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Do Lado de Lá e do Lado de Cá de Vila Boa de Goiás: Fronteiras Culturais e

Espaciais entre negros e brancos no século XIX

Gislaine Valerio de Lima Tedesco1

INTRODUÇÃO

Durante os anos de 2000 a 2002, coordenei o Projeto de Resgate


Arqueológico nas Obras de Adequação da Cidade de Goiás para concessão do Título de
Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. (Rede de Esgoto e Redes
subterrâneas de Energia Elétrica e de Telefonia.). Neste período foram escavadas todas as
ruas do antigo núcleo urbano de Vila Boa de Goiás, atual Centro Histórico, além de 83
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fundos de quintais. Nas escavações foram coletados aproximadamente 130.000
fragmentos arqueológicos entre objetos em cerâmica, vidro, louça, metal e osso,
provenientes dos séculos XVIII e XIX.
Estes objetos são valiosas fontes informativas sobre as práticas sociais da
população que viveu em Vila Boa de Goiás neste período, por disponibilizar dados sobre
todos os segmentos sociais presentes na Vila, e principalmente, por dar voz à população
negra escrava e/ou forra, que não puderam registrar seu próprio passado possibilitando,
uma reinterpretação da história oficial ao resgatar elementos e práticas cotidianas sobre as
quais não encontramos registros em fontes escritas. (Spivak,G.C.,1988; Lima,1993;
Hall,1999; Funari,2002).
Vila Boa de Góis surgiu com a mineração no século XVIII e recebeu
pessoas de diferentes partes do Brasil, da África e da Europa. Esta heterogeneidade
1
Doutoranda em Historia Universidade Federal de Goiás e Professora de Historia do Brasil Universidade
Estadual de Goiás.
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As exigências da Legislação Brasileira de proteção ao Patrimônio da União, bem como, o elevado
potencial arqueológico da área urbana da Cidade de Goiás, impactado pelas obras, implicou na necessidade
de realizar-se o monitoramento e resgate arqueológico nestes locais. (cf. Art. XX da Constituição Federal
do Brasil, e lei específica nº 3.924/61). O resgate arqueológico foi realizado pelo Núcleo de Arqueologia da
Universidade Estadual de Goiás, NARQ/UEG
promoveu inúmeras situações de conflitos. Ao abrigar tamanha diversidade humana, Vila
Boa de Goiás se caracterizou pela multiplicidade e este ambiente conflituoso,
fragmentado pelas rupturas e contradições, promoveu a elaboração e reelaboração de
práticas identitárias onde negros e brancos buscaram reforçar suas diferenças através da
fragmentação da cidade em territórios. Assim, os conflitos e as mediações entre estes
grupos étnicos provocaram a elaboração de fronteiras espaciais e simbólicas em suas
relações sociais influenciando na constituição do núcleo urbano e na cultura material
produzida por eles.
A presente pesquisa tem como foco central de análise as fronteiras
espaciais e culturais elaboradas entre a população livre, escrava e forra que vivia no
núcleo urbano de Vila Boa de Goiás, no século XIX. Estas fronteiras vêm sendo
detectadas na cultura material coletada nas escavações arqueológicas realizadas na cidade
de Goiás, bem como na sua distribuição espacial no núcleo urbano. Através da analise da
decoração dos utensílios cerâmicos de uso domestico, produzidos pela população escrava,
observou-se elementos simbólicos que foram provavelmente, utilizados como suporte de
manifestações de etnicidade bem como, na constituição e manutenção de fronteiras.

