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JUSTIFICATIVA:
METODOLOGIA
Propor uma compreensão mais ampla do termo etnia e sua relação com as
comunidades africanas e indígenas a partir das seguintes habilidades inerentes
ao currículo municipal de Caruaru do componente curricular Ensino Religioso:
ENSINO RELIGIOSO:
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS:
O Brasil teve 697 denúncias de intolerância religiosa entre 2011 e 2015, segundo
dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos compilados em relatório lançado
na semana passada (19) na capital fluminense. O estado do Rio de Janeiro lidera o
ranking com maior número de denúncias de casos de discriminação, que têm como
principal alvo as religiões afro-brasileiras.
Rio de Janeiro
Os números do Centro de Promoção da Liberdade Religiosa & Direitos Humanos
(CEPLIR) referentes ao estado do Rio de Janeiro são ainda mais alarmantes.
“Dados estes que nos revelam que a grande maioria dos casos de intolerância
religiosa são relacionados aos adeptos das religiões e religiosidades afro-brasileira”,
disse o documento.
“Esse significativo aumento de registro por parte dos mulçumanos pode estar
associado a ocorrência de fatos internacionais ligados as ações do Estado Islâmico,
o que no Brasil acabou por resultar em práticas e ações contra a comunidade
islâmica”, completou o relatório.
Fonte: https://nacoesunidas.org/relatorio-alerta-para-aumento-dos-casos-de-
intolerancia-religiosa-no-brasil/
Resumo
Frequentemente, estudos que utilizam populações são questionados quanto à
homogenei-dade de suas amostras em relação à raça e etnia. Esses
questionamentos procedem, pois a heterogeneidade amostral pode aumentar a
variabilidade dos resultados e mascará-los. Esses dois conceitos (raça e etnia)
são confundidos inúmeras vezes, mas existem diferenças sutis entre ambos: raça
engloba características fenotípicas, como a cor da pele, e etnia também
compreende fatores culturais, como a nacionalidade, afiliação tribal, religião,
língua e as tradições de um determinado grupo. A despeito da ampla utilização do
termo “raça”, cresce entre os geneticistas a definição de que raça é um conceito
social, muito mais que científico.
INTRODUÇÃO
A primeira classificação racial dos homens foi a “Nouvelle division de la terre par
les différents espèces ou races qui lhabitent” (Nova divisão da terra pelas diferentes
espécies ou raças que a ha-bitam) de François Bernier, publicada em 168411.
FIGURA 1 - Índia da etnia Xicrin, língua Kaiapó da família linguística Jê, habitante do
Rio Bacajá, afluente do Xingu-Pará. Uma das características culturais dessa etnia é
o dom da oratória entre os homens. Os cabelos são raspados na parte central e a
pintura é usada pelas mulheres e crianças.
Uma das mais conhecidas classificações para se coletar dados sobre raça é a
do órgão norte-americano OMB (Office of Management and Budget) cuja diretriz n°
15, desenvolvida nos anos 70 do século passado, padroniza dados re-ferentes a
categorias raciais e étnicas3.
O censo norte-americano do ano 2.000 expan-diu as categorias raciais para
cinco: índios america-nos ou nativos do Alaska, brancos, pretos ou afro-americanos,
nativos havaianos, e asiáticos3.
No Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), o
censo demo-gráfico do ano 2.000 investigou a raça ou cor da população brasileira
através da autoclassificação em: branco, preto, pardo, indígena ou amarelo6. Há
muito na literatura a respeito de classificações raciais; no entanto, são contraditórias
entre si.
Uma recente pesquisa comparou a exatidão da classificação de raça e etnia
através do au-torrelato do indivíduo questionado e a impres-são do questionador. Os
resultados mostraram que a percepção do questionador quanto à raça do
entrevistado era mais precisa para pretos e brancos, enquanto em relação a outras
raças, em muitos casos, os questionadores tinham dúvidas a respeito da raça do
indivíduo e a classificavam como “desconhecida”. Assim, concluiu-se que a raça
e/ou etnia do indivíduo deveria ser obti-da por autorrelato e não a partir da opinião
do questionador, pois a classificação étnico-racial foi mais precisa através da
autoqualificação2. Mui-tos estudos na Ortodontia brasileira têm tentado definir a raça
através da cor da pele, sendo fre-quentemente utilizados os termos leucodermas,
xantodermas e melanodermas. A cor da pele não determina sequer a
ancestralidade. Isso é espe-cialmente verídico nas populações brasileiras, pelo seu
alto grau de miscigenação. Estudo sobre a genética da população brasileira revelou
que 27% dos negros de uma pequena cidade mineira apresentavam uma
ancestralidade genética pre-dominantemente não africana. Enquanto isso, 87% dos
brancos brasileiros apresentam pelo menos 10% de ancestralidade africana10.
CONCLUSÕES
Raça e etnia são dois conceitos relativos a âmbitos distintos. Raça refere-se ao
âmbito biológico; referindo-se a seres humanos, é um termo que foi utilizado
historicamente para identificar categorias huma-nas socialmente definidas. As
diferenças mais co-muns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo, con-formação
facial e cranial, ancestralidade e genéti-ca. Portanto, a cor da pele, amplamente
utilizada como característica racial, constitui apenas uma das características que
compõem uma raça. Entre-tanto, apesar do uso frequente na Ortodontia, um
conceito crescente advoga que a cor da pele não determina a ancestralidade,
principalmente nas populações brasileiras, altamente miscigenadas.
Etnia refere-se ao âmbito cultural; um gru-po étnico é uma comunidade humana
definida por afinidades linguísticas, culturais e seme-lhanças genéticas. Essas
comunidades geral-mente reclamam para si uma estrutura social, política e um
território.
Referências
1. American Anthropological Association. Statement on Race [Internet]. Arlington: American
Anthropological Association; 1998. [acesso 2010 fev 12]. Disponível em: www.aaanet.org/
stmts/racepp.htm.
2. Baker DW, Cameron KA, Feinglass J, Thompson JA, Georgas P, Foster S, et al. A system for
rapidly and accurately collecting patients race and ethnicity. Am J Public Health. 2006
Mar;96(3):532-7.
3. Bussey-Jones J, Genao I, St. George DM, Corbie-Smith G. The meaning of race: use of race
in the clinical setting. J Lab Clin Med. 2005 Oct;146(4):205-9.
4. Dein S. Race, culture and ethnicity in minority research: a critical discussion. J Cult Divers.
2006 Summer;13(2):68-75.
5. Fundação Nacional do Índio. Grupos indígenas-Amazonas [Internet]. Brasília, DF: FUNAI;
2009. [acesso 2009 jul 31]. Disponível em: www.funai.gov.br/mapas/etnia/etn_am.htm.
6. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2000 [Internet].
[acesso 2009 jul 2009].
Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/
censo2000/populacao/censo2000_populacao.pdf
7. Jay NC. The use of race and ethnicity in medicine: lessons from the African American heart
failure trial. J Law Med Ethics. 2006 Fall;34(3):552-4.
8. Lott J. Do United States racial/ethnic categories still fit? Popul Today. 1993 Jan;21(1):6-7.
9. Meteos P. A review of name-based ethnicity classification methods and their potential in
population studies. Popul Space Place. 2007;13:243-63.
10.Parra FC, Amado RC, Lambertucci JR, Rocha J, Antunes CM, Pena SDJ. Color and genomic
ancestry in Brazilians. Proc Natl Acad Sci USA. 2003 Jan 7;100(1):177-82.
11.Silva JC Jr, organizador. Raça e etnia [internet]. Amazonas: Afroamazonas; 2005. [acesso
2009 jun 15]. Disponível em: www.movimentoafro.amazonida.com/raca_e_etnia.htm.
12.Winker MA. Race and ethnicity in medical research: requirements meet reality. J Law Med
Ethics. 2006;34(3):520-5.
