelo livro O
Ateneu (1888) do autor Raul Pompeia, de onde foi tirada a notícia principal a ser
transmitida durante este telejornal de época.

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2. APRESENTAÇÃO DA OBRA

“O Ateneu”, escrito por Raul Pompeia, narra a história de Sérgio e sua


experiência de ingresso em um internato, onde irá formar seu caráter, sendo um marco
do fim de sua infância. O colégio interno é um lugar conservador e corrupto, a partir
disso o autor criticará vários aspectos da sociedade e a perversidade das instituições de
ensino do país no final do século XIX. Raul Pompeia também esteve em um internato
durante sua juventude, trazendo à obra características autobiográficas, o que explica a
escolha do autor da narração em primeira pessoa.

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2.1 TÍTULO DA OBRA

O título da obra, “O Ateneu”, faz referência ao internato, localizado no bairro


Rio Comprido, Rio de Janeiro, onde o protagonista e narrador da história passou dois
anos de sua vida, que lhe serviram como amadurecimento ao sair do ambiente familiar
para o renomado colégio interno, em busca de uma educação moral. A obra é
considerada realista, uma vez que o narrador critica e denuncia os abusos, a hipocrisia e
corrupção praticada pela instituição, que pode ser um retrato da sociedade no século
XIX.

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2.3 ANO DE PUBLICAÇÃO

A obra é um romance brasileiro lançado no ano de 1888, tendo como autor Raul
Pompeia. O ateneu foi publicado em folhetins, ou seja, os capítulos eram lançados
periodicamente em jornais, de forma que seria necessário ler uma parte e esperar pela
próxima. Podendo-se comparar com um tipo de novela da época, além disso a obra faz
parte do movimento realista no Brasil, sendo uma das mais importantes do período e
considerada o único exemplar de romance impressionista na literatura brasileira.

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2.3 PERFIL BIOGRÁFICO DO AUTOR