OS DADOS EMPÍRICOS E SEU POTENCIAL INFORMATIVO

Vila Boa de Goiás surgiu no contexto da exploração aurífera nas regiões


centrais do Brasil, no inicio do século XVIII. Este processo de alargamento das fronteiras
geográficas promovidas pelo ciclo minerador no século XVII e XVIII atraiu levas de
migrantes e imigrantes. O arraial de Sant’Ana, posteriormente Vila Boa de Goiás,
abrigou grupos heterogêneos de variada procedência, sexo, idade, crenças, ofícios e
origem étnica, movidos pela busca de novos espaços e riquezas.
É difícil descrever estes grupos sociais, a partir dos dados históricos, pois,
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estes não fornecem muitos elementos para uma caracterização mais precisa. Sabe-se, no
entanto, que estes indivíduos eram, “procedentes de variados recantos da colônia” (...)
4
saídos de todas as camadas sociais”(Chaim, 1987:28). Esta heterogeneidade
promoverá, inúmeras situações de conflitos entre os diferentes grupos étnicos e em
função das disputas pelos veios auríferos. Nesta perspectiva, Vila Boa de Goiás se
configurará enquanto área de fronteira, caracterizada por Pesavento (2001) como sendo
local das possibilidades, do novo e do diferente.
Ao longo do século XVIII a economia se estabiliza, o caráter efêmero da
mineração abre espaço para atividades mais estáveis favorecendo uma maior fixação da
população e organização da Vila, neste período, segundo Coelho (1997:159), se definem
algumas estruturas urbanas mais organizadas, com algumas ruas se estabelecendo de
forma definitiva além de construção de igrejas e praças públicas. Acreditamos que a
preocupação em ordenar os espaços do núcleo urbano esteve vinculada aos conflitos e
mediações de seus diferentes grupos de moradores para estabelecer uma convivência
possível neste espaço urbano.
Atualmente, percorrendo as ruas do Centro Histórico da Cidade de Goiás,
nota-se, através do seu Patrimônio Edificado, em especial as Igrejas, que a cidade esteve
fortemente dividida entre os grupos que compunham a sociedade vilaboense dos séculos
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XVIII e XIX, perpetuando estas práticas até a atualidade. Os quintais escavados estão
numa área denominada pelos moradores da cidade de “lado de lá do rio” ou “lado de cá
do rio”, dependendo, evidentemente, de qual grupo se refere a eles. Esta denominação
nos chamou a atenção e passamos, a perceber através das falas dos moradores o quanto à
cidade de Goiás, hoje, está dividida em lado “de la do rio” e lado “de cá do rio” ou

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Segundo Palacin (1976:106), as referências são esparsas possibilitando traçar apenas um “contorno” do
quadro social de Vila Boa de Goiás.
4
Uma infinidade de pessoas viriam se instalar na região, segundo ANTONIL, uns se ocupa[va]m de catar,
outras em mandar catar nos ribeiros de ouro; e outras em negociar, vendendo, e comprando o que se
há{via} de mister não só para a vida, mas para o regalo (...) (1976:72).
5
Cada igreja abrigava diferentes irmandades que tinham como finalidade promover a devoção a um santo
protetor e estabelecer laços de assistência mútua entre seus pares. Por outro lado, estas irmandades ao
definirem em seus Estatutos Compromissais, o perfil dos irmãos a serem admitidos provocavam o
agrupamento de pessoas a partir de “grupos de cor” e posição social. (Soares apud Leão et alli, 2004:02)
“lado da Igreja Matriz” e “lado da Igreja do Rosário”, entre outras expressões, onde o
Rio Vermelho representa a fronteira entre estas duas “metades”.
À medida que as escavações arqueológicas avançaram, observamos que as
diferentes áreas escavadas apresentavam especificidades na cultura material que
evidenciam fronteiras espaciais, fruto, provavelmente, das fronteiras sócio-culturais e
econômicas elaboradas desde o surgimento do arraial até a sua consolidação na condição
de Vila. Assim, se do lado “de lá do rio” ou “lá da matriz” predominam objetos que
traduzem o modo de vida de pessoas mais abastadas, preocupadas com as normas e
regras de etiqueta ligadas a Corte e com condições de adquirirem objetos em louça
importada, do lado “de lá do rio” ou do “lado da Igreja do Rosário”, predominam os
objetos feitos em cerâmica com fortes elementos africanos em sua decoração.
Diante de tais evidencias temos nos debruçamos sobre a investigação para
melhor compreender como cada grupo utilizou-se desta cultura material para reforçar as
diferenças e expressar identidade, partindo da premissa de Stevenson, onde “os artefatos
são mecanismos de comunicação entre os grupos humanos”. (apud Praetzellis,1987:38)
As primeiras análises realizadas em recipientes de cerâmica têm revelado
elementos decorativos que os associam à população escrava. Nestes vasilhames,
principalmente naqueles de uso na cozinha, utilizados pelos escravos no preparo dos
alimentos, observamos uma infinidade de decorações que se assemelham as
escarificações corporais associadas, pelos arqueólogos, no Brasil e em outros países, a
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influência africana.
Assim, o que significam as decorações observadas na cerâmica produzida
pelos escravos, que mensagens silenciosas veiculavam e, o que significa as diferenças
entre a cerâmica utilizada pelos senhores e aquelas utilizadas pelos escravos. Para Hodder
(1979:448) podem estar vinculadas aos sentimentos de etnicidade, pois, estas diferenças
surgem sob determinadas circunstancia e como em momentos de conflitos, o que
provavelmente seria perceptível na cultura material.