13.Witzig R. The medicalization of race: scientific legitimation of a flawed social construct. Ann
Intern Med.
1996;125(8):675-9.
SUGESTÕES DE FILMES:
SUGESTÕES DE VÍDEOS:
LÍNGUA PORTUGUESA:
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
1
Sugestão
Akins Kinter
Antonieta
Carolina Maria de Jesus
Caverinha (Moçambique)
Conceição Evaristo
Cristiane Sobral ( poeta contemporânea)
Cruz e Souza
Elisa Lucinda
Lima Barreto
Luiz Gama
Machado de Assis
Maria Firmina dos Reis
Noêmia de Sousa (Moçambique)
Paulo Barreto ( João do Rio)
Paulo Lins
Preto Ghoz ( Sociedade de Código Barra)
Solano Trindade
Stela do Patrocínio
FAVELÁFRICA
O tronco a senzala
Na boca amordassa, da preta Anastácia
Chefe Ganga Zumba, Zumbi e Dandara
O racismo não passa, é tudo fachada
É jogada armada
É tapa na cara, da nossa raça
O corpo na vala, a rota que passa, polícia que mata
Mais um preto arrasta, o capitão lá da mata
Do branco a risada, racista piada
Eu quero a parte que nos cabe, eu quero a parte que nos cabe
eu quero a parte que nos cabe
e o reparo dos masagres
De mãe
Esse livro pode ser trabalhado em todas as séries especialmente no ensino infantil e
fundamental I. Além de envolver discussões que envolvem a autoestima, pode
combater preconceitos e estereótipos cristalizados na sala de aula.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando
desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco,
branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.
Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém
que perguntava:
– Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
– Conselhos da mãe da minha madrinha…
Por meio desta obra pequena em sua extensão, mas vasta em sensibilidade,
podemos claramente perceber questões sociais como aceitabilidade,
discriminação, padrões de beleza, autoestima da criança negra, etc.
Além de descontextualizar aspectos negativos, o livro nos mostra que com
persistência e com um objetivo, somos capazes de realizar coisas que muitas
vezes julgamos impossíveis e incapazes.
A autora deixa transparecer a mensagem de que a cor da pele é resultante da
descendência familiar e que a beleza não está no ser “preto” ou “branco”, mas
sim na essência das pessoas, que merecem ser respeitadas mesmo com
suas diferenças.
Estrutura da obra:
• Apresenta narrador em terceira pessoa;
•Tempo cronológico, segue uma ordem;
• O espaço é social (casa, rua);
Apresenta características de fábula: tempo indeterminado, repetição,
predominância de personagens que desempenham funções no grupo ( mãe,
filha) e padrão espiritual (coelho sonhador), convivência natural do real com o
fantástico;
Emprego de palavras e/ou expressões que valorizam e exaltam a imagem da
menina negra.
2. Pedir às crianças que deem um título (um nome) à história ouvida, escrevendo na
lousa as sugestões apresentadas.
3. Contar que quem escreveu a história foi Ana Maria Machado, uma escritora
brasileira que escreve livros para crianças, principalmente. Se o(a) professor(a) já
tiver lido para a classe outros livros da autora, relembrar o fato aos alunos, se
possível, mostrando-os.
4. Dizer o título do livro: “Menina bonita do laço de fita” e comparar com os nomes
apresentados pelos alunos na atividade perguntando a eles se gostaram mais do
nome escolhido por eles próprios ou o escolhido pela autora; mostrar às crianças
que nem sempre temos a mesma opinião sobre um mesmo fato ou situação e que o
importante é que aprendamos a respeitar todas as opiniões; comentar os nomes
escolhidos pelos alunos, na medida em que se afastam ou se aproximam do nome
original da história.
5. Mostrar a capa do livro aos alunos. “Ler” a imagem da capa com eles, fazendo
perguntas sobre a ilustração: a cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da
menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um penteado como esse? leva muito
tempo?). Destacar o olhar apaixonado, pensativo-sonhador do coelho. Pedir aos
alunos que mostrem o que mais na ilustração indica que o coelho está apaixonado.
Dizer o nome do ilustrador e falar sobre a importância da ilustração na leitura.
6. Ler o livro para os alunos, agora parando em cada página, mostrando as imagens
e destacando as palavras e expressões que valorizam a menina, que a retratam
como bela: “Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas
azeitonas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros,
feitos fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra
quando pula na chuva.”. Os adjetivos e comparações usados pela autora vão além
de aguçar a imaginação infantil (olhos = duas azeitonas daquelas bem brilhantes;
cabelos = fiapos da noite; pele = pelo da pantera negra quando pula na chuva); eles
evocam uma imagem positiva da menina, valorizando nela aspectos como cabelo e
cor de pele, que normalmente são “maquiados”, escondidos, quando a personagem
é negra. A beleza natural da menina ganha enfeites que reforçam seu encanto,
dando a ela ares de personagem de contos de fadas, pois: “Ainda por cima, a mãe
gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela
ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do
Luar”.
Esses dois trechos contribuem para que, ao imaginário infantil a menina seja
apresentada como uma bela princesa de contos de fadas, o que é extremamente
positivo e eleva a autoestima da criança, que se identificará com a heroína.
Perguntar aos alunos se eles têm uma ideia do porquê do coelho querer ter a cor de
pele da menina. Será que ele não está satisfeito com a própria cor? Comentar com
as crianças as respostas dadas.
É importante que o (a) professor (a) destaque que além de muito bonita, essa
heroína é também muito esperta e criativa, pois mesmo não sabendo responder às
perguntas do coelho, sempre tem uma solução para que ele se torne da cor
desejada: cair na tinta preta, tomar muito café, comer muita jabuticaba…
Antes de ler o trecho que fala da intervenção da mãe no diálogo entre a menina e o
coelho, perguntar se alguém lembra como era a mãe da garota.
Comparar o texto escrito (“uma mulata linda e risonha”) e a ilustração da mãe que é
a de uma linda moça, moderna, bem vestida e arrumada (enfeitada, pintada, cabelos
penteados), o que também contribui para que a classe forme uma imagem estética
positiva da mulher negra.
7. Aproveitar a descoberta do coelho (“a gente se parece sempre é com os pais, os
tios, os avós e até com os parentes tortos”) e perguntar aos alunos com quem eles
acham que se parecem. Essa atividade pode desdobrar-se em outras, por exemplo:
b) os alunos podem levar fotografias de parentes (pais, avós, tios, irmãos, por
exemplo); atrás de cada foto deve constar o nome da criança que a trouxe; os
alunos dividem-se em grupos de quatro. As fotos de cada grupo são empilhadas,
com a frente para cima; os alunos tiram a sorte para ver quem começa jogando, o
primeiro pega a primeira foto e tenta adivinhar quem a trouxe, observando as
semelhanças entre as fotos e os colegas de grupo; se foi ele mesmo quem trouxe a
foto, deve embaralhar a pilha, para que a fotografia saia do primeiro lugar; enquanto
for acertando, o jogador continuará jogando. Ganhará o jogo quem tiver acertado
mais. Ao final, as crianças devem contar aos colegas de grupo quem são as
pessoas que estão nas fotos.
11. Conversar com as crianças sobre as “famílias” (povos) que formam o Brasil: os
índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes italianos, japoneses, árabes,
judeus etc. Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a grande
família brasileira, que tem as características de suas origens. Lembrar aqui as
contribuições desses povos nas festas, na música, na culinária, nas histórias etc.
Essa sequência didática pode ser aplicada a outras obras que versam sobre a
temática.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS:
Identificar o perfil étnicorracial dos alunos e alunas da escola. Quantas pessoas são
negras, brancas, amarelas ou indígenas. No caso das crianças e adolescentes é
muito importante conhecer e ter atualizado os dados do perfil étnicorracial, etário e
de gênero dos alunos e alunas matriculados na rede em nossas escolas.
Promover e participar de eventos e mapeamentos culturais.