Raul d’Ávila Pompeia, nasceu em Jacuecanga, Angra dos Reis, Rio Janeiro em
abril de 1863 e faleceu no Rio de Janeiro, em 25 de dezembro de 1895. Foi um escritor
brasileiro pertencente ao movimento realista e sua obra transita entre o Realismo e o
Naturalismo. Em sua trajetória de vida, ele foi jornalista, contista, cronista, romancista e
orador além de também autor de uma das maiores obras do Realismo brasileiro, “O
Ateneu” de 1888.
Era filho de Antônio de Ávila Pompeia, homem de recursos e advogado, e de
Rosa Teixeira Pompeia. Transferiu-se cedo, com a família, para a Corte e foi internado
no Colégio Abílio. Passando do ambiente familiar rígido e fechado para a vida para uma
vida nova, Raul Pompeia levou um choque profundo com estranhos. Já no colégio,
escrevia para o jornal que circulava internamente: “O Archote”.
No entanto, seus comentários críticos o levaram a ser transferido para outra
instituição. Ingressou, no famoso Colégio Imperial Dom Pedro II, onde se projetou
como orador e publicou o seu primeiro livro, “Uma tragédia no Amazonas” (1880).
Em 1881 começou o curso de Direito em São Paulo, entrando em contato com o
ambiente literário e as ideias reformistas da época. Engajou-se nas campanhas
abolicionistas e republicanas, tanto nas atividades acadêmicas como na imprensa.
Tornou-se amigo de Luís Gama, o famoso abolicionista, tornando-se seu secretário.
Escreveu em jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro, frequentemente sob o
pseudônimo Rapp, um dentre os muitos que depois adotaria. Ainda em São Paulo
publicou, no Jornal do Comércio, as Canções sem metro, poemas em prosa, parte das
quais foi reunida em volume, de edição póstuma. Também publicou, em folhetins da
Gazeta de Notícias, a novela antimonárquica As joias da Coroa.
Reprovado no 3º ano, em 1883, seguiu com 93 acadêmicos para o Recife e ali
concluiu o curso de Direito, mas não exerceu a advocacia. De volta ao Rio de Janeiro
em 1885, dedicou-se ao jornalismo, escrevendo crônicas, folhetins, artigos, contos e
participando da vida boêmia das rodas intelectuais. Nos momentos de folga, escreveu O
Ateneu, “crônica de saudades”, romance de cunho autobiográfico, narrado em primeira
pessoa, contando o drama de um menino que, arrancado ao lar, é colocado num
internato da época. Publicou em 1888, primeiro em folhetins, na Gazeta de Notícias, e,
logo a seguir, em livro, que o consagra definitivamente como escritor.
Decretada a Abolição, em que se empenhara, passou a dedicar-se à campanha
favorável à implantação da República. Em 1889, colaborou em A Rua, de Pardal Mallet,
e no Jornal do Comércio. Proclamada a República, foi nomeado professor de mitologia
da Escola de Belas Artes e, logo a seguir, diretor da Biblioteca Nacional. No jornalismo,
revelou-se um florianista exaltado, grande jacobino que era, em oposição a intelectuais
do seu grupo, como Pardal Mallet e Olavo Bilac. Numa das discussões, surgiu um duelo
entre Bilac e Pompeia. Combatia o cosmopolitismo, achando que o militarismo,
encarnado por Floriano Peixoto, constituía a defesa da pátria em perigo. Referindo-se à
luta entre portugueses e ingleses, desenhou uma de suas melhores charges: “O Brasil
crucificado entre dois ladrões” (em referência a Portugal e a Inglaterra) a qual
desagradou muita gente, inclusive Bilac.
Com a morte de Floriano, em 1895, foi demitido da direção da Biblioteca
Nacional, acusado de desacatar a pessoa do então Presidente da República, Prudente de
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Morais, no explosivo discurso pronunciado em seu enterro. Rompido com amigos,
caluniado em artigo de Luís Murat, sentindo-se desdenhado por toda parte, inclusive
dentro do jornal A Notícia, que não publicara o segundo artigo de sua colaboração.
A posição de Raul Pompeia na literatura brasileira é controversa. A princípio a
crítica o julgou pertencente ao Naturalismo, mas as qualidades artísticas presentes em
sua obra fazem-no se aproximar do Simbolismo, ficando a sua arte como a expressão
típica, na literatura brasileira, do estilo impressionista.
Profundamente descontente e amargurado, humilhado pela indiferença com que
os jornais tratam seus artigos, vê publicado "Um louco no cemitério". Sem encontrar um
jornal que desse espaço para sua resposta, profundamente deprimido, suicida-se com um
tiro no coração.
Raul Pompéia escreveu crônicas, cantos, poemas e três romances. A maior parte
de sua produção literária ficou nos jornais em que colaborou.
Ele morreu no dia 25 de dezembro de 1895, em plena noite de Natal.

