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TERRITÓRIO GARIMPO
ORIUNDO DA
MATERIALIDADE*
AARTIGO
LUIZ ANTONIO PACHECO DE QUEIROZ**
DOI 10.18224/hab.v20i2.12656
da mineração na arqueologia que contribuem no diálogo com modos de ser oriundos de
práticas artesanais e tradicionais de extração mineral. Posteriormente apresento as prin-
cipais etapas da execução do garimpo local com destaque para o carbonado, diamante e
quartzo. Em seguida reflito sobre uma porção do território que abrange muitos garimpos
para explicitar como se dá a territorialidade garimpeira. O objetivo é apontar como a
espontaneidade das coisas e humanos concorrem para uma fluidez do entendimento de
território distinto das normas estabelecidas para uma delimitação espacial rígida e que
exclui a territorialidade de certas localidades.
O Os estudos concentrados nas simetrias entre humanos e coisas contribuem para sa-
lientar, disseminar deferências e buscar formas de valorizar concepções nativas para as
demais sociedades. Quando conduzidos por meio da etnografia arqueológica são frutí-
feros para a produção do conhecimento acerca das ontologias dos coletivos envolvidos.
O compromisso de ressaltar peculiaridades territoriais oriundas de modos tradicionais
de saber fazer pode ser cumprido ao interpretar os pontos de vista dos habitantes locais,
Buriti, Gentio do
J. 1979 Garimpeiro
Ouro
Pedra Vermelha,
NC. 1967 Garimpeiro, calceteiro e pescador
Gentio do Ouro
É o trânsito que mulheres e crianças têm entre as formas de garimpos, trânsito que homens
adultos não parecem ter, que faz com que haja reciprocidade entre elas. Tal constatação já
sugere que a ação de mulheres e crianças na continuidade de uma tecnologia tradicional-
mente perspectivada como masculina precisa ser reconsiderada. O discurso dominante e
androcêntrico sobre as experiências da mineração teima em invisibilizar a participação de
mulheres e crianças nas economias mineradoras e seu trabalho tanto no ambiente doméstico
quanto no contexto extrativo propriamente dito (RIBEIRO, 2015, p. 11).
Carteiras amareladas, pedaços das escadas dos barrancos, solas de kichutes, fragmentos de
picaretas e bateias, fazem parte de coleções biográficas mantidas pelo que nelas há de indivi-
dual, de vida vivida de cada um, e de coletivo, porque atuam como amálgama de histórias 604
narradas por um sentimento de nostalgia que se con(funde) com a reivindicação de seus
direitos mais humanos, e na qual a centralidade dos objetos revela que as coisas constroem
as pessoas (BEZERRA; RAVAGNANI 2013, p. 355).
O estudo de Cleary nos ajuda a compreender dois fatores básicos: primeiro, que o garimpo
constitui-se em um interessante campo de estudo e que é possível estudá-lo; e segundo, que o
estudo das populações garimpeiras exige uma especificidade e consequente reelaboração dos
instrumentos metodológicos de pesquisa. Acrescento ainda que cada garimpo, a depender
principalmente do mineral extraído, das formas de extração e do tempo de existência, exige
um instrumento metodológico diferenciado; e a concepção desse instrumento deve ser elabo-
rada em campo a partir dessas especificidades (GUANAES, 2001, p. 74).
Para a análise da territorialidade por meio das formas de exploração dos dia-
mantes e quartzo, a referida advertência me provoca a incorporar as singularidades
locais e influências da comercialização provenientes das demandas desses minerais
como bens de consumo. No que tange ao estudo do território formado por meio da
mineração artesanal, as referências das técnicas de garimpagem e desejo de viver como
garimpeira(o) fornecem caminhos para entender o jeito de conceber porções territoriais,
605 por isso devem ser incluídas na análise do território garimpo.