As datas do calendário afro-brasileiro são oportunidades para a escola refletir
e discutir sobre as questões étnico-raciais, entre elas:
Casa Civil
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Uma primeira reflexão que devemos fazer é sobre a palavra escravo, que foi sempre
atribuída a pessoas em determinadas condições de trabalho. Portanto, a palavra
escravo não existiria sem o significado do que é o trabalho e das condições para o
trabalho.
Quando nos referimos, em sala de aula, ao escravo africano, nos equivocamos, pois
ninguém é escravo – as pessoas foram e são escravizadas. O termo escravo, além
de naturalizar essa condição às pessoas, ou seja, trazer a ideia de que ser escravo
é uma condição inerente aos seres humanos, também possui um significado
preconceituoso e pejorativo, que foi sendo construído durante a história da
humanidade. Além disso, nessa mesma visão, o negro africano aparece na condição
de escravo submisso e passivo.
Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra (20
de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos
Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito
racial no Brasil. Sendo assim, como trabalhar com essa temática em sala de aula?
Os livros didáticos já estão quase todos adaptados com o conteúdo da Lei
10.639/03, mas, como as ferramentas que os professores podem utilizar em sala de
aula são múltiplas, podemos recorrer às iconografias (imagens), como pinturas,
fotografias e produções cinematográficas.
Uma boa indicação de material didático para abordar esse conteúdo são os
materiais intitulados A Cor da Cultura, que variam entre livros animados, entrevistas,
artigos, notícias e documentários, disponíveis em http://www.acordacultura.org.br/–
material importante que ressalta a diversidade cultural da sociedade brasileira.
Leandro Carvalho
Mestre em História
GEOGRAFIA:
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS:
Referência:
Disponível em:
http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/13516/direitos
_humanos_santos.pdf?sequence=2
ESTÓRIAS QUILOMBOLAS
Disponível em:
http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/estorias_quilo
mbola_miolo.pdf
TEXTO - 01
Ao todo, estima-se que há mais de 3,8 milhões de brasileiros entre 4 e 17 anos que
não frequentam a sala de aula, segundo informações obtidas nos microdados do
Censo Demográfico de 2010 e compiladas em um recente estudo do Unicef (1).
Números como esse, colocam o Brasil no triste pódio da terceira maior taxa (24,3%)
de abandono escolar entre os 100 países com maior IDH. De acordo com dados
coletados no ano passado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento), 1 a cada 4 alunos que inicia o ensino fundamental no Brasil
abandona a escola antes de completar a última série.
Não é de se estranhar que neste quadro de evasão os mais excluídos da escola são
aqueles historicamente excluídos de toda a sociedade. “A pobreza influencia muito
as taxas de evasão, e a população negra e indígena são os grupos mais
vilipendiados”, afirma Miriam Maria José dos Santos, Presidente do Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda. Miriam enxerga que
há avanços neste quadro conquistados graças aos Programas de Governos que
estão ajudando a romper o ciclo da pobreza, porém, a melhora dos últimos dez anos
nem de longe interferiu drasticamente na realidade pautada em anos de omissão.
As meninas negras ainda hoje são conduzidas a repetir um padrão que tem base no
sistema escravocrata do passado. Cedo, começam a trabalhar como faxineiras nas
casas de terceiros. De acordo com dados de 2013, divulgados da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), mais de 93% das crianças e dos adolescentes
envolvidos em trabalho doméstico no Brasil são meninas negras.
O índice alto de evasão desse público pode ser explicado parcialmente por um
sistema educativo que não contempla a cultura e a identidade dos estudantes
negros. “Essa escola não atrativa ao estudante em termos de conteúdo, de
recreação e de profissionais que não dialogam com a realidade precisa mudar”,
considera a presidente da Conanda, ao destacar, por exemplo, a necessidade de
pais, alunos e sociedade cobrar o trabalho do conteúdo da LDB alterada pela Lei
10639/03 que versa sobre a inclusão da história e cultura negra dentro da sala de
aula.
O ECA deixa nítido que a escola tem a responsabilidade de reter o aluno porque
dispõe de ferramentas para localizá-lo e trazê- lo de volta. “Para isso gestores e
professores precisam realizar uma vigilância positiva, manter dialogo constante com
a família e não esperar a evasão para agir”, conta Miriam. A escola já é obrigada a
acionar o Conselho Tutelar em caso de faltas constantes e injustificadas. “A
sociedade pode ajudar por meio do Disque 100, denunciando anonimamente
crianças e jovens que não estão frequentando a escola”, sugere.
Com relação ao recorte étnico-racial, Miriam afirma que a maioria dos conselheiros
tutelares não está encaminhando demandas para os conselhos de direitos da
Secretaria de Educação que demostrem falhas nas políticas públicas direcionadas a
negros e indígenas, ou seja, muitos não estão atentos ao recorte étnico-racial
presentes nos dados de evasão.
Referências
(1)"O enfrentamento da Exclusão Escolar no Brasil", estudo do Unicef (Fundo das Nações
Unidas para a Infância) e da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
(3)Pesquisa “Motivos da Evasão Escolar” - desenvolvida com base nos Suplementos da PNAD
2009.
Hoje, através da nossa presença aqui e das celebrações que têm lugar noutras
partes do nosso país e do mundo, conferimos glória e esperança à liberdade recém-
conquistada.
Da experiência de um extraordinário desastre humano que durou demais, deve
nascer uma sociedade da qual toda a humanidade se orgulhará. (...)
Esta união espiritual e física que partilhamos com esta pátria comum explica a
profunda dor que trazíamos no nosso coração quando víamos o nosso país
despedaçar-se num terrível conflito, quando o víamos desprezado, proscrito e
isolado pelos povos do mundo, precisamente por se ter tornado a sede universal da
perniciosa ideologia e prática do racismo e da opressão racial. (...)
Chegou o momento de sarar as feridas.
Chegou o momento de transpor os abismos que nos dividem.
Chegou o momento de construir.
Conseguimos finalmente a nossa emancipação política. Comprometemo-nos a
libertar todo o nosso povo do continuado cativeiro da pobreza, das privações, do
sofrimento, da discriminação sexual e de quaisquer outras.
Conseguimos dar os últimos passos em direção à liberdade em condições de paz
relativa. Comprometemo-nos a construir uma paz completa, justa e duradoura. (...)
Assumimos o compromisso de construir uma sociedade na qual todos os sul-
africanos, quer sejam negros ou brancos, possam caminhar de cabeça erguida, sem
receios no coração, certos do seu inalienável direito a dignidade humana: uma
nação arco-íris, em paz consigo própria e com o mundo. (...)
Que haja justiça para todos.
Que haja paz para todos.
Que haja trabalho, pão, água e sal para todos. (...)
Nunca, nunca e nunca mais voltará esta maravilhosa terra, a experimentar a
opressão de uns sobre os outros, nem a sofrer a humilhação de ser a escória do
mundo.
Que reine a liberdade.
O sol nunca se porá sobre um tão glorioso feito humano.
Que Deus abençoe a África!
Livros paradidáticos
SUGESTÕES DE JOGOS:
ESCRAVOS DE JÓ
É uma brincadeira de roda guiada por uma cantiga bem conhecida, cuja letra
pode mudar de região para região. Para brincar, é preciso no mínimo duas pessoas.
Todos têm suas pedrinhas e no começo elas são transferidas entre os participantes,
seguindo a sequência da roda. Depois, quando os versos dizem “Tira, põe, deixa
ficar!”, todas seguem a orientação da música.
No verso “Guerreiros com guerreiros”, a transferência das pedrinhas é
retomada, até chegar ao trecho “zigue, zigue, zá!”, quando os participantes
movimentam as pedras que estão em mãos para um lado e para o outro, sem
entregá las a ninguém. O jogador que erra o movimento é eliminado da brincadeira,
até que surja um único vencedor.