2.4 ENREDO
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O romance escrito por Raul Pompeia narra através da memória do protagonista
as suas experiências vivenciadas ao longo de dois anos no admirável colégio interno, o
Ateneu, referência na aplicação de uma rígida educação moral. Vivência essa que
tornou-se um marco na vida de Sérgio, determinando o fim da infância e o início da
maturidade.
O primeiro contato de Sérgio com o colégio foi durante uma visita em um dia de
festa. A grandiosidade e a beleza do lugar o conquistaram, o garoto de 11 anos contava
os dias para viver aquele momento ímpar. E a partir das palavras de seu pai: “Vais
encontrar o mundo [...] Coragem para a luta.” inicia aquela aventura.
Ao se apresentar para a turma, Sérgio tem um desmaio. Após isso, passa a ser
perseguido e assediado e logo começa a perceber que os ideais que criou não condiziam
com a realidade.
Com o tempo vai conhecendo melhor o local e seus colegas. Primeiro, fez
amizade com Sanches, quem o salvou de um afogamento. Os dois passaram a estudar
juntos e se tornaram próximos, entretanto, Sérgio repreende o colega por perceber uma
aproximação mais íntima por parte dele e os dois acabam brigando.
Logo depois, o garoto inicia uma amizade com Franco, um aluno desprezado
pelo diretor Aristarco, pelos professores e principal alvo dos ataques dos colegas. Tanto
que em um dia Franco convida Sérgio a se vingar dos outros colegas, ele enche a
piscina de banho com cacos de vidros, enquanto o Sérgio observa tudo sem ação. Na
manhã seguinte, ninguém se machuca, mas os dois amigos vão parar na diretoria.
Mais tarde, aproxima-se de Barreto, um aluno muito religioso que conversa
sobre Deus e o temor a ele. Influenciado pelo jovem beato, Sérgio reza, faz jejum, mas
permanece tirando notas baixas. Revoltado, abandona sua religiosidade e a amizade
com Barreto. Afastado de todos, decide seguir sozinho e buscar independência dentro
do internato. Quando começa a frequentar a biblioteca, faz amizade com Bento Alves,
um garoto mais velho que trabalhava como bibliotecário. A amizade dos dois tornou-se
bastante íntima e próxima, o que gerou muitos comentários no Ateneu.
Nesse meio tempo, ocorre um crime passional dentro do colégio. Um jardineiro
mata, a facadas, outro funcionário da escola por amor a Ângela, uma espanhola que
trabalhava na casa de Aristarco e D. Ema, esposa do diretor.
Perante a outros acontecimentos dentro do Ateneu, uma nova amizade entre
Sérgio e Egbert, o próprio narrador nos diz que essa foi a sua primeira amizade
verdadeira, sem nenhum interesse.
Seu amigo Franco adoece e depois de pouco tempo morre por conta da falta de
cuidados. Há então na escola uma solenidade onde o Aristarco recebe um busto em
cobre. Dividido entre o orgulho e uma competição com o busto, Aristarco o recebe
orgulhosamente.
Em uma manhã qualquer, todos gritavam pôr fogo, devido a um incêndio.
Aristarco se vê sem a instituição que foi destruída em chamas.

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3. ROTEIRO DO JORNAL

Jornalista da Bancada 1: Boa Noite! Foi sancionada nesta quinta-feira a lei que determina
o fim da escravidão.
Jornalista da Bancada 2: Vamos acompanhar também a criação do município de São
Pedro de Uberabinha.
Jornalista da Bancada 1: O movimento artístico, que já foi alvo de muitas críticas por não
obedecer os cânones estabelecidos pela tão gloriosa arte acadêmica, vem sendo mais aceito
e reconhecido pelos críticos.
Jornalista da Bancada 2: Dom Bosco, sacerdote católico e fundador da instituição
salesiana, morre nesta quarta-feira.
Jornalista da Bancada 1: A produção de borracha na Amazônia, que já se destaca como
uma das mais importantes atividades econômicas em todo o país, sofre alta com o início da
fabricação de pneumáticos.
Jornalista da Bancada 2: Hoje ainda teremos um entrevista exclusiva com o renomado
escritor Raul Pompeia.
Jornalista da Bancada 1: Conhecido, especialmente, como o criador da lâmpada
incandescente, Thomas Edison divulga anotações de sua pesquisa para desenvolver a
primeira câmera cinematográfica.
Jornalista da Bancada 1: E no quadro: Mistérios Do Mundo de hoje falaremos a respeito
do mais enigmático serial killer da história, Jack o estripador.
Jornalista da Bancada 2: Começamos agora mais um Gazeta de Notícia!
Jornalistas da bancada 1: O Brasil acordou agitado nesta quinta-feira com a notícia de
uma nova lei, que marcara a história do país. A Princesa Isabel sancionou uma lei que pôs o
fim à escravidão.
Jornalista da bancada 2: A sanção foi o resultado da campanha abolicionista que se
desenvolvia no Brasil desde a década de 1870.
Como iremos acompanhar com a repórter Beatriz...
Repórter: A urbanização e a industrialização foram estimuladas, de modo a provocar o
surgimento de novos grupos sociais com interesses distintos daqueles ligados a produção
agrícola, apoiadora do sistema escravocrata. Progressivamente, esses novos grupos sociais,
visando o aumento do seu mercado consumidor, começaram a se opor a esse regime, por
não ser vantajoso para os mesmos.
No contexto em que diversos países aboliam a escravidão em seus territórios. A Lei Áurea
estava longe de ser fruto do ato de vontade da Coroa.
Os escravistas mais radicais tomaram medidas que visavam impedir a saída de seus ex-
escravos de suas terras, apegados à propriedade e à esperança de receberem indenizações.
As comemorações oficiais, promovidas pelas Câmaras Municipais e associações
abolicionistas, buscaram promover a ordem e a harmonia da sociedade, conclamando os
libertos a participarem da marcha da civilização e do progresso. Os libertos reivindicaram