DOS CAMINHOS AOS MINERAIS NAS MÃOS
D.: E aqui, Luiz, o garimpeiro também não sabia vender. Achava que tava... / V.: Que
tava ganhando muito dinheiro. / D.: Que tava sendo bem vendido. Eu fui levar um pessoal
de, de Xique-Xique uma vez, V., de irmão de Gildo e Gildo também. / V.: Sei. / D.: Aquele
magrinho [...]. Aí cheguei na casa dele, ele comprando a cerveja. Ele vinha com a cerveja era
aqui assim, ó, nos braços. Pode deixar, se quebrar eu compro mais. Jogava o dinheiro fora,
né. / V.: Jogava fora. / D.: Já tava rico, né. / V.: É. 606
No intervalo de tempo de localização dos minerais, o garimpo age com sua
natureza da dureza e complexidade estratigráfica, mas depois continua ativo na vida de
garimpeiras(os) porque é, de forma concomitante, o protagonista da confiança de mais
rendimentos e aplica castigo exigindo mais trabalho após as “gastanças”.
As percepções da dificuldade dos achados se relacionam com a ação básica de ca-
minhar para o garimpo. Conversava com as(os) garimpeiras(os) sobre o tempo de acesso às
áreas fonte em um dos maiores deslocamentos que realizamos, na Fazenda Laranjeiras, na
fronteira entre Gentio do Ouro e Xique-Xique, quando o garimpeiro JE. (2016) mencionou
a autoproteção do garimpo que esconde a posição dos minerais, o que exige insistência de
quem garimpa. Correlacionou essa situação à minha obstinada intenção de visitar garimpos.
A corriqueira forma de deslocamento a pé para tantas atividades é algo es-
sencial da mobilidade garimpeira, conforme exponho no trecho da conversa com o
garimpeiro V. (2016):
Todos os garimpos que a gente ia era com caminhada [...] a pé ou então de animal. As coisas,
a feira que a gente levava era nas costas. Porque não entrava carro. Não tinha estrada de
carro. Quando não tinha animal, que [na via] não passava animais, levava as coisas nas
costas. E a animação do garimpo é essa, que a alegria que a gente tem é de trabalhar e pegar
Figura 3: Trecho da estrada pavimentada com rochas locais, entre Sapé e Gameleira do Assuruá
Fonte: Zanettini Arqueologia (2014).
608
Figura 4: Cômodos criados com meias-paredes de pedra em vários garimpos
Fonte: Zanettini Arqueologia (2014); Queiroz (2022b, p. 282).
Pegamos uma pedra aqui de 20 quilos. […] Já dando na água. Aí eu ranquei ela. E já tinha
outro pessoal na frente. Já colocou a alavanca. Só que eu peguei tomei a frente pra eles não
pegar a pedra. Senão eles já queriam pegar pra me tomar. E eu peguei, protegi com a alavanca
e meti a mão e puxei a pedra.
611
Goiânia, v. 20, n.2, p. 599-626, ago./dez. 2022.
No desenrolar da ação, pode haver a divisão das tarefas entre sócios ou a re-
alização de forma individual. Quando há a atuação em grupo, a perseguição ao filão é
desenvolvida ininterruptamente, através do revezamento, o que requer o uso dos cômo-
dos feitos para o descanso.
O cascalho já pode ser averiguado enquanto é reunido dentro da ‘catra’, mas
o trabalho mais refinado acontece na superfície, momento de separar esses minerais do
bojo dos sedimentos revirados. A partir daí há distinção do que ocorre para o carbona-
do e diamante e para a retirada do quartzo.
Cristais de quartzo são por fim coletados na inspeção das ‘montoeiras’, onde os
amontoados de sedimentos, calhaus e cascalhos são organizados na superfície. O exame é
feito ao espalhar o sedimento com a enxada.
Uma atividade que deixou de ser realizada é o parcelamento dos cristais de
quartzo, cuja redução era feita através de percussão com o ‘martelinho’ de garimpei-
ro. Como resultado, ficavam marcadas áreas de beneficiamento nas proximidades dos
recantos de descanso, com concentrações de rejeitos do desbaste do córtex das rochas,
feito para obter blocos puros ou lascas de quartzo (Figura 7).