JOGO DA BUGALHA
Uma coisa interessante. Cristina Von, em seu livro 'A história do brinquedo',
afirma que o jogo tem origens pré-históricas e seria jogado, por reis e nobres, com
pedras preciosas!
Outra coisa para se pensar: se era jogado com ossos e sendo um jogo onde as
peças são, de alguma forma, lançadas, sua origem é a mesma dos dados e do
jogo de búzios! Ou seja, mais uma vez, acredito, temos aqui as artes divinatórias
dando origem a um jogo popular.
(Esse jogo é conhecido também por 5 maria )
brincadeiras tradicionalmente africanas como o jogo de caça ao tesouro,
pegador, cavalo-de-pau, etc.
SENET (EGITO)
Para dar início às atividades, o professor poderá trabalhar com Senet, um jogo
de tabuleiro milenar, cujos os registros datam desde o Egito Antigo. Seu tabuleiro e
suas peças eram feitos originalmente de madeiras. Você poderá construir um
modelo alternativo com o tabuleiro em EVA e as peças com pequenos tocos de
madeira.
1 2 3 4
5 6 7 8
9 10 11 12
13 14 15 16
As peças:
O jogo é praticado por duas pessoas onde cada jogador utiliza duas peças. O
objetivo desse jogo é percorrer com as peças por toda a extensão do tabuleiro. No
entanto, só pode andar com uma peça por vez. O jogador que conseguir levar
ambas as peças até o último quadrante vence o jogo.
Os dados egípcios são quatro metades de cubos de madeira com a face reta
pintada de preto. Quando o jogador lança os dados, o número de faces pretas
voltadas para cima indicam o número de casas que ele deverá andar com sua peça.
No entanto, se nenhuma face preta ficar voltada para cima ele poderá andar 5
casas. Se o jogador cair no quadrante 5 ele poderá jogar novamente. No quadrante
10 ele perderá sua vez de jogar, deixando o adversário jogar duas vez consecutivas.
Se o jogador cair no quadrante 14 ele voltará com sua peça para o início do jogo; no
quadrante 1. Antes de jogar os dados o jogador deverá indicar qual peça ele irá
mover. Se o jogador ultrapassar o último quadrante ele volta o número de casas que
extrapolaram o 16º quadrante.
Sugestões de variações para o jogo:
As pretas começam. Você só pode andar com uma peça se ela for cair em
uma casa vazia ou em um inimigo que esteja isolado (você não pode cair em um
inimigo se há outro inimigo adjacente a casa em que ele está).
Se você cair em um inimigo isolado, ele deve voltar para casa que você estava
antes se não for possível executar nenhum movimento para frente você deve
executar um movimento para trás.
Se num movimento para trás você cair em um inimigo isolado ele volta para a
casa que você estava antes(ou seja para frente); se você cair na casa da
humilhação você só poderá mover suas peças se conseguir pôr aquela peça na
casa do renascimento (para cair na casa do renascimento ela deve estar vazia (sem
peões seus e do inimigo). Neste caso não se pode comer uma peça do inimigo que
esteja na casa do renascimento e você deve esperar ele sair); se cair na casa dos
três "trunks", você só pode se mover tirando 2 para sair do tabuleiro (no caso de ser
a última peça e você não ter como movê-la pre frente você deve voltar à casa da
humilhação).
Se você cair:
Na casa 26 (casa da beleza) você joga de novo (não se pode passar da casa da
beleza sem cair nela) Na casa 27 (casa da humilhação/água) você deve
recomeçar na casa do renascimento
Os Dados:
No jogo Senet os 4 dados são em forma de tábuas, assim como eram no antigo
Egito, 4 lados são em cores pretas, e 4 lados de cores brancas e seus respectivos
significados estão logo abaixo:
O Tabuleiro
Pontuação:
O jogo Senet poderá ser jogado várias vezes, utilizando se assim da seguinte
pontuação; 5 pontos por cada partida ganha, 1 ponto por cada peão adversário que
se encontrar na Terceira linha, 2 pontos por cada peão adversário que se encontrar
na Segunda linha, 3 pontos por cada peão adversário que se encontrar na primeira
linha.
BEZETTE (Zanzibar)
Como jogar:
3. Se obtiver nos dados 6,5,4, ele se livra de todas as suas argolas, menos uma,
encaixando as no bastão. Ele fez a bezette.
4. Se tirar uma, duas ou três vezes o 1 nos dados, ele coloca no bastão uma,
duas ou três argolas.
5. Se tirar uma, duas ou três vezes o 6 nos dados, ele dá ao seu vizinho à
direita, uma, duas ou três argolas.
Qualquer outro resultado nos dados não tem valor e a vez passa ao jogador
seguinte. O vencedor é aquele que primeiro se livra de todas as suas argolas.
É evidente que as argolas têm aqui o papel de fichas. Mas os criadores deste jogo
inocente quiseram, sem dúvida, excluir qualquer relação com dinheiro.
SUGESTÕES ÁUDIO-VISUAIS:
SUGESTÕES DE FILMES - PROJETO EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL
EDUCAÇÃO INFANTIL
Cada vez mais popular, Bino & Fino fala sobre dois irmãos gêmeos
que vivem na África subsaariana e ao lado da amiga, a borboleta
Zeena, a cada dia descobrem aspectos diferentes sobre o mundo, vida
e a história do continente. Com isso, os criadores pretendem
preencher uma lacuna na programação infantil da televisão brasileira,
ainda reprodutora de um estilo de vida formado nos Estados Unidos e
Europa, e que pouco dialoga com a realidade de uma população com
mais de 50% de negros. Bino & Fino oferece aos pais e professores
uma nova possibilidade para o ensino de uma educação global
concentrada em África.
https://www.youtube.com/watch?v=ZXE2mkAq_FQ
3. HOTEL RUANDA (Terry George| África do Sul, Reino Unido, Itália, 2004)
Em 1994, um conflito político em Ruanda matou, em menos de 100
dias, quase um milhão de ruandeses. Diante da infinidade de
pessoas desamparadas no país, Paul Rusesabagina, gerente do
Hotel des Milles Collines, na capital do país, decide receber 1.200
desabrigados pelo conflito.
Amistad
Direção: Steven Spielberg. Drama, EUA. 1897. (154 min)
Baseado em uma história real, o filme conta a viagem de escravos africanos que se
apoderam de um navio onde estavam aprisionados e tentam retornar à terra natal.
Conhecedores da orientação lunar para navegação conseguiram prevalecer.
Infelizmente, o navio é capturado e eles são levados para os EUA, onde aguardam
um julgamento por crime e assassinato que termina por questionar o sistema judicial
americano. Mas, para aqueles homens e mulheres sob julgamento, a sua luta maior
é pelo direito do ser humano à liberdade.
As filhas do Vento
Direção: Joel Zito Araújo. Drama. Brasil. 2004 (85 min.), DVD, color.
Ganga Zumba:
Direção: Cacá Diegues. Drama. 1964. (92 min.), VHS, color
Hotel Ruanda
Direção: George Terry. Cine biografia. EUA. 2004. (122min.),DVD, color.
Ruanda é um país localizado na porção sul do continente (África Meridional ou
Subsaariana).
O filme aborda a história real de um gerente de hotel, que abrigou centenas de
pessoas refugiadas, durante os conflitos ocorridos entre as etnias hutu e tutsi noano
de 1994.
O Jardineiro Fiel
Direção: Fernando Meireles. Suspense. EUA. 2005 (125min.),DVD, color
Quilombo
Direção: Cacá de Diegues. Aventura. Brasil. 1984 (119 min), VHS. color
Uma Onda no Ar
Direção: Helvécio Ratton. Drama. Brasil, 2002. (92min.), DVD, color.
Quatro jovens amigos que vivem em uma favela de Belo Horizonte tem um sonho:
criar uma rádio que dê voz às pessoas do local onde vivem. Eles conseguem realiza
reste sonho. Nasce a Rádio Favela, que conquista os moradores locais, por dar voz
aos excluídos, mesmo operando na ilegalidade. O filme retrata também a
vulnerabilidade social de sujeitos que mesmo marginalizados são protagonistas de
uma “revolução” em comunicação.