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certo protagonismo nas comemorações, se recusando a comparecer no trabalho nos dias que
se seguiram à abolição.
Seguiremos acompanhando as consequências dessa revolucionária iniciativa, por hoje é
isto, seguimos com vocês Ana Beatriz e Rute.
Jornalista na Bancada 1: Nesta sexta-feira, o município de São Pedro de Uberabinha
emancipou-se de Uberaba.
Jornalista da Bancada 2: O município, que na época era Freguesia, foi fundado por
Felisberto Alves Carrejo, o que é de extrema importância para a região, por instalar o
primeiro núcleo habitacional, que viria a se tornar Uberabinha.
Repórter: Após as freguesias de Santa Maria e São Pedro de Uberabinha serem elevadas à
categoria de vila em 7 de junho, nesta sexta-feira, foi criado o município de São Pedro de
Uberabinha, emancipando-se de Uberaba.
O município, na época freguesia, foi fundada em 1857 por Felisberto Alves Carrejo, em
1846, Felisberto e Francisco, seu irmão, construíram uma capela, assim que chegaram na
região. Ao redor da capela foi se formando a cidade. Separaram dez alqueires, dos cem
adquiridos para o patrimônio da santa, e o transformaram em pasto para aluguel cuja renda
seria para a manutenção da capela. Chamava-se “Pasto de Nossa Senhora”. A construção
acabou em 1853.
Aqui quem fala é Ana Júlia diretamente do município de São Pedro de Uberabinha no
Gazeta de Notícias. Voltamos ao estúdio.
Jornalista da Bancada 1: E agora falando de cultura - Os artistas impressionistas propondo
pintar o que o olho vê, foram alvo de duras críticas que identificaram nas obras
“fragmentação das imagens; aparência de inacabada; paisagens desfocadas” características
que não se enquadram nos moldes estabelecidos pela legítima e gloriosa arte acadêmica.
Jornalista da Bancada 2: Pierre-Auguste Renoir assim como muitos artistas desse
movimento revolucionário foi alvo de críticas desde a primeira exposição, em 1874, mas
vem conquistando um reconhecimento progressivo desde que o Governo francês adquiriu
um quadro seu.
Como veremos agora com a repórter Beatriz...
Repórter: Nomes como Auguste Renoir, Claude Monet, Edgar Degas, Camille Pizarro,
entre outros artistas, unem-se e organizam, em 1874, a primeira exposição dos jovens
impressionistas no ateliê do fotógrafo Nadar. Com obras que rompem com a maneira de
representação da realidade desde o Renascimento, rejeitando as regras e temas clássicos,
abandonando o ideal de beleza objetivo, temas míticos e religiosos. Chocam a crítica que
descreve a exposição como “uma sucessão de desastres”.
No entanto o Frances Auguste Renoir vem tendo um progressivo reconhecimento com seus
quadros que transmitem otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do
fim do século XIX e nesta semana expôs sua mais nova obra A Colheita de Flores
Seu estilo artístico é marcado pela presença de cores fortes e brilhantes, texturas e linhas
harmônicas. Em suas pinturas prevaleceram as formas humanas individuais, grupos de
pessoas e paisagens, como nas obras O Sena em Argentheuil, Laundresses que apresentou
em sua recente exposição individual.
Esse movimento artístico, segundo alguns críticos, influenciou uma obra literária brasileira,
do Autor Rual Pompéia, O Ateneu, que desde de sua publicação recente é vangloriada pela
crítica.