612
Goiânia, v. 20, n.2, p. 599-626, ago./dez. 2022.
Figura 7: Lascas e estilhas de quartzo, resultantes da percussão em seixos no garimpo do Cumbão
Fonte: Zanettini Arqueologia (2014).
613
Figura 8: Registro de um paiol do garimpo Tanto Queira.
Fonte: Zanettini Arqueologia (2014).
Goiânia, v. 20, n.2, p. 599-626, ago./dez. 2022.
A etapa de peneiramento começa com a ‘suruca’ (Figura 9), cuja malha mais
espessa serve para separar os calhaus. Em seguida é usada a ‘rebaixadeira’, que separa o
material fino do cascalho médio. A terceira é o ‘ralo’, peneira que faz outra redução do
cascalho fino. E a quarta e última, que tem a malha mais reduzida, é apenas conhecida
como ‘fina’ (Figura 9) e é usada ao fim dessa etapa, que pode ocorrer na ‘lavandeira’,
uma estrutura erigida com paredes de pedra ou estruturada em um buraco feito na
rocha, com a dimensão da borda um pouco maior do que a peneira. A cavidade é pre-
enchida com água para ‘lavar’, apurar o material sedimentar com o peneiramento de
diferentes malhas até reunir o ‘esmeril’, o cascalho mais fino.
Figura 9: Fragmentos da peneira suruca e a fina por completo. Acervo arqueológico do sítio Saltão III
Fonte: Zanettini Arqueologia (2016); Queiroz (2022b, p. 212). 614
O outro método da extração do carbonado e diamante acontece com a utili-
zação do ‘rebaixo’. O expediente consiste no aproveitamento do fluxo d’água em leito
de riachos e drenagens durante as últimas sessões de peneiramento, a fim de gerar mais
agilidade e menor esforço para separá-los do cascalho mais fino.
Há outras estruturas comuns a ambos os métodos. Uma delas é a ‘secadeira’, área
destinada à secagem do que é peneirado na água. Outra é a ‘passadeira’, espécie de esteira em
que é espalhado o ‘esmeril’ que recebe a ação de um pedaço de pau para efetuar a separação
de sedimentos. Nesses equipamentos a exposição do carbonado e diamante ainda exige olhos
bem treinados para sua identificação. Mas há como obter resultados no peneiramento e des-
considerar o auxílio de ambas as estruturas, ao concentrar a finalização da extração no ‘pinhão
da peneira’, porção de cascalho fino que atravessa a malha. Um pico é formado ao emborcar a
peneira. Ao virá-la, é revelada a posição em que ficam situados carbonados e diamantes devido
ao seu escorregamento para o fundo da peneira com o movimento e fluxo da água.
No garimpo permanecem evidências sutis dessa etapa. Pude verificar algumas
delas em estado de baixa conservação, por exemplo o ‘burgalhau’, rejeito do penei-
ramento do cascalho fino para a extração de carbonado e diamante. Ele diverge do
‘esmeril’ pela dimensão do sedimento, que não fornece condições de manter-se como
um monte. ‘Esmeris’ e a pilhas de estéril permanecem com maiores propriedades da
Figura 12: Paredes de pedra erguidas para conformar espaço de descanso no vale da Mangabeira
Fonte: Zanettini Arqueologia (2016).
Figura 13: Fragmentos de prato, cachimbo e garrafas de bebida alcoólica. Acervo arqueológico do sítio
Saltão III
Fonte: Zanettini Arqueologia (2016); Queiroz (2022b, p. 213).
Figura 14: Partes do fundo de garrafa de vidro com marcas de lascamento. Acervo arqueológico do sítio
Saltão III.
Fonte: Zanettini Arqueologia (2016); Queiroz (2022b, p. 213). 620
Há dois significados da relação com as coisas do garimpo que ficam nítidos
para a territorialidade garimpeira diante do uso de poucos objetos e reuso dentro do
garimpo: a necessidade de portar volume e peso reduzidos; e a baixa variabilidade ou
parca posse de objetos cotidianos.