A Espera de um Milagre
sinopse:
Em 1935, no corredor da morte de uma prisão sulista. Paul Edgecomb (Tom Hanks)
é o chefe de guarda da prisão, que tem John Coffey (Michael Clarke Duncan) como
um de seus prisioneiros. Aos poucos, desenvolve-se entre eles uma relação
incomum, baseada na descoberta de que o prisioneiro possui um dom mágico que é,
ao mesmo tempo, misterioso e milagroso.
Meu Mestre, Minha Vida 1989 Dublado Em Nova Jersey, uma escola com sérios
problemas de violência e tráfico de drogas. Usando métodos pouco ortodoxos,
algumas vezes violentos, ele transforma os alunos, inclusive conseguindo que sejam
aprovados no exame do final do ano realizado pelo governo estadual. Arrogante e
autoritário, o professor Joe Clark (Morgan Freeman) é convidado por seu amigo
Frank Napier (Robert Guiullaume) a assumir o cargo de diretor na problemática
escola em Paterson, New Jersey, de onde ele havia sido demitido. Com seus
métodos nada ortodoxos, Joe se propõe a fazer uma verdadeira revolução no
colégio marcado pelo consumo de drogas, disputas entre gangues e considerado o
pior da região. Com isso, ele ao mesmo tempo coleciona admiradores e também
muitos inimigos.
Duelo de Titãs
Sinopse:
Herman Boone (Denzel Washington) é um técnico de futebol americano contratado
para trabalhar no comando de um time universitário dividido pelo racismo, os Titans.
Inicialmente, Boone sofre preconceitos raciais por parte dos demais técnicos e até
mesmo por jogadores do seu time, mas aos poucos ele conquista o respeito de
todos e torna-se um grande exemplo para o time e também para a pequena cidade
em que vive.
Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados, neste filme Clássico que refletiu
alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Sidney Poitier tem
uma de suas melhores atuações como Mark Thackeray, um engenheiro
desempregado que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. A
classe, liderada por Denham (Christian Roberts) Pamela (Judy Geeson) e Barbara
(Lulu, que também canta a canção título) estão determinados a destruir Thackeray
como fizeram com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray
acostumado à hostilidade enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos
que breve estarão se sustentando por conta própria. Quando recebe um convite
para voltar a engenharia, Thackeray deve decidir se pretende continuar.
Voltando a Viver
Sinopse:
Homens de Honra
Sinopse:
O roteirista Scott Marshall Smith escreveu Homens de Honra baseado em fatos reais
que ocorreram com o mergulhador Carl Brashear quando ele fazia parte da Marinha
americana, mas o intimidador personagem interpretado pelo ator Robert DeNiro
(Billy Sunday) foi totalmente uma criação fictícia que reúne personalidades de vários
homens que Brashear conheceu durante a carreira militar. O filme teve início em
1994 e, devido ao seu tema, passou por um processo longo e incomum. A história foi
submetida ao Departamento de Defesa, depois encaminhada ao Pentágono e,
finalmente, chegou às mãos do secretário de Defesa para aprovação. Com a
cooperação da Marinha garantida, os realizadores encontraram na base Columbia
River, em Washington, o lugar perfeito para as gravações. Todos os atores da
produção passaram por treinamento de mergulho. As cenas no fundo do mar foram
feitas num tanque com mais de um milhão de litros, construído num hangar de
aviões em Long Beach. Carl Brashear (Cuba Gooding Jr) não deixa nada atrapalhar
o seu caminho. Filho de um agricultor de Kentucky, Carl deixa a casa dos pais em
busca de uma vida melhor. Ingressa na Marinha e deseja tornar-se mergulhador de
elite da divisão de buscas e resgates. BiIIySunday (RobertDeNiro), oficial da Marinha
e instrutor de treinamento, não quer, entretanto, saber de CarI e nem das ambições
dele. Submete-o às piores provas de resistência na tentativa de fazê-lofracassar e
desistir. Com a convivência, nasce um respeito mútuo que os levará a lutar juntos
para defenderem a honra e protegerem suas vidas.
Mississipi Em Chamas
Sinopse:
Estrelado por Gene Hackman, vencedor de dois prêmios Oscar®, e por Willem
Dafoe, indicado ao Oscar®, Mississipi em Chamas "classifica-se como um dos
retratos mais poderosos e pungentes sobre conflitos raciais jamais produzidos"
(Variety). Indicado a seis prêmios Oscar®, e vencedor na categoria Melhor
Fotografia, este filme de alta carga emocional "capta vividamente um capítulo crucial
da História dos Estados Unidos" (Time)! Três ativistas que defendem direitos civis
dirigem por uma desolada estrada, quando inquietantes faróis se aproximam
rapidamente. Tentando acalmar um ao outro, eles não tinham como saber que em
alguns minutos desapareceriam na noite e seriam motivo de uma das mais
explosivas investigações de assassinato da História. Surgem o ultracorreto Ward
(Dafoe) e o aparentemente tolerante Anderson (Hackman). Será que estes dois
agentes do FBI, tão filosoficamente opostos, podem superar suas diferenças e
desvendar os apavorantes segredos de uma comunidade dominada pela
KuKluxKlan, antes que a cidade seja dominada pelo racismo?
Tempo de Matar
Sinopse:
Uma garota negra de apenas 9 anos de idade é estuprada por dois racistas brancos
completamente bêbados. Em um ato desesperado de ódio e vingança, seu pai mata
os homens a tiros. Agora. Carl Lee Hailey (Samuel L. Jackson) irá a julgamento pelo
assassinato de dois cidadãos brancos. É assim que a lei pretende tratar o caso.
Para defendê-lo, Hailey conta com o corajoso Jakebrigance (Matthew Mc
Conaughey) e a idealista Ellen Roark (Sandra Bullock), dois jovens advogados em
busca da verdade. E poucos dias, o julgamento transforma-se em uma verdadeira
batalha racial, onde a vida de todas as pessoas envolvidas com o caso está
correndo perigo. O destino de um homem injustiçado está nas mãos de Jake e o
tempo está se esgotando. A violenta batalha pode explodir a qualquer momento.
Quilombo
sinopse:
Ganga Zumba
Sinopse:
Capitães da Areia
Sinopse:
Pedro Bala (Jean Luís Amorim), Professor (Robério Lima), Gato (Paulo Abade), Sem
Pernas (Israel Gouvêa) e Boa Vida (Jordan Mateus) são adolescentes abandonados
por suas famílias, que crescem nas ruas de Salvador e vivem em comunidade no
Trapiche junto com outros jovens de idade semelhante. Eles praticam uma série de
assaltos, o que faz com que sejam constantemente perseguidos pela polícia. Um dia
Professor conhece Dora (Ana Graciela) e seu irmão Zé Fuinha (Felipe Duarte), que
também vivem nas ruas. Ele os leva até o Trapiche, o que desencadeia a excitação
dos demais garotos, que não estão acostumados à presença de uma mulher no
local. Pedro consegue acalmar a situação e permite que Dora e o irmão fiquem por
algum tempo. Só que, aos poucos, nasce o afeto entre o líder dos Capitães da Areia
e a jovem que acabou de integrar o bando.
Besouro
Sinopse:
O Filme o besouro é um inseto que, por suas características, não deveria voar, mas
voa. E Besouro também é o nome do maior capoeirista de todos os tempos. Um
menino que, ao se identificar com o inseto que desafia as leis da Física, desafia ele
mesmo as leis cruéis do preconceito e da opressão. Um mito, um super-herói. O
filme Besouro, que conta a sua história, é um épico em que fantasia e registro
histórico se misturam no cenário deslumbrante do Recôncavo Baiano dos anos 20.