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Essa associação se dá, porque o narrador da obra reconstrói a realidade a partir de seu
próprio ponto de vista, dando suas impressões mais subjetivas e pessoais sobre os
acontecimentos e os seus personagens.
É isto, seguiremos acompanhando o desenvolvimento artístico e cultural do Brasil e do
mundo, para levar sempre o melhor para você, o nosso querido telespectador, voltamos após
o intervalo.
Intervalo – Propaganda (30 segundos)
Propaganda: Máquina de Costura
Ana Beatriz: Pequena Wanzer, de dois pespontos. Perfeição, economia e elegância! A
única máquina de costura a mão de pouco preço que presta utilidade. Esta nova excelente
máquina pelo diminuto preço e boa qualidade veio realizar o que há tanto tempo tem se

tentado conseguir, isto é, utilidade por pouco dinheiro. Preço fixo de apenas 40$000.

Jornalista da Bancada 1: E voltamos com a notícia da morte de Giovanni Melchior Bosco,


conhecido por todos como Dom Bosco.
Jornalista da Bancada 2: O pai e Mestre da juventude faleceu em Turim, Itália e deixou
conosco um legado de amor e paz.
Repórter: Dom Bosco foi um sacerdote católico italiano, fundador da Congregação
Salesiana. Atuante em assuntos sobre educação, foi considerado grande protetor da
juventude. Giovanni Melchior Bosco nasceu em Becchi, próximo a Turim, na Itália, no dia
16 de agosto de 1815. Filho de Francesco Bosco e de Margherita Occhiena ficou órfão de
pai com apenas dois anos de idade.
Em 1841 Dom Bosco foi ordenado sacerdote. Logo iniciou, em Turim, sua obra de
educação de crianças sem família. Foi ao encontro dessas crianças e começou seu trabalho
no “Oratório de Dom Bosco”.
Em 1859, ele formou a primeira turma de jovens educadores. Esse grupo deu origem à
“Congregação Salesiana”.
Plantão!!! (Vinheta)
Jornalista da Bancada 1: Acabamos de receber informações de um incêndio no Ateneu,
localizado no bairro Rio Comprido, onde há poucas semanas atrás houve um assassinato de
um dos funcionários do local, os bombeiros tentaram evitar o incêndio de se alastrar, mas,
infelizmente, quando chegaram, boa parte já estava incendiada.
Jornalista da Banca 2: Acredita-se, no momento, que o incêndio possa ter iniciado em um
dos quartos do Ateneu, onde havia vários colchões que estavam para lavar, dando a
entender que o incêndio tenha sido proposital. Um dos alunos, que segundo o pai era cheio
de maus comportamentos e por isso o botara lá, pois o queria disciplinado, é o principal
suspeito. O pai levou a criança ao internato contra sua vontade, podendo ser um dos
motivos de seu crime.
Uma senhora está desaparecida e não houveram feridos.
Jornalista da Banca 2: Esse foi o plantão de hoje, mais detalhes do ocorrido na próxima
edição, voltamos a programação normal.

Jornalista Bancada 1: Como viemos acompanhando, o aperfeiçoamento no processo de


vulcanização vem tornando a borracha em um produto altamente valorizado no mercado
internacional.

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Jornalista Bancada 2: Valorização essa que promete aumentar ainda mais com a
descoberta do escocês John Boyd Dunlop, o pneumático: revestimento de borracha
vulcanizada na roda.
Como veremos agora com o repórter Beatriz...
Repórter: Como viemos acompanhando, a vulcanização está possibilitando a ampliação
dos usos da borracha. E a região amazônica, uma das maiores produtoras de látex, está
aproveitando desse aumento para se transformar no maior polo de extração e exportação de
látex do mundo.
Envolvendo cerca de 100 mil pessoas, em grande parte nordestinos retirantes das grandes
secas da década de 70, a exportação do látex amazônico chega a atingir médias anuais de 40
mil toneladas, que são enviadas para os Estados Unidos e para a Europa.
E uma recente descoberta do escocês Boyd Dunlop, promete aumentar ainda mais a
demanda da borracha em todo o mundo.
O veterinário realizou vários experimentos a fim de aliviar o desconforto de seu filho ao
dirigir um triciclo. Johnny tinha dificuldades para andar pelas calçadas de pedra da Escócia
com seu triciclo. O pai, então, improvisou uma câmara de ar de borracha flexível, envolveu-
a numa lona e montou-a num aro de madeira. O resultado foi sensacional. Johnny passou a
ser bem mais rápido que seus amigos e chegou a andar 60 milhas com um só jogo de pneus.
A invenção deu tão certo que Dunlop patenteou de imediato a sua ideia, obteve da rainha
Vitória a patente pela invenção do pneu, abrindo o caminho para o "século da mobilidade".
O produto difundiu-se rapidamente pela Europa e já reflete impactos positivos para a
economia brasileira, que só tendem a aumentar. Voltamos após o intervalo...
Intervalo – Propaganda (20 segundos)
Propaganda: Sapato de Borracha
Ana Beatriz: Cansados, com o solado revestido de borracha, a mais nova tecnologia que
lhe garante conforto, segurança e beleza. É muito confortável, é muito lindo e permite uma
sensação única ao usar. Beleza e o conforto move você
Jornalista Da Bancada 1: Uma certa anotação de um homem chamado Thomas Edison vai
fazer bastante diferença no mundo que vivemos hoje.
Jornalista Da Bancada 2: Ele seu assistente William Dickson estão desenvolvendo a
primeira câmera cinematográfica, à qual deram o nome de Kinetógrafo.
Repórter: Thomas Edison resume sua ideia para o que viria a ser uma câmera
cinematográfica. ''Estou experimentando um instrumento que faz com os olhos aquilo que o
fonógrafo faz com os ouvidos” diz o próprio. Seu dispositivo grava uma série de imagens
que, se fossem exibidas em rápida sequência, parecem ter movimento.
Além dessa, existiram outros inventores, que também tiveram ideias semelhantes. Como a
primeira câmera de vídeo portátil, que tinha forma de um fuzil, Inventado pelo cientista
Étienne-Jules Marey, o “fuzil fotográfico” que foi revelado a um tempo atrás. As imagens
eram registradas em um disco que continha 12 quadros, ou em um cilindro externo com
placas sensíveis.
Joseph Plateau da Bélgica e Simon Stampfer da Áustria criaram um aparelho chamado
‘phenakistoscópio’, que tinha formato de um disco cilíndrico giratório com ranhuras através
das quais uma série de desenhos poderiam ser vistos criando o efeito de uma imagem
simples se movendo, fascinando o mundo e dentre essas, muitas outras.
É isto, seguimos com vocês Ana Beatriz e Rute.

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Jornalista da Bancada 1: O prestigiado escritor Raul Pompeia, que recentemente lançou
uma obra que chocou a todos, gerando muitas críticas, nos dará a honra de uma entrevista
exclusiva.
Jornalista da Bancada 2: Ele responde a perguntas relacionadas a sua mais recente
publicação e também sobre toda a polêmica gerada a partir da relação da obra com sua vida.
Repórter: Estamos aqui com o escritor Raul Pompeia, que nos recebeu em sua residência
para responder a alguns perguntas sobre a repercussão de seu incrível trabalho.
Repórter: Como vai?
Raul Pompeia: Muito bem, obrigado!
Repórter: O Ateneu, seu livro recentemente publicado, conta sobre as vivências do
protagonista Sérgio no internato Ateneu. Existe na obra alguma crítica direcionada as
relações dentro deste internato?
Raul Pompeia: Sim, uma vez que os alunos mais fortes e maiores exerciam uma
dominação sobre os mais inocentes e frágeis, construindo, assim, uma relação de abusos,
violências psicológicas e físicas.
Repórter: Na sua concepção, qual a importância da presença de críticas à sociedade em
uma obra literária?
Raul Pompeia: A literatura nos permite discutir os mais variados temas e denunciar os
problemas sociais significa para mim exercer a minha função de cidadão que pede por
mudanças.
Repórter: Nota-se que uma característica marcante de sua última obra é a fácil conexão
entre o leitor e o protagonista. Quais técnicas foram utilizadas para que essa ligação se
tornasse possível?
Raul Pompeia: Eu escolhi dissertar um texto em primeira pessoa, com um narrador
personagem, permitindo, assim, a construção de um diálogo direto entre o protagonista da
história e o leitor.
Repórter: Visto que o senhor passou pela experiência de viver em um internato, a pergunta
que não quer calar é: quem é Sérgio? Um personagem advindo da mente criativa de um
autor ou uma representação deste autor numa obra autobiográfica?
Raul Pompeia: Não, de forma alguma a obra tem características autobiográficas, trata-se
apenas de uma criação fictícia. Eu não sou o Sérgio e tampouco vivi as mesmas
experiências dele.
Repórter: Um assunto bastante recorrente no momento é a rivalidade entre você e o poeta
Olavo Bilac, este que confirma os boatos e suposições sobre sua possível
homossexualidade. O que nos diz a respeito disso?
Raul Pompeia: O Olavo Bilac não passa de um papa defunto, que está inventando calúnias
sobre minha pessoa, as quais eu já desmenti, com o objetivo de chamar atenção, já que suas
obras não são capazes de fazer isso.
Repórter: Muito obrigada pelo seu tempo e atenção para conosco. É isto, voltamos ao
estúdio.

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Jornalistas da bancada 1: E agora com o quadro mistérios do mundo... (Vinheta)
O assassinato de uma prostituta em Londres foi o primeiro capítulo de um mistério na
cidade. Quem a matou foi uma figura conhecida como Jack, o Estripador, que também
exterminou no mínimo cinco prostitutas em menos de dois meses, disseminando o pânico
pelas ruas do distrito de Whitechapel, Londres. O assassino apavorou a população de
Londres e expôs os problemas sociais da capital do país.
Jornalistas da bancada 2: A Primeira vítima de Jack foi encontrada horrivelmente
mutilada na noite desta segunda-feira.
Como iremos acompanhar com o repórter Ana Júlia...
Repórter: O cadáver de Mary Ann Nichols, uma prostituta chamada Polly, foi encontrada
nesta segunda-feira na passagem Buck em Whitechapel, um dos bairros pobres do East End
de Londres. A polícia da Scotland Yord passaram a investigar, sem qualquer resultado, o
misterioso assassino em série.
Os periódicos e a polícia começaram a receber cartas pretensamente escritas pelo serial
killer. Todas não passaram de trote. Porém, uma delas teve importância crucial para o caso.
A polícia mantem a hipótese de que uma dessas cartas tenha sido realmente enviada pelo
criminoso. Pois esta, com o título From Hell (Do Inferno), estava dentro de uma caixa que
continha um rim, órgão este que tem a possibilidade de pertencer à terceira vítima, na qual
teve seu rim removido pelo assassino, mas a hipótese não foi confirmada.
Confira a tradução da carta:
Do inferno
Mr. Lusk, Senhor
Eu envio um rim que peguei de uma mulher. O outro eu fritei e comi e estava bem gostoso.
Posso lhe enviar a faca se você esperar mais um pouco.
Assinado
Prenda-me quando puder, Sr. Lusk

Jornalistas da bancada 1: E esse foi mais uma notícia do quadro do mistérios do mundo e
com isso finalizamos o Gazeta de Notícia, muito obrigada pela sua audiência.
Jornalistas da bancada 2: Tenha uma ótima noite e até a próxima.

4. CONCLUSÃO

Através das pesquisas realizadas para a elaboração deste trabalho, podemos


perceber o porquê do realismo ter sido polêmico; a realidade é mostrada de forma "nua
e crua".
Portanto concluímos que este movimento mantém um diálogo direto com a
cultura e o modo de vida da sociedade em que está inserido, trazendo à tona assuntos
que nem todos gostariam que fossem repercutidos.

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5. ANEXOS

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6. BIBLIOGRAFIA
https://gizmodo.uol.com.br/camera-de-video-portatil-fuzil/
https://operamundi.uol.com.br/historia/2377/hoje-na-historia-1895-irmaos-lumiere-
realizam-a-primeira-projecao-cinematografica#:~:text=O%20filme%20foi%20rodado
%20por,mostrando%20trabalhadores%20deixando%20a%20f%C3%A1brica.
https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2017/02/8-invencoes-de-thomas-
edison-que-mudaram-o-mundo.html
https://www.politize.com.br/proclamacao-da-republica/
https://asmetro.org.br/portalsn/2018/11/15/proclamacao-da-republica-do-brasil/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/proclamacao-da-republica
https://www.camarauberlandia.mg.gov.br/institucional/conheca-uberlandia
https://www.uberlandia.mg.gov.br/prefeitura/secretarias/cultura/historia-de-uberlandia/
https://historia-de-uberlandia.webnode.com
https://www.visiteobrasil.com.br/sudeste/minas-gerais/circuito-triangulo-mineiro/
historia/uberlandia
https://www.youtube.com/watch?v=G91AtX6i7hE
https://santhatela.com.br/pierre-auguste-renoir/renoir-colheita-de-flores/
https://br.pinterest.com/pin/595741856942287947/
http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/docs/pag/v9_1/dagostini3.pdf
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/economia-da-borracha
http://www.dunloppneus.com.br/sobre-a-dunlop
http://www.missaosalesiana.org.br/a-vida-de-dom-bosco-iv-apostolo-dos-tempos-
modernos/
https://www.soliteratura.com.br/realismo/realismo08.php
https://www.culturagenial.com/o-ateneu-de-raul-pompeia/
https://www.todamateria.com.br/o-ateneu/
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000297.pdf
https://blogdoenem.com.br/o-ateneu-de-raul-pompeia-impressionismo-na-literatura-
brasileira-literatura-enem/
https://www.youtube.com/watch?v=yuoYaI-mhWI&feature=youtu.be
https://www.google.com/amp/s/vejasp.abril.com.br/cidades/anuncios-antigos-jornais-revistas/amp/

7. RELATÓRIO

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O desenvolvimento do trabalho foi iniciado com a leitura da obra “O Ateneu”
por todos os integrantes do grupo. Em seguida, concluímos parte do trabalho escrito,
que consistia na análise da obra.
A partir das orientações da professora Fátima, começamos a pesquisar e a
selecionar notícias do ano em que a obra foi publicada. Definida as notícias, partimos
para a produção do roteiro. As pesquisas foram organizadas aos integrantes do grupo
para que pudessem fazer o roteiro de cada uma delas, assim, o trabalho seria distribuído
a todos e ninguém ficaria de fora ou sobrecarregado.
Ao todo, foram 5 reuniões pela plataforma Google Meet, mais as discussões pelo
grupo do WhatsApp.

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