Quanto aos caminhos, a integração a partir deles é uma característica da mo-
bilidade no território garimpo, bastante abrangente ao modo de ocupar os povoados,
em um movimento rotineiro que aproxima da extração mineral quem frequentava as
imediações para fins diversos, tais como o aprovisionamento de lenha e lavagem de
roupas. Ações como essas eram frequentemente realizadas pela senhora O. (2016), que
observou muitas vezes garimpeiros “lavando” o sedimento. A Mangabeira também
atraia habitantes dali para coletar mangaba, que, por exemplo, era atividade das com-
panheiras e filhos dos garimpeiros de Santo Inácio. Assim, diferentes participações no
enredo da mineração artesanal posicionaram corpos, coisas e caminhos entrelaçados
nos deslocamentos para fins diversos, que tinham nos garimpos e povoações os pontos
extremos.
Tais instantes da paisagem garimpeira, perceptíveis nos componentes que ca-
racterizam os garimpos da Mangabeira, são dignos do elevado conhecimento do am-
biente e da criatividade atestada pelo posicionamento das centenas de ‘catras’, abrigos
CONCLUSÃO
exige que o contato seja feito com profundo conhecimento e admissão das condições
materiais. O engajamento de tantos humanos e coisas é inerente a tal princípio, em que
atrações prevalecem como motivos das relações locais em caminhos, acampamentos,
buracos do garimpo e povoações, todos vinculados à mineração artesanal e absortos dos
sentidos rígidos da divisão político-administrativa de um território. Considerando que
as situações que criam os caminhos estão atreladas aos acessos dos garimpos, é possível
dizer que a territorialidade garimpeira agregou conexões naturalmente ao território.
Abstract: in this paper I discuss the formation of the territory of Chapada Velha, in Gentio
do Ouro and Xique-Xique, in the state of Bahia, by interpret him from archaeological eth-
nography with things of garimpo and inhabitants. First, I direct attention to mining studies
in archeology that contribute to the dialogue with ways of being derived from artisanal and
traditional practices of mineral extraction. Subsequently, I present the main stages of the
execution of local mining, with emphasis on carbonado, diamond and quartz. Then I reflect
on a portion of the territory that encompasses many mining areas to explain how the mining
territoriality takes place. The objective is to point out how the spontaneity of things and hu-
mans contribute to a fluidity of the understanding of territory different from the norms es-
tablished for a rigid spatial delimitation that excludes the territoriality of certain locations.
Resumen: en este artículo discuto la formación del territorio de Chapada Velha, en Gentio
do Ouro y Xique-Xique, en el estado de Bahía, interpretándolo desde el punto de vista de 622
la etnografía arqueológica con cosas de las minas y los habitantes locales. En primer lugar,
dirijo la atención a los estudios de minería en arqueología que contribuyen al diálogo con
formas de ser derivadas de prácticas artesanales y tradicionales de extracción de minerales.
A continuación, presento las principales etapas de la ejecución de la minería local, con
énfasis en el carbonado, e diamante y el cuarzo. Luego, reflexiono sobre una porción del ter-
ritorio que abarca muchas minas para explicar cómo se produce la territorialidad minero.
El objetivo es señalar cómo la espontaneidad de las cosas y de los seres humanos contribuye a
la fluidez de la comprensión del territorio, a diferencia de las normas establecidas para una
delimitación espacial rígida que excluye la territorialidad de ciertas localidades.
Nota
1 Os diálogos com habitantes locais e visitas etnográficas foram realizados entre 2014 e 2018 durante
pesquisas arqueológicas voltadas ao licenciamento ambiental de parques eólicos nos municípios
de Gentio do Ouro e Xique-Xique sob a responsabilidade da Zanettini Arqueologia, mas também
em tarefas conduzidas para o projeto e tese de doutorado que defendi em fevereiro de 2022. Meus
sinceros agradecimentos aos habitantes locais que se envolveram na pesquisa. A acolhedora recepção
e franqueza no diálogo permitiram a compreensão de seu modo de vida. Menciono cada um dos
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