Inspirado em fatos reais, Besouro será um filme de aventura, paixão, misticismo e
coragem sobre este personagem real que se tornou lenda. Queremos que ele seja,
para a capoeira, o que filmes chineses contemporâneos como Herói e O Tigre e o
Dragão são para as artes marciais orientais: um espetáculo de aventura, onde a
paixão, o misticismo e a emoção têm papel central.
Cordão de Ouro
sinopse:
Diamantes de Sangue
Sinopse:
No país africano Serra Leoa, na década de 90, o filme acompanha a história de
Danny Archer (Leonardo Di Caprio), um mercenário sul-africano, e o pescador
Solomon Vandy (Djimon Hounsou). Apesar de terem nascido no mesmo continente,
têm histórias completamente diferentes, mas seus destinos são unidos por conta da
busca por um raro diamante cor-de-rosa. Com a ajuda de Maddy Bowen (Jennifer
Connelly), uma jornalista norte-americana, eles embarcam numa perigosa jornada
em meio ao instável território.
ZULU
Sinopse :
Um Sonho Possível
sinopse:
Michael Oher (Quinton Aaron) era um jovem negro, filho de uma mãe viciada e não
tinha onde morar. Com boa vocação para os esportes, um dia ele foi avistado pela
família de Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), andando em direção ao estádio da
escola para poder dormir longe da chuva. Ao ser convidado para passar uma noite
na casa dos milionários, Michael não tinha idéia que aquele dia iria mudar para
sempre a sua vida, tornando-se mais tarde um astro do futebol americano.
Malcolm X
sinopse:
DVDS DA TV ESCOLA/BIBLIOTECAS
Pluralidade cultural nº 6, vol. II;
Escola educação nº 27, vol. I;
Um salto para o futuro nº49 e 50, volumes I e II;
Um salto para o futuro números 21,23 ao 27, vol. II/III.
ARTES:
Caruaru
2019
SUMÁRIO
6 Recursos Didáticos 21
.
1. INFORMAÇÕES GERAIS
Ação:
Teatro do Oprimido: Consciência Negra
Objetivo:
Trabalhar a Consciência Negra com foco na história e conjetura político-sócio e
cultural do Negro no Brasil, através dos jogos, técnicas do Teatro do Oprimido,
desenvolvido por Augusto Boal, com realização de Esquetes e Espetáculos
Teatrais.
Período:
Abril a Novembro de 2019.
Público Alvo:
Estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e
Adultos (EJA) da Rede Municipal de Ensino de Caruaru.
2. O TEATRO DE OPRIMIDO
“Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele
que a transforma.” (Augusto Boal)
Montagem AH
Foi muito comum no Brasil que pessoas negras de grande sucesso em suas áreas, quando
se tornassem populares, ficassem conhecidas por imagens que sugerissem que fossem
brancas. Principalmente no início do século XX, em que o racismo científico, o pós-abolição e
a máquina fotográfica em preto-e-branco compunham as inovações das sociedades urbanas
no Brasil, foi muito comum a divulgação de autores, escritores, artistas e políticos
afrodescendentes como pessoas brancas.
Dadas as limitações do retrato em preto-e-branco, era fácil o clareamento das imagens, que
passavam uma ideia de ”branquitude” incompatível com a realidade.
4. Nilo Peçanha
2. Lima Barreto
1. Machado de Assis
A resposta inevitável deve ser não, nunca, sempre e quando você acredite
na 'história oficial'. No entanto, os fatos contam uma história diferente. Um homem
negro, por exemplo, inventou esses semáforos sem os que o mundo não pode andar
e o pai da medicina não foi Hipócrates, mas Imotep, um multifacético gênio negro
que viveu dois mil anos antes do médico grego. É que os europeus ainda se negam
a reconhecer que o mundo não estava à espera na escuridão para que levassem a
luz. A história da África já era antiga quando a Europa começou a andar.Um mestre
de ensino secundário da Gana, que visitou recentemente Londres, não
pode acreditar que um homem negro tivesse inventado os semáforos. "O
que?!", perguntou com absoluta incredulidade. "Como pode um homem negro ter
inventado os semáforos?!"
Bem, você pode imaginar a classe de educação que este mestre de ensino
secundário ensinou e continua a ensinar a seus estudantes, não por malícia, mas
por pura ignorância. Que tipo de educação recebem os africanos?
Todos pensam, igual que este professor ganês, que os negros 'não podem' inventar
nada, mas que compram as invenções dos outros.
Um novo livro de texto, Cientistas e inventores negros, publicado
recentemente em Londres por BIS Publications, descarta totalmente a ideia que as
pessoas negras não têm criatividade. Escrito em conjunto por Ava Henry y Michael
Williams (ambos diretores da filial de Londres da BIS Publications), o livro está
pensado para ser usado por crianças de entre 7 e 16 anos. "Nós esperamos que os
pais e mestres ajudem as crianças nesta tarefa de conhecimento e
descoberta", dizem os autores. As pessoas negras estão encontrando cada vez mais
difícil entender por que, inclusive na era da abertura e liberalismo caracterizada pela
Internet, continuam a negar o reconhecimento devido a inventores e cientistas
negros. E isto acontece apesar de que há documentação que prova que várias
invenções importantes para o mundo têm sido obra da criatividade dos negros.
No passado
Escrevendo sobre as invenções e as descobertas africanas, Count C. Volney,
o renomado historiador francês, escreveu: "Pessoas agora esquecidas descobriram,
enquanto outros eram ainda bárbaros, os elementos das artes e da ciência.”
Uma raça de homens agora rejeitada pela sociedade por sua pele escura e
seu cabelo enroscado cimentou no estudo das leis da natureza esses sistemas civis
e religiosos que ainda governam o universo".Ao que o Dr. John Henrik Clarke, um
historiador afro-americano, acrescenta: "Primeiro, as distorções devem ser
admitidas. O fato lamentável é que a maioria do que nós chamamos agora de
história mundial é só a história do primeiro e segundo florescimento da Europa. Os
europeus ainda não reconhecem que o mundo não estava à espera deles na
escuridão para que trouxessem luz. “A História da África já era antiga quando a
Europa nasceu".
O Dr. Clarke é apoiado pelo estudioso e explorador alemão Leo Frobenius,
que escreveu em sua principal obra, Und Afrika Sprach, publicada em 1910: "Nessa
porção do globo, o anglo-saxão Henry Morton Stanley lhes deu nome de 'escuros' e
'escuríssimos'...
Mas antes das invasões estrangeiras, “os africanos não viviam em grupos
pequenos, mas em comunidades de 20 mil ou 30 mil habitantes, cujas estradas
estavam escoltadas por esplêndidas avenidas de palmeiras, plantadas a intervalos
regulares e de uma maneira ordenada". O trabalho de Frobenius inclusive foi
melhorado por Thomas Hodgkins, um historiador britânico que escreveu
depois: "Quando as pessoas falam, como ainda algumas vezes o fazem, sobre a
África do sul do Saara como um continente sem história, o que eles realmente dizem
é que essa porção da África tem uma história da que nós, os ocidentais, somos
deploravelmente ignorantes..”.Devemos admitir que ainda somos vítimas de uma
mentalidade colonial: encontramos difícil de compreender que “os africanos
possuíssem sua própria civilização durante muitos séculos antes de que os
europeus, começando pelos portugueses ao final do século XV, concebessem a
ideia de tentar vender-lhes a nossa".
A maioria dos historiadores aceita agora que os antigos impérios africanos da
Gana, Mali e Songhay* tinham desenvolvido sociedades científicas.
Em Uma História do Desenvolvimento Intelectual da Europa, publicada em
1864, J. W. Draper “escreveu sobre o desenvolvimento social e artístico
imensamente superior dos mouros (os negros), que bem poderiam ter visto com
arrogante desprezo as moradas dos governantes da Alemanha, França e Inglaterra,
que naquele tempo apenas eram melhores do que seus estábulos".