6
Segundo Souza (2000:82-83) desenhos semelhantes foram observados em escarificações e pinturas
corporais de grupos africanos e em fragmentos cerâmicos encontrados em sítios arqueológicos de algumas
regiões do Oeste da Africa, Nigeria Central, entre outras.
Por outro lado, a louça importada coletada nas escavações principalmente,
nas áreas ocupadas por grupos mais abastados, demonstra que, através da inserção de
novas praticas sociais e de certo requinte, estes indivíduos buscavam se distanciar da
“barbárie” na qual viviam a população menos favorecida e os escravos. (Callefi,2000:62-
63)

A análise da distribuição espacial das evidências materiais por todo o


núcleo urbano possibilitará uma melhor identificação e compreensão dos territórios
elaborados pelos grupos étnicos e suas fronteiras seja elas geográficas ou simbólicas,
pois, existe a possibilidade das fronteiras sociais coincidirem com as fronteiras
territoriais, e neste caso estas podem deixar marcas perceptíveis na cultura material. Por
outro lado, não nos deteremos apenas na analise das fronteiras culturais exclusivamente
na perspectiva da distribuição espacial dos grupos presentes em Vila Boa de Goiás, pois
os grupos étnicos não podem ser identificados e compreendidos apenas a partir da
ocupação de territórios exclusivos. (Barth,1998:195-196)
Assim, não restam dúvidas que identidades étnicas têm repercussões no
uso consciente de fatores culturais específicos, e é nesta perspectiva que acreditamos que
seja possível sua cristalização nos vestígios arqueológicos encontrados. Entretanto,
pensar em identificação étnica a partir das evidencias arqueológicas requer cuidado para
não cometer equívocos ou buscar grupos culturais fechados e estáticos, como fizeram
7
diversos pesquisadores, a partir do modelo histórico-cultural. Segundo Funari “ este
modelo normativo de sociedad prescribe qué artefactos son reproducidos con menor
cambio generación trás generación, de manera que los câmbios distribucionales em tipos
diagnósticos deben reflejar movimientos de población, migraciones de diferentes clases.
(1999:77-78)
Primeiramente, se faz necessário partir da premissa que grupos humanos e
identidade étnica são extremamente dinâmicos e flexíveis, e neste sentido, a concepção
7
Brochado (1984); Noelli (1996); Soares (1997); Tocchetto (1996), entre outros.
de etnicidade tem que ser entendida além dos limites dados a culturas especificas, pois é
composta de mecanismos de diferenciação e identificação que são acionados conforme os
interesses dos indivíduos. Assim, não se pode identificar grupos étnicos como fatos
objetivos do passado ou como uma categoria que possibilita uma determinação precisa.
(Agostini,1998:04)
Para Geary (apud Shennan,1994,p.12-15) “etnicidade deve ser
compreendida como um processo subjetivo pelo qual indivíduos e grupos se identificam
dentro de situações especificas (...) sendo uma categoria subjetiva e maleável pela qual
varias semelhanças preexistentes podem ser manipuladas simbolicamente para moldar
uma identidade e uma comunidade”. Nesta perspectiva, a presente pesquisa buscará
identificar e analisar elementos simbólicos na cultura material coletada nas escavações
realizadas na cidade de Goiás, e investigar o papel destes elementos na constituição de
fronteiras culturais estabelecidas entre os grupos étnicos que compuseram a sociedade
vilaboense nos séculos XVIII e XIX.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As fronteiras culturais e espaciais, observadas na cultura material


encontrada, foram provavelmente, acordadas amenizando tensões sociais presentes nas
relações quotidianas da população através da divisão do núcleo urbano em territórios dos
diferentes grupos. Todavia, estes espaços foram sendo apropriados, a partir de uma
aceitação, onde, segundo Bordieu, os indivíduos estabelecem limites e distâncias a serem
marcadas, sustentadas e respeitadas, e as diferenças que nele se desenham
“espontaneamente” tendem a funcionar simbolicamente como espaço dos estilos de vida
onde se reconhecem as diferenças (2004:130).
Desta forma, apesar das fronteiras espaciais e culturais estarem presentes
nestas relações não podemos afirmar ausência de mobilidade e de troca de informações
entre estes grupos, pois segundo Barth “as fronteiras persistem apesar do fluxo de
pessoas que as atravessam”, (1998:188). Partindo desta premissa, acredito que a cultura
material coletada na cidade de Goiás foi utilizada pelos diferentes grupos étnicos
presentes em Vila Boa de Goiás nos séculos XVIII e XIX, na elaboração de identidade
constituindo e reforçando fronteiras espaciais e culturais. Estes objetos foram utilizados
como suporte para manifestações de etnicidade, onde os grupos étnicos, presentes neste
núcleo urbano, buscaram codificar os espaços criando elementos simbólicos que os
identificassem.

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