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04942022 3091
revisão review
contradições históricas e possibilidades de desenvolvimento
Abstract The Workers’ Health (WH) approach Resumo A abordagem de Saúde do Trabalhador
understands that it is necessary to expand the ob- entende que é necessário ampliar o objeto das po-
ject of public policies to transform the work proces- líticas públicas para transformar os processos de
ses that determine the health-disease relationship. trabalho que determinam a relação saúde-doença.
This broadening brings challenges that drive the Essa ampliação traz desafios que impulsionam o
development of the formulation and implemen- desenvolvimento da formulação e implementa-
tation of policies for the surveillance and preven- ção das políticas para a vigilância e prevenção de
tion of diseases. This article aimed to analyze the agravos. O objetivo deste artigo é analisar o de-
development of Brazilian policies on WH from senvolvimento das políticas brasileiras em saúde
the perspective of historical contradictions. To do trabalhador a partir das contradições históri-
this end, the analytical concept of contradiction cas. Para este fim, foi usado o conceito analítico
from Cultural-Historical Activity Theory was de contradição da teoria da atividade histórico-
used. This is a scoping review, including 64 the- cultural. Trata-se de uma revisão de escopo que
oretical and empirical studies and gray literature inclui 64 estudos teóricos, empíricos e literatura
published between 1991 and 2019. The results of cinza publicados entre 1991 e 2019. Os resultados
1
Faculdade de Saúde the analysis showed that: from the change of the da análise mostraram que: a partir da mudança
Pública, Universidade de object of prevention inserted by the WH appro- de objeto da prevenção inserida pela abordagem
São Paulo. Av. Dr. Arnaldo ach, five new contradictions emerged that are re- da Saúde do Trabalhador, emergiram cinco novas
715. 01246-904 São Paulo
SP Brasil. lated to the predominance of instruments of the contradições que estão relacionadas ao predomí-
sandrabeltran@usp.br previous activity model, normative and training nio de instrumentos do modelo de atividade an-
2
Departamento de Terapia instruments, division of labor for assistance and terior, instrumentos normativos e de formação,
Ocupacional, Universidade
Federal do Paraná. Curitiba surveillance actions, intra and intersectoral arti- divisão do trabalho para as ações de assistência e
PR Brasil. culations. and social control. These contradictions vigilância, articulações intra e intersetoriais e con-
3
Departamento de have driven some changes, but some limitations trole social. Essas contradições permitiram impul-
Enfermagem, Universidade
Federal de São Carlos. São persist around a challenging object. sionar algumas mudanças, mas também existem
Carlos SP Brasil. Key words Workers’ health policy, Workers’ heal- limitações que persistem em torno de um objeto
4
Faculdade de Medicina, th services, Workers’ health surveillance desafiante.
Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Palavras-chave Política de saúde do trabalhador,
Filho. Botucatu SP Brasil. Serviços de saúde do trabalhador, Vigilância em
5
Conservatoire National des saúde do trabalhador
Arts et Metiers. Paris Île-de-
France France.
3092
Hurtado SLB et al.
Identificação de novos estudos via bases de dados e registros Identificação de novos estudos via outros métodos
(consulta de ampliação)
Identificação
Para a extração de dados, desenhou-se uma nica, fixa, fragmentada), e na nova abordagem os
matriz em planilha Excel com categorias relacio- processos de trabalho determinam socialmente a
nadas à caracterização dos estudos e às categorias saúde da população (dimensão sistêmica, expan-
de análise, construídas com base no referencial siva, inesperada). Porém, muitos sujeitos envolvi-
teórico. Um teste piloto dessa matriz foi efetuado dos na atividade mantêm a primeira abordagem
por três autoras com cinco artigos selecionados e, por conseguinte, um não reconhecimento da
da BVS Brasil, para análise da pertinência e rele- segunda. Essa contradição se manifesta com uma
vância dos itens, com a versão final apresentada atividade de prevenção que favorece ações sobre
no Quadro 1. fatores de risco e desconsidera a atuação sobre os
O conjunto de metadados da revisão está dis- processos de trabalho.