Recentemente, o jornalista britânico de TV Jon Snow, que se fez de um nome
como jornalista na África na década de 1970, ficou assombrado ao encontrar numa
biblioteca em Tombuctu (Mali), pilhas de livros fechados "faz mais de 500
anos" (suas próprias palavras em câmera).
"Nós (os europeus) gostamos de pensar que foi nossa cultura a que levou os
livros a África, mas aqui em minhas mãos está a evidência que demonstra o
contrário. Eles nos deram os livros", disse Snow, enquanto revisava um deles. Os
documentos demonstram que as primeiras universidades da Europa foram fundadas
muito depois da Universidade de Sankore, em Tombuctu, cujos professores eram
todos africanos.
O Antigo Egito
Até no antigo Egito, que era essencialmente um império negro cuja grande
glória tem se atribuído com malícia aos árabes, os negros foram os que iniciaram o
caminho das ciências.
Sir J. G. Wilkinson admitiu em seu livro Os Antigos Egípcios (1854) "que os
antigos egípcios possuíram um considerável conhecimento da química e do uso do
óxidos metálicos, como ficou evidenciado nas cores aplicadas a suas peças de vidro
e porcelana; e eles, inclusive, estavam familiarizados com os efeitos dos ácidos
sobre as cores eram capazes de lograr matizes nas tinturas das telas utilizando
métodos semelhantes aos que nós empregamos em nossos trabalhos sobre o
algodão".
Em seu livro Antigo Egito: a Luz do Mundo (1907), Gerald Massy admitiu
que Imotep, o multifacético gênio negro, foi o verdadeiro "pai da medicina" e não,
como se sustenta de forma errada, o médico grego Hipócrates. Imotep era um antigo
egípcio que viveu aproximadamente em 2300 antes de Cristo.
Os documentos mostram que tanto a Grécia quanto a Roma tomaram seus
conhecimentos de medicina dele. Ele era venerado em Roma como o "Príncipe da
Paz na forma de um homem negro". Também foi um arquiteto adiantado a seu
tempo e serviu como primeiro ministro do rei Zoser.
Hipócrates, o chamado 'pai da medicina', viveu dois mil anos depois
de Imotep. No entanto, ainda o juramento tomado aos médicos da era moderna
observa um código de ética médica baseado em Hipócrates e não em Imotep.
Esta rejeição ou falta de reconhecimento das invenções e descobertas dos
negros a razão pela que pessoas como o professor ganês podem dizer que os
negros não inventaram nada. Invenções tais como o papel, a elaboração de sapatos,
as bebidas alcoólicas, os cosméticos, as bibliotecas, a arquitetura e muito mais têm
sido obra de pessoas negras muito antes do florescimento da Europa.
Arthur Weigall (Personalidades da Antiguidade, publicado em 1928) admite
que Akenaton, o monarca negro do antigo Egito, foi a primeira pessoa em predicar a
crença num Deus todo-poderoso, todo amor.
"Nos primeiros anos de seu reinado -escreve Weigall- quando ainda era um
rapaz, Akenaton promulgou uma doutrina que estava em seu aspecto exterior um
culto dedooder invisível e intangível, chamado Aton. Fazia-se visível para a
humanidade na luz do sul, geradora de vida, mas em seu significado mais profundo,
simplesmente era a crença num único Deus, todo-poderoso, pai de todas as
criaturas viventes e por quem todas as coisas tinham sua razão de ser".
Sobre Akenaton, J. A. Rogers (Os grandes homens de cor do mundo)
escreveu: "Séculos antes do rei David, ele escreveu salmos tão bonitos como
aqueles do monarca judeu. Trezentos anos antes de Mohamed (chamado em
Ocidente Maomé), ele ensinou a doutrina de um só Deus. Três mil anos antes de
Darwin, ele se deu conta da unidade que atravessa todas as coisas vivas".
Quando Akenaton predicava sua crença num só Deus todo-poderoso, era
considerado um herético. Assim, a crença moderna num Deus onipotente, tão cara
para cristão, judeus e muçulmanos, na verdade é uma consequência do pensamento
de Akenaton, cujas origens são muito anteriores à era judaico-cristã.
Na era romana, um homem negro, agora esquecido, Tiro (nascido para o 103
antes de Cristo) foi o inventor da escrita taquigráfica. Vários historiadores
têm lembrado de Tiro como o secretário de Marco Túlio Cicerão. Cicerão amava
ditar suas cartas a Tiro, que as escrevia em método taquigráfico. Quantos séculos
passaram desde o ano 63 antes de Cristo até 1837 de nossa era, quando o inglês
Isaac Pitman 'inventou' sua taquigrafia?
Outro historiador, Charles Rollin, conta que os egípcios, a raiz das inundações
provocadas pelo Nilo, estavam obrigadas a medir frequentemente seu país e para
esse propósito idealizaram um método que deu origem à geometria. Esse método
passou do Egito para a Grécia, e se crê que foi Thales de Mileto quem o levou numa
de suas viagens.
E se algo faltava para assombro do mestre ganês, Esopo, que viveu no s. VI
antes de Cristo, também era negro. Segundo Planudes o Grande, no s. XIV, um frei
a quem devemos a forma atual das fábulas de Esopo, o descreveu "com lábios
grossos e pele negra". A influência de Esopo no pensamento e a moral ocidental é
profunda. Platão, Sócrates, Aristófanes, Shakespeare, La Fontaine e outros grandes
pensadores se inspiraram em sua sabedoria.
A Era Moderna
6. RECURSOS DIDÁTICOS
A indicação dos Recursos Didáticos abaixo é direcionada ao Professor e contribuirá
para o planejamento e desenvolvimento das Situações Didáticas supracitadas nos
Quadros.
Indicação de Livros
BOAL, Augusto. Jogos para Atores e não Atores. São Paulo: Civilização Brasileira,
2009.
BOAL, Augusto. O Arco-íris do desejo: Método Boal de Teatro e Terapia. São Paulo:
Civilização Brasileira, 1996.
BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e outras Poéticas Políticas. São Paulo: Cosac
Naify, 2014.
BOAL. Augusto. Estética do Oprimido. São Paulo: Garamond, 2009.
BRANCO, Angela. Diversidade e Cultura de Paz na Escola: Contribuições da
Perspectiva Sociocultural. São Paulo: Mediação Editora, 2012.
CAMAROTTI, M. A linguagem no teatro infantil. Recife: Universitária da UFPE, 2002.
CAMAROTTI, Marco. Diário de um corpo a corpo pedagógico e outros elementos de
arte-educação. Recife: Universitária da UFPE, 1999.
EISNER, E. EducatingArtistic Vision. New York: Mac-millan, 1972.
JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de Teatro. Campinas: Papirus, 2001.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1991.
NEIRA, Marcos Garcia. Educação e Diversidade Cultural no Brasil. 2ed. São Paulo:
Junqueira& Marin, 2014.
RAMOS, Rossana. Na Minha Escola Todo Mundo é Igual. São Paulo: Cortez, 2004.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas. 2ed. São
Paulo, Principium, 2015.
Livros Paradidáticos
DVDS DA TV ESCOLA/BIBLIOTECAS
VÍDEOS
Atlântico negro–Na rota dos orixás (Brasil, 1989). Direção: Renato Barbieri;
Roteiro: Renato Barbieri e Victor Leonardi.
Documentário – Viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da
cultura brasileira, terra de origem dos orixás e vodus: O Benin (África), onde estão
as raízes da cultura Jeje- Nagô.
Feiticeiros da palavra – (Brasil, 2001). Direção: Rubens Xavier; Argumento: Paulo
Dias; Roteiro: Paulo Dias e Renato Xavier.
Documentário – Opõe em foco a prática do jongo na comunidade que vive no bairro
do Tamandaré, na periferia de Guaratinguetá – SP, tendo como base a pesquisa
desenvolvida desde 1993 pela a Associação Cultural Cachoeira.
Ganga Zumba – (Brasil, 1963). Direção e Roteiro: Carlos Diegues. Elenco: Eliezer
Gomes, Luiza Maranhão, Antônio Pitanga, Jorge Coutinho e Tereza Raquel.
Ficção – No início do séc. XIX alguns negros fugiram dos senhores portugueses e
fundaram uma nova sociedade, como Quilombo dos Palmares, o mais conhecido,
Ganga Zumba, neto do Rei de Palmares, Zumbi, vai tomando contato com a história
das lutas e dos problemas de seu povo.
Orí – (Brasil, 1998). Direção: Raquel Gerber. Textos e narração: Beatriz Nascimento.
Documentário – Sobre um panorama de um documento – História sobre os
movimentos negros no Brasil (anos 70/80), Orí conta a história de uma mulher –
Beatriz Nascimento, historiadora e militante, que busca sua identidade através da
pesquisa história dos “Quilombos” como estabelecimentos guerreiros e de
resistência cultural da África do séc. XV ao Brasil do séc. XX. Esta pesquisa revela a
história dos povos Bantus na América e sem herói civilizador Zumbi dos Palmares...
Quilombo – (Brasil, 1984). Direção e Roteiro: Carlos Diegues (baseado nas obras de
Palmares, a Guerra dos Escravos, de Décio Freitas e Ganga Zumba, João Felício
dos Santos). Elenco: Antônio Pompeu, Zezé Mota, Tony Tornado, Vera Fischer,
Antônio Pitanga, Maurício do Vale, Daniel Filho, João Nogueira, Jorge Coutinho,
Grande Otelo e Jofre Soares.
Ficção – Em torno de 1650, um grupo de escravos se rebela num engenho de
Pernambuco e ruma ao Quilombo dos Palmares onde uma nação de ex-escravos
fugidos resiste ao cerco colonial. Entre eles está Ganga Zumba, príncipe africano e
futuro líder de Palmares, durante muitos anos. Mais tarde, seu herdeiro e afilhado,
Zumbi, contestará as idéias conciliatórias de Ganga Zumba, enfrentando o maior
exército jamais visto na história colonial brasileira...
Além de trabalhador, Negro (Brasil, 1989). Direção, Roteiro e Edição: Daniel Brasil.
Documentário – Uma reconstituição do trabalhador negro na cidade de São Paulo, a
participação política e sindical. Fotos, jornais e filmes da época ilustram depoimentos
de estudiosos, militantes e sindicalistas; uma cobertura que vai da frente negra de
1930
até os dias de hoje...
Marcha Zumbi dos Palmares contra o racismo, pela cidadania e vida – 1695-1995
(Brasil, 1995). Direção e Roteiro de Edna Cristina.
Documentário – Depoimentos, imagens e reportagens sobre o movimento negro no
Brasil pós 1970 e sobre a marcha Zumbi dos Palmares contra o racismo, pela
cidadania e a vida – 1695-1995, realizada em Brasília, no dia 20 de novembro de
1995, em comemoração dos 300 anos da morte de Zumbi de Palmares. Realização:
Ipê Vídeos Produção e Comunicação...
Entre dois Amores (Out of África), EUA, 1958, Dirigido por Sydney Pollack, Universal
Pictures.
O Rap do Pequeno Príncipe (Brasil, 2000). Direção: Paulo Caldas e Marcelo Luna.
Roteiro: Paulo Caldas, Marcelo Luna e Fred Jordão.
Documentário – Um mergulho no cotidiano de uma grande cidade brasileira, Recife.
Conta-se a história de dois jovens: um músico e um matador que num momento
tiveram suas vidas entrelaçadas, mas que optaram por armas diferentes. Misturando
ritmo, imagem e poesia-som, o filme revela o que pensa e como pensa uma parte do
movimento hip hop brasileiro...
As filhas do Vento
Drama – numa pequena cidade em Minas Gerais as irmãs Maria Aparecida “Cida”
(Taís Araújo) e Maria da Ajuda “Ju” (Thalma de Freitas) têm objetivos bem distintos.
A primeira quer se tornar atriz e para isto é imperativo que deixe o lugarejo, já a
segunda só pensa em namorar. Vivem com Zé das bicicletas ( Milton Gonçalves ), o
pai delas, que foi abandonado pela mulher e é muito rigoroso com o comportamento
das filhas...
Voltando a viver
Drama – Antwoner Fisher (Derek Luke) é um jovem marinheiro de temperamento
explosivo, que constantemente arruma confusão na marinha. Enviado ao psiquiatra
Jerome Davenport
(Denzel Washington), Antwoner inicialmente se mostra relutante mas aos poucos
revela ao médico seu passado problemático. Com o tempo antwoner e o dr.
Davenport iniciam uma relação de amizade, ao mesmo tempo em que o marinheiro
se apaixona pela bela jovem Cheryl
(Joy Bryant)...
Duelo de Titãs.
Homem de Honra.
Hurricane.
Tempo de Glória.
Voltando a Viver.
A última Céia.
Diamante de Sangue
SITES
WWW.emplas.sp.gov.br
WWW.casadasafricas.org.br
WWW.casadaculturadamulhernegra.org.br
WWW.afirma.inf.br
WWW.cidan.org.br
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WWW.fgv.br/cpdoc
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WWW.observatorioafrobrasileiro.org
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LIVROS
Os livros a seguir ajudarão na compreensão mais aprofundada sobre o estudo
das matrizes populacionais formadoras do Brasil de hoje como povo, país e nação,
explicando as razões históricas que levaram o colonizador português a buscar mão-
de-obra escravizada no continente africano e os meios pelos quais os africanos
foram trazidos para o Brasil, m através do tráfico negreiro. Descreve as origens
regionais, étnicas ou culturais dos africanos escravizados no Brasil, assim como
suas contribuições no país.
Nasce um povo (MicheBergmann): estudo antropológico na população brasileira:
como surgiu, composição racial, evolução futura. 2º edição Petrópolis: Vozes.
A experiência africana (Roland Oliver): da pré-história aos dias atuais. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor.
A revolta dos colonizados (Carlos Serrano e KabengueleMunanga): o processo de
descolonização e as independências da África e da Ásia. 3º ed. São Paulo: Atual.
A enxada e a lança (Alberto da Costa e Silva – Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São
Paulo: Edusp): a África antes dos portugueses.
A manilha e o lubambo (Alberto da Costa e Silva – Rio de Janeiro: Nova
Fronteira/Fundação Biblioteca Nacional): a África e a escravidão, de 1500 a 1700.
Tear africano: contos afro-descendentes (Henrique Cunha Junior – São Paulo, Selo
Negro, 2004): reúne contos escritos durante dez anos de militância do autor no
movimento negro. Apresenta o povo negro como personagem sábio e digno na
construção da sociedade brasileira da humanidade.
O livro Amkoullel, o menino fula (Amadou HampâtéBâ – São Paulo, Palas Athenas:
Casa das Áfricas, 2003) relata o período que do nascimento do autor à sua
juventude, ganhando importância no Brasil por este ser um país de grande presença
afro-descendente, mas com escassa produção bibliográfica em Português sobre a
África negra. O autor nasceu em 1900 em Bandiagara, região das savanas da África
do Oeste, no atual Mali. Possui uma ampla inserção científica e política na luta para
que a tradição oral africana seja reconhecida como fonte legítima de conhecimento
histórico.
Os livros abaixo ajudarão a um aprofundamento da história africana, no
estudo da relação com a escravidão e discussões atuais sobre os processos de
construção política da identidade negra no Brasil.
As civilizações da África (Christian Maucler e Henri Moniot – ed. Lello& Irmão).
Antropologia da escravidão: o ventre de ferro e dinheiro (Claude Meillasoux – Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor).
Negritude: usos e sentidos (KabengueleMunanga – 2ª ed. São Paulo: Brasiliense).