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22322021 2543
ARTIGO ARTICLE
What made the Mais Médicos (More Doctors) Program possible?
Abstract The article analyzes which were the Resumo O artigo analisa quais atores participa-
actors who participated in the insertion in the ram e como atuaram na inserção na agenda gover-
governmental agenda of the issue of insufficien- namental da questão das insuficiências na oferta e
cies in the supply and training of medical doctors formação de médicos para o SUS e da adoção do
for the SUS and the adoption of the Mais Médi- Programa Mais Médicos (PMM) como solução.
cos Program (PMM) as a solution. Documental A análise documental, bibliográfica e a realização
and bibliographic analysis and semi-structured das entrevistas semiestruturadas com informan-
interviews were carried out in the methodological tes-chave foram trabalhadas na perspectiva meto-
perspective of process tracing. Theoretical resourc- dológica do process tracing. Foram usados recur-
es from studies on political processes and from the sos teóricos dos estudos sobre o processo político e
theories of gradual institutional change and mul- das teorias da mudança institucional gradual e dos
tiple streams were used. Outstanding results were múltiplos fluxos. Destacam-se como resultados a
the identification of factors related to the entry of identificação de fatores relacionados à entrada da
the issue on the agenda, such as the aggravation questão na agenda, como o agravamento do tema,
of the issue, increase in its public perception and o aumento de sua percepção pública e a mudança
change of government. It was found that the ac- de governo. Constatou-se que a ação da presidenta
tion of the President and policy entrepreneurs was Dilma Rousseff e de empreendedores da política foi
decisive for the process of formulating the PMM decisiva para o processo de formulação do PMM
based on historical legacies of previous policies. com base em legados históricos de políticas ante-
We challenge studies that regard the PMM as a riores. Contesta-se a explicação de uma vertente
hastily formulated solution to an old problem to da literatura que considera que o PMM foi uma
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Departamento de
Medicina Preventiva e respond the street demonstrations known as “June solução construída às pressas, para enfrentar um
Social, Universidade Federal Journeys”. The inauguration of municipal govern- problema antigo, em resposta às “Jornadas de Ju-
da Bahia. Praça XV de ments, in 2013, and the electoral calendar were nho”. Observou-se que a posse dos novos prefeitos
novembro s/n, Largo do
Terreiro de Jesus. 40026- also important factors and taken into account em 2013 e o calendário eleitoral também foram fa-
010 Salvador BA Brasil. in the strategic action of the actors who led the tores importantes para a ação estratégica dos ato-
heiderpinto.saude@ formulation of the PMM, with strong opposition res que lideraram a formulação do programa, com
gmail.com
2
Programa de Pós- from medical entities. forte oposição das entidades médicas.
Graduação em Sociologia, Key words Human resources in health, Medical Palavras-chave Recursos humanos em saúde,
Universidade Federal do Rio education, Public policy Educação médica, Política pública
Grande do Sul. Porto Alegre
RS Brasil.
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Pinto HA, Côrtes SMV
Quadro 2. Entrevistados.
Posição 2003-2010 2011-2013 2013-2018
Primeiro escalão do Executivo Federal 5 4 2
Escalões intermediários e integrantes da burocracia do Executivo Federal 4 6 4
Dirigentes de entidades de representação das secretarias estaduais e 3 3 2
municipais de saúde
Parlamentares da Câmara e Senado - 2 3
OPAS 1 - 1
Totais por período 13* 15* 12*
*
No total foram 19 pessoas entrevistadas, porém algumas delas ocuparam diferentes posições em mais de um período, havendo
aquelas que atuaram em posições distintas nos três períodos.
Foram empregadas técnicas de análise de fluxos de política, que são relacionados à entrada
conteúdo18 para tratar as entrevistas, utilizando de novas soluções na agenda governamental, sen-
categorias analíticas como atores, ideias, institui- do eles: o dos “problemas”, o das “soluções” e o do
ções, questões, problemas e soluções. Também foi “processo e contexto político”. A teoria permite
utilizada a análise de discurso político19, fazendo ainda que se identifiquem “janelas de oportuni-
uso de premissas discursivas, tais como: objeti- dade”: chances passageiras nas quais há um aco-
vos, valores, preocupações, circunstâncias, cur- plamento dos três fluxos, permitindo que novas
sos de ação e consequências. Foram empregados questões e soluções tenham a oportunidade de
recursos da teoria dos múltiplos fluxos (TMF)20, ganhar a atenção de decisores de políticas e de
dos estudos sobre processo político (public policy entrar na agenda governamental. No processo
process)21-23 e da teoria da mudança institucional político, disputa-se quais questões, prioridades e
gradual (TMIG)24. explicações para os problemas e que soluções de-
A TMF ofereceu instrumentos analíticos para vem ser implementadas. Para a TMF, “empreen-
caracterizar o que a teoria denomina como os três dedores de políticas” são agentes-chave para criar
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das insuficiências na oferta e na formação médi- ção de Profissionais da Atenção Básica (Provab),
cas, relatou em entrevista uma fala de dirigente uma estratégia de formação e provimento médi-
da gestão ministerial anterior que afirmara frente co em áreas subatendidas, que criou uma bonifi-
a ele e à equipe que “junto com o Padilha é a tur- cação na pontuação do concurso para residência
ma que [...] discute educação médica” (Entrevis- médica na intenção de atrair médicos recém-for-
ta Padilha), e acrescentou: mados. Com o apoio do MEC e do núcleo do go-
Ele (aquele dirigente) tinha certeza que a edu- verno, e apesar da forte oposição da CP-M Libe-
cação médica seria um debate puxado por nós. [...] ral, que se posicionou majoritariamente contra o
Um conjunto de pessoas que tinham em sua histó- Provab, o MS criou o programa em setembro de
ria [esse] debate [...], seja a partir do movimen- 2011. Com o Provab, houve aumento no recruta-
to estudantil de medicina, seja a partir da Abem mento de médicos para a atenção básica, porém
[Associação Brasileira de Educação Médica]. [...] mesmo assim, em 2013, só conseguiu responder
A gente não perderia a oportunidade de [...] buscar a 26% da demanda dos municípios por médicos
medidas concretas para que o Ministério passasse a nas equipes de saúde da família7.
assumir aquilo que é sua responsabilidade consti- Outras iniciativas formuladas no governo
tucional: [...] ser o SUS e suas autoridades os prin- Lula e implementadas no primeiro ano do gover-
cipais reguladores do processo de formação e provi- no Dilma tiveram resultados insuficientes, como
mento do profissional médico (entrevista Padilha) o Exame Nacional de Revalidação, conhecido
A evolução da questão das insuficiências como Revalida, e a alteração da Lei do Fundo de
na oferta e na formação médicas na década de Financiamento do Estudante do Ensino Superior
2000, bem como das demandas da população e (Fies), pensado para conceder moratória e aba-
de gestores do SUS para a solução do problema, timento da dívida a médicos que optassem pela
catapultaram a questão ao sistema macropolítico atuação em equipes de saúde da família em áreas
(entrevistas 1, 2, 4, 9, 11-13, 15 e 19). Isso ocorreu, subatendidas ou que fizessem residência médica
em grande parte, devido à expansão da cobertu- em especialidades consideradas prioritárias pelo
ra dos serviços de saúde, combinada a um baixo MS7,29. Em fevereiro de 2012, o núcleo do gover-
crescimento proporcional da oferta de médicos, no foi convencido pelos empreendedores que a
pois aqueles formados na década de 2000 preen- insuficiência de médicos limitava a possibilidade
chiam apenas 69% da demanda do mercado de de sucesso da política de saúde, sendo um obstá-
trabalho10. Havia concentração de médicos, cur- culo à melhoria da avaliação da população sobre
sos de medicina e programas de residência nas a atuação do governo na área. Seria necessário
grandes cidades, no Sudeste e no Sul, e um terço implantar um programa mais amplo, que inclu-
das equipes de saúde da família não dispunham ísse recrutamento internacional de médicos para
de médicos10,27. As dificuldades e custos cada vez responder à demanda do SUS, às expectativas de
maiores para ampliar o acesso a serviços de saú- gestores municipais, estaduais e parlamentares e
de e a insatisfação da população com a falta de à principal queixa da população na área: a falta
médicos aumentaram a importância política do de médicos. Foi então criado um grupo de tra-
problema. balho composto por mais de sete ministérios e
Antes da posse, a presidenta Dilma fora aler- cuja atribuição era formular o PMM, como rela-
tada que sua promessa de campanha para expan- ta este dirigente do MEC no período: [Tentou-se]
dir o acesso a serviços de saúde estava ameaçada melhorar via Provab. [...] Teve uma resposta muito
pelo problema da insuficiência de médicos no insuficiente, [...] há uma frustração [...], leva-se à
SUS, que obteve relativa importância na impren- Presidência: “Olha temos que partir para alguma
sa28. E atenta à questão, em seu discurso de posse coisa mais ousada, porque os instrumentos [...] que
anunciou que esta seria uma das prioridades do nós temos [...] são insuficientes.” [...] Identificamos
governo. Os empreendedores do PMM, integran- que seria praticamente impossível atacar o proble-
tes da CP-M Sanitário, estabeleceram negocia- ma unicamente com profissionais médicos forma-
ções com a CP-M Liberal e se apoiaram em lega- dos no Brasil pela via tradicional (entrevista 16).
dos ideacionais e institucionais para estruturar a Do ponto de vista do provimento, o PMM
proposta de enfrentamento da questão e sua de- reproduziu o Provab e agregou o recrutamento
fesa pública. Reuniram evidências, promoveram internacional, que, para ser implementado, exigiu
pesquisas e usaram como referência experiências mudanças na legislação. A minuta básica da lei foi
internacionais e nacionais, bem como propostas finalizada no início de 2012, e os empreendedo-
já discutidas no Brasil. A primeira proposta de res do PMM conduziram essa definição em sigilo
solução apresentada foi o Programa de Valoriza- para minimizar reações de opositores, especial-
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oferta e na formação de médicos para o SUS e à MS e a importância de suas ações foi destacada
criação do PMM que estavam ausentes ou subva- por entrevistados (Entrevistas 1-5, 8-13, 15, 17 e
lorizados nas duas vertentes de explicações pre- 19). Alguns estudos mencionam a atuação des-
dominantes e identificadas na revisão da literatu- ses sujeitos na formulação e defesa do PMM, mas
ra. A primeira, exemplificada pelos trabalhos de não os tratam como empreendedores da políti-
Couto e colaboradores1, Ribeiro e colaboradores2 ca4,6,31, o que de fato eram ao agirem estratégica
e Macedo e colaboradores3, chama atenção para o e articuladamente na defesa do programa. Eles
“acoplamento” dos fluxos dos “problemas”, “solu- buscaram obter o apoio do núcleo do governo,
ção” e “contexto político” em uma “janela de opor- da direção do MEC e de parlamentares, não ape-
tunidades”, as Jornadas de Junho, para explicar a nas para promover a introdução da questão na
construção do PMM, tendo como protagonista o agenda governamental, mas na defesa de uma so-
governo federal e/ou o Congresso Nacional. A se- lução para o problema: o PMM.
gunda vertente de explicação, exemplificada pelos A decisão de formular o que veio a ser o PMM
trabalhos de Rocha4, Silva5 e Paula6, enfatiza a im- foi tomada em fevereiro de 2012, e não em mea-
portância da mudança de governo, o posiciona- dos de 2013, como apontado frequentemente na
mento de sujeitos que já priorizavam a questão da literatura1-3. Até então, as direções do MS haviam
insuficiência na oferta e formação médicas, e que implementado programas de abrangência limi-
souberam aproveitar ou que reagiram às Jorna- tada, devido às posições e ao poder de veto da
das de Junho para propor uma solução de acordo CP-M Liberal, que não conseguiram impedir o
com suas ideias e objetivos. agravamento da questão. Os resultados insufi-
A análise das entrevistas e dos documentos cientes na ampliação no número de médicos para
mostrou que a entrada da questão das insuficiên- o SUS, com programas implementados em 2011,
cias na oferta e na formação médicas na agenda como o Fies, o Revalida e o Provab, encorajaram
governamental se deveu principalmente a dois o núcleo do governo a decidir pela formulação
fatores: o agravamento do problema, expresso no de uma política mais efetiva, mesmo com a opo-
aumento da importância dada a ela pelos prefei- sição da CP-M Liberal.
tos, nas pesquisas de opinião e na imprensa; e a As ações estratégicas dos empreendedores, a
inauguração do governo Dilma em 2011, que ao atuação da presidenta e as mudanças realizadas
tomar posse se comprometeu a priorizar a ques- na direção e estrutura do MEC para viabilizar sua
tão. Cabe salientar que o agravamento do proble- participação na construção do PMM foram cen-
ma e o aumento da percepção pública e de atores trais para que a formulação do programa acon-
políticos sobre a sua gravidade recebem pouco tecesse ao longo de 2013 e não fosse obstruída,
destaque na literatura. Usualmente, a questão é como ocorreu no período de 2003-2010, quando
tratada como um problema antigo e pouca aten- as posições neutras ou contrárias do núcleo do
ção é dada ao aumento de sua importância na governo e do MEC impediram o avanço de pro-
percepção pública e do mundo político no perí- postas de mudanças mais significativas na polí-
odo que antecedeu à mudança do contexto polí- tica de regulação, formação e provimento médi-
tico em 20131-3. cos. No Brasil, o presidente tem muito poder na
A mudança do governo é considerada fator formação da agenda do Legislativo, e mais ainda
explicativo de alterações na agenda governamen- a do próprio Executivo30. No caso do PMM, so-
tal por diversas teorias de análise de políticas mou-se ao envolvimento de Dilma com o tema
públicas20,24. A inauguração do governo Dilma, e à sua determinação em resolver o problema,
em 2011, é considerada o fator explicativo mais quando as circunstâncias fossem favoráveis, o
importante para a entrada do tema na agenda go- fato de que os dois ministérios mais importantes
vernamental pelos entrevistados e pela literatura. para a sua implementação estivessem sob a di-
Contudo, nesta predomina a visão do governo reção do partido da presidenta. Assim, o núcleo
como um bloco unitário, o que não corresponde do governo coordenou a ação dos ministérios en-
ao modo como os governos em sociedades con- volvidos na formulação do programa, deu condi-
temporâneas funcionam com subsistemas seto- ções à atuação dos empreendedores e assegurou
riais especializados, com dinâmicas, regramentos a mobilização dos recursos necessários à sua for-
e hierarquias próprios16,20-26, mesmo em sistemas mulação, processo esse que foi pouco ressaltado
políticos como o brasileiro, em que a presidência pela literatura1-3.
tem muito poder31. Observou-se que, durante o Na ação de formulação do programa, os em-
primeiro mandato da presidenta Dilma, mem- preendedores da política aproveitaram legados
bros da CP-M Sanitário estavam na direção do institucionais e aprendizados com programas
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Colaboradores
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