ponível em: http://repositorio.uspdigital.usp.br/ O modelo de desenvolvimento econômico
handle/item/346 tem priorizado resultados a curto e médio pra-
zos, em detrimento da saúde e do meio ambiente
(por ex.: participação nula do SUS no Programa
Resultados de Aceleração de Crescimento)16,17. O interesse
pela criação imediata de empregos, desconside-
Os documentos incluídos apresentam as seguin- rando as alternativas de desenvolvimento sus-
tes características: são 22 ensaios, 21 artigos de tentável, e a não intervenção em empresas que
pesquisa, seis dissertações ou teses, cinco relatos geram agravos à ST evidenciam a racionalidade
de experiência ou estudos de caso, cinco capí- política acima da racionalidade técnica4,6,18. Esses
tulos de livro, três artigos de revisão e dois ca- problemas são percebidos na falta de autonomia
dernos. Quarenta e um estudos são teóricos, e dos agentes para executar ações19 independentes
23 empíricos; 44 têm abrangência nacional, e 20 das interferências políticas e econômicas, no sen-
regional. O texto mais antigo é de 1991, e o mais tido previsto pela abordagem da ST, como prática
recente de 2019. político-ideológica para superação de relações de
Os resultados foram categorizados com base poder1. Essas são manifestações de uma contra-
no referencial teórico adotado e nas perguntas de dição anterior à abordagem da ST e inerentes aos
pesquisa. O desenvolvimento das políticas em ST próprios processos de trabalho. Os investimentos
no Brasil foi analisado a partir das dificuldades para o desenvolvimento da ST só têm resultados
e avanços, e com base nesses achados foram ela- em longo prazo, o que entra em choque com a
boradas as hipóteses das contradições históricas busca pelo retorno financeiro a curtíssimo prazo.
que promoveram mudanças. Como o objeto da atividade também é seu verda-
deiro motivo, a natureza inerentemente dupla do
Desenvolvimento histórico das políticas motivo fica visível20.
de ST: transformações a partir do novo O SUS ainda não incorporou o trabalho como
objeto (contradição 1) categoria central na determinação social do pro-
cesso saúde-doença. Se, por um lado, na atenção
No contexto do MRSB, a nova abordagem da básica (AB) o usuário não é reconhecido enquan-
ST entende os processos de trabalho como objeto to trabalhador21,22, em outros locais há ausência
de transformação16. Quando este é adotado, surge de registro sobre a sua história ocupacional23.
uma contradição entre a nova e a antiga aborda- Muitos Centros de Referência em Saúde do Tra-
gem de prevenção. Na abordagem tradicional, os balhador (Cerests), onde existem parcialmente
ambientes de trabalho apresentam fatores de ris- essas informações, não atuam para melhorar o re-
co majoritariamente mensuráveis (dimensão téc- gistro e as prioridades não são organizadas a par-
Abrasco em 2003, que promoveu discussões in- Trabalho (PNSST)52, reafirmando atribuições já
tegradas dos diferentes grupos temáticos entre as existentes para cada ministério23,31, sem propor
vigilâncias, persistem dificuldades para articular ações intersetoriais e mantendo a centralidade
intrasetorialmente as ações da Visat com as das das ações de vigilância dos ambientes de trabalho
vigilâncias ambiental, epidemiológica e sanitá- no Ministério do Trabalho48.
ria6,26,28,30,40,46,47. A portaria de 2005 visava forta- Nesse contexto, alguns estudos apontaram a
lecer a Renast mediante organização de serviços fragilidade da CISTT e as limitações da PNSST
e municípios-sentinela; no entanto, a notificação ao não apresentar linhas práticas para os setores
de agravos se restringia aos estes municípios44. envolvidos53,54. Oliveira e Vasconcellos55 propu-
Mesmo com a ampliação das notificações a to- seram que a CISTT também incluísse sindicatos,
dos os municípios, alguns Cerests regionais ainda Justiça do Trabalho e Ministério Público do Tra-
enfrentam dificuldades para desenvolver capaci- balho (MPT), e, adicionalmente, alertaram que na
tação nos municípios-sentinela sob seu apoio45. PNSST os ambientes de trabalho ficaram fora da
É possível destacar três exemplos de ações intervenção da Agência Nacional de Vigilância Sa-
entre vigilâncias coordenadas e bem-sucedidas: o nitária, na linha das recomendações da Organiza-
controle da exposição ao benzeno nos postos de ção Internacional do Trabalho. A ênfase histórica
combustíveis, a Visat no setor canavieiro19,31,48 e da atuação da vigilância sanitária sobre produtos
a inserção das ações de ST no plano de saúde da como fármacos e alimentos dificultou a incorpo-
rede municipal do SUS pelo Cerest São Bernardo ração dos processos de trabalho em sua atuação56.
do Campo/SP32. Em 2012, considerando a necessidade da de-
No plano organizacional, desde 2007 a Coor- finição de princípios, diretrizes e estratégias nas
denação Geral de Vigilância em Saúde Ambien- três esferas do SUS, o Ministério da Saúde publi-
tal e a Coordenação Geral de ST conformam o cou a Política Nacional de Saúde do Trabalhador
Departamento de Saúde Ambiental e de ST no e da Trabalhadora (PNSTT)57, mais um elemento
Ministério da Saúde, procurando avançar na in- contraditório que surge, pois as contradições en-
trasetorialidade24. Contudo, os autores incluídos tre PNSST e PNSTT se traduzem em duas vigi-
na revisão não mencionam resultados específicos lâncias e em nenhuma política de fato42.
do novo departamento. Por outro lado, com a perda massiva de audi-
Quanto à dimensão intersetorial, os PST são tores fiscais de trabalho, algumas ações do Minis-
referidos como antecedentes importantes, pois já tério do Trabalho foram substituídas pelas atu-
articulavam a assistência aos trabalhadores com ações do MPT. Nesse sentido, é destacado o uso
a vigilância dos locais de trabalho, sendo os sin- de Termos de Ajuste de Conduta (TAC) como
dicatos partícipes da gestão desses programas25. importante instrumento de ação17,54, uma vez
Adicionalmente, é vista como um avanço a pro- que a maioria dos Cerests não possui caráter de
mulgação da Comissão Intersetorial de Saúde do autoridade sanitária. Algumas Procuradorias Re-
Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT), na Lei gionais do Trabalho usam os TAC como artifício
Orgânica de Saúde49, integrada por representan- para conferir poder de ação aos Centros48,58. Esta
tes de oito ministérios com o objetivo de asses- também é uma manifestação de um avanço pro-
sorar o Conselho Nacional de Saúde nos temas duzido pela contradição 2, pois os instrumentos
relativos à ST. da Visat, como multa e autuação, têm eficácia li-
Mesmo antes da promulgação da Lei Orgâ- mitada para intervir nos processos de trabalho. Já
nica, existia uma fragmentação das responsabi- a articulação com o MPT favorece o uso de ins-
lidades, com as Delegacias Regionais do Traba- trumentos mais adequados para esse fim.
lho atuando na fiscalização, o extinto Instituto Como apontado anteriormente, a Renast
Nacional de Assistência Médica da Previdência possibilitou a transferência de recursos e a am-
Social cuidando da assistência e o Instituto Na- pliação da rede. No entanto, há poucos avanços
cional do Seguro Social fazendo o reconhecimen- na “coerência” (cooperação entre atores) e na
to causal3,6. Assim, quando foi definida a Visat, “conectividade” intra e intersetorial (comunica-
apareceram conflitos históricos de competências ção fluida entre componentes da rede)41 (p. 89).
entre os ministérios (Saúde, Trabalho e Previdên- Articulações com outros setores, como empre-
cia), inclusive com questionamentos sobre quem sas e organizações, são mencionadas nos textos
poderia fiscalizar ambientes de trabalho4,50,51. Na como propostas teóricas, sem relatos de experi-
tentativa de superar esses conflitos, foi publica- ência neste sentido.
da a Política Nacional de Segurança e Saúde no
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Normas,
listas,
manuais,
procedim.
Portarias
Portarias
RENAST
RENAST PNSST (2004) e
PNSST e
1ª CNST 1986
1ª CNST 1986 2ª CNST 1994
2ª CNST 1994 [1998-2001]
[1998-2001] 3ª CNST 2005 2005-2009
3ª CNST 2005
2005-2009 PNSTT (2012) 4ª CNST
PNSST 2012 2014
4ª CNST 2014
Ampliação do objeto e
Ampliação do Contradições na incorporação
Contradições na instrumentos
Contradições
Contradições no uso de Contradições
Contradições nas ações de nas
surgimento contradição terciária do controle social antigos e novos assistência x vigilância
ações de Contradições na
Contradições na articulação intra
objeto e surgimento incorporação do parano trataruso de
novo objeto
e intersetorial
articulação intra e
contraindicação controle social instrumentos assistência x
vigilância intersetorial
terciária antigos e novos
Figura 2. Linha do tempo das contradições históricas no desenvolvimento das políticas em ST.
Fonte: Autores.
culação das políticas industriais e econômicas cial da atuação técnica. Por outro lado, os auto-
que criam os riscos para a ST. res colocam como contradição persistente o foco
Chama a atenção dos revisores do presente dos sindicatos nas negociações com convênios e
trabalho que apenas duas publicações destacam a planos de saúde. Por último, assinalam que existe
insuficiência de efetivo para desenvolver as ações um divórcio entre o MRSB e o movimento sin-
em ST19,48, o que interpretamos como uma con- dical da ST, pois a reforma desconsiderou a rele-
tradição entre sujeitos e objeto. O conhecido des- vância política da atuação sindical pela ST.
monte e a alta rotatividade das equipes nos últi- Os textos incluídos na revisão destacam difi-
mos anos provavelmente tem sido evidenciado em culdades para implementação das políticas devi-
publicações mais recentes ou então são reduzidas do às subnotificações, aos processos de terceiri-
às pesquisas que têm abordado esse problema. zação, à precarização do trabalho e ao trabalho
Estudos publicados após a coleta de dados informal17,36,48,53,70. Além disso, transformações
desta revisão, apontam persistência de contra- aceleradas nos processos produtivos e nas rela-
dições mencionadas. Por exemplo, na dimensão ções de trabalho, via novas tecnologias e reformas
da integralidade (contradição 3: assistência e vi- trabalhistas, trazem consequências que demoram
gilância), Faria et al.67 indicam que a inserção da a ser dimensionadas e reconhecidas, com conse-
linha de cuidado da ST na Estratégia de Saúde da quente atraso nos ajustes das estratégias para en-
Família ainda é frágil. Os autores alertam, igual- frentamento deste problema2,16,24,29,35,37,71,72.
mente, que estão ocorrendo transformações im- Dessa forma, a determinação social dos agra-
portantes no campo da Política Nacional de AB e vos à ST, localizada na organização dos processos
na capacidade do Estado em garantir a seguridade de trabalho, é um objeto complexo, multideter-
social dos trabalhadores, e que é necessário defen- minado, que escapa ao controle de diferentes
der o direito a políticas públicas para a classe tra- sistemas de atividade. Trata-se de um objeto
balhadora. fugidio73, que na era da globalização muda ra-
Na contradição 4, da articulação intra e inter- pidamente e escapa às ações isoladas dos siste-
setorial, Lancman et al.68 evidenciam falta de dire- mas que gravitam em torno dele na tentativa de
trizes que deem suporte à operacionalização das transformá-lo (Figura 3). É um objeto que pode
ações intersetoriais e de ações claras e efetivas de passar despercebido por longos períodos de tem-
intersetorialidade entre gestores e trabalhadores. po, mostrando aparentemente a superação das
Sobre a contradição 5, da participação social, contradições que produz, até explodir em forma
Lacaz et al.69 afirmam que as experiências sindi- de crises agudas. O controle desse objeto depen-
cais abriram a possibilidade de reverter o modelo de da intenção e do gesto, mas essas iniciativas
médico de atenção à saúde mediante controle so- podem ser dispersas e pouco resolutivas42.
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Atividade do MPT
Atividade
das empresas
(acionistas, gestores,
SESMT, CIPA) Atividade de
ONGs/coletivos
Atividade das IES que representam
Atividade do interesses de cidadãos/
Sistema Judiciário (ensino, pesquisa e
extensão em SST) consumidores
(TJT)
Figura 3. Atividades múltiplas que tentam controlar a determinação social dos agravos à ST vista como um objeto
fugidio.
de organização de trabalho e avanço de políticas tiva e formativa com atores que elaboram e apli-
neoliberais apareceram em algumas publicações cam essas políticas em diferentes níveis e sistemas
mais recentes, sem usar ainda termos como “ube- de atividade. Esses esforços devem ter em vista
rização do trabalho”. formular e validar as hipóteses das contradições
As influências do quadro internacional nas aqui apontadas, para enfrentá-las por meio de co-
políticas brasileiras não apareceram nas publica- alizões estáveis e duradouras, de modo a pensar
ções incluídas. Se fazem necessários novos estu- em cenários de trabalho decente. O objeto que
dos que ajudem a refletir como os modelos de ST enfrentamos também é poderosamente eman-
predominantes no mundo promovem contradi- cipador e pode potencializar iniciativas comuns
ções ou avanços dentro do Brasil. a todos os envolvidos, bem como abrir novas
A formulação e implementação de políticas possibilidades de desenvolvimento, bem-estar e
em ST requer estudos de intervenção participa- proteção daqueles que produzem riqueza social